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terça-feira, 26 de julho de 2016
Turquia prende 42 jornalistas. Revista satírica é apreendida. Erdogan veste a fantasia de sultão...
O jornal The Independent destacou em um título: "O fracasso do golpe na Turquia não significa uma vitória da democracia".
Em poucas palavras, a análise clara.
De fato, a democracia turca sofre agora golpes diários rumo ao fundamentalismo religioso. Calcula-se que, nas próxima semanas, o número de presos chegará a 60 mil. Há cerca de 50 mil demitidos. Juízes, militares, políticos, empresários, estudantes e jornalistas são detidos e interrogados. Já são 42 jornalistas encarcerados.
Antes mesmo da insurreição, o governo já ocupara alguns jornais mais críticos. Há centenas de sites bloqueados, canais de televisão interditados e agências de notícias vigiadas.
O semanário satírico Leman foi aprendido por lançar uma "edição do golpe" com desenhos que mostram uma grande mão que empurra soldados para enfrentar civis em oposição a outra grande mão que lança civis contra os soldados.
A Turquia sofre agora um expurgo em larga escala. E não vai sair daí um país livre mas, ao contrário, uma ditadura com alguns poucos disfarces.
A Turquia está sob estado de emergência. Na verdade, um estado de caça às bruxas.
O presidente, Recep Tayyp Erdogan, alega que atua em nome da segurança nacional.
Um conceito que os brasileiros bem conhecem da época da ditadura militar.
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Um comentário:
Não vamos nos esquecer que a Turquia integrava o cruel e violento Império Otomano.
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