domingo, 2 de março de 2025

“Tomara que chova” antecipou “Cantando na chuva” • Por Roberto Muggiati

 


Um dos maiores sucessos do Carnaval carioca, a marchinha Tomara que chova, de Paquito e Romeu Gentil, é cantada por Emilinha Borba no filme da Atlântida Aviso aos navegantes (1950), com o par romântico Eliana-Anselmo Duarte e a dupla cômica Oscarito-Grande Otelo. A cena de Tomara que chova é coroada por um incrível balé “frevando-na-chuva”, que antecipa em dois anos o famoso número de dança de Gene Kelly em Cantando na chuva. VEJA NO LINK 

1950 - Emilinha Borba - Tomara Que Chova


Mais uma vitória para o nosso cinema, muito antes do Orfeu Negro e de Ainda estou aqui. Plágio inconsciente? Há controvérsias. Nos velhos  papos cinéfilos com Carlos Heitor Cony na Manchete, ele lembrou que o Brasil era um fetiche para o diretor de Cantando na chuva, Stanley Donen. Em 1984, Donen filmou aqui Blame it on Rio/Feitiço do Rio, primeiro papel importante de Demi Moore. (Outra vitória para nossas cores: por artimanhas do repórter Tarlis Baptista, a starlet de 21 anos posou seminua para EleEla...) E ainda tem mais Manchete na área: no final dos anos 1970, Tomara que chova foi um número de destaque no musical-besteirol de Wilson Cunha e Flávio Marinho, redator e crítico da Manchete, parodiando o musical transformado em filme Evita. Carnaval também é cultura. 

sábado, 1 de março de 2025

Dorival Junior relacionou ontem 52 pré-convocados para a seleção brasileira. Nem ele é capaz de citar de cor todos os jogadores. Para eliminar tanta gente, só o BBB da CBF

por Niko Bolontrin

 Memória não é saudade. É referência. Ajuda você a não ser feito de bobo. A saber o que é inovação e o que é cópia borrada de algo que já foi feito no passado.

Dorival Junior, treinador da seleção brasileira acaba de divulgar sua lista de convocados. É impressionante. O "professor" anunciou os nomes de 52 pré-convocados. Deve ser exatamente o número de dúvidas que o homem tem.  Isso para dois jogos válidos, agora em março, pelas Eliminatórias da Copa de 2026. O Brasil enfrentará Colômbia e Argentina. 

Não pergunte ao Dorival qual o time que entrará em campo. Nem ele sabe, mas até sexta-feira que vem, dizem por aí que anunciará os nomes dos inscritos. É impossível em uma semana um treinador achar um critério para eliminar quase 30 entre os jogadores presentes nessa estranha lista de mais de 50. Vai ser no sorteio ou na inteligência artificial? 

Dorival não está sozinho. Houve um ano em que a antiga CBD treinou em Minas Gerais quatro seleções, eu disse quatro, seleções basileiras. Claro que não deu certo. 

Só para lembrar: na primeira coletiva logo após ser nomeado treinador da seleção brasileira, João Saldanha revelou seus 22 convocado e seus 11 titulares. Antes que os jornalistas copiassem os nomes nos bloquinhos da época, ele finalizou: "essas são as minhas feras".  

Saldanha foi logo demitido pela ditadura, mas entregou a Zagallo basicamente o time campeão em 1970.

Para eliminar tantos jogadores da pré-lista antes da peneira final Dorival deve recorrer ao BBB25.  Paredão, bigfone e provas podem ajudar.

Atualização em 10/3/2025 - Ontem o Santos foi  no Campeonato Paulista pelo Corinthians. Neymar, com problema muscular na coxa, viu a derrota sentado no banco de reservas. Estava lá fazendo figuração, já sabia que não poderia entrar em campo. A mídia esportiva crítica o jogador por ter ido ao sambódromo carioca quando deveria estar se cuidando às vésperas de uma partida decisiva para o Santos. Esse tipo de comportamento é rotina na vida de Neymar. O único otario nessa história é a o treinador da seleção brasileira. Dorival Junior acredita que Neymar vai tirar o Brasil do sufoco das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Dorival acredita em Saci Pererê, Mula sem Cabeça e na Loura do Banheiro. E também sonha com Neymar arrebentando o jogo contra as defesas "gentis" de uma tal de Argentina e de uma "moleza" chamada Colômbia.

Marcio Ehrlich (1951-2025) - o historiador da publicidade brasileira

Marcio Ehrlich

A coluna Janela Publicitária na...


Revista Tupi, 2020

por José Esmeraldo Gonçalves 

Em 2020, em pleno isolamento social imposto pela Covid, editei um projeto interessante idealizado por David Ghivelder: uma revista para a Tupi 96.5 FM. Toda a produção, com exceção obviamente da gráfica, foi em home office. A equipe era formada por revisteiros da Manchete como Dirley Fernandes, Sidney Ferreira, Alex Ferro, David Júnior, Tânia Athayde, Roberto Muggiati, além da repórter Dani Maia, ex-Abril. Marcio Ehrlich foi o responsável pela coluna Janela Publicitária, o mesmo título do seu site e podcast. Tínhamos então, nas páginas da publicação da "rádio que vai para as bancas", o maior especialista no assunto. 

Desde os anos 1970, Marcio Ehrlich era atualidade e memória da publicidade brasileira. Foi diretor a Associação Brasileira de Publicidade (ABP). Era referência no setor. Entendia que a publicidade não apenas vendia produtos mas se connectava com a vida das pessaos. 

Sua última coluna foi sobre o Natal. Ele sentia falta das mensagens natalinas produzidas pelas agências especialmente para a época. "Todo anunciante sonhava que sua agência de publicidade trouxesse um jingle que tocado na rádio ou na TV fizesso o público sair cantarolando depois, como se fosse um hit popular", lembrou.  Ehrlich citou o antológico comercial da Varig. "Estrela brasileira no céu azul , iluminando de norte a sul, mensagem de amor e paz, nasceu Jesus, chegou Natal. Papai Noel voando a jato pelo céu trazendo um Natal de felicidade..." 

No último parágrafo da coluna ele lamentou: É uma pena. Neste momento em que muitos shoppings estão tendo que botar seus Papais Noéis atrás de uma vitrine ou de uma tela de celular, por conta do isolamento social, bem que eu gostaria de estar cantando uma nova musiquinha fofa de Natal. você não?"  

O que poucos sabiam: Ehrlich, além de jornalista e psiquiatra por formação, foi ator, trabalhou em várias novelas. Uma delas, "Pantanal", da extinta Rede Manchete. 

Marcio Ehrlich faleceu no dia 24/2/2025, aos 74 anos, vítima de choque séptico e falência de múltiplos órgãos. Era casado com a jornalista Renata Suter, deixou dois filhos e um neto. 

Mídia: a boca maldita de Sergio Maurício, o narrador de Fórmula 1, na Band


Sergio Maurício.
Foto Divulgação Band
Não se sabe se o apresentador Sergio Mauricio, da Band, é bolsonarista, mas o cara parece ter o "mito" como inspiração. Assemelha-se no preconceito, na grosseira, na intolerância, na arrogância. 

A última "patada" foi uma agressão rscista e transfóbica contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Ele a chamou de "fake news ambulante, essa coisa".

Criticado nas redes sociais e, segundo o portal F5, afastado temporariamente da cobertura de pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein, Sergio Mauricio alegou em defesa que seu perfil foi "invadido". Duas observações sobre essa "defesa": ele ainda não apresentou provas de que foi hackeado e o teor da agressão verbal combina perfeitamente com outros episódios no currículo do apresentador. 

Em 2022, durante a transmissão de uma prova, ele avistou uma bandeira do Botafogo, seu time, no meio da torcida. O microfone vazou o comentário preconceituoso: "Tem uma bandeira do Botafogo ali. Vê se tem flamenguista ali. É tudo duro, favelado”. 

No ano passado, o presidente da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), Mohamed Ben Sulayem, se incomodou com os palavrões dos pilotos durante as comunicações via rádio e os comparou a rappers. "Nós não somos rappers. Eles falam palavrões quantas vezes quiserem", disse ele, em entrevista. "Esse é o estilo deles, nós somos diferentes", completou. O piloto Lewis Hamilton, criticou a fala do cartola. "Dizer rappers é muito estereotipado. Se você pensar bem, a maioria dos rappers é de negros. Então quando se diz: 'Nós não somos como eles', essas são as palavras erradas. Há um elemento racial aí". Em seguida, Sergio Mauricio abriu baterias contra Hamilton. "Ele disse que foi uma declaração racista em relação aos rappers, eu não entendi bem o racismo aí. Hamilton aproveitou para 'surfar'". debochou. 

No mês passado, o alvo da boca maldita de Sergio Mauricio foi Luíza Trajano, da Magalu. Segundo o portal Metrópoles , o apresentador não gostou de um post em que a empresária pedia ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que não comunicasse aumentos dos juros, e disparou um comentário de baixíssimo nível. "Vai dar meia hora de b… dona do Magalu, que rima com c…”.

Desse jeito, as transmissões de Fórmula 1 correm o risco de serem classificadas para meia noite, quando as crianças já estiverem dormindo.   

A deputada Erika Hilton anunciou que vai processar o apresentador. A Band não se manifesta sobre o assunto e não informa se Sergio Mauricio voltará a narrar GPs para a emissora. 

Vem asteroide!

 por Ed Sá 

Anote essa sigla: 2024 YR4. Ela identifica o asteroide descoberto no ano passado que pode cair sobre a sua cabeça. O alertas é da Agência Espacial Europeia alerta sobre a trajetória do corpo celeste que mede entre 40 e 100 metros de diâmetro e tem a Terra na mira. Os cientistas explicam que o 2024 YR4 viaja em trajetória incerta. Inicialmente a chance de se chocar com nosso terreiro era de 1,3%, mas o risco subiu para 2,3%. Não é possivel estimar o perigo em 22 dee ezembro de 2032, data prevista para a possível colisão. Pode aumentar, pode diminuir. Apesar do tamanho e caso acerte a Terra na testa, o 2024 YR4 pode ser catastrófico. Se cair em área urbana tem potencial para fazer muitas vítimas; se cair no mar provocará um tsumani de proporções consideráveis.

Há algum tempo a NASA estuda processos para para desviar um asteroide que ameace a Terra. Basicamente seria através de lançamento de mísseis portadores de ogivas nucleares capazes de reduzir a pó o "invasor" da nossa órbita ou da instalação de propulsores que "empurrem" a ameaça para outros rumos.

O povo gosta de arte - Arquiteto Miguel Pinto Guimarães desvenda a construção e os artistas construtores do Carnaval das Escolas de Samba do Rio de Janeiro no livro "Pra tudo se acabar na Quarta-Feira" (Editora Capivara, 386 páginas)

 O jornalista Roberto Muggiati comenta no jornal Valor sobre a obra monumental organizada por Miguel Pinto Guimarães e Luisa Duarte reunindo 12 colaboradores, entre os quais Haroldo Costa, Leonardo Bruno, Flávia Oliveira, Aydano André Motta, Helena Teodoro, e Fábio Fabato. 

LEIA NO VALOR DE 28/1/2025


  

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Os áudios da bandidagem golpista

O Fantástico expôs as vísceras podres de Bolsonaro na preparação do golpe. São impressionantes os diálogos dos meliantes fardados e civis ao detalhar o ataque à democracia. Gorilas falam como se fossem donos do país. É ressaltado também que as gravações revelam que Bolsonaro estava no topo da pirâmide dos fascistas que tentavam abrir um novo ciclo de ditadura no Brasil com o pacote completo de tortura, sequestros de opositores e naturalmente  a corrupção que o autoritarismo de 1964-1985 possibilitou e que enriqueceu muitos fardados e empresários que surfaram nas negociatas. 

O Brasil escapou por muito pouco  das garras desses pilantras na tentativa de implantar a ditadura.2. Os diálogos registram uma evidência já divulgada: o golpe só não prosperou porque  a maioria do Alto Comando do Exército e a Aeronáutica não apoiaram a bandidagem golpista.  Em paralelo, Lula não caiu na armadilha de decretar uma G.L.O (Garantia da Leu e da Ordem) que, para os golpistas seria a senha para botar tropas nas ruas e criar um fato consumado. Por tudo isso, anistia não. Ao contrário, cadeia para essa quadrilha antidemocrática.


sábado, 22 de fevereiro de 2025

O arrastão do golpe - Tem jornalista na denúncia do Mauro Cid

por O V.Pochê

A TV Fórum é o primeiro veículo a revelar o nome de um repórter da CNN Brasil  citado por Mauro Cid na sua delação sobre a conspiração golpista liderada por Bolsonaro. Trata-se de Leandro Magalhães que, segundo o delator, ajudou a forjar "provas" sobre Alexandre Moraes. Na redação ele é tido como protegido de Bolsonaro.

Há muitos outros no meio jornalístico que, embora não citados no que se conhece do dossiê, compõem uma linha auxiliar dos golpistas. O meio jornalístico os conhece, leitores e telespectadores os identificam. São os chamados "kid pretos" da imprensa alinhados com a extrema direita. Dá até para escalar o time titular, quantitativamente: Globo News tem dois comentaristas, um deles se dedica a pregar a anulação da delação de Cid; jornal O Globo tem BB pelo menos três articulistas engajados sem pudor na extrema direita; a Folha tem mais, uns quatro convocados; Estadão idem. Aliás, a "defensoria jornalística" da Folha parece estar em modo desespero para desmontar a argumentação da PGR junto ao STF. O patrão mandou?

Não vale a pena listar Jovem Pan, Oeste, Antagonista, sites e canais do YouTube de jornalistas impregnados de "kids pretos", além de "analistas" convidados que despejam o ideário extremista de olho nas eleições de 2026. Supõe-se que a falange midiática tem em comum,  junto com as idéias, pôsteres de Milei e Trump no banheiro.


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Diploma de nazi

por Flávio Sépia 

É chocante a foto que mostra um estudante gaúcho, da UFRGS,  durante a cerimônia de formatura usando uma suástica pintada no rosto. O criminoso - sim, não parece, ninguém vai pra cadeia por isso - mas apologia do nazismo é crime no Brasil. Não vamos reproduzir aqui a imagem desse canalha. Trata-se de um formando em engenharia

É preciso ter muita convicção ideológica para receber um diploma usando uma suástica de maneira tão acintosa. O sujeito só pode ser um nazista raiz, é corajoso, assume o que faz, quer botar pra quebrar. Certamente vai arrumar emprego fácil em alguns bolsões do Sul. 

Uma análise a tirar desse triste acontecimento serve àqueles que pregam a "pacificação" do "Brasil dividido", a anistia, o abraço dos contrários, o fim da polarização. Não contem comigo. 

A essa altura, a pacificação é rendição. 

Desconfie dos editorias e das declarações desses "pacificadores" tão suspeitos que ainda não têm coragem de usar a suástica em público mas já ostentam o símbolo nos seus pijamas. 

Sério, dá para "pacificar" com esse elemento desprezível?

Wall Street Journal junta dois meliantes em uma mesma página


Do Wall Street Journal - Na Argentina, a vez do estelionatário Milei...


...no Brasil o cerco ao golpista e vendedor de jóias e relógios Bolsonaro.


Os dois líderes do fascismo no Cone Sul, Bolsonaro e Milei, têm muitas afinidades extremistas: são serviçais apaixonados por Donald Trump, cortejam as elites e têm visão própria e bastante flexibilizada do que é honestidade. Os dois acabam de sair graficamente juntos no Wall Street Journal classificados como golpistas e trambiqueiros. Bolsonaro por conspirar contra a democracia, além de já estar indiciado por afanar jóias e relógios caros do acervo da Presidência da República, e por de vários outros crimes. Milei foi protagonista explícito de um estelionato coletivo. Ele usou suas redes sociais para promover a criptomoeda Libra. Em poucas horas a moeda se valorizou para em seguida, caracterizada a fraude, despencar. Nesse intervalo o pessoal mais chegado ao estelionatário fascista Milei faturou milhões de dólares. As primeiras denúncias indicam que um assessor do presidente da Argentina recebeu um agrado de cerca de milhões de dólares. Seria a propina a ratear. A oposição quer a condenação de Milei. Difícil. Ele tem controle das instituições, tem apoio confortável no Congresso. O chamado mercado está com ele. Mais ou menos como acontece no Brasil. Os bolsonaristas trabalham por uma anistia que pode sair antes mesmo da conclusão dos processos que incluem Bolsonaro e sua organização criminosa.

Um detalhe curioso sobre o golpe financeiro que envolve Milei. A mídia internacional destacou a jogada. Já a mídia neoliberal brasileira , que ama Milei, minimizou o episódio e registrou mais a defesa do presidente argentino do que a acusação. Trump também não falou sobre os acontecimentos que envolve seus dois serviçais.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

O cinema retratou Trump e Musk e você já viu esses filmes

"Trump" em trip delirante a maneira do Adenóide Hynkel de Charles Chaplin em o Grande Ditador.


"Musk" no trono da Casa Branca replica o Aladeen do filme O Ditador de Sasha Baron.

por Ed Sá 

Após Trump mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América, o oligarca Elon Musk quer renomear o Canal da Mancha. "Aquela porção de água", como ele diz, "passará a se chamar Canal George Washington em homenagem ao primeiro presidente dos Estados Unidos".

A performance autoritária de Donald Trump e sua gangue de ultra direita tem produzido momentos ridículos que remetem a dois filmes. Um deles, com o ator Sasha Baron, é O Ditador. A trama se desenrola na República  de Wadiya comandada por pelo general Aladeen que se dedica a impedir que a democracia não chegue ao seu país. 

Ao estilo que Trump exibe, o ditador de Wadiya, entre outras megalomanias,  cria seus próprios Jogos Olímpicos. 

O outro filme é mais genial. O Grande Ditador, de Charles Chaplin, é uma sátira do nazismo de Adolf Hitler e do fascismo de Mussolini. Se tivessem vivido da Alemanha nazista, Trump e Musk nem precisariam fazer estágio na Juventude Hitlerista ou na temida SS. A julgar pelas atitudes e idéias de ambos, hoje, já estavam credenciados para o núcleo duro e íntimo do Fuhrer. O mais duro possível.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Vivemos pra ver isso - O elenco do BBB25 é tão ruim que está boicotando a própria Globo. O BBB26 pode não acontecer?

por O.V. Pochê

Para uma parte dos brasileiros, o tal BBB da Globo é irrelevante. Os números a cada audiência demonstram isso. Nem equivalem aos programas populares  da TV aberta do passado. Aliás a TV aberta é como o galã ou a estrela que fazem tantas plásticas, lipos e botox que se desfiguram até que as mães não o reconheçam. 

Mas há quem curta as fofocas agora bombadas pelas redes sociais.  O BBB25 parece ser um desastre para a Globo. Os personagens da casa são insuportáveis, segundo os números da audiência claudicante. Não seriam convidados para uma festinha de subúrbio tal a irrelevância. Se fossem para um churrasco no sítio do Zeca Pagodinho, em Xerém, jogariam no chão a fama de animação dos churrascos do cantor. O pessoal é chato. Tem um par de irmãos ex-atletas que de tão pentelhos comprometeram o astral até da quadra da Mangueira em festa de comemoração de título de campeã. E como falam de doenças e traumas e dramas. Algum marqueteiro de realities deve ter dito para eles que desgraça dá ibope. Para a Globo, o castigo veio de dentro. Sem dúvida, o reality passará por avaliação ao fim da trmporada. Até aqui o elenco do BBB25 é tão ruim em comparação com muitas das edições anteriores que deixa no ar o risco de não haver BBB26. Afinal o programa é uma potência em faturamento publicitário e os anunciantes também assistem ao eventual fracasso 


Carnaval Carioca - Bloco Imprensa que Eu Gamo faz seu último desfile

O Imprensa na volta de despedida.
Foto de Jussara Razzé. 


"Valeu, Rio". Foto de Jussara Razzé 

por José Esmeraldo Gonçalves 

Alegria, como sempre, mas em clima de despedida. Há 30 anos, um grupo de jornalistas criou o bloco Imprensa que Eu Gamo. As mesas dos bares instalados no Mercadinho São José, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, foram testemunhas. Para os fundadores, chegou a hora de parar. Depois de três décadas, o Imprensa Que Eu Gamo fez seu último desfile no circuito Laranjeiras-Largo do Machado, na Zona Sul do Rio de Janeiro, no sábado,15. Rita Fernandes, presidente do Imprensa e da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro (Sebastiana), relatou ao G1 alguns motivos para o adeus do Imprensa. Segundo ela, "alto custo do carnaval, excesso de burocracia, falta de pessoas na organização, mudança de público". 

O Imprensa, que nunca foi corporativo e nem exigiu crachá, (sempre recebeu todos os públicos) fechou sua trajetória que, ao longo de três décadas, reuniu várias gerações de jornalistas. Alguns coleguinhas só se encontravam uma vez por ano durante o desfile. Uma jornalista brincou: "estamos fazendo prova de vida".


O ritmista Nilton Retchman, ex-Manchete e ex-Furiosa, a bateria do Salgueiro. Foto Arquivo Pessoal 

Na bateria do Imprensa, um integrante lembrava na camiseta uma publicação identificada com o carnaval carioca.  Era o ex-funcionário da Bloch Nilton Retchman, ritmista que fez parte da lendária Furiosa do Salgueiro.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

A revista que se recusa a desaparecer - Manchete volta às bancas


2008 - A capa da última edição da Manchete. Foto de Dani Barcelos


por José Esmeraldo Gonçalves 

 O jornalista Roberto Muggiati, o editor que por mais tempo esteve à frente da Manchete, costuma dizer que a revista parece ter um pacto de ressurreição com o príncipe romeno Vlad III, aquele que atendia pela alcunha de Conde Drácula. A Manchete saiu das bancas quando atingida no peito por uma estaca representada pela falência da Bloch Editores (em agosto de 2000), mas se recusou a deixar o imaginário de muitos leitores. 

Seu conteúdo gerou dezenas de livros e teses universitárias. Seu arquivo de fotos construído por gerações de fotojornalistas permanece desaparecido, mas o sumiço não impede que imagens marcantes sejam reproduzidas em jornais, revistas e até em documentários sobre fatos e personagens presentes nas coberturas da revista. 

Digitalizada pela Biblioteca Nacional a coleção da Manchete de abril de 1952 ao ano 2000 venceu o tempo e pode ser consultada por pesquisadores, jornalistas, antigos leitores, historiadores, estudantes etc.

Aquela estaca da falência em 2000 não conseguiu encerrar a trajetória da Manchete. Em periodicidade semanal, a revista voltou às bancas em 2001 editada por Roberto Barreira e Lincoln Martins à frente de uma cooperativa de jornalistas formada por ex-funcionários da Bloch. O expediente citava então que a publicação era autorizada pela Massa Falida da Bloch Editores e supervisionada por um Conselho Curador formado por Murilo Mello Filho, Roberto Barreira, Lincoln Martins, José Rodolpho Câmara, Roberto Antunes, Marcos Salles e Elço Ferreira. Em fevereiro de 2001, a tradicional Manchete de carnaval chegava às bancas de todo o Brasil. Especialistas com DNA do sambódromo, como Wilson Pastor, David Junior, Jussara Razzé, Alex Ferro, Armando Borges, João Mário, Alexandre Loureiro, Orlando Abrunhosa, Alberto Carvalho, José Carlos Jesus, Maurício Chicrala, Maria Alice Mariano, J. A. Barros, Orestes Locatel, Regina D'Almeida,  Marcelo Horn, Pedro Borgeth, Eliane Peixoto, Enilson Costa, Renato Sérgio e Vicente Datolli,  entre tantos outros colaboradores, abriram alas para épicas, novamente, edições de carnaval.  

Os jornalistas que bancaram aquela volta resistiram o quanto puderam, até que mais uma estaca, dessa vez financeira, retirou a revista da bancas. 

Tempos depois o editor e empresário Marcos Dvoskin arrematava em leilão alguns títulos da Bloch, incluindo Manchete. A partir de 2004 a Editora Manchete, de Dvoskin, lançou edições de Carnaval até 2008. Após isso, a publicação  - a última capa está reproduzida no alto - saiu das bancas mais uma vez.

Agora a Manchete ressuscita. Sites especializados noticiam que o jornalista Marcos Salles - que, a propósito, como citado acima, fez parte do Conselho Curador das edições pós-falência -, acaba de adquirir de Marcos Dvoskin o título Manchete. Salles, que foi diretor de O Dia e até recentemente esteve à frente do Correio da Manhã, relançará a revista no dia 17 de março, em apresentação festiva no Teatro Adolpho Bloch, no edifício que sediou as redações da Bloch Editores, na Rua do Russell, Rio de Janeiro. 

Manchete volta em edição mensal, impressa. Além disso, os vídeos das entrevistas poderão ser acessados por QR Code nas páginas da revista que levam ao portal R7, do Grupo Record e serão exibidos na TV Max, na NET. 

Segundo as informações divulgadas, a primeira edição trará uma grande reportagem sobre o Carnaval. Uma referência simbólica a um tipo de pauta, entre tantas outras especiais, que marcaram a trajetória da Manchete.   

Panis cum Ovum surgiu há quase 16 anos como expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", coletânea que reuniu textos de jornalistas e fotógrafos que trabalharam na Bloch. Temos a revista na veia e, agora, exclusivamente na memória. 

O mercado mudou, mas muitas publicações impressas encontraram seus espaços no novo mercado. O blog deseja sucesso à iniciativa. Força, equipe. Que Manchete aconteça mais uma vez.

"Justiça Feita" é a chamada da edição da Fórum. Só que o bolsonarista que assassinou o petista Marcelo Arruda não esquentou lugar na cadeia. Ele foi condenado a 20 anos de prisão em regime inicial fechado mas a caneta rápida de um desembargador o mandou para prisão domiciliar. A Justiça ainda não chegou

 


por José Esmeraldo Gonçalves 

A capa da Fórum dessa semana registra a condenação do assassino bolsonarista e ex-policial penal  Jorge José da Rocha Guaranho, que matou o guarda municipa e ex-tesoureiro do PT Marcello Aloizio de Arruda. 

Na quinta-feira, 13, após  decisão do juri popular, a juíza Mychelle Pacheco Stadler determinou uma pena de 20 anos para o homicida, em regime inicial fechado. Guaranho foi encaminhado ao presídio, mas nem chegou a esquentar o chão da cela. Um dia depois de receber a pena (em 14/2) e antes mesmo do lançamento da edição da Fórum, o desembargador Garnaliel Seme Scaff, provavelmente a caneta mais rápida da Justiça do Paraná (TJPR), ordenou que o assassino voltasse para a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. A defesa argumentou que o criminoso bolsonarista tinha problemas de saúde e Scaff aceitou o argumento. Cabe recurso. 

O crime aconteceu em 9 de julho de 2022, a poucos meses das eleições presidenciais. Marcelo Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos e o assassino passou de carro diante do salão de festas, por duas vezes, em atitude provocativa, tocando músicas de apoio a Bolsonaro. Houve uma discussão e pouco depois Guaranho invadiu a festa e atirou em Arruda. O petista, caído e mortalmente ferido, chegou a revidar e atingir o assassino, mas faleceu no hospital.  Arruda deixou viúva Pâmella Silva e os quatro filhos do casal. 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Trump já tem um campo de concentração pra chamar de seu

 


Reprodução Folha de São Paulo. Charge de Cláudio Mor. Guantánamo e a simetria criticada.

Trump já dispõe de um campo de concentração para chamar de seu (Guantánamo). Seu espaço  para desovar traficantes, estupradores e pedófilos, como ele acha que todos os morenos são.  O empreendimento do oligarca estadunidense não tem vagões de trem para transportar levas de latinos,  mas usa jatos militares abarrotados que despejam os rejeitados além fronteiras. A capa da Libération o chama de Agente do Caos. Errado. Caos é algo fora de controle. Trump, ao contrário, sabe o que quer. Está cercado de oligarcas de extrema direita e cada uma das suas ações tem correlação com um dos períodos mais cruéis da história da humanidade. Você já identificou o nome dessa era. Agora, o magnata decidiu anexar Gaza e expulsar mais de dois milhões de palestinos. Pretende construir sobre os mortos condomínios de luxo, resorts, campos de golfe, marinas, hotéis, restaurantes, saúnas, centro de convenções etc. Será a "Riviera" do Oriente Médio. A essa altura, seus arquitetos, como "Alberts Spears" resgatados do inferno, já desenham o luxo que vai ser erguido sobre cadáveres de milhares de mães, pais e crianças.

Já a charge publicada pela Folha de São Paulo, que sugere o campo de concentração de Guantánamo com um portal de Auschwitz, mostra a mais nova Trump Tower. Registre-se que a charge foi criticada por relacionar o presídio para imigrantes com a estrutura de extermínio concebida por Hitler. Trump certamente não está preocupado com isso. Ele dá sinais de que fará essa simetria ideológica muitas vezes durante o seu governo

Deu no Washington Post, hoje. Fernandinha é favorita. Só não ganha se o VAR for trumpista. Queremos voto impresso

 


Viu isso? Rabinos e judeus leigos publicam manifesto no New York Times contra a limpeza étnica que Trump quer promover na Palestina

 

Reprodução 

JK foi assassinado? Um caso que ainda está aqui...

Fatos & Fotos, agosto de 1976.

por José Esmeraldo Gonçalves 

A Comissão Especial sobre Mortos e Desparecidos Políticos do Ministério dos Direitos Humanos avalia a possibilidade de reabrir uma investigação sobre a morte de Juscelino Kubitscheck ocorrida em 22 de agosto de 1976. 

Em 2021, o Ministério Público Federal havia descartado a hipótese de uma colisão entre um ônibus e o carro que conduzia JK e o seu motorista Geraldo Ribeiro como causa do acidente na Via Dutra, que vitimou os dois ocupantes. A colisão de fato aconteceu, mas o MPF registrou em inquérito que foi "impossível afirmar ou descartar" a hipótese de um atentado político a partir de uma sabotagem no Opala que tenha levado ao descontrole e capotagem do carro.  Essa suposição é conhecida, foi amplamente explorada por jornais, revistas e até no livro "O Beijo da Morte", de Carlos Heitor Cony e Anna Lee. Juscelino Kubitscheck, como João Goulart, então exilado no Uruguai, e Carlos Lacerda (este apesar de ser um dos mentores civis do golpe e da ditadura de 1964 não era mais figura de confiança dos "gorilas" desde que tentou organizar uma frente política contra o governo militar) eram alvos do regime. Jango morreu em dezembro de 1976 e Lacerda em maio de 1977.   

O que este blog acrescentou ao chamado mistério da morte de JK foram relatos exclusivos de acontecimentos igualmente suspeitos ou, no mínimo, estranhos, que agitaram os bastidores do velório de JK e Geraldo Ribeiro no hall do prédio da Bloch na Rua do Russell, Glória, Rio de Janeiro. 

Se o leitor tiver interesse em conferir uma ponta erguida do tapete que abafou alguns sinais inusitados do caso, pode conferir no link abaixo uma matéria de Carlos Heitor Cony e José Esmeraldo Gonçalves sobre o fato histórico em aberto. 

https://paniscumovum.blogspot.com/2016/08/memorias-da-redacao-ha-40-anos-morria.html

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Do Meia Hora: uma forma de dar uma notícia ..


 

Israel: Gaza é aqui! • Por Roberto Muggiati

 

Bandeira de Israel: simbolo do território ocupado na
Zona Norte do Rio de Janeiro. Foto:Reprodução X.

Na imagem do Google Maps, a "terra prometida" do narcopentecostalismo. 

A violência nossa (carioca) de todo dia abalou esta manhã o Complexo de Israel, provocando o fechamento da Avenida Brasil e da Linha Vermelha. As polícias Civil e Militar foram acionadas após receberem informações de que o 
traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão,– um dos criminosos mais procurados do Rio – estaria escondido lá. Atingido pelos bandidos, um helicóptero da PM fez um pouso de emergência. Entre os feridos na confrontação, os mesmos de sempre: três pais de família da periferia na penosa e perigosa jornada para o trabalho

Cidade Alta, Vigário Geral, Cinco Bocas, Pica-pau e Parada de Lucas (onde ficava o parque gráfico da Manchete) são as cinco comunidades que compõem o complexo. Juntas, abrigam uma população de 135 mil pessoas.

Bandidos atearam fogo a barricadas, a um caminhão e a uma passarela para dificultar a entrada dos agentes nas comunidades. Também conhecida como Tropa de Arão, a facção narcopentecostalista do Complexo de Israel usa a pregação religiosa como uma de suas táticas, exigindo a conversão e práticas religiosas específicas para adesão e permanência na organização. Enquanto Peixão não cai na rede, o povo pena...

O "Kama Sutra" das celebridades ou o "Carlos Zéfiro" dos famosos

por Clara S. Britto

A antiga mídia impressa do segmento Celebridades já foi acusada de apelar para "revelações" sobre a vida de artistas com o objetivo de vender revistas. Esse tempo passou. Atualmente, as próprias "celebridades" despejam as notícias  mais íntimas em sites, canais do You Tube, podcasts e redes sociais em geral. O 'mensageiro", principalmente publicações como Caras, Contigo, Quem, foi abduzido pelo mercado, perdeu relevância e espaço. Alguns títulos impressos resistem, mas  exibem números risíveis se comparados com a circulação que alcançavam nos anos 90 e 00. Contudo, o interesse do público pela "intimidade" dos "famosos" permanece voraz. A diferença é que as próprias celebridades e princpalmente as subcelebridades agora se encarregam de saciar a massa. Vejam o BBB 25. Um ex-atleta, por exemplo, já não sabe mais o que contar sobre traumas, acessos de pânico, humilhações, injustiças, traumas etc que sensibilizem a audiência. Aparentemente, o "coitadismo" funciona junto ao público. O dito ex-atleta seria um dos favoritos para ganhar o prêmio.

Houve uma época que as revistas corriam atrás de depoimentos sobre "síndrome do pânico". rolava uma espécie de epidemia no meio artístico. Atualmente, revelar assédios sexual e moral também marcam pontos.  Intolerância à lactose dá algum "ibope", mas não bomba.  Revelar os "podres" da Globo, geralmente em entrevistas de ex-globais e apenas quando convenientemente demitidos, faz sucesso nas redes. Um programa de entrevistas de uma humorista global também aborda desejos incendiários que as redes sociais frequentemente repercutem. Ocorre que a entrevistadora é especializada em escavar os porões sexuais das celebridades. Com habilidade, ela arranca algumas liberalidades das atrizes, como abrir acesso preferencial à back door, participar de trisal, se posicionar sobre o dilema "cospe ou engole". A lista é longa, a turma parece saber tudo sobre o Kama Sutra. Alfred Kinsey, o homem do Relatório Kinsey, um extenso dossiê sobre comportamento sexual que abalou os anos 1950, adoraria. 

Os podcasts vão mais fundo: arrancam dos entrevistados que já perderam a esperança de voltar à emissora-líder especulações vagas - eles têm o cuidado de não personalizar as supostas revelações - sobre uma série de "quartos" mantidos nos estúdios, o do "pó" e o do "sofá" entre outros. Jamais dizem que frequentaram tais  ambientes, mas sabem de alguém que foi lá.  

Em tempos já jurássicos, as revistas eram procuradas por celebridades ou assessores que ofereciam pautas sobre lançamentos de seus filmes, livros, peças, turnês, músicas. Por conta da divulgação muitos topavam dar entrevistas, mostrar as casas, permitir fotos em viagens etc. Nunca iam tão longe nas "revelações". Agora o buraco, não me interpretem mal, é mais embaixo. Qual o caminho para emplacar  "ganchos" que se transformem em pautas para podcasts, páginas de influenciadores com milhões de seguidores e canais do You Tube ou programas de fofocas da TV? Dizer que o entrevistado "topa falar sobre tudo? Parece.          

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

As previsões econômicas da "Madame Valéria" do Globo

 


Suspeita-se que esse editorial do Globo foi escrito por "Madame Valéria". Consigo imaginar o sujeito sob a luz difusa da redação quase vazia jogando tarô antes de formatar suas terríveis previsões. Jornalistas e economistas ligados à extrema direita parecem produzir "análises" enquanto acometidos de transe esotérica. Esse aí não deve conhecer o desespero de um desempregado sem condições de levar comida para casa. Quando consegue emprego, como aconteceu com milhões ao longo de 2024, pode experimentar uma "sensação ilusória", escreveu o editorialista. Geralmente esses *analistas" do caos erram. Dessa vez o fulano usou uma notícia claramente positiva para derramar sua amargura replicando o discurso rentalista e especulativo do "mercado". 

Povo,   arrume as malas. O Globo anuncia o apocalipse financeiro que vai engolfar o Brasil. Não restará Pix sobre Pix. Não dá para emigrar para os Estados Unidos, - que Trump aguarda com o chicote e sua Gestapo da fronteira -, nem para Portugal onde até turista é xingado nas ruas, e é bom evitar apanhar na Irlanda se falar português em voz alta. Segundo as "Madames Valérias" o caminho deverá ser a Argentina que o "mito" Milei em breve transformará em terra prometida do fundamentalismo neoliberal. Não agora, que os hermanos estão sofrendo com salários baixos e preços altos. Daqui a pouco, dizem, o país será um tigre austral da bonança.

Curiosamente, o editorial do Globo teve o cuidado não falar sobre o denso nevoeiro, esse sim real e ameaçador, que emana do Salão Oval onde Trump dança com o globo terrestre. Os editorialistas do New York Times e do Washington Post estão perplexos com os "atos institucionais" emitidos pelo oligarca. Perdão, "atos executivos" que ele dispara contra o seu maior inimigo, o mundo. Mesmo perplexos não ousam fazer previsões. Trump é errático e pode atirar para todos os lados. Deveriam pedir ajuda às "Madames Valérias" brasileiras que são capazes de antecipar em detalhes todas as desgraças econômicas principalmente aquelas que seus desejos ardentes projetam.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

A última chance de Neymar

 por Niko Bolontrin

Um olhada em jornais esportivos europeus mostra que o interesse na volta de Neymar ao Santos é mínimo e geralmente cauteloso. Ninguém dúvida mas ninguém avança em previsões sobre a real capacidade do jogador atuar em alto nível. Craque é, mas terá resistência física para exercer técnica e talento? 

A mídia brasileira parece acreditar. Canais nas redes sociais vibram e vários dão sinais de impulsão encomendada. Um ex-jogador chegou a viralizar uma "informação": um time da Premier League teria colocado na mesa uma proposta para levar Neymar. Não apareceu. Nem mesmo Miami sinalizou qualquer interesse.

Tudo isso indica que os próximos seis meses no Santos definirão o futuro de Neymar em termos de desempenho e imagem. Seis meses é  exatamente a duração do contrato. Os números alcançados em campo dirão ou não se o Neymar voltou. Se mostrar resistência e confiança certamente atrairá interesses. Em paralelo, um retorno à seleção brasileira também a vitrine.que ele precisa. Sabe-se que Neymar buscou propostas de times que jogarão o mundial da FIFA nos Estados Unidos. Esse seria um display ainda mais vistoso, mas não aconteceu. Então, boa sorte para ele no Peixe e no trem ainda sem rumo de Dorival Júnior.

Trump joga War no Salão Oval

Por ordem de Trump Google passa a nomear o Golfo do México como Golfo da América. Isso, por enquanto, apenas para visualização dos usuários estadunidenses.  Nos planos do desvairado, virão Oceano da América no lugar do Atlântico, Cataratas da América em vez de Niágara. O oligarca da Casa Branca administra o país como se jogasse War.

O clone de Trump

O bufão Milei vai construir cercas na fronteira da Argentina com o Brasil. Deve ser para impedir os hermanos de virem para Búzios e Camboriú.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Do Charlie Hebdo: "Trump, tapete vermelho para os fascistas"

 


Pela primeira vez a Lua é incluída pela WMF em lista de patrimônios mundiais em risco

Neil Armstrong já morreu, mas ele e outros astronautas
deixaram 96 sacos resíduos orgânicos na Lua. Foto NASA 

por José Esmeraldo Gonçalves 

A Lua acaba de ser incluída na lista de patrimônios mundiais ameaçados. A organização WMF (Fundo Mundial de Monumentos justifica a medida ao constatar que o satélite natural da Terra - tanto o meio ambiente local quanto os sítios históricos - está em risco. A pegada de Neil Armstrong, por exemplo, é uma dessas marcas memoriais de valor cultural. A sucata que sobrou dos módulos lunares, além de veículos dos astronautas (os pequenos "jipes"), robôs e sondas está espalhada na superfície lunar. Tudo junto soma mais de 180 toneladas, segundo a NASA admite. É lixo espacial, sim, mas tem significado histórico. A WMF teme que a retomada das missões tripuladas anunciadas por empresas privadas norte-americanas e países como China e Índia comprometa o acervo da exploração lunar. Estima-se que equipamentos e objetos largados na superfície lunar alcancem cifras de milhões de dólares. Empresários como Elon Musk demonstram interesse nesse "tesouro". E não se pode ignorar a perspectiva de que, em alguns anos, o turismo espacial se consolide. Turistas costumam arrecadar lembrancinhas por onde passam. Devem ser alertados que em meio a colecionáveis há na Lua um item inusitado da época das missões tripuladas: a Apollo deixou lá 96 sacos com conteúdo orgânico. Isso mesmo, ao lado da famosa placa fixada pelos astronautas ("Por toda a humanidade, nós viemos em paz"), os terráqueos presentearam possíveis visitantes extraterrestres com cocô e urina. 

A iniciativa da WMF tem um objetivo em paralelo à questão ambiental. O predator Elon Musk, que já enviou ao espaço um carro Tesla, pode ter planos inacreditáveis. Por exemplo, levar à Lua um estátua de Hitler, do qual é um admirador, construir um condomínio para trilionários no Mar da Tranquilidade ou, quem sabe, implantar uma usina nuclear para iluminar a face oculta da Lua. Não duvide, Musk já sequestrou até as estrelas. Experimente olhar para cima em uma noite clara, sem nuvens. Um belo céu estrelado? Não exatamente. Aquelas fileiras de luzes que parecem "constelações" ainda não nomeadas por astrônomos são os milhares de satélites estacionários da Starlink em uma altitude de até 500 km. Além de poluir o visual estelar, a "constelação" de Musk tem outro problema. Periodicamente, os técnicos do magnata têm que derrubar satélites queimados, quase sempre danificados pela radiação solar. Diz a Starlink que essas quedas são "controladas". Mas se até os foguetes da empresa explodem no ar... vai saber.  

domingo, 26 de janeiro de 2025

Oscar 1960 - O Brasil esteve lá. O filme Orfeu Negro foi premiado mas a França levou a estatueta


por Ed Sá

No momento em que o Brasil comemora  a histórica performance de "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, indicado ao Oscar nas categorias Melhor Atriz (Fernanda Torres), Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, vale lembrar o feito igualmente épico de "Orfeu Negro". Lançada em 1959, a coprodução francesa, italiana e brasileira dirigida por Marcel Camus ganhou o Oscar 1960 de Melhor Filme Estrangeiro. Embora falado em português, com elenco quase todo formado por atores e arrizes brasileiros, baseado na peça "Orfeu da Conceição ", de Vinícius de Moraes, com trilha sonora de Tom Jobim e Luis Bonfá, além de canções de Vinicius e Antonio Maria (o cantor Agostinho dos Santos interpetrou a célebre "Manhã de Carnaval"), filmado no Brasil , "Orfeu Negro" foi inscrito pela França, que levou a estatueta. Vinícius se inspirou no mito grego de Orfeu e Eurídice e ambientou a trama em uma favela carioca.

O filme de Camus foi também a primeira produção em lingua portuguesa a vencer o Oscar. Um pouco antes, em 1959, ganhou também a Palma de Ouro, em Cannes. No elenco, Breno Mello como Orfeu, a norte-americana Marpessa Dawn como Eurídice,  Lourdes de Oliveira, Léa Garcia, Adhemar Ferreira da Silva, Alexandre Constantino, Waldir de Souza, Chico Bôto, Jorge dos Santos,Tião Macalé e |Cartola.

sábado, 18 de janeiro de 2025

Os saraus da Ceres: patrimônio imaterial da República de Ipanema • Por Roberto Muggiati

Ceres Feijó.  Ao fundo, pintura de Ana Maria Maiolino
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Uma vista da mesa do pato, com as amendoeiras à janela. Fotos Theca Vasques

Começo do começo, por um casal corajoso: Ceres Feijó e Flávio de Aquino, que deixaram seus cônjuges para formar uma união eterna – ela com três filhos, ele com quatro. Um casal com um dom genial para compartilhar sua alegria de viver com uma seleta legião de amigos. Eu os conheci na Manchete em 1966 e, depois de uma temporada na Veja em São Paulo, aprofundei meu relacionamento com o Flávio na redação do EleEla, um antro de intelectuais, dirigido pelo escritor Carlos Heitor Cony. Enquanto “revista masculina”, entregávamos muito pouco ao leitor, ou quase nada: o que o Cony chamava de “mulherio” de nossas páginas coloridas eram fotos da franquia alemã da revista Jasmin, robustas valquírias de biquínis largões, pois na época toda nudez era castigada pela ditadura militar. Procurávamos valorizar nossa edição mensal com matérias inteligentes e sofisticadas: Mário Pontes com seus achados literários, Paulo Perdigão com as últimas novidades de Hollywood, Cinecittà e adjacências, Flávio der Aquino com sua fabulosa erudição em artes plásticas (lembro de um texto seu sobre a Vênus de Willendorf com suas nádegas e seios fartos) e eu tentando contestar o Sistema com o rock e a contracultura,  depois do AI-5, ficou totalmente proibido escrever sobre política. O próprio Cony – nas generosas sobras de tempo do fechamento – escreveu ali o romance Pilatos, que considerava sua obra mais criativa e transgressora.

Em 1978, editor da Manchete, pedi ao Flávio que escrevesse uma série sobre a História dos Papas. O tema se tornara atualíssimo com a morte de Paulo VI e a primeira eleição no Vaticano em 15 anos. E ganhou ainda mais força quando o sucessor, João Paulo I, morreu misteriosamente após apenas 33 dias de pontificado, o que levou a uma nova eleição, a do polonês Karol Wojtyla. Flávio ficou tão satisfeito com a publicação que ofereceu um jantar comemorativo no seu apartamento da Rua Alberto de Campos, em Ipanema, perto da Lagoa.

Muggiati, com o filho Roberto, Ceres, Flávio de Aquino, Burle Marx e Zulema Rida.
Fotos de Lena Muggiati. 
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O bom Flávio sofria de insuficiência renal e submetia-se a sessões regulares de hemodiálise. Nosso último encontro memorável foi uma viagem ao sítio de Burle Marx em Guaratiba. Flávio escreveria uma grande matéria sobre o paisagista, minha mulher Lena faria as fotos. Marx fez questão de nos levar para ver as molduras de portas e janelas de pedra de cantaria que havia comprado de um prédio demolido no centro do Rio. As preciosidades estavam numa parte elevada do terreno. Na descida, debilitado pela doença, Flávio chegou atrasado à biblioteca, onde Burle Marx tocava uma peça barroca num antigo harmônio de igreja. Mirou um convidativo sofá de couro e desabou sobre ele com todo o seu peso. Do couro ressecado, cheio de furos, jorrou um jato de pequenas penas brancas do enchimento, que se chocaram contra o teto e caíram lenta e silenciosamente como neve ao som de uma fuga de Bach. Fellini puro! 

Os anfitriões lendários de Ipanema eram o casal Guguta e Darwin Brandão, encastelados no seu apartamento da Rua Redentor, até a morte dele, em 1978. Flávio, o florianopolitano de alma carioca, também nos deixou, em 1987, no dia de São Sebastião. Passado o luto, a discreta Ceres começaria a empunhar o facho dos Brandão, com seu talento natural para a arte de receber. Em sua agenda anual destacavam-se duas datas: a feijoada do seu aniversário, no sábado mais próximo do 28 de julho; e o pato com lentilhas do Ano Novo. Simbolismos não faltam aqui: as lentilhas remetem à prosperidade e fartura. E Ceres na mitologia é a deusa da agricultura, vem dela a palavra cereal. 

Lembro-me de meus primeiros patos, no início dos anos 2000, na cobertura da Visconde de Pirajá, acessada por uma escada em espiral. Você tomava o elevador até o sexto andar, abria a porta e se via enclausurado num cubículo retangular forrado de espelhos, a única saída era escalar os três metros da pesada escada de madeira em caracol. A subida até que era fácil. A descida, difícil – quase impossível para alguns – depois de umas e muitas outras... Ao entrar no apartamento, você respirava o clima de montanha do ar condicionado e os aromas convidativos que recendiam da cozinha.  Mas, antes do pato, o papo, noblesse oblige. Ele rolava, animado pelo reencontro de velhas amizades e pelo nascimento de novas amizades, estimulado pelos melhores vinhos e uísques.   

Da rica entourage, devo esquecer alguns nomes, mas vou me esforçar para lembrar. Em certa ocasião, um décimo da Academia Brasileira de Letras estava presente: Cícero Sandroni, Ferreira Gullar, Zuenir Ventura (e sua primeira-dama Mary) e Ana Maria Machado, então presidente da ABL. A pintora Marília Kranz – a misteriosa Madame K das degustações do crítico de gastronomia Apicius – era assídua. O crítico de teatro e cinema Wilson Cunha e o dramaturgo e autor de musicais Flávio Marinho também, quando não estavam de férias na Europa. O mestre do design Karlheinz Bergmüller era outro dos comensais, ex-colega de Flávio como professor da pioneira Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) carioca, casado com a ex-fotógrafa Zulema Rida, mãe (do primeiro casamento) de Júlia Pentagna. Júlia casou com o cônsul da Alemanha no Rio, Michael Geier. Amigo da Intelligentsia esquerdista e simpatizante do PT nos seus prolegômenos, Michael prodigalizava viagens oficiais à Alemanha para seus amigos, de A[quino] a Z[iraldo]. Fui incluído na lista em fevereiro de 1979, com minha mulher, Lena Muggiati, fotógrafa de Manchete. Visitei as principais revistas semanais do país: Stern e Der Spiegel em Hamburgo, Bunte Illustrierte  em Offenburg, Quick e Bravo em Munique. Fomos também a Berlim, com direito a um concerto da lendária Philarmoniker. Michael Geier, que, depois do  Rio, serviu em rincões remotos como Ouagadougou, capital de Burkina Faso, se aposentou com brilho, como embaixador da República Federal da Alemanha em Roma e passou a morar em Berlim com Júlia. Esporadicamente, o casal veio ao Brasil, dando o ar de sua graça na casa da Ceres.

Nos últimos anos, o endereço da festa mudou: um belo apartamento de cobertura na Saddock de Sá, sombreado na frente pelas verdes copas das amendoeiras e, na varanda traseira, com uma vista deslumbrante da Lagoa Rodrigo de Freitas. Foi nesse novo cenário que reencontrei Beatriz, ex-Sra. Fernando Sabino quando ele era, em 1964, o Adido Cultural do Brasil em Londres e eu trabalhava no Serviço Brasileiro da BBC. Sabino e eu formávamos, com o jornalista Narceu de Almeida, os Três Mosqueteiros do Ronnie Scott’s Jazz Club, assistindo a shows memoráveis do pianista Bill Evans e do saxofonista Stan Getz.      

O Pato do Jubileu • Compareci ao pato deste ano na companhia de minha agente literária, Thereza Cavalcanti Vasques, que veio de São Paulo passar o réveillon no Rio e combinar a minha agenda de compromissos para 2025. Senti a falta de meu colega bolsista de jornalismo na França Zuenir Ventura, teria feito forfait por problemas de mobilidade. A gravurista Teresa Miranda, 96 anos, estava lá, lépida e fagueira. Guguta Brandão, aos 87, esbanjava jovialidade, como nos tempos em que recebia na Rua Redentor. Karlheinz Bergmüller, 96 anos, era esperado, mas não apareceu, talvez ainda estivesse pegando umas ondas na praia. Com certeza vai dar as caras no Pato de 2026. Dos filhos da Ceres, Quinca, com o marido Noronha, e Nando, com a namorada Verônica, prestigiavam a festa, assim como os filhos de Flávio de Aquino, Maria Helena e Roberto, que concilia miraculosamente as funções de funcionário da Receita Federal e percussionista de escola de samba. Conversei muito com Rosa Freire D’Aguiar, viúva de Celso Furtado e correspondente da Manchete em Paris nos anos 1970, recém-premiada pelo Jabuti por seu livro Sempre Paris. Atualmente ela traduz com Mário Sérgio Conti Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust. Perguntei a Rosa como se pode traduzir uma obra que começa com uma frase intraduzível: “Longtemps, je me suis couché de bonne heure”.

Ano que vem, muitos de nós estaremos de novo reunidos no sarau da Ceres. Esta história daria um belo filme. Eu o chamaria A um pato da eternidade.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Suécia já deu cartão vermelho ao VAR. Agora a Noruega quer acabar com a verificação eletrônica que só traz confusão para o jogo

 

No jornal português Público, edição de hoje, matéria sobre times da Noruega que se unem para acabar com o VAR nos jogos de futebol no país. Noruegueses alegam que a checagem eletrônica foi idealizada para aperfeiçoar as arbitragens. Ao contrário do previsto veio para confundir e despertar suspeição. 

Imaginem se os noruegueses conhecessem o VAR brasileiro, um foco frequente de confusões e desconfiança. Os times noruegueses ainda se queixam que pagam por algo que prejudica o futebol.

A Suécia já deu cartão vermelho ao VAR há muito tempo.

No Brasil a estrutura de verificação digital custa uma fortuna, empresas faturam em cima da geringonça e dificilmente o lobby instalado vai abrir não da  bocaça.

Boquita presidencial - Responda rápido: quem inspirou quem?

 

Trump durante uma das suas performances histriônicas nos palanque e...



...a reprodução de uma das infláveis mais grotescas no gênero sex doll. Fotos X e divulgação 

O primeiro presidente a assumir a Casa Branca levando uma ficha de condenado ameaça cometer crimes no exercício do poder

 

Capa da Istoé dessa semana

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Musk quer mesa no Salão Oval

 


por Flávio Sépia 

A capa da New Yorker com data de 20 de janeiro, dia da posse de Donald Trump, antecipa uma competição de egos que promete transformar a Casa Branca em um octógono de UFC. De um lado Donald Trump, do outro Elon Musk, o "czar" a quem o presidente eleito delegou podres poderes. Musk não vai aceitar papel de figurante. Desde que seu nome foi anunciado para "reorganizar os Estados Unidos" e torná-lo uma "corporação" eficiente, ele circula em Washington como se pisasse em tapete vermelho o tempo todo. 

A ilustração da New Yorker manda a mensagem: Trump  está de olho.

Bolsonaro tem representante no BBB 25

 

                    Reprodução X


por Ed Sá 

Viralizam nas redes sociais fotos do ex-atleta Diego Hypolito em momentos "fofos" ao lado de Bolsonaro e Michelle. Independentemente de qualquer coisa, ele entra na casa já com torcida dividida, no mínimo. Diego não pode reclamar. A cena bozotoca de sorrisos e afetos tem um preço. Provavelmente, ele agradecia o que Bolsonaro não fez pelo esporte.