A dinheirama entra na megasacola em forma de isenções de impostos, de dotações, "subvenções sociais" e de "convênios" com órgãos públicos. São entidades de "assistência", de terceirização, clínicas de "desintoxicação", creches, eventos apoiados etc.
A boiada financeira passa praticamente sem fiscalização. E, diante do poder político da máquina evangélica, é difícil considerar que haverá no futuro uma investigação de lavagem desse dinheiro não carimbado. O campo é fértil. A existência da "legalização" de quantias de origem duvidosa e até criminosa já foi constatada em casos noticiados pela mídia. No ano passado, em São Paulo, uma organização criminosa foi acusada de comprar sete igrejas evangélicas com o objetivo de tirar o diabo da ilegalidade do corpo dos seus lucros.
A cascata de isenções não é apenas fiscal, é moral, ética e penal. Há líderes religiosos com os pés tão fincados na terra que gastam mais tempo como CEOs da máquina política e financeira do que preocupados com ativos espirituais.
A bíblia menciona o céu como lugar de felicidade, onde não há sofrimento ou pecado. Pois muitos privilegiados já chegaram lá. O paraíso está no caixa do dinheiro público.
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