domingo, 22 de janeiro de 2023

Mídia - Nos jornais de hoje, o drama incômodo dos ianomâmi não ganha destaque




Ianomâmi em estado de desnutrição extrema. Reprodução Instagram 

Ontem, o Brasil acordou em choque. Na última sexta-feira caíram na rede fotos dramáticas da lenta agonia de crianças, adultos e idosos em uma das aldeias ianomâmi. As imagens foram distribuídas pelos líderes indígenas. Ontem, o presidente Lula partiu com urgência para Rondônia levando oito ministros na comitiva para providências imediatas para salvar a etnia. Somente este ano morreram 99 crianças. Quase 600 faleceram nos meses anteriores vítimas de desnutrição, pneumonia fome e contaminação por mercúrio lançado nos rios pelo garimpo ilegal que avança nos territórios das tribos. 

Os ianomâmi vivem um caos sanitário que tem as digitais criminosas de Jair Bolsonaro, seus ministros e seu vice-presidente. 

Em operação ativa desde 2019, o governo passado apoiou o garimpo e, em consequência, o narcogarimpo, desprezou e oprimiu os indígenas, desmontou a fiscalização e incentivou a brutalidade na Amazônia. Na prática, Bolsonaro, que muitas vezes proferiu frases racistas e ofensivas aos indígenas, liberou a barbárie na região onde hoje se concentram 20 mil garimpeiros ilegais. O quadro que se revelou ao país ontem vinha sendo denunciado nos últimos anos  - e ignorado - principalmente desde o começo de 2022 quando se agravou ainda mais.

As fotos divulgadas mostram indígenas esquálidos. São cenas inacreditáveis. 

Pois os três principais jornais da elite brasileira não deram grande importância à tragédia. Evitaram publicar as fotos dramáticas em uma espécie de "limpeza étnica" editorial. Dois deles deram chamadas na primeira página. O Globo nem isso. Nas páginas internas, pequenas e burocráticas matérias sem as fotos incômodas. Os jornais Estado de Minas e Correio Braziliense colocaram o assunto com maior importância nas respectivas capas. Para a maioria dos veículos foi como se o drama dos ianomâmi atrapalhasse o sábado dos editores que já estavam às voltas com a demissão do comandante do Exército. 

É óbvio que, considerando-se a hierarquização dos fatos, havia espaço para as duas notícias e com igual destaque. O chefe militar omisso quanto à tentativa de golpe e ao ataque aos poderes constitucionais foi descartado e rapidamente substituído. Já as mortes em Roraima vão permanecer na consciência dos governantes que não se identificaram com a causa indígena. 

Houve quem criticasse a criação do Ministério dos Povos Originários anunciada por Lula logo após a eleição. Pois aí está a razão. É para salvá-los antes que sejam exterminados. 

ATUALIZAÇÃO em 23/1/2022. O Globo finalmente destaca a tragédia dos ianomâmi. 


        

Rede Manchete, 40 anos depois - O depoimento de quem testemunhou o começo, o meio e o fim...

por Ed Sá

A Rede Manchete foi inaugurada em junho de 1983. Há 40 anos. Talvez esse relato de Claudio Hazan seja uma boa referência. Hazan revela uma conversa que teve com Adolpho Bloch em 1981, quando a Bloch Editores recebeu do governo militar as concessões de cinco canais para montar uma rede de televisão, o que se concretizaria em 1983. 

Segundo Hazan, Adolpho não era favorável ao projeto idealizado por seus sobrinhos Oscar Bloch e Pedro Jack Kapeller. Achava que o DNA do grupo estava na bem-sucedida editora de revistas e na gráfica. "Não é o nosso ramo. Um dia nós vamos nos sentar em um banco dessa praça (referindo-se ao largo em frente ao edifício-sede da Bloch na Rua do Russell, no Rio de Janeiro) e vamos recordar: "esse prédio já foi nosso". 

Adolpho faleceu em 1995, quando a Rede Manchete já enfrentava a grave crise que levou ao seu fim em junho de 1999, quando foi vendida para a Rede TV.. A Bloch Editores faliu em agosto de 2000 arrastada pelo tsunami administrativo e financeiro que inviabilizou a a TV. 

A Rede Manchete teve relativamente pouco tempo de capacidade plena de produção de uma programação de qualidade. Em 1989, com apenas seis de operação, houve a primeira tentativa de venda. Outras propostas fracassadas apareceram até o encerramento definitivo em 1999. 

Apesar disso, a Rede Manchete deixou suas marcas de excelência na história da televisão brasileira.  Vale citar o jornalismo ágil; novelas como Dona Beija e, principalmente o extraordinário sucesso de Pantanal, além de Ana Raio e Zé Trovão; lançou musicais inesquecíveis, como Bar Academia; inovou em séries, Xingu foi uma delas;  e realizou coberturas memoráveis de Copas do Mundo, Olimpíadas e Carnaval. 

Talvez investir em TV não tenha sido um decisão tão sem sentido assim. Olhando pelo retrovisor, vê-se que oi meio revistas impressas, a grande especialidade do Grupo Bloch, passou a ter os dias contados a partir do fim dos anos 1990, em processo lento, é verdade, mas inexorável. A Bloch ainda informatizou as redações, ensaiou entrar no meio digital, mas era tarde demais para as finanças combalidas da empresa e cedo demais para a verdadeira explosão da internet, como business, o que só ocorreu a partir do anos 2000. A televisão poderia ter sido uma ponte para o futuro do Grupo Bloch que não deu conta da tarefa que se revelou muito maior do que sua capacidade administrativa e financeira. Adolpho Bloch, como cita Hazan, foi profético. 

Claudio Hazan foi diretor-geral do Centro de Produção da Rede Manchete. Ele faleceu precocemente, mas deixou esse depoimento que circula há alguns anos no You Tube. 

https://www.youtube.com/watch?v=VMEOvQGMkpA

Mídia: Estadão prega conciliação com criminosos e terroristas

 

Reprodução Twitter 


Sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário destruídas, bolsonaristas agredindo pessoas em todo o país, participação de militares nos ataques e omissão de outros, tentativa de invasão da sede da PF, carros incendiados e apoiadores do ex-presidente fugitivo tentando lançar um ônibus de um viaduto sobre o trânsito, terroristas preparando explosão de bomba em aeroporto e o Estadão define a reação a esses crimes como "ressentimento". "E natural que Lula fale do 8 de janeiro a todo momento, mas um verdadeiro estadista não remói ressentimentos: ao contrário, deve agir para serenar os ânimos, e não atiçá-los", é o que escreve o jornalão. Na mesma linha, o Estadão deve achar Biden deveria esquecer a invasão do Capitólio e não acionar a justiça para os golpista. Deve entender que defesa da democracia não é uma obrigação de todos os presidentes.     

Imagine apenas se todas essas ações do 8 de janeiro não fossem patrocinadas pela direita. O Estadão estaria pedindo intervenção militar imediata. Como pediu em 1964 ao conspirar para a implantação da ditadura que defendeu com entusiasmo ou quando pregou a queda de uma presidente eleita como fez no golpe de 2016 ao propagar as mentiras e armações golpistas que "justificaram" o afastamento de Dilma Rousseff. E daquele golpe nasceram os ataques constantes à democracia que persistem desde então. 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Vida moderna - Coréia do Sul tem apartamentos de 3 metros quarados. É o cortiço gourmetizado. Sabia que Bangu 1, por exemplo, tem cela individual de 5 metros quadrados?

Um goshiwon na Coréia do Sul. Reprodução BBC Brasil

por Pedro Juan Bettencourt
A BBC Brasil publicou uma matéria sobre o goshiwon, os apartamentos de três metros quadrados oferecidos em edifícios na Coréia do Sul. Geralmente os box room são usados por estudantes ou idosos. São habitações com cômoda, banheiro e cama. Cozinha e lavanderia costumam ser coletivas, o banheiro também pode ser interno ou compartilhado, a depender do formato do apartamento. O Japão foi primeiro país a lançar um tipo de hotel com cápsulas para dormir adotadas por muitos executivos em viagem, mas o novo recorde minimalista para habitação permanente é agora da Coréia do Sul. Muitos goshiwon não têm janelas. O ar condicionnado - que nem todos têm - e o aquecimento é controlado pelo proprietário do edifício. O aluguel de um micro apê equivale a cerca de R$2 mil por mês, segundo a matéria da BBC Brasil. Na prática, são, digamos, um cortiço gourmetizado.

Os vereadores, em algumas capitais brasileiras, ainda não chegaram ao ponto de permitir a construção de microapartamentos de 3 metros quadrados, mas já avançam nesse sentido. Em São Paulo já é permitido costruir apê de 10 metros quadrados. No Rio de Janeiro, o código de obras determia o mínimo de 25 metros quadrados.

Para se ter uma ideia,o  presídio de Bangu 1, no Rio, tem celas de isolamendo com um total de 5 metros quadrados. A Papuda, em Brasília, onde estão os "patridiotas" bolsonaristas, coloca os políticos que vão em cana em celas de 25 metros quadrados, mas essas são para presos com direitos especiais. As celas individuais têm 6 metros quadrados. Claro que existem as celas coletivas superlotadas, mas essa é outra história.     

Mídia - Vandalismo jornalístico - O que a Folha pretende sugerir?


Folha de São Paulo, 19/1/2023

por José Esmeraldo Gonçalves

A foto de capa da Folha de São Paulo, hoje, foi feita pela fotógrafa Gabriela Biló em modo de múltipla exposição, que consiste em fotografar separadamente vários elementos e fundi-los em uma única imagem. O editor do jornalão deve ter delirado ao vê-la.  O carnaval não começou mas a Folha já vestiu uma fantasia digna do bloco dos sujos.

A imagem de Lula simplesmente ajeitando a gravata ganha nova e intencional leitura ao ser montada ao lado do ponto estilhaçado, qual marca de tiro, do vidro do Palácio do Planalto. Na leitura da foto publicada, um Lula de cabeça baixa, mão esquerda acima do peito, parece reagir ao impacto de uma bala no coração. 

Para os bolsonaristas radicais que se exibem armados nas redes sociais e prometem atirar no Lula é a cenografia do sonho acalentado. A Folha pode argumentar, em vão, que é apenas uma imagem que simboliza Lula acuado pelo terrorismo bolsonarista ou alvejado pela "presença militar" recorde no Planalto. Haverá um monte de versões.  O melhor para a Folha é assumir que tem assento no "gabinete do ódio".   

A foto que repercute nas redes sociais segue o estilo que o "jornalismo de guerra" da direita consagrou em 2016, quando a Veja fez uma capa com a cabeça do Lula decapitada, pingando sangue. Naquela ocasião, os editores da Veja devem ter corrido para o banheiro espalmando a capa como se fosse um pôster da Playboy. A Veja nem precisou pensar para criar a ilustração: copiou a Newsweek, que fez capa semelhante com Khadaffi; e a Time, que fez o mesmo com Donald Trump.
As primeiras páginas de jornais geralmente são discutidas pela cúpula das redações.
Imagino a turma em torno de uma mesa. "Do caralho", "Vai arrebentar, véio", "Vai quebrar a banca em Orlando";  "Manda aumentar o reparte da Papuda', "Carlos Bolsonaro vai amar"; "Vou avisar ao general Heleno, ele vai curtir"; "Liguei por Braga Neto, ele pediu um print", "Lacrou".      
   


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Terroristas trocaram de roupa na Papuda

 

"Patriotários" domesticados. Reprodução Instagram 

Tudo é seita. Por um momento achei que o "Racional Superior" (acima), de Tim Maia, estava de volta. Mas era que o racional inferior de sempre (Ed Sá)


Juntos e algemados...

Reprodução Twitter 

 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Terrorista reclama por ter sido preso "contra a vontade"

 

Reprodução Twitter 

Viva Gina! • Por Roberto Muggiati



Mais uma musa que se despede. Gina Lollobrigida, além de ter vivido muito, viveu bem. Mito sexual, comediante talentosa, fez sucesso ainda como fotógrafa. Tive o privilégio de respirar o mesmo metro cúbico de ar com ela no Carnaval de 1967, em seu apartamento no Copacabana Palace, quando me recebeu para uma entrevista exclusiva para a Manchete. Estava no auge da beleza, aos 39 anos – eu tinha dez a menos.

Havia um intérprete de plantão, o jornalista Alessandro Porro. Oriundo, dispensei os seus serviços. Ainda ingênuo, apesar de meus dois anos de Paris e três de Londres, impregnado da cultura dos anos 60 – rica em problemática e pobre em solucionática – perguntei a ela sobre “il problemma sessuale”.

Com um sorriso irônico, a diva me colocou no devido lugar:

“Problema sessuale? Non lo so, il sesso per me non è un problema. Forse lo sarebbe per lei".

Guardo do encontro nossa foto, eu o repórter de terno e gravata com as ferramentas do ofício.  Como 56 anos passam rápido...

(*) Gina Lollobrigida morreu nesta segunda-feira, 16, aos 95 anos, em sua casa, em Roma.


domingo, 15 de janeiro de 2023

Onde estão as musas? Houve uma época em que crises políticas produziam belas estrelas

por Ed Sá

Era uma espécie de tradição.

 Em meio às grandes crises políticas e escândalos que abalavam Brasília era praticamenente obrigatório que surgisse uma musa. Belas mulheres de alguma forma ligadas a  escândalos da vez como esposas, amantes ou apenas por trabalharem no Congresso ao lado de envolvidos estampavam jornais e revistas e, algumas delas, acabavam descolando um cachê para posarem nuas para a extinta Playboy. 

Como Monica Veloso, pivô da renúncia de Renan Calheiros à presidência do Senado, em 2007. O caso envolvia acusação de pagamento por uma construtora de pensão alimentícia devida por Renan, com quem Monica tivera um relacionamento.  Thereza Collor, então mulher de Pedro Collor, que fez a denúncia que disparou a investigação e o processo que resultou no impeachmente de Fernando Collor de Mello, não posou nua, mas agitou o Congresso ao chegar para depor exibindo belas pernas em saias curtas. A assessora parlamentar Denise Rocha, que ficou conhecida durante a chamada CPI do Cachoeira, por trabalhar no gabinete de Ciro Nogueira, integrante da CPI e por ter um vídeo erótico vazado, também foi parar nas páginas da Playboy. 


Camila Amaral foi a musa da CPI do Mensalão. Ela trabalhava no gabinete de Ideli Salvatti, integrantre daquela CPI. Notada pela mídia e lançada A fama, ela aceitou um convite para posra nua. A Playboy acabou e os escândalos se tornaram áridos, digamaos, no quesito beleza. Quem disputaria o título de musa nos últimos anos? Damares? Janaína Pascoal? Carla Zambelli? Bia Kicis? Cássia Kiss? Regina Duarte?. Regina, muito antes de se tornar bolsonarista fanática, posou para a revista Homem, em 1975, eram fotos "sensuais", não de nudez explícita. Resta, nesses dias difíceis, a Vovó do Pó, que se destacou no ataque terrorista de 8 de janeiro. É o que temos. Por fim, para as novas gerações, um PS: meninos, nós vimos!       

O Globo - Investigações identificam entre os terroristas de homicidas, traficante, estelionatários a fraudadores em geral

Reprodução O Globo, 15/1/2023

O Globo de hoje publica uma matéria que revela o DNA de alguns terroristas bolsonaristas. Mais prrecisamente,  expõe a folha corrida de vários deles. As identificações e depoimentos dos "patriotas" que assaltaram os palácios de Brasília têm mostrado que acampamentos e barreiras também abrigavam  marginais. No meio dos terroristas havia gente processada por homicídio, tráfico de drogas, estelionado e fraudes em geral. A que se tornou mais famosa foi Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a Vovó do Pó, condenada por tráfico de drogas. Não por acaso, a turba roubou objetos do Senado e do Planalto. segundo o minstro da Casa Civil, Ruy Costa, em entrevista ao Globo, também na edição de hoje,  as câmeras internas do Palácio do Planalto mostram tentativa de roubo de caixa eletrônico.  

  

De Vinicius de Moraes para Di Cavalcanti: "Hay que luchar, Cavalcanti" (*)

Palácio do Planalto: a  obra de Di Cavalcanti,As Mulatas, perfurada a faca
por terroristas bolsonaristas durante assalto às sedes dos Três Poderes  

Amigo Di Cavalcanti 

A hora é grave e 

inconstante. 

Tudo aquilo que prezamos 

O povo, a arte, a cultura 

Vemos sendo desfigurado 

Pelos homens do passado 

Que por terror ao futuro 

Optaram pela tortura. 

Poeta Di Cavalcanti 

Nossas coisas bem-amadas 

Neste mesmo exato instante 

Estão sendo desfiguradas. 

Hay que luchar, Cavalcanti 

Como diria Neruda. 

Por isso, pinta, pintor 

Pinta, pinta, pinta, pinta 

Pinta o ódio e pinta o amor 

Com o sangue de tua tinta 

Pinta as mulheres de cor 

Na sua desgraça distinta 

Pinta o fruto e pinta a flor 

Pinta tudo que não minta 

Pinta o riso e pinta a dor 

Pinta sem abstracionismo 

Pinta a Vida, pintador 

No teu mágico realismo! -- 

(*) Em 6/9/1964, o Brasil estava sob a ditadura instalada em 1/4/1964 quando Vinícius de Moraes escreveu um poema para Di Cavalcanti (trecho reproduzido acima), que comemorava 66 anos.


sábado, 14 de janeiro de 2023

Na capa da IstoÉ: a gangue do terror bolsonarista

 



Lojas Americanas venderam camisetas de Bolsonaro em 2018


Em agosto de 2018, Lojas Americanas deram força à  campanha de Bolsonaro com uma série de camisetas para promover o "mito", inclusive estimulando a política de armas. O BNDES tem dinheiro investido no grupo e, como todos os credores, pode ficar no prejuízo. O banco diz que tem "garantias bancárias". 

O executivo Miguel Gutierrez, que presidiu a companhia por 20 anos mudou-se para a Espanha em fins do ano passado. O novo presidente ficou apenas nove dias no cargo. Pulou fora ao descobrir um rombo de R$ 20 bi que rapidamente já se transformou em R$40 bi. Integrantes da diretoria da Americanas foram acometidos de paranormalidade, adivinharam o caos e venderem ações no ano passado e escaparam do desastre.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

O golpe que falhou e o primeiro "Ato Institucional" da Ditadura. 2








O batom na cueca suja dos golpistas.  O documento acima é uma espécie de Ato Institucional da ditadura.2 que  terroristas,  generais e aloprados  queriam implantar no Brasil. Criado o caos pelos terroristas que invadiram o Planalto,  o Congresso e o STF, Lula teria que convocar a GLO e o Exércíto entraria em ação. Lula de Flávio Dino não caíram na armadilha e decretaram apenas intervenção parcial no governo do DF. No link abaixo, leia o passo a passo do golpe que falhou. Mas, atenção, a democracia precisa ser defendida todo dia. De braços dados, terroristas e golpista continuam sendo uma ameaça à liberdade. 


1 VEJA AQUI O PLANO COMPLETO DA TENTATIVA DE GOLPE DOS MILITARES, VIA GLO, SEGUNDO PAULO ALMEIDA:

Ministro Múcio forçou a barra para que Lula liberasse uma ação militar chamada GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Era tudo o que os militares queriam para darem um golpe de Estado na sequência. +
(https://twitter.com/palma35d/status/1613560626177085443?t=oaulnZWBtQ_hhCV-ycj4JQ&s=03

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Aceita cartão? Tem nota fiscal pros amigos?

 


Medinho

 

Reprodução Twitter 

Lojas Americanas: cadê os 20 bi que estavam aqui!

 A "contabilidade criativa"  das Americanas é um espanto. O cara responsável pela coisa "errou" em 20 bilhões de reais. Uma simples "inconsistência" segundo os rapazes e moças da mídia para quem empresa privada é sempre perfeita. Nas redes sociais já há quem defenda que o governo federal tem que entrar com dinheiro para não deixar as Americanas fechar. Beleza. O governo toma ferro na arrecadação de impostos e ainda tem que dar uma ajuda?

Vamos rachar uma quentinha, okey!

 

Reprodução Twitter 

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

JORNALISTAS LIVRES - O DRAMÁTICO RELATO DE UM REPÓRTER AMEAÇADO POR TERRORISTAS BOLSONARISTAS ARMADOS

 



LEIA O RELATO COMPLETO EM JORNALISTA LIVRES 



Mídia - Folha de São Paulo gasta todo o dicionário para evitar a palavra terrorismo

A Folha de São Paulo, inclusive colunistas, está gastando o dicionário para não usar o verbete terrorismo quando se refere aos atos terroristas cometidos por bolsonaristas organizados. "Selvageria", "baderna", "vandalismo", "desordem", "golpismo", "violência", "algazarra" , "crime", "extremismo"...

Como o ato terrorista permanecerá no noticiário por mais algum tempo, é possível que os folhistas ainda usem vocábulos como "descontrole", "euforia", "zorra", "turbulência", "quebra-tudo", "histeria", "exaltação", "sinistro", "cataclisma"... 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

O fotógrafo Ricardo Stuckert teve suas câmeras e lentes roubadas por bolsonaristas

 

Reprodução Twitter 

Palácio do Planalto - Na depredação bolsonarista, o ódio à Arte



Antes e depois. Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI.


O atentado terrorista na Praça dos Três Poderes foi um ato político. O objetivo confessado dos bolsonaristas era criar o caos e, com isso, receber um suposto apoio das Forças Armadas.
Não deu certo, como se sabe.  

Ocorre que nas invasões das sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário que destruíram, os terroristas atacaram com especial furor as obras de arte. 

Bolsonaro e sua curriola passaram anos propagando o ódio à Cultura. Os adeptos do ex-presidente demonstraram na prática e na invasão de ontem ao Palácio do Planalto essa enorme raiva. 

Veja um levantamento preliminar divulgado hoje por Rogério Coelho, diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais. No caso, são os danos parciais registrados apenas do Palácio do Planalto.

 

No andar térreo:


Obra "Bandeira do Brasil", de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes ali instalados.

Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e quebradas.


No 2º andar:


O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi brutalmente vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços para só daí ter acesso às obras.


No 3º andar:


Obra "As mulatas", de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de diferentes tamanhos. A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude costumam alcançar valores até 5 vezes maior em leilões.

Obra "O Flautista", de Bruno Giorgi — a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$ 250 mil.

Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil.

Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck — exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.

Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel abriga as informações do presidente em exercício. Teve o vidro quebrado.

Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século XVII foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor desta peça é considerado fora de padrão.

O diretor de Curadoria dos Palácios Presidenciais, Rogério Carvalho, diz que será possível realizar a recuperação da maioria das obras vandalizadas, mas estima como “muito difícil” a restauração do Relógio de Balthazar Martinot.

"O valor do que foi destruído é incalculável por conta da história que ele representa. O conjunto do acervo é a representação de todos os presidentes que representaram o povo brasileiro durante este longo período que começa com JK. É este o seu valor histórico", comenta Carvalho. "Do ponto de vista artístico, o Planalto certamente reúne um dos mais importantes acervos do país, especialmente do Modernismo Brasileiro."

As informações são do site da Presidência da República. 

As crises que testemunhei e o Brasil que vejo agora. Por J.A.Barros

Na invasão ao Palácio do Planalto, os terroristas bolsonaristas quebraram móveis, equipamentos, vidros, roubaram armas e objetos. No Senado, furtaram presentes que governos estrangeiros haviam enviado ao Congresso. Uma escultura está desaparecida. Destruíran obras de arte e peças históricas. Atacaram jornalisas e roubaram pertences e celulares de pelo menos uma repórter. Os danos gerais ainda estão em levantamento, assim como o que pode faltar nos acervos e na documentação. Até o momento, mais de mil terroristas foram detidos.    

 

"Tenho acompanhado a história da política brasileira desde a queda do dr. Getúlio Vargas em 1945. Acompanhei a eleição do general Dutra e, muito mais, a volta do dr. Getúlio Vargas ao cenário político, sua eleição para presidente do país e a sua morte em 1954. Acompanhei a eleição de JK. que prometía fazer o Brasil crescer em cinco anos o equivalente a 50 anos. Trabalhou muito construindo Brasília, acabando com as linhas férreas em todo o país para favorecer as montadores de carros e de caminhões, assim como acabou com o serviço de cabotagem, os famosos Itas. E veio o tumultuado governo de Janio Quadros, que findou com a sua renúncia,  depois de decreto para proibir rinhas de galo, concursos de misses etc. Acompanhei a tumultuada posse de João Goulart - Jango - como presidente assim como com a sua queda, entrando em seu lugar aditadura milirar de 1964. Assisti a volta da democracia, com a eleição de Tancredo Neves - embora pelo colégio eleitoral da ditadura - e a posse de José Sarney como presidente deste Brasil em razão da morte do titular. Assisti a posse de Fernando Color e o seu  impeachment e a posse do melhor presidente que o Brasil já teve: Itamar Franco. Vi Fernando Henrique ser eleito e reeleito. Vi Luiz Ignácio Lula da Silva ser eleito e reeleito e, em seguida, a primeira mulher a ser eleita Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e logo após sofrer o impeachment que a afastou do poder, com o vice-presidente Michel Temer asumindo o poder. E vieram as novas eleições e, como surgido do nada, como um fantasma do passado, um ex-capitão do Exército é eleito, chamado Jair Messias Bolsonaro. E, com ele, seus filhos zelosos pelo poder a ele dado pelo voto do povo. E veio ésse novo presidente e veio a pandemia, um vírus maldito que ceifou mlhares de vítimas em todo o mundo. Quando a covid chegou ao Brasil, "o bicho pegou", na minha opinião. Em vez de dar todo o apoio ao povo brasileiro no combate a esse letal virus, Bolsonaro deixou o o povo sozinho, sem remédios, sem hospitais suficientes. Quando chegaram as vacinas para derrotar e proteger o povo contra o vírus, ele custou a se render à ciencia e aceitar a eficácia dso immunizante como salvado da humanidade. E vieram as novas eleições e o povo elege o novo presidente: Luis Ignácio Lula da Silva. Incondormado por não ter sido reeleito, Bolsonaro foge do Brasil e se refugia nos Estados Unidos. 

E aí acontece o que jamais pensei que poderia acontecer: uma minoría de manifestantes golpistas se revolta contra os poderes constituídos e, em ações típicas de terrotistas, invadem, como vndalos bárbaros, depredam e arrazam os prédios que são símbolos e casa dos Três Poderes Constitucionais. 

Ao que parece, sou, na verdade, uma testemunha histórica do processo político deste Brasil. 

Acredito que, após a arruaça promovida por uma minoría terrorista e insana, esse processo passara por grandes mudanças em defesa da democracia, com a imposição de procedimentos políticos, jurídicos e de segurança que, naturalmente, afetarão a sociedade brasileira. Para o bem."

A resposta das canetas: terroristas no busão

Em Brasilia, com o acampamento desfeito, cerca de 40 ônibus conduzem terroristas à sede da PF 

Os terroristas destruíram os prédios públicos, roubaram armas e objetos, mas esqueceram de quebrar as canetas de Lula, Alexandre Moraes e Flávio Dino. Agora, sem anistia, é preciso que outras canetas, as da Justiça, alcancem os financiadores do terror. Depoimento de testemunhas apontam para gente do agro, que pagou passagens, alimentação e diárias dos terroristas. Na ponta do financiamento podem estar o narcogarimpo, contrabandistas de madeira ilegal, de mineradoras desonestas, invasores de terras públicas e vendedores de armas ou setores corporativistas mais urbanos.

Quem insuflou os terroristas?

Para muitos deputados e senadores, empresários, jornalistas alistados no jornalismo de guerra e ódio, pastores-políticos, militares de pijama e da ativa, economistas, financiadores do terror, prefeitos e governadores hoje é o dia de pedir perdão e admitir que subiram na barca fascista e deram uma força a cada marretada dos terroristas, ontem. Se restou dignidade,  peçam desculpas. Enquanto os terroristas quebravam tudo,  agrediam jornalistas, roubavam, celulares e objetos do Congresso, STF e Palácio do Planalto, vocês deviam estar em casa digerindo o rega-bofe do domingo, mas são tão culpados quanto quem, para citar um exemplo, arrombou  prédios públicos e roubou obras de arte e armas. Suas digitais estão gravadas na orgia  terrorista de ontem. Perderam, manés.


domingo, 8 de janeiro de 2023

Brasília sob ataque terrorista dos bolsonaristas

 

No Senado Federal: esse é símbolo
do terror bolsonarista

As prisões após destruição 

Terroristas roubaram celulares de jornalistas e objetos dos palácios invadidos, inclusive armas e munições.

Terroristas bolsonaristas descem a rampa rumo a delegacia. Fotos reproduzidas do Twitter.

Foi a série de atos terroristas mais previsível da história. Durante a semana, nas redes sociais, o terror bolsonarista não só convocou publicamente apoiadores do ex-presidente a Brasília como detalhou o ataque. Nas mensagens eles previam botar 300 mil pessoas na Esplanada. Planejavam lançar 50 mil na invasão do STF, 50 mil no Congresso e 50 mil no Palácio do Planalto, com o restante da turba na baderna na Praça dos Três Poderes, "distraindo" a polícia. Só erraram no número total dos participantes. Eram cerca de 3 mil fanáticos bolsonaristas. Acertaram nas invasões e na destruição que espelharam nos palácios. A cena do que aconteceu no Senado, a primeira foto no alto desse post, define a mentalidade dos terroristas desse 8 de janeiro de 2023.

Moro chamando terrorismo de "protesto"

 

Reprodução Twitter 



sábado, 7 de janeiro de 2023

Fotomemória da bossa nova

 


Colunista do jornal Estado de Minas exibe nudez moral.

 

Reprodução 

Mídia: cavando trincheiras

O colunista do Globo Ascânio Seleme surpreendeu os leitores, hoje, ao anunciar que o jornal publicava sua última coluna. Ele não deu detalhes ou justificativas, apenas se despediu de uma longa trajetória no jornal dos Marinho. O Globo também não publicou qualquer explicação ou se despediu do colunistas. E Ascânio Seleme, para lembrar, foi diretor de redacão do jornal.

Pode ser coincidência, podem haver motivos até pessoais, mas, aparentemente, o "jornalismo de guerra"  acionado contra Dilma Rousseff no golpe de 2016 está voltando ao Globo, assim como à Folha e ao Estadão. Claro que os três jornalões faziam restrições ao governo anterior em várias áreas, menos a economia na qual estavam fechados com Paulo Guedes. Na sua coluna, Ascânio não deu foro privilegiado ao Guedes e o criticou muitas vezes. E é a economia que faz o Globo apontar para a oposição ao novo governo. Acredita-se que Ascânio não se enquadrava nesse novo figurino "centrão". Não por acaso os comentaristas do Globo já estão pautados para discutir a sucessão. Por mais absurdo que pareça, eles falam toda hora nas eleições de 2026 como se fossem amanhã. Estão com Tebet na ponta da língua. Na reserva, Alckmin e Tarcísio.

A propósito, o Globo tem na página 3  em certos dias da semana os seus, pelo menos dois, articulistas de "trincheira" para a radicalização jornalistica que vem aí. Exalam, embora disfarcem, certos princípios bolsonaristas, denotam preconceitos, um indisfarçado ódio às minorias, ironizam conquistas relacionadas à diversidade. Um deles é praticamente um "carlucho" com veniz, um Braga Neto de sapatênis. 

Não duvidem desse conhecido cartel de mídia: ele irá, se considerar necessário, para um acampamento virtual na frente de quartéis. Os três jornalões citados já fizeram isso muitas vezes ao longo da história desse Brasil que eles mantêm preso ao atraso econômico, social e à eterna injustiça. 

O DNA dos bolsonaristas de acampamento

Proteção para o ataque. Reprodução 

Muito além de memes, é preciso entender os bloqueios, os acampamentos na frente dos quartéis, as agressões, o ódio à imprensa, os atentados. 

Primeiro, o que a estética denuncia claramente: as aglomerações exibem, em maioria, um DNA neopentecostal. Os apelos emocionais, a histeria, os gritos, o choro, o descontrole, o desespero, o medo do cataclisma "comunista", o diabo no controle. Isso vem da pregação política dos pastores bolsonaristas. Nasce nas milhares de igrejas espalhadas pelo país. 

Antes que alguém diga que isso é preconceito ou intolerância, religião que faz política e faz campanha eleitoral para eleger bancadas, prefeitos, deputados etc, atua como partido. Prega ideologia e não a bíblia. Nesse sentido, a  violência que resulta desse coquetel místico, é política e partidária. 

Não é novidade ter uma religião por trás de uma tentativa de golpe de Estado. Em 1964, quando eram os católicos a turba que ia para as ruas, também houve ações golpistas ligadas à "fé" a serviço de interesses, financiadas por bancos, empresários e grandes fazendeiros etc. A mídia, na época, também engajada na conspiração antidemocrática, deu ampla cobertura às marchas com deus que pediam intervenção militar. Deu no que deu: torturas, perseguições, assassinatos e sequestros por parte dos militares que as marchas e a imprensa levaram ao poder sem leis. As senhoras que desfilaram brandindo imagens católicas pedindo ditadura morreram com crimes nas consciemências.

A imagem de um bolsonarista de joelhos, descontrolado,  doidão como muitos neopentecostais de acampamentos, lembra as sessões de expulsão do demônio em que ovelhas se submetem a sessões para defenestrar o demônio do corpo. 

Nas ruas, nos bloqueios e manifestações, os bolsonaristas não são nada cristãos: agridem pessoas, botam bombas em caminhão-tanque, atacam violentamente repórteres e cinegrafistas. Mesmo assim, fazem intervalos ao longo dos dias para orar a Jesus e para desfrutar da comida que apoiadores milionários, dos quais são terceirizados, lhes enviam. 

Reconsiderando em respeito aos religioso autênticos e não exibicionistas: o que menos tem.bessas aglomerações bolsonaristas é o espírito e a solidariedade do Jesus que eles diz seguir. Para usar a linguagem deles, estão precisando de um"livramento".