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https://youtu.be/Vx3NBiQhQxQ?si=ALSsFjZmzbP6wIGh |
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Segundo The New York Post, o bilionário Peter Thiel, que fez fortuna no Vale do Silício, pretende mobilizar outros empresários para organzar em 2025 os primeiros jogos neoliberais, uma espécie de olimpíada com doping liberado. Os atletas terão liberdade para se entupirem de esteroides até a medula. E não só esteroides conhecidos. Thiel quer mobilizar a farmacêutica a desenvolver novos produtos para doping em todas as modalidades "aberta e honestamente", diz ele.
Não importa se os competidores dos jogos das drogas cruzarem a linha de chegada doidões ou subirem ao pódio trincados, o importante é que sejam testados os limites químicos dos atletas. Thiel imagina que isso estimulará os cientistas a criarem drogas e suplementos alimentares que melhorem a performance das pessoas com impacto na longevidade. Os jogos dos anabolizantes serão realizados em cidades com infraestrutura pronta e apenas com investimentos privados. Já existe uma candidata favorita a sede, mas a equipe do bilionário não revela qual.
Mais detalhes serão anunciados em 17 de abril, antes da Olimpíada de Paris que será aberta em julho. Os jogos neoliberais são chamados provisoriamente de Enhanced Games (algo como Jogos Aprimorados). Claro que não poderão usar os termos "olímpico" e "olimpíada", que são registrados pelo Comitê Olímpico Internacional. A escolha da data e do locala para o anúncio do torneio das drogas é uma clara provocação enquanto Paris se prepara para receber os Jogos de Verão. O Barão Pierre de Coubertin, idealizador das Olimpíadas da era moderna e que está enterrado ali perto, na Suiça, vai se revirar no túmulo com direito a twist carpado e outras piruetas de indignação.
por Leneide Duarte-Plon, de Paris, para o Red.Org
A polêmica em torno da declaração de José Genoino nos traz de volta à realidade do movimento BDS (Boycott, désinvestissement et sanctions). Para lutar contra a ocupação da Cisjordânia e o apartheid que Israel impõe aos palestinos que têm cidadania israelense (20% da população do país) – que os supremacistas judeus chamam de “árabes israelenses” para negar a identidade palestina do povo autóctone – foi criada, há alguns anos, a campanha BDS, um movimento internacional que tem como objetivo boicotar Israel, sua política colonial e de apartheid. O BDS promove boicote não somente econômico mas também universitário, cultural e político contra Israel, seus cidadãos e empresas.
Desde o início, o boicote cultural teve o apoio do músico Roger Waters, do escritor John Berger, da ativista Arundhati Roy, do cineasta Ken Loach, do cineasta franco-israelense Eyal Sivan, bem como de duas outras personalidades já desaparecidas: o uruguaio Eduardo Galeano e o cineasta Jean-Luc Godard. Para boicotar Israel, os cineastas citados decidiram não participar dos festivais de cinema israelenses.
Em setembro de 2009, o Conselho Ecumênico das Igrejas declarou estar convencido da necessidade de “um boicote internacional dos bens produzidos nas implantações israelenses ilegais (colônias) nos territórios ocupados”. O Conselho Ecumênico publica no seu site o apelo lançado em 11 de dezembro de 2009 pelo coletivo Kairos Palestina: “A moment of Truth; A Word of Faith, Hope and Love from the Heart of Palestinian Suffering” (este título faz referência explícita a um document datado de 1985 e publicado na África do Sul para lutar contra o apartheid). Entre os signatários do documento, está o centro teológico palestino Sabeel.
O regime racista da África do Sul
O movimento de boicote contra o regime racista da África do Sul levou ao fim do apartheid, como todos sabemos. O antigo líder anti-apartheid, Nelson Mandela – considerado um terrorista pelos supremacistas brancos que o condenaram a mais de 20 anos de prisão – mostrou como a história dos oprimidos obedece a um tempo lento no qual a Justiça acaba por se impor. O “terrorista” Mandela foi eleito presidente de seu país depois de ganhar o Prêmio Nobel da Paz no ano anterior.
Leia a matéria completa AQUI
Além de veículos, sites e jornalistas de extrema direita, o You Tube registra nas últimas semanas um tsunami de novos canais bolsonaristas que divulgam fake news travestidas de "análise" e "comentários". Tal ofensiva simultânea só se explica por impulsionamento e patrocinio. Ao mesmo tempo, tal qual aconteceu no período entre o golpe contra Dilma Rousseff e a eleição de Bolsonaro, a mídia dos oligarcas também mostra suas garras. O chamado jornalismo de guerra voltou a calçar os coturnos. Jornais como Folha, Estadão e Globo radicalizam seus editoriais e o direcionamento do conteúdo alegadamente "jornalístico". Na semana passada, a CBN reforçou seu time de comentaristas selecionando jornalistas identificados com posições de neoliberalismo extremado ou de direita light ou até hard. No caso da CBN, entre as novidades anunciadas há apenas um exceção: o democrata Bernardo Mello Franco.
por Leonardo Boff
Encontramo-nos no coração de uma espantos e generalizada crise na
forma como habitamos e nos relacionamos para com o nosso planeta,
devastado e atravessado por guerras de grande destruição e movido
por ódios raciais e ideológicos. Acresce ainda que a idade da razão
científica, criou a irracionalidade do princípio de autodestruição:
podemos pôr fim, com as armas já construídas, a nossa vida e grande
parte senão toda a biosfera.
Não são poucos os analistas da situação mundial que nos alertam
sobre o eventual uso de tais armas de destruição em massa. A razão
de fundo seria a disputa sobre quem manda na humanidade e quem
tem a última palavra. Tem a ver com o enfrentamente entre a uni-
polaridade sustentada pelos Estados Unidos e a pluripolaridade
cobrada pela China, pela Rússia, eventualmente, pelo conjunto dos
países que formam os BRICS. Se houver uma guerra nuclear, nesse
caso, realizar-se-ia a fórmula: 1+1=0: uma potência nuclear destruiria
a outra e juntos levariam humanidade e parte substancial da vida.
Dadas estas circunstâncias, vemo-nos na necessidade de puxarmos o
freio de segurança do comboio da vida, pois, desenfreado, pode se
precipitar num abismo. Tememos que este freio já esteja oxidado e
feito inutilizável. Podemos sair desta ameaça? Temos que tentar,
segundo a dito de Dom Quixote:”antes de aceitar a derrota, temos que
dar todas as batalhas”. E vamos dar.
Sirvo-me de duas categorias para aclarar melhor nossa situação. Uma
do teólogo e filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard (1813-1885), a
angústia, e outra do também teólogo e filósofo alemão, discípulo
notável de Martin Heidegger, Hans Jonas (1903-1993), o medo.
A angústia (O conceito de angústia,Vozes 2013) para Kierkegaard
não é apenas um fenômeno psicológico, mas um dado objetivo da
existência humana. Para ele como pastor e teólogo,além de exímio
filósofo, seria a angústia face à perdição eterna ou à salvação. Mas é
aplicável à vida humana. Esta apresenta-se frágil e sujeita a morrer a
qualquer instante. A angústia não deixa a pessoa inerte, mas move-a
continuamente para criar condições de salvaguardar a vida.
Hoje temos que alimentar esse tipo de angústia existencial face às
ameaças objetivas que pesam sobre nosso destino que podem ser
fatais. Ela é algo saudável, pertencendo à vida e não algo doentio a ser
tratado psiquicamente.
Hans Jonas em seu livro O princípio responsabilidade
(Contraponto,Rio 2006) analisa o medo de sermos colocados à beira
do abismo e nele cair fatalmente.Estamos numa situação de não
retorno. Não se trata mais de uma ética do progresso ou do
aperfeiçoamento. Mas da prevenção da vida contra as ameaças que
nos podem trazer a morte. O medo aqui é saudável e salvador, pois,
nos obriga a uma ética da responsabilidade coletiva no sentido de
todos darem sua colaboração para preservação da vida humana na
Terra.
A situação atual a nível planetário fugiu ao controle humano.Criamos
a Inteligência Artificial Autônoma que já independe de nossas
decisões. Quem, com seus bilhões e bilhões de algoritmos, impede
que ela possa optar pela destruição da humanidade? Temos como
controlar os tufões e terremotos, sem dizer os eventos extremos,
consequência da mudança climática? Não osbtante nosso saber
científico sentimo-nos impotentes face à força da natureza.
Primeiramente, temos uma tarefa a cumprir: cabe responsabilizarmo-
nos pelo mal que estamos visivelmente causando ao sistema-vida e ao
sistema-Terra,sem capacidade de impedi-lo ou freá-lo, apenas
minorando-lhe os efeitos danosos. O sistema de produção mundial
energívoro está de tal modo azeitado que não tem condição nem quer
parar. Não renuncia aos seus mantras de base: aumento ilimitado do
lucro individual, a competição feroz e a superexploração dos recursos
da natureza.
Além disso, importa responsabilizarmo-nos também pelo mal que não
soubemos no passado evitar física e espiritualmente e cujas
consequências tornaram-se inevitáveis, como aquelas que estamos
sofrendo como o aquecimento crescennte do planeta e a erosão da
biodiversidade.
O medo do qual somos tomados se relaciona ao futuro da vida e à
garantia de ainda podermos continuar vivos sobre este planeta. Em
função desse desiderato Jonas formulou um imperativo ético
categórico:
Aja de modo a que os efeitos de tua ação sejam compatíveis com a
permanência de uma vida humana autêntica sobre a Terra; ou,
expresso negativamente: aja de modo que os efeitos da tua ação não
sejam destrutivos para a possibilidade futura de uma tal vida; ou,
simplesmente, não coloque em perigo a continuidade indefinida da
humanidade na Terra” (Op.cit. 2006, p. 47-48). Nós acrescentaríamos
“não coloque em perigo a continuidade indefinida de todo tipo de
vida, da biodiversidade, da natureza e da Mãe Terra”.
Essas reflexões nos ajudam a alimentar alguma esperança na
capacidade de mudança dos seres humanos, pois, possuímos livre
arbítrio e flexibilidade.
Mas como o risco é global, impõe-se uma instância global e plural
(representantes dos povos, das religiões, das universidades, dos povos
originários, da sabedoria popular ) para encontrar uma solução global.
Para isso temos que renunciar aos nacionalismos e aos limites
obsoletos entre as nações.
Como se pode observar, as várias guerras hoje em curso são por
limites entre as nações, a afirmação dos nacionalismos e a crescente
onda de conservadorismo e de políticas de extrema direita afastam
para longe esta ideia de um centro coletivo para o bem de toda a
humanidade.
Devemos reconhecer: estes conflitos por limites entre as nações, estão
descolados da nova fase da Terra, tornada Casa Comum e
representam movimentos regressivos e contrários ao curso irresistível
da história que unifica cada vez o destino humano com o destino do
planeta vivo.
Temos uma Terra só e uma Humanidade só a serem salvas. E com
urgência pois o tempo do relógio corre contra nós. Cumpre mudar
mentes e nossas práticas.
https://leonardoboff.org/2024/01/25/puxar-o-freio-de-seguranca-face-a-gravidade-da-crise-atual/
Reprodução De Fato (link abaixo) |
Reprodução O Globo |
Ao mesmo tempo em que a tecnologia pode aprimorar a segurança nos centros urbanos, várias entidades estão preocupadas com os abusos, como demonstram as duas matérias recentes, acima, publicadas no portal De Fato e n Globo. Defensoria Pública e Ministério Público também registram casos de uso indevido dos novos recursos.
No Rio de Janeiro e, provavelmente, em outras capitais, há casos de montagem de bancos de imagem privados para reconhecimento facial que ferem a Lei Geral de Proteção de Dados e outros dispositivos legais. Fotos aleatórias de pessoas sem necessariamente objeto de culpa por algum delito ou com contas a prestar à justiça circulam em grupos de whatsapp clandestinos. São imagens colhidas em bares, restaurantes e no comércio em geral. No caso, não de trata de imagens dos circuitos internos de câmeras, mas de fotos feitas por celulares geralmente operados por seguranças ou até garçons. Tal prática parece mais frequente em Ipanema, Leblon, Copacabana e Tijuca. Os "alvos" vão desde quem se envolve em algum conflito ou discussão até simples clientes que os estabelecimentos resolvem "marcar" por qualquer motivo. As fotos ilegalmente colhidas e sem qualquer critério se espalham em grupos nas redes sociais. Os "alvos", embora não sejam necessariamente abordados passam a sofrer algum tipo de intimidação aonde quer que circulem. Não se sabe se tais bancos de dados privados são compartilhados com a polícia, provavelmente, sim, porque há indicios de que, em alguns casos, a polícia foi acionada pelo estabelecimento para verificar pessoas cujas imagens estariam no banco de dados ilegal. Nos casos conhecidos, invariavelmente a policia chegou, viu, nada constatou e foi embora. A prática, contudo, é potencialmente perigosa para quem passa a integrar esse tosco banco de reconhecimento facial privado.
Nos links abaixo você poderá ler duas matérias sobre o assunto.
https://defatoonline.com.br/uso-do-reconhecimento-facial-preocupa-entidades/#google_vignette
https://paniscumovum.blogspot.com/2024/01/reconhecimento-facial-o-uso-publico-e-o.html
Passageiro de avião no Brasil paga caro para sofrer desde o momento em que adentra o aeroporto. Na verdade, o pobre diabo faz o check in sem ter 100% de certeza se vai embarcar e decolar. Tudo pode acontecer. Uma greve deixa passageiros no chão em dezenas de aeroportos brasileiros. Detalhe: a greve foi na Argentina.
Ocorre que as companhias aéreas trabalham atualmente como os lotações dos anos 50/60 do século passado. Para as novas gerações, eu explico. Os lotações eram ônibus precários e montados em chassis de caminhões usados e que paravam em qualquer lugar. Barulhentos e pilotados por motoristas enlouquecidos que ganhavam por "viagem" e por isso disparavam no trânsito "costurando" o engarrafamento na velocidade mais alta possível. Um mesmo veículo podia rodar a cidade por mais de 16 horas com o motor fumegando.
As companhias aéreas já dispuseram de aeronaves em reservas que podiam cobrir emergências como essa da greve na Argentina. Não mais. O avião que decola de Buenos Aires atende a vôos domésticos no Brasil. Assim, o passageiro que esperava seguir de Fortaleza para Natal fica mofando no aeroporto porque "seu" jato está parado em Ezeiza. E isso acontece com frequência a cada evento que paralisa a malha.
Os jornais noticiam que o governo prepara ajuda para as companhias aéreas. O serviço é ruim e o preço das passagens é exorbitante. Há momentos em que um bilhete da ponte-área Rio-São Paulo custa mais caro do que uma passagem São Paulo- Nova York. Mesmo assim, os executivos estão fazendo lobby para que o governo inhete dinheiro e subsídios na operação. Até o momento Fernando Haddad, ministro da Fazenda com a responsabilidade do equilíbrio fiscal resiste.
É curioso. Os neoliberais pregam o estado mínimo e a privatização de tudo, até das próprias mães, se necessario, mas adoram subsídios e mamatas amigas. De preferência se parte da verba pública de "ajuda" pagar os bônus milionários dos executivos que em milagre contábil brasileiro costumam ser premiados até quando alegam prejuízos.
Tudo muda. A palavra de ordem é corte de custos. O jornalismo brasileiro já teve correspondentes que fizeram história. Na TV, Silio Boccanera, Sandra Sandra Passarinho e Pedro Bial. No meio impresso, o brilhante Reali Jr, entre muitos outros. Atualmente, são poucos. A maioria só sai da redação para gravar "externas" em frente à sucursal ou em pontos turísticos das capitais. Um dos correspondentes em Nova York costuma ler seu relato. No telepromter ou direto do portal do New York Times? Vai saber. Essa tendência se agravou durante a pandemia da Covid, o financeiro gostou, e o pessoal passou a cobrir guerras, por exemplo, apenas atravessando a calçada. Um ou outro ainda é escalado para cobrir eventos como os encontros de Davos e assemelhados em forma de jornalismo declaratório que as chefias parecem adorar. No mais, salve a internet. Os correspondentes internacionais dão like.
O anúncio acima foi publicado na Manchete. Uma nova campanha do extinto Ultima Hora divulgava nos anos 1970 o posicionamento do jornal como "carioca" com o objetivo de se diferenciar do então forte Jornal do Brasil e o poderoso O Globo. O UH aninciava como colunistas nomes como Artur da Távola, Zuzu Vieira, Gilda Muller, Marisa Raja Gabaglia e Daniel Más. Foi uma das inúmeras tentativas de reerguer o jornal que, em 1991, pediu falência. O Arquivo Público do Estado de São Paulo colocou na internet o acervo do Ultima Hora, edições de São Paulo e Rio de Janeiro.
Reprodução X.
Justa reivindicação. Se abrir uma startup religiosa você terá direito a um monte de isenções. Além disso, pode botar a Ferrari e a mansão no Morumbi em nome da igreja neopentecostal. O jatinho e a casa em Miami também podem estar a serviço da evangelização. Se sobrar dinheiro, e sempre sobra, você investe em Bitcoins. O salário do jardineiro da mansão também pode ser incluído nas despesas religiosas, o motorista, idem. Se faltar verba no fim do mês, não se preocupe, peça uma emenda a um deputado da bancada da bíblia. Outra opção é abrir uma clínica de recuperação de dependentes químicos e descolar verbas federais, estaduais e municipais. Depois disso é só assinar a compra de uma cobertura na Quinta Avenida, em NY, ou na Avenue Foch, em Paris. E ainda vai sobrar um troco. Pode apostar. Isso é crítica à igreja? Claro que não. Este post se refere à indústria política montada no Brasil com a ajuda de políticos de todos os partidos.
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Foto Rede Manchete/Divulgação |
1962: Zagallo chega ao Chile. Foto de José Avelino |
1963: Zagallo e o poderos time do Botafogo com Manga, Quarentinha, Nilton Santos, Rildo, Garrincha, Amarildo... Foto Nicolau Drei |
1970: Zagallo comanda o Tri. Foto de Jáder Neves |
1974: Surpreendido pela Holanda, Zagalo encara a derrota. Foto Frederico Mendes |
Em 1998: o drama na França. Zagallo não resistiu às pressões "desescalou" Edmundo e escalou Ronaldo combalido para a final contra a França . |
Reprodução |
Há, contudo, o risco da aplicação equivocada e há grupos que fogem à Lei Geral de Proteção de Dados operando bancos de imagens ilegais. Em Brasília, segundo o portal Metrópoles, motoristas foram stalkeados por câmeras clandestinas. A investigação mostrou que falsas empresas privadas instalaram uma rede de câmeras pela cidade e em rodovias do DF. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), segundo o Metrópoles, identificou um esquema criminoso que monitorava o trânsito. Através de métodos sofisticados, os hackers captavam placas e levantavam dados e trajetos dos motoristas e os revendiam a interessados. Autoridades foram monitoradas e sabe-se que um delegado de polícia do DF passou a receber ameaças de hackers após ter seu carro monitorado.
No Rio de Janeiro, há registros de intimidação de pessoas por parte de "bancos de imagens" em grupos de whatsapp privados de restaurantes, supermercados e do comércio em geral. O problema é que nem sempre os alvos que os grupos selecionam terão cometido alguma irregularidade ou crime. Um desentendimento qualquer, reclamar da conta e do serviço, por exemplo, ou uma suspeita infundada pode levar alguém a ter a foto inserida no tal banco de dados informal. A imagem é compartilhada, espalha-se nos grupos e a grande maioria dos integrantes do esquema privado de vigilância provavelmente nem sabe porque o alvo está listado ali. Mesmo assim, a pessoa passa a ser fotografada sucessivamente em outros estabelecimentos. Indivíduos que não cometeram qualquer crime, embora não abordados, são intimidados pela situação inusitada, tornam-se "marcados", são seguidos ostensivamente. Situações de risco podem acontecer com origem em um "banco de dados" ilegal e tão informal quanto perigoso.
Vale lembrar que a Lei Geral de Proteção de Dados assegura o direito à privacidade e à proteção de dados pessoais, por meio de práticas transparentes e seguras, garantindo todos os direitos fundamentais. E isso é aplicável a todas os agentes ou empresas que coletam e tratam dados pessoais de terceiros. Além disso, a transparência é fundamental: devem ser adotadas regras claras e de fácil acesso para a captação de dados e imagens pessoais.
Aguarda aprovação na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pretende regulamentar o uso do reconhecimento facial, mas a proposta se refere apenas às forças de segurança pública e não enquadra o uso policialesco da tecnologia por grupos privados. Uma boa pauta para a mídia é levantar o funcionamento do reconhecimento facial, na prática, tanto nas instalações públicas quando privadas e "informais", como no exemplo citado acima. Quanto mais os abusos forem identificados, mais a tecnologia será útil para a segurança pública.
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Reprodução X |
A inspiração dos supremacistas brancos vem da Ku Klux Klan que enforcava pretos em macabras cerimônias até o começo dos anos 196O. Depois disso passaram a celebrar o assassinato impune de afroamericanos por policiais brancos especialmente nos estados racistas do sul do país.
Aqui, através de contatos frequentes com a extrema direita dos Estados Unidos, até mesmo realizados por "embaixadores" com mandatos, o fascismo bolsonarista cópia métodos e práticas dos radicais trumpistas. O atentado planejado contra Alexandre Moraes foi mais um exemplo. Estima-se que a campanha eleitoral desse ano para a disputa da presidência dos Estados Unidos será violenta. E, caso Trump se candidate efetivamente e vença o frágil Joe Biden, seu mandado será caracterizado pela vingança. Nesse caso, vamos precisar de todos os patuás dos orixás do universo iorubá.
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O repórter Álvaro Gribel, do Globo, fez a exclusiva com Haddad |
Retrospectivas do ano foram inventadas em redações de jornais e revistas para facilitar folgas das equipes nas festas de Natal e Ano Novo. A TV assimilou depois a fórmula confortável. |
Mas quem ganhou um presentaço, no caso, foram os programas de comentaristas como Estúdio I e outros em todos os canais. Geralmente esses coletivos de talk shows reúnem um tipo de júri dos fatos publicados. Eles ainda não dão notas às notícias nem, por enquanto, têm auditório, mas lembram as bancadas de Sílvio Santos ou Raul Gil. Estão lá para fazer a resenha dos acontecimentos e mostrar ao povão os mais variados e às vezes delirantes contextos que, na visão deles, os textos ocultam. Na prática, são cuidadores: eles se dão à nobre missão de amparar o telespectador desorientado.
A pauta do Globo com Haddad foi replicada em vários desses programas. Houve quem pegasse carona na matéria do repórter sem sequer citar o esforço do próprio para obter algo mais do que conversa jogada fora em roda de violão de analistas.
É isso: a notícia hoje é um adereço factual. O repórter é a "ala da força" que vem atrás da grande alegoria: a "interpretação" da notícia. Não mais importa o que um entrevistado diz, mas o que ele "quis dizer". Às vezes, por exemplo, o analista abre sua fala com um didático e telepático "o que Lula quis dizer".
Não se sabe como eles apuram honestamente um "quis dizer".
A Era Milei
* O Brasil perderá um grande ídolo da música.
* Milei acaba com a Justiça na Argentina. Conflitos serão resolvidos em escritórios de advocacia terceirizados. Pendências policiais serão esclarecidas em duelos privados entre os contendores.
* Idosos argentinos não terão mais amparo estatal. Trens com vagões de gado e carretas idem transportarão o velhos improdutivos para a Patagônia. Agasalhos e remédios serão por conta das famílias dos indigitados.
* Economistas brasileiros ligados ao mercado organizam caravanas rumo à Argentina para ver de perto a revolução neoliberal e de extrema direita do ídolo Javier Mijei. A GloboNews vai cobrir a excursão. Alguns economistas ficarão em estado orgástico ao afagar a cabeleira do Milei.
* O Vasco escapa do rebaixamento na última rodada do Brasileirão 2024.
* A Câmara dos Deputados cria as chamadas Emendas Sobrenaturais. Consiste recolher os "direitos" de deputados falecidos que não tiveram tempo para usar a verba pública. A ideia é redistribuir o troco dos ausentes entre os deputados efetivos.
Ligações paraguaias
* Bolsonaro é visto fazendo campanha eleitoral no Paraguai. É que alguns prefeitos e vereadores que ele apoia estão foragidos na fronteira.
* O Flamengo consegue que a prefeitura do Rio pague a construção do seu novo estádio em terreno público pertencente à Caixa. O clube cujo presidente é bolsonarista alegou que apoio o Fla dá voto. A Caixa deve cair nessa.
* A Guerra da Ucrânia só vai ser resolvida se a conferência de paz incluir boca-livre de vodca. Zelenski é dependente químico da guerra. O PIB da Ucrânia cresceu em 2023 cerca de 5% turbinado por dólares e euros dos Estados Unidos e União Européia. Isso pode ser mais um obstáculo à paz.
* Em 2022, ainda durante a transição, Lula pediu ao Papai Noel 100 deputados de presente. Não conseguiu. Papai Noel disse que não é Elon Musk. PT e Lula Rmrenovarão o pedido neste 2024. Com poucas de esperanças.
* Papa Francisco irrita a extrema direita ao nomear Isabelita dos Patins como bispa emérita.
Emenda parlamentar o sufoco
* Depois de construir o tempo de inspiração romana em São Paulo, "bispo" Macedo vai promover corrida de bigas na Avenida Paulista e luta de gladiadores contra umbandistas no Estádio do Morumbi. Tudo com verba federal.
* Deputado federal de Alagoas é encontrada desmaiado e sufocado por emendas secretas.
* Neymar volta a jogar no segundo semestre desse ano. Infelizmente ele tropeça na bandeirinha de escanteio e, segundo os médicos, ficará no estaleiro por mais seis meses.
* Carlos Bolsonaro é internado no Pinel. Ele tem tido pesadelos e wet dreams com Stálin, Guevara, Luis Carlos Prestes e Queiroz. Também tem problemas com as chamadas classes mais baixas. Compreensível, a família inteira só sobreviveu à custas de verbas públicas.
* Pastor assedia ovelha.
* Importante nome da TV falecerá no segundo semestre
* Novidades sobre Neymar. Ele se apresenta em agosto ao Al Hilal após se recuperar de lesão. Mas ao voltar a campo ele tropeça em um chumaço de algodão e machuca metatarso, tíbia, fíbula e falanges. Vai se recuperar na mansão do parça Bolsonaro.
* O Sul será castigado por enchentes. Células nazistas foram vistas à deriva.
TV aberta em crise
* Audiência da TV aberta cai tanto no Brasil que as pesquisas serão feitas apenas em um grupo representativo do Whatsapp que reúne Silvio Santos, os irmãos Marinho, Bispo Macedo, João Saad, Amilcare Dallevo, Luciano Huck, Mônica Waldvogel, William Bonner, Luva de Pedreiro, Ana Castela, Padre Kelman, Demétrio Magnoli, Gabigol e Ana Maria Braga.
* O mundo vai respirar aliviado: a Terceira Guerra Mundial não vai começar na Guiana. As principais potência nucleares desistiram do conflito por não conseguir localizar o país no Google Maps.
* O Congresso Nacional vai criar um Banco Central próprio para administrar seu Produto Interno Bruto cujo montante se aproxima do PIB brasileiro. É que deputados e senadores aprovarão nova leva de emendas bilionárias. Emenda Deputado Mais Velho, Emenda Senador Mais Jovem, Emenda do Solteiro Mais Cobiçado, Emenda da Deputada Mais Simpática, Emenda do Senador Mais Amigão, Emenda do Deputado Deixa Comigo.
* Crime político no Brasil. Assassinato de líder choca o país.
* O Congresso vai tirar tanto dinheiro do Executivo que Lula vai pedir Pix à população pra pagar a conta de luz do Palácio do Planalto.
Mãe de deputado ganha pensão eterna
* A Câmara dos Deputados criará sua própria Casa da Moeda. Suas excelêcias poderão imprimir cédulas de Real com a foto de Arthur Lira.
* Político bolsonarista construirá casa em Miami com verba do programa My Home, My life.
* Político neoliberal tentará aprovar projeto em que mães de deputados são estatizadas e passam e ser mantidas com verbas de impostos sobre casas de swing.
* Arábia Saudita poderá processar Neymar caso ele não volte à forma. Pretexto será suposto descuido do atleta durante a recuperação.
* Brasil perderá Copa América. Argentina será campeã.
Político superfatura o próprio enterro
* Brasil ficará aquém do número de medalhas esperadas nos Jogos Olímpicos de Paris
* Morre ídolo sertanejo em acidente de carro em estrada do Centro-Oeste.
* Morre político brasileiro conhecido por superfaturar obras. Enterro pago pela Câmara está sob investigação.
* Milícia carioca instalará sede administrativa na Barra da Tijuca.
* Beija Flor será campeã do carnaval carioca.
* Incêndio em São Paulo abalará o Brasil.
Campo de golfe na Faixa de Gaza
* Maduro deixará a presidência da Venezuela e viaja para a Nicarágua. Situação ficará indefinida por meses.
* Lista de novos milionários da Forbes terá cinco ucranianos. É que o PIB do país em guerra crescerá pelo segundo ano consecutivo.
* Faixa de Gaza será transformada em campo de golpe por empresários israelenses.
* Só sobreviverão dois lideres do Hamas, um venderá esfiha na Tijuca e o outro abrirá loja de burca na Arábia Saudita.
* Emmanuel Macron se divorciará e é visto com namorada de 77 anos. Jornal francês vaza mensagem em que ele se queixará de que a ex-mulher era muito nova para o seu gosto.
Colonoscopia revela corrupção
* Político bolsonarista será submetido a colonoscopia de emergência e médico chama a polícia: câmera mostrará que ele carregava na zona retal cerca de 100 mil reais. "É dinheiro honesto da verba partidária", dirá o político. Entre o material extraído havia uma foto do Bolsonaro.
* Putin é reeleito. Voto impresso confirma.
* Trump é eleito presidente dos Estados Unidos. Biden foi visto nos jardins da Casa Branca comemorando a "reeleição".
* Trump fará um governos de vingança e retaliações.
* Convencido por assessores, Biden reconhecerá a derrota e parabenizará Gerald Ford pela vitória.
* Agrava-se crise financeira da Alemanha. País pedirá à Ucrânia dinheiro emprestado ou antecipação de pagamento de armas entregues a Zelenski.
* Anitta lançará 3.235 singles em 2024. Spotfy dirá que a memória da plataforma está cheia e pede que ela dê um tempo.
* Depois da acusação em redes sociais por ter usado aplicativos para corrigir voz em show em Salvador, Anitta vira polêmica por usar supostamente inteligência artificial na criação de músicas e letras
* Igreja pede ajuda a Lula para construir o parque temático JesusLand."Imersão no Paraíso", *Um dia com Adão", "Visita a entes queridos falecidos", "Carrossel das Curas" serão algumas das atrações.
* Datena desistirá de concorrer a vice prefeito e muda de partido pela 120° vez.
* Com o aumento das verbas para emendas, fundo eleitoral e fundo partidário, 133 deputados entram na lista de homens mais ricos do Brasil.
* Kim Jong Un ameaçará lançar uma bomba nuclear na Coreia do Sul. Só desistirá quando alguém lhe mostrar o mapa dos dois países.
Turistas morrem em voo espacial
* Nave que levava turistas espaciais explode e tira do Rio de Janeiro o título de destino mais perigoso do mundo.
* O Globo encerra edição impressa. Estadão vira jornal mural e Folha chega às ruas distribuída no verso de folhetos de casas de massagem. São os desejos da esquerda.
* Previsões do mercado mostram que inflação no Brasil vai a 35% em 2024. O colunista Sardenberg apostará que vai 50% e com Argentina em progresso extraordinário o Brasil pedirá dinheiro emprestado a Milei.
* IBGE informa que 8 em cada 10 jovens brasileiros são MC. Os outros 2 são DJ.
* Luciano Huck anunciará sua candidatura a presidente nas eleições de 2026 e 2030.
* Gabigol baterá seu próprio recorde de cartões amarelos em 2024.
* Rei Charles ameaçará abdicar do trono caso família real não pare de vazar intimidades da corte.
* Sergio Moro perde mandato e anuncia que vai escrever livro "Minha tragetória contra a corrupição çalvou o Brasil". Ele pede que depositem "piqs" para ajudar na sua renda "mençal".
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Carlo Ancelotti não deixou apenas a CBF no vácuo. Ele deu um drible da vaca em grande parte dos jornalistas esportivos. Alguns mais experientes, desconfiaram desde o início, mas coleguinhas de destaque embarcaram no primeiro de abril fora de época pregado pela CBF. Houve muito deslumbramento, houve até quem confirmasse que a vinda de Ancelotti para treinar e seleção e tentar tirá-la da fracassada trajetória em duas Copas na chamada Era Tite estava confirmadíssima e havia acordo assinado. Não havia nem papel assinado, nem o interesse de Ancelotti.
O treinador do Real Madrid nunca deu sinais reais de de que deixaria um dos principais times da Europa para encarar uma aventura tropical. Foi um devaneio da CBF para levantar o próprio astral após o desastre no Catar. Foi como jogar milho para a mídia esportiva se distrair por uns tempos.
Fantasia à parte, o ano termina mal na vida real para a CBF. Intervenção, FIFA ameaçando punição por interferência judicial na entidade (risco de afaastamento de competições), seleção encrencada nas Eliminatórias e com treinador interino que dificilmente será efetivado em razão do desempenho sofrível. Em meio a tudo isso, até que o ridículo episódio Ancelotti deu leveza a um ano pra esquecer.
A CBF contou uma piada e a mídia acreditou...
Joel Santana está disponível.
por Ed Sá
O trágico Caso Choquei - o site de fofocas que publicou a fake news que angustiou a menina Jéssica Canedo e a levou ao suicídio; a parceria de influencers famosos com portal que promove o jogo do "aviãozinho" e recebeu queixas de internautas que acusam a empresa de não pagar os ganhadores de quantias mais altas; e o Girabank, montado em sociedade com influenciadores e que é acusado de impedir o resgate de depósitos dos contistas, acendem alerta nas redes. Em foco, o pessoal que tem milhões de seguidores e usa esse poder para recomendar produtos financeiros e muitas vezes impulsionar fraudes ou simplesmente publicar fake news, notícias maldosas e irresponsáveis. São as plataformas 171.
Já passou da hora de o Brasil aprovar legislação que responsabilize os donos dessas páginas por manipulação dos seus seguidores, autoria direta e cumplicidade em esquemas fraudulentos e em agressões e crimes variados. Se houver regras legais sobre isso talvez os influenciadores passem a atentar para a ética e investigar seus patrocinadores antes de ajudar muitos pilantras a enganarem milhares de pessoas.