O site The Intercept, do jornalista Glenn Greenwald, decidiu publicar todo o conteúdo dos arquivos da NSA denunciados por Edward Snowden.
Greenwald explica que duas normas orientavam a divulgação dos documentos: deveriam ser contextualizados e embasados por apurações jornalísticas e salvaguardariam a reputação de pessoas inocentes. Há poucos dias, The Intercept anunciou nova fase no modo de tratar a extensa documentação. O site passa a publicar todos os lotes de informações do programa norte-americano de espionagem mundial e vigilância de instituições e pessoas. O primeiro lote reúne 166 documentos a partir de 2003. Em seguida, entrarão outras fases das denúncias até que todo o material torne-se do conhecimento público e atraia cada vez mais parceiros interessados nas suas análises.
Glenn Greenwald chama a atenção de que há relatórios top secret, fundamentados e significativos, mas há também diários de viagens e férias dos analistas, além de fanfarronices e relatos cujo único objetivo era justificar orçamentos ou impressionar supervisores. Há muita coisa com erros primários e simples cópias de material publicado em jornais.
A maioria fornecerá pistas ligadas a vários países para novas investigações jornalísticas. E está aí o objetivo principal da decisão de "abrir" todo o material: que sirva de fonte para novas matérias.
Greenwald alerta que cada lote liberado passa por avaliação e checagem por parte de editores e repórteres do Intercept para evitar danos à reputaçaõ de pessoas não comprometidas com crimes e geralmente grampeadas em conversações privadas não ligadas aos atos focalizados.
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3 comentários:
Acho esse caminhou de divulgar tudo mais ético. Vejam o que aconteceu com o Panama Papers no Brasil, e ates com o caso das contas na Suiça do HSBC, as matérias foram seletivas e logo desapareceram no momento em que alcançaram os poderosos de sempre.
Esses documentos aqui em grupo ligado a Folha. Claro que só foi divulgado o que interessou.
A "apuração" aqui parou quando atingiu poderosos da mídia
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