Você já deve ter ouvido a conversa mole de entidades patronais que reclamam de impostos. Eu também acho que pessoas físicas pagam mais imposto do que deveriam, proporcionalmente até mais do que os bancos e grandes conglomerados que têm seus meios para driblar a legislação e isenções para protejer seus lucros. O país precisa arrecadar para resolver problemas sociais e de investimento público. O que há é injustiça na cobrança. Grandes fortunas, por exemplo, pagam muito mais impostos em certos países europeus do que nesses trópicos onde a distribuição de renda é cruel. O governo acaba de reduzir o IPI dos carros. Você acha que essa redução foi passada para o preço final do produto? Engana-se. A diferença é embolsada pelo fabricante. O Brasil precisa de um reforma fiscal que desonere a grande massa de assalariados - aqueles que têm o imposto descontados na fonte, não sonegam e não usam o Refis (escalonamento de dívidas fiscais em suaves prestações em prazos de 50 a cem anos). E de outra reforma que faça a revisão dos contratos extorsivos oriundos da suspeita onda de privatizações dos anos 90 que criaou taxas exorbitantes que remuneram bancos, pedágios, telefones (a tarifa mais cara do mundo), energia elétrica (uma das mais caras do mundo), planos de saúde etc etc. Esse é o custo Brasil do qual a mídia não reclama. Não é, mané?
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