por Gonça
O mercado se agita hoje com a ameaça de reclassificação dos países da zona do euro pela agência Standard and Poors. Se rebaixados, esses países terão agravadas suas dívidas. A primeira consequência é o aumento da taxa de juros. Governos vão precisar pagar mais para rolar seus déficits. Sobem os juros, sobem os lucros dos investidores. Essa é a lógica do mercado sem regras e esse é um dos aceleradores das recentes crises. As agências de risco são poderosas nessa engrenagem, são até determinantes. Mas quem é essa turma? Existem duas outras grandes agências, a Moody e a Fitch), mas a S & P é a mais atuantes. Tem sede nos Estados Unidos. Originalmente, era um jornal. Teoricamente, são vistas como "independentes". Na prática, são pagas para avaliar empresas e ditam a cotação dessas mesmas empresas em um claro conflito de interesses. Uma relação incestuosa que ficou mais evidente na crise de 2008, quando as agências deram como seguros títulos americanos lastreados em hipotecas que eram bombas-relógios de alto risco. Outro exemplo: em outubro uma declaração precipitada de que a França poderia ser rebaixada derrubou títulos franceses. Simples: alguém comprou em baixa e teve lucros planetários quando a avaliação se revelou falsa e os títulos se recuperaram. Há um movimento em curso na Europa para apertar a regulação dessas agências. No momento, a crise econômica é a gasolina e elas são o fósforo na borda do galão. Fósforo aceso.
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