O colunista do Globo Ascânio Seleme surpreendeu os leitores, hoje, ao anunciar que o jornal publicava sua última coluna. Ele não deu detalhes ou justificativas, apenas se despediu de uma longa trajetória no jornal dos Marinho. O Globo também não publicou qualquer explicação ou se despediu do colunistas. E Ascânio Seleme, para lembrar, foi diretor de redacão do jornal.
Pode ser coincidência, podem haver motivos até pessoais, mas, aparentemente, o "jornalismo de guerra" acionado contra Dilma Rousseff no golpe de 2016 está voltando ao Globo, assim como à Folha e ao Estadão. Claro que os três jornalões faziam restrições ao governo anterior em várias áreas, menos a economia na qual estavam fechados com Paulo Guedes. Na sua coluna, Ascânio não deu foro privilegiado ao Guedes e o criticou muitas vezes. E é a economia que faz o Globo apontar para a oposição ao novo governo. Acredita-se que Ascânio não se enquadrava nesse novo figurino "centrão". Não por acaso os comentaristas do Globo já estão pautados para discutir a sucessão. Por mais absurdo que pareça, eles falam toda hora nas eleições de 2026 como se fossem amanhã. Estão com Tebet na ponta da língua. Na reserva, Alckmin e Tarcísio.
A propósito, o Globo tem na página 3 em certos dias da semana os seus, pelo menos dois, articulistas de "trincheira" para a radicalização jornalistica que vem aí. Exalam, embora disfarcem, certos princípios bolsonaristas, denotam preconceitos, um indisfarçado ódio às minorias, ironizam conquistas relacionadas à diversidade. Um deles é praticamente um "carlucho" com veniz, um Braga Neto de sapatênis.
Não duvidem desse conhecido cartel de mídia: ele irá, se considerar necessário, para um acampamento virtual na frente de quartéis. Os três jornalões citados já fizeram isso muitas vezes ao longo da história desse Brasil que eles mantêm preso ao atraso econômico, social e à eterna injustiça.
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