Neymar no vídeo da Fifa. A faixa, que o bom senso considera inconveniente em estádios para evitar reações de torcedores de outras religiões, ficou em branco. |
O povo diz que se deve evitar discussões sobre futebol, política e religião. Jamais acabam bem. Imagine você juntar futebol e religião. A Fifa, que tem mais países afiliados do que a ONU, é obrigada a tratar o tema religião com cautela. Simples, só para citar algumas correntes: há torcedores católicos, protestantes, neopentecostais, muçulmanos, israelitas, espíritas, umbandistas, adeptos do vudu, do candomblé, messiânicos, wahhabistas, rastafari, politeístas e ateus. Todos respeitáveis nas suas linhas. Se durante um jogo em um país muçulmano, por exemplo, um jogador exibir faixas exaltando Jesus boa parte da torcida poderá ver o gesto como provocação. Países fortemente católicos no Leste europeu já registraram conflitos entre torcedores por reação ao exibicionismo de símbolos religiosos em estádios. E, nessas situações, não há fair play que resista. Vira briga de torcida. Em vídeo oficial com os melhores do mundo em 2015, a Fifa usou uma cena de Neymar celebrando a conquista recente da Liga dos Campeões onde o jogador exibia a faixa "100% Jesus". Na versão do vídeo que corre o mundo, a Fifa apagou os dizeres da tal faixa. Na ocasião da comemoração de Neymar naquele título consta que a Fifa e a Uefa fizeram chegar ao Barcelona um alerta sobre as normas das entidades que proíbem a exibição de mensagens políticas, religiosas, raciais e pessoais em qualquer idioma. O bom senso, no caso, deve-se a que o futebol alcança pessoas das mais diferentes raças, ideologias e crenças e não convém que seja usado para cenas de sectarismo político e religioso e até fanatismo desembestado. Se religiões devem ser praticadas na casa de cada um ou nos seus respectivos templos, igrejas e espaços privados, é mais conveniente ainda que não sejam sejam usadas como exibicionismo ou provocação desagregadores em espaços públicos e plurais. A Fifa está certa e a violência religiosa que se propaga no mundo - com o Brasil já registrando lamentáveis episódios de agressões e vandalismo fanáticos - lhe dá razão. Aliás, tenho um amigo que diz que depois que vários jogadores brasileiros passaram a fazer pregação religiosa em campo através de frases, camisetas e gestos, o Brasil não ganhou mais nada. Pelo jeito, nem Jesus aprova carolice no futebol. Uma prova disso? Os 7x1 da Alemanha que por prece alguma deixaria de pôr o Brasil na roda.
5 comentários:
90% das guerras tem religião atrás e fanatismo e loucura dessas pessoas que querem impor a fé aos outros. Arreda!
Muitas guerras no passado tiveram realmente como pretexto a religião mas o principal motivo e razão das guerras o seu motivo é econômico. Apesar desse movimento fanático relgioso do EI , SAESH ou ISIS tem como como motivo a luta predominante religiosa, mas não deixa também de ter o seu lado econômico. A luta pela posse das ricas jazidas de petróleo do Oriente Médio.
Parabens para a Fifa, quando religião interfere em assunto que não faz parte da fé que é de cada individuo, provoca violência, vitmas, torturam assassinatos, tragédias, só desavença
Vão pro inferno seus demônios! O fogo bíblico se abaterá sobre vocês e consumirá até as cinzas. Quem não está com Jesus está com o diabo e Jesus é a única religião.
Atentados terroristas, um menino que corta a própria mão porque blasfemou, exploração de pessoaos atraves de doaçoes até de apartamentos, curandeirismo, preconceito contra mulheres, perseguição a quem não é da mesma fé, pra mim religiões que querem controlar a vida dos outros causam mais mal do que bem. É só ver o que acontece com o fanatismo.
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