Nelson Rodrigues na redação da Manchete Esportiva, em 1956. Reprodução/Manchete Esportiva N°53. |
Ninguém que admira as excelentes peças, os bons livros e as ótimas crônicas e todos os ótimos textos com que Nelson Rodrigues nos presenteou ao longo de sua vida pode ficar alheio à comemoração, ano que vem, de seu centenário. Quem teve como eu o privilégio de conviver com o fanático tricolor (nunca mais ninguém mostrou o futebol com tanta maestria literária) certamente terá muito a reconhecer na obra “rodriguiana”. Na redação da Última Hora, na mesa ao lado da que Nelson costumava ocupar todas as tardes, vi nascerem algumas de suas antológicas peças e convivi com personagens reais como, por exemplo, o repórter policial Amado Ribeiro que virou importante personagem em “O Beijo no Asfalto”. Os 100 anos de Nelson Rodrigues se completam em 2012, mas as homenagens começam ainda esse ano: o cineasta Marco Antonio Braz propõe uma revisão da obra daquele que é considerado o maior dramaturgo do Brasil. Braz começa revisando “O Beijo no Asfalto” que ganhará nova montagem em data a ser ainda definida. Homenagear Nelson Rodrigues não é peça que caiba em um único ato: como segundo, ato a proposta é criar uma fundação dedicada ao dramaturgo e que será em princípio uma fundação virtual já que uma sede só poderá ser levantada pelos herdeiros de Nelson, que certamente farão isso. Não só em homenagem ao pai, mas também à dramaturgia brasileira que conta sua história com o antes e o depois de NR. (Eli Halfoun)
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