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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

O "Kama Sutra" das celebridades ou o "Carlos Zéfiro" dos famosos

por Clara S. Britto

A antiga mídia impressa do segmento Celebridades já foi acusada de apelar para "revelações" sobre a vida de artistas com o objetivo de vender revistas. Esse tempo passou. Atualmente, as próprias "celebridades" despejam as notícias  mais íntimas em sites, canais do You Tube, podcasts e redes sociais em geral. O 'mensageiro", principalmente publicações como Caras, Contigo, Quem, foi abduzido pelo mercado, perdeu relevância e espaço. Alguns títulos impressos resistem, mas  exibem números risíveis se comparados com a circulação que alcançavam nos anos 90 e 00. Contudo, o interesse do público pela "intimidade" dos "famosos" permanece voraz. A diferença é que as próprias celebridades e princpalmente as subcelebridades agora se encarregam de saciar a massa. Vejam o BBB 25. Um ex-atleta, por exemplo, já não sabe mais o que contar sobre traumas, acessos de pânico, humilhações, injustiças, traumas etc que sensibilizem a audiência. Aparentemente, o "coitadismo" funciona junto ao público. O dito ex-atleta seria um dos favoritos para ganhar o prêmio.

Houve uma época que as revistas corriam atrás de depoimentos sobre "síndrome do pânico". rolava uma espécie de epidemia no meio artístico. Atualmente, revelar assédios sexual e moral também marcam pontos.  Intolerância à lactose dá algum "ibope", mas não bomba.  Revelar os "podres" da Globo, geralmente em entrevistas de ex-globais e apenas quando convenientemente demitidos, faz sucesso nas redes. Um programa de entrevistas de uma humorista global também aborda desejos incendiários que as redes sociais frequentemente repercutem. Ocorre que a entrevistadora é especializada em escavar os porões sexuais das celebridades. Com habilidade, ela arranca algumas liberalidades das atrizes, como abrir acesso preferencial à back door, participar de trisal, se posicionar sobre o dilema "cospe ou engole". A lista é longa, a turma parece saber tudo sobre o Kama Sutra. Alfred Kinsey, o homem do Relatório Kinsey, um extenso dossiê sobre comportamento sexual que abalou os anos 1950, adoraria. 

Os podcasts vão mais fundo: arrancam dos entrevistados que já perderam a esperança de voltar à emissora-líder especulações vagas - eles têm o cuidado de não personalizar as supostas revelações - sobre uma série de "quartos" mantidos nos estúdios, o do "pó" e o do "sofá" entre outros. Jamais dizem que frequentaram tais  ambientes, mas sabem de alguém que foi lá.  

Em tempos já jurássicos, as revistas eram procuradas por celebridades ou assessores que ofereciam pautas sobre lançamentos de seus filmes, livros, peças, turnês, músicas. Por conta da divulgação muitos topavam dar entrevistas, mostrar as casas, permitir fotos em viagens etc. Nunca iam tão longe nas "revelações". Agora o buraco, não me interpretem mal, é mais embaixo. Qual o caminho para emplacar  "ganchos" que se transformem em pautas para podcasts, páginas de influenciadores com milhões de seguidores e canais do You Tube ou programas de fofocas da TV? Dizer que o entrevistado "topa falar sobre tudo? Parece.