A propósito de um tema que preocupa fotógrafos e pesquisadores brasileiros e já abordado neste blog - o fato de alguns veículos não mais guardarem as "sobras" de imagens digitais, limitando-se a arquivar apenas o material publicado -, é oportuna uma matéria publicada ontem no Poynter.
Segundo o site especializado em notícias sobre jornalismo, o New York Times montou um projeto exploratório do seu próprio acervo de fotos. A ideia é garimpar fotos não publicadas e recuperar histórias que o jornal desprezou ou não aproveitou na época por erro de avaliação dos editores ou até mesmo preconceito.
A matéria cita o caso de uma foto de Martin Lurther King. Em junho de 1963, o NYT publicou um foto cortada, praticamente em close, do líder da campanha pelos direitos civis dos negros. A busca no arquivo mostrou que, no negativo sem corte, King aparece em uma mesa, durante um debate em que foi criticado por militantes negros. A partir daí, o NYT recuperou um contexto histórico inédito e subestimado pelo jornal na ocasião.
A possibilidade de transformar em valioso conteúdo o que jornais e revistas costumavam chamar de "arquivo morto" é quase infinita. No caso do NYT, são cerca de 5 milhões de ampliações fotográficas arquivadas e 300 mil rolos de negativos.O que o jornal pretende agora é compartilhar com os leitores a rica história que as "sobras" mantiveram escondidas.
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2 comentários:
Não só em fotos mas em informações muita coisa se perde e não é publicada. Isso aí é um exemplo a seguir.
Aqui deixam queimar como a Cineateca de São Paulo ou somem como o arquivo da Manchete ou jogam fora por falta de cultura
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