por Eli Halfoun
É comum dizer que uma imagem vale mais do que mil palavras. Vale mesmo: uma expressão ou um acontecimento registrado em foto ou filme diz mais, muito mais, do que um amontoado de palavras e definições. Assim é possível fazer um filme de longa-metragem sem utilizar uma única palavra deixando que a música diga através de melodias e letras tudo o que se tem (e pode) a dizer. Foi partindo desse incontestável princípio que o cineasta Nelson Pereira dos Santos criou com Ana Jobim o filme “A música segundo Tom Jobim”. O cineasta acredita que o “extraordinário universo da música de Antonio Carlos Jobim não cabe em palavras”. O trabalho musical de Tom, que é considerado ao lado de Villa Lobos um dos maiores expoentes de todos os tempos da música brasileira, entra em cena com uma sucessão de imagens e sons. Claro que Tom aparece no filme em várias interpretações nacionais e internacionais. Estará bem acompanhado por outras grandes expressões musicais brasileiras, entre as quais Gal Costa, Elizeth Cardoso, Agostinho dos Santos, Alaíde Costa, Sylvia Telles, Elis Regina e os estrangeiros Pierre Barouth, Henri Salvador, Garry Mulligan e muitos mais. Em “A música segundo Tom Jobim” palavras só musicais. Nem precisa mais. (Eli Halfoun)
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