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domingo, 2 de março de 2025

“Tomara que chova” antecipou “Cantando na chuva” • Por Roberto Muggiati

 


Um dos maiores sucessos do Carnaval carioca, a marchinha Tomara que chova, de Paquito e Romeu Gentil, é cantada por Emilinha Borba no filme da Atlântida Aviso aos navegantes (1950), com o par romântico Eliana-Anselmo Duarte e a dupla cômica Oscarito-Grande Otelo. A cena de Tomara que chova é coroada por um incrível balé “frevando-na-chuva”, que antecipa em dois anos o famoso número de dança de Gene Kelly em Cantando na chuva. VEJA NO LINK 

1950 - Emilinha Borba - Tomara Que Chova


Mais uma vitória para o nosso cinema, muito antes do Orfeu Negro e de Ainda estou aqui. Plágio inconsciente? Há controvérsias. Nos velhos  papos cinéfilos com Carlos Heitor Cony na Manchete, ele lembrou que o Brasil era um fetiche para o diretor de Cantando na chuva, Stanley Donen. Em 1984, Donen filmou aqui Blame it on Rio/Feitiço do Rio, primeiro papel importante de Demi Moore. (Outra vitória para nossas cores: por artimanhas do repórter Tarlis Baptista, a starlet de 21 anos posou seminua para EleEla...) E ainda tem mais Manchete na área: no final dos anos 1970, Tomara que chova foi um número de destaque no musical-besteirol de Wilson Cunha e Flávio Marinho, redator e crítico da Manchete, parodiando o musical transformado em filme Evita. Carnaval também é cultura. 

sexta-feira, 31 de maio de 2019

O guarda-chuva bombou nas redes sociais. Finalmente o ministério da Educação começou a trabalhar...

A chuva em Curitiba durante a manifestação deu simbolismo extra ao protesto. Reprodução.


Tatiana Vasconcelos e o utensílio que bombou na web. Reprodução Twitter.

por O.V. Pochê 

E Gene Kelly, coitado, entrou na crise brasileira como farsa.

O ator de "Cantando na Chuva" morreu em 1996 e foi poupado do vexame de ver a ridícula imitação que Abraham Weintraub fez da sua mais famosa coreografia.


Fico imaginando como foi a produção do clipe. O ministro da Educação acordou com Singin' in the Rain na cabeça. Acontece. A caminho do chuveiro, como se fosse coreografado por um Busby Berkeley, ensaiou os primeiros passos. Saiu-se bem nos movimentos, mas sentiu falta do poste para dar aquela rodadinha no ar. No boxe, sob o jorro d'água e apesar do espaço restrito, sentiu-se no cenário do filme e pulou pocinhas. Ouviu aplausos imaginários.  Depois do café, quando o motorista da repartição veio buscá-lo para o batente, o ministro ainda estava inebriado pelo próprio desempenho.

Avisado pela assessoria de que era apontado como culpado pelos cortes de verbas para a reconstrução do Museu Nacional, decidiu fantasiar a réplica.

Sua primeira agenda deve ter sido uma reunião com sua equipe de rede social para criar um clipe destinado a marcar época na política brasileira. Ontem mesmo, o guarda-chuva, o coadjuvante da cena, saiu da coreografia do ministro dançarino e foi para as ruas, além de viralizar na internet em centenas de memes.

Em termo de marketing, o resultado foi considerado tão bom que quem sabe serão estudadas outras produções político-hollywoodianas. Estão na fila musicais clássicos: Mary Poppins, O Mágico de Oz, Funny Girl, Agora Seremos Felizes e Cabaret. Deverão ser usados de acordo com a conjuntura política e a inspiração do Gene Kelly do governo.

Finalmente o ministério da Educação começou a trabalhar.