sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O cinema e o cigarro

deBarros
Não acredito que essas campanhas contra o fumo venham a dar resultados. A proibição de fumar em qualquer recinto fechado também não conseguirá atingir o seu objetivo. O fumante, o viciado em portar um cigarro entre os dedos e levá-lo à boca continuará fumando. Tenho assistido a muitos filmes na televisão e neles vejo a maior propaganda que se faz em favor do fumo. Em todos os filmes, o cigarro é o maior protagonista. Ele está presente em todas imagens. Quando não é o mocinho é o bandido e se não é a mocinha é a vilã. Em qualquer cena, em qualquer momento o cigarro está exageradamente presente. Há cenas em que o cigarro é tão presente que chega a cansar. É claro que, diante de todas as campanhas contra o fumo travadas no mundo inteiro as empresas fabricantes de cigarro partiram para o revide financiando descaradamente todo e qualquer filme. Ora, com esse financiamento caindo do céu no colo dos produtores cinematográficos, por que não seus artistas fumarem em todos filmes?
O cinema é o grande incentivador da prática do fumo. Que jovem vai resistir ao fumo ao ver um James Bond acender o seu cigarro com um isqueiro "Dunhill" ao conquistar uma linda loura no bar do hotel mais chic de Monte Carlo? O jovem começa a fumar por imitação e depois das primeiras tragadas, por achar elegante e machista, sem muita consciência do que está acontecendo, é abraçado e vencido pelo vício pelo resto da sua vida.
Não, não será através dessas campanhas que o fumo será derrotado. Talvez através do próprio cinema se encontraria a grande publicidade que poderia, quem sabe, abalar o vício do fumo na vida do homem. O herói sem o cigarro poderia vir a ser a imagem que derrotaria o fumo porque apagaria da cabeça do jovem a figura do homem elegante e conquistador que não precisa do cigarro para ganhar lindas mulheres e vencer na vida.
Mas o cinema perderia o seu grande financiador.

Um comentário:

mario disse...

Acho que campanhas funcionam tanto que diminuiu o números de fumantes. Fumar já não tem o charme de antigamente. E" coisa brega e cafona.