terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Autoridades precisam de sala vip em aeroporto porque não sabem pedir café, chamar um carro, fazer check in... Essas coisinhas que qualquer mané contribuinte faz todo dia...

por Ed Sá
Essa história de área vip e cercadinho de coxinha (gostei desse nome no post do Sépia, abaixo) meio que faz parte de um lado nada higiênico da cultura nacional. Outro dia, a Folha de São Paulo noticiou que a Câmara dos Deputados, o Senado e o Itamaraty gastam R$ 57,8 mil por mês com o aluguel de salas VIPs no aeroporto de Brasília. Diz lá que o espaço é utilizado para atender parlamentares, servidores e autoridades estrangeiras em visita ao Brasil. O STF e o STJ também usam salas privativas no aeroporto.
Esses staffs dos marajás fazem check in, providenciam cafezinho, água, croquete, chamam carro. Tudo isso que os cidadãos contribuintes fazem normalmente. A conclusão é que elegemos Luízes XV ou temos parlamentares, temos juízes e altos funcionários públicos com síndrome de nobreza ou que são incapazes de fazer tais tarefas simples por conta própria. Os caras não conseguem comprar um paletó - existe a "verba paletó -, não sabem botar um filho na escola - tem o auxílio educação -, não conseguem alugar casa - usam o auxílio aluguel -,  têm direito a contratar trocentos aspones... Suas excelências não têm molejo suficiente para marcar um vôo, para pedir um café no balcão? Assim fica difícil imaginar que cumprem suas tarefas teoricamente bem mais complexas.
A Folha diz que algumas salas funcionam 24 horas por dia e têm TV por assinatura, computador, internet, telefone, geladeira, micro-ondas, água, cafezinho e servidores prontos para estender um tapete para as autoridades como os séquitos dos califados otomanos. Tem servidor que faz ponto nesse espaço vip e que custa ao povo salário de R$ 31,8 mil (R$ 21,7 mil líquido).
Me corrijam se eu estiver errado, mas só posso concluir que esse aparato é indispensável porque nossas autoridades precisam ser permanentemente amparadas, paparicadas e orientadas.
Então, OK, eles têm problemas, é uma "questão humanitária"...
E pensar que o governo corta verba de saúde, educação, quer arrochar a Previdência, aumentar impostos...

4 comentários:

Corrêa disse...

Se querem mordomia esse elemento deveria ir para o setor privado e não às custas do povo. Se Brasil não acabar com esse privilégios sacanas nunca vai ter uma distribuição de renda decente. E o pior é que esses jabaculês se estendem pras famílias.

AB.Dias disse...

São uns folgados

Val disse...

A mãe deles teve zika?

Vado87 disse...

Como já dizia Pelé, o povo não sabe votar