A magistratura deste pais foi violentamente atingida e ferida mortalmente no assassinato da juíza Patrícia Accioli. Imolada pelo crime organizado, que neste assassinato demonstrou à sociedade brasileira o seu poder de atingir e matar quem ele quiser. Ao que parece, vai permanecer como se nada de maior importância tivesse acontecido. O que vemos, desfilando nas passarelas da vaidade, são juízes e desembargadores discutindo entre eles se a juíza teria ou não requerido em ofício escolta em defesa de sua vida, já que ela se achava ameaçada de morte.
Mas, uma voz isolada de entre os desembargadores do Tribunal de Justiça, Siro Darlan, desembargador da 7ª Câmara Criminal, se levantou e num artigo da maior contundência ataca frontalmente o atual presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que pede a renúncia deste presidente.
Diz o desembargador no seu texto:
" Renuncie ao seu cargo. No mínimo será muito difícil seguir à frente do TJ com a morte de Patrícia em suas costas. Ela está agarrada ao seu corpo e ao seu antecessor, como uma chaga pestilenta". Esse artigo foi publicado no jornal O Dia de segunda-feira desta semana, dia15. Partindo de quem é essa acusação, podemos aquilatar a gravidade deste ato de assassinato da juíza Patrícia Acioli, que coloca toda a sociedade à mercê e ao humor da bandidagem que impera e reina, senão em todo Brasil pelos menos no Estado do Rio de Janeiro.
Vamos protestar, vamos exercer o direito de todo cidadão brasileiro de gritar pedindo um basta à negligência, a incompetência e a acomodação das autoridades deste Estado diante do crime organizado e porque não: um basta a arrogância e empáfia de alguns juízes e desembargadores que refestelados em sua imponência ignoram os crimes que desfilam à sua frente como se nada fosse mais importante nas suas vidas senão o seus próprios umbigos.
No meu entender ,acho que a Justiça do Estado do Rio de Janeiro deveria sofrer uma intervenção federal.
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