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Fotos Antônio Cruz/Agência Brasil - 18/12/2015 |
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
O Congresso já foi? O recesso começa semana que vem mas suas excelências já estão seguindo para a balada de fim de ano...
Bradesco lança campanha 2016 de abraços em tempos de cólera
Um dos maiores acontecimentos do mundo tem data e hora para acontecer no Rio de Janeiro: a Olimpíada 2016. Como patrocinador dos Jogos, o Bradesco lança uma campanha em que deseja, para o Ano Novo, abraços de celebração. Taí, vale a intenção.
Na última terça-feira, dia 15, no Teatro Bradesco, em São Paulo, durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, o ex-tenista Gustavo Kuerten, o Guga, fez um pequeno discurso ao receber o Troféu Adhemar Ferreira da Silva. "Vendo o exemplo de vocês, eu posso dizer que hoje é o dia em 2015 que eu senti mais orgulho de ser brasileiro. O esporte tem essa capacidade de envolver a gente, de emocionar. Eu cresci assim", disse, diante de uma platéia de atletas que estarão competindo na Rio 2016. Guga exaltou o esporte, o papel dos verdadeiros ídolos junto às crianças, a educação, a disciplina. Emocionado, pediu o fim da corrupção no país e colocou seu apelo em um plano maior, sem jogo político de poder, sem conotação partidária ou ideológica, sem ódio e sem medo. "Clamo aos nossos representantes, ao governo, a todos do poder público, que olhem para dentro desta sala, que vejam as pessoas que estão aqui e se espelhem. Por favor, sejam honestos, sejam brasileiros de verdade. Esqueçam o partido, a panelinha, lutem pelo Brasil. Nosso país merece". Guga foi aplaudido de pé.
Diretamente, nada a ver com a campanha do Bradesco, mas tudo a ver com o Brasil, que precisa de uns abraços nesses tempos de conflitos.
Veja o filme "aBRAce 2016", clique AQUI
Na última terça-feira, dia 15, no Teatro Bradesco, em São Paulo, durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, o ex-tenista Gustavo Kuerten, o Guga, fez um pequeno discurso ao receber o Troféu Adhemar Ferreira da Silva. "Vendo o exemplo de vocês, eu posso dizer que hoje é o dia em 2015 que eu senti mais orgulho de ser brasileiro. O esporte tem essa capacidade de envolver a gente, de emocionar. Eu cresci assim", disse, diante de uma platéia de atletas que estarão competindo na Rio 2016. Guga exaltou o esporte, o papel dos verdadeiros ídolos junto às crianças, a educação, a disciplina. Emocionado, pediu o fim da corrupção no país e colocou seu apelo em um plano maior, sem jogo político de poder, sem conotação partidária ou ideológica, sem ódio e sem medo. "Clamo aos nossos representantes, ao governo, a todos do poder público, que olhem para dentro desta sala, que vejam as pessoas que estão aqui e se espelhem. Por favor, sejam honestos, sejam brasileiros de verdade. Esqueçam o partido, a panelinha, lutem pelo Brasil. Nosso país merece". Guga foi aplaudido de pé.
Diretamente, nada a ver com a campanha do Bradesco, mas tudo a ver com o Brasil, que precisa de uns abraços nesses tempos de conflitos.
Veja o filme "aBRAce 2016", clique AQUI
Governo Federal lança site "Fatos & Boatos" para rebater notícias falsas que se transformam em "correntes" na Internet
por Flávio Sépia
É uma espécie de portal para o direito de resposta on line. Só que se destina, principalmente, a desmentir as famosas "correntes" que circulam na internet e que de inocente nada têm: podem causar danos a pessoas e instituições.
Certo noticiário político - e nem entra em questão, no caso, a ideologia da mídia - falha muitos vezes por conta de fontes indeterminadas, citadas como "palacianas", "funcionário de alto escalão", "dirigente do partido tal", um "fulano ligado ao ministro", "um amigo da coluna" etc. Um colunista escreveu, certa vez, que Lula estava "pensando em demitir" tal ministro. Sem querer querendo, o colunista inaugurou um método de apuração telepática setorista junto aos neurônios do ex-presidente. O recurso da fonte não-identificada, e o caso mais famoso é o do Deep Throat, do caso Watergate, é usado com muita parcimônia por grandes jornais internacionais. Simplesmente porque serve a tudo, é adaptável a grupos e intenções, ideal para espalhar "balões de ensaio", útil para o baixo jogo entre políticos que assim "plantam" notas que lhe interessam e indispensável a quem faz jornalismo de ficção.
Notícias falsas geram boatos ainda mais fantasiosos. Esses exercícios de ficção vão parar na internet e ganham mais adereços e efeitos especiais. Por mais absurdo que seja, já houve casos em que jornais e emissoras de rádio divulgaram "fatos" - como o de um suposto confisco de poupança - extraídos de uma dessas "correntes".
Mas o novo site não está voltado para a mídia impressa. Seu alvo é a boataria espalhada na web, que alcança um número infinitamente maior de pessoas, muito mais do que a soma das mídias tradicionais, e pode até causar graves danos como provocar corridas bancárias, atropelos de aposentados, pânico por suposto confisco de poupança, como o dito acima, além das questões de ofensas à honra de uns e outros.
Não é uma missão fácil, mas pelo menos os internautas terão outra referência para checar as "correntes" que rodam na web, geralmente criadas por má fé ou com objetivos políticos ou empresariais e até como instrumento de especulação financeira.
Daí, o site "Fatos & Boatos" - lançado pelo governo e que tem espaço para receber questionamentos sobre fatos ao próprio governo - será útil para mostrar o lado escuro da lua: a outra face da notícia que você nunca vê.
CONHEÇA O SITE "FATOS & BOATOS", CLIQUE AQUI
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correntes da web,
Dilma Rousseff,
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Fatos e Boatos,
Presidência da República,
site para desmentir boatos na internet
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Autopaparazzi: celebridades divulgam seus próprios flagrantes e bombam na web...
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Selena Gomez em selfie que bombou na rede. |
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Carol Castro surfando abalou o Instagram |
Entre um café e outro, smartphones à mesa, desocupados teorizavam hoje, no Starbucks, em um shopping da Zona Sul do Rio, sobre Instagram, afins, e os milhões de internautas que vasculham a rede, especialmente as contas das chamadas celebridades, em busca de notícias e fotos. Há alguns anos-luz, esse milhões eram poucos milhares e só podiam se conectar à banca mais próxima ou à sala de espera do consultório do dentista para ver em revistas impressas, como "Amiga", "Sétimo Céu", "Intervalo", "Capricho" etc, astros e estrelas na "intimidade". Dirigidas a um público, digamos, mais específico, as revistas masculinas pagavam milhões a atrizes e modelos para revelarem suas curvas em capas e em dez ou doze páginas coloridas. Dependendo do ineditismo da fotografada, tais edições tornavam-se um acontecimento nacional. Conclusão do bate-papo: essas antigas "plataformas", como dizem por aí, não têm mais a menor chance na atual conjuntura. Agora, é cada vez mais comum o autopaparazzo, algo que nem Fellini, que popularizou o termo no filme "La Dolce Vita", imaginou. Hoje, duas fotos - ainda mais em um dia em que o WhatsApp foi temporariamente desativado - "quebraram" a web: uma da cantora Selena Gomez, evento globalizado, e a outra, da atriz brasileira Carol Castro, um "terremoto" nacional. Selena estava em casa, nada para fazer, pegou o celular e fotografou-se de biquini. Seus fãs foram à loucura cibernética. Em poucos minutos atingiu mais de um milhão de acessos e recebeu 30 mil comentários. Mal a rede tinha sua audiência acalmada, a atriz Carol Castro quis dividir com os seus admiradores e seguidores uma foto insinuante onde se mostra em ângulo especial, saudável, praticando surfe. Em minutos, as duas imagens receberam milhões de cliques. Não há revista impressa que possa concorrer com essa linha direta entre celebridades e leitores. A razão dessa pensata? É que, em pelo menos duas mesas ao lado, a foto de Selena Gomez era o assunto em iPhones e Galaxies. Ninguém falava em STF, Dilma, impeachment, Cunha, lava-jato, Moro, Renan... É melhor esse pessoal começar a fazer selfies e esquentar os respectivos Instagrams para descolar algum ibope.
Em defesa da democracia
Artistas e intelectuais entregam nesta quinta-feira 17, aos três poderes, um manifesto em defesa da democracia e da legalidade, contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Leia a íntegra do manifesto:
Desde as eleições de 2014, vivemos um grande acirramento político que permeia as mais diversas relações humanas e sociais. Essa situação ganhou novos ingredientes a partir da eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados e, de forma especial, após este ser denunciado pelo Ministério Público Federal por seu envolvimento em atos de corrupção, possuindo contas bancárias no exterior e ocultando patrimônio pessoal.
Absolutamente acuado pelas denúncias, pelas fartas provas do seu envolvimento em atos ilícitos e enfrentando manifestações em todo Brasil contra a agenda conservadora e retrógrada do ponto de vista de direitos que lidera, Cunha, que já não tem mais nenhuma legitimidade para presidir a Câmara, decidiu enfrentar o Estado Democrático de Direito. A aceitação de um pedido de impedimento da Presidenta da República no momento em que avança o processo de cassação do deputado é uma atitude revanchista que atenta contra a legalidade e desvia o foco das atenções e das investigações.
Neste sentido, viemos a público repudiar a tentativa de golpe imposta por Eduardo Cunha, por não haver elementos que fundamentem esta atitude, a não ser pelo desespero de quem não consegue explicar o seu comprovado envolvimento com esquemas espúrios de corrupção. Não se trata neste momento de aprovar ou reprovar o governo ou a forma como a Presidenta da República, mas defender a legalidade e a legitimidade das instituições do nosso país.
Por outro lado, defendemos o cumprimento do Regimento da Câmara dos Deputados e da Constituição Federal, ambos instrumentos com fartos elementos que justificam a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Caso contrário, toda a classe política e as instituições brasileiras estarão desmoralizadas, por manter no exercício do poder um tirano que utiliza seu cargo de forma irresponsável para manutenção dos seus interesses pessoais. Apelamos às e aos parlamentares, ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal, autoridades cuidadoras da sanidade da política e da salvaguarda da ordem democrática num Estado de Direito, sem a qual mergulharíamos num caos com consequências políticas imprevisíveis. O Brasil clama pela atuação corajosa e decidida de Vossas Excelências.
Não aceitamos rompimento democrático! Não aceitamos o golpe! Não aceitamos Cunha na presidência da Câmara dos Deputados!"
"MANIFESTO EM DEFESA DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS"
'O Brasil vive um momento histórico em que a legalidade e as instituições democráticas são testadas, o que exige opinião e atitude firme de todos e todas que têm compromisso com a democracia.Desde as eleições de 2014, vivemos um grande acirramento político que permeia as mais diversas relações humanas e sociais. Essa situação ganhou novos ingredientes a partir da eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados e, de forma especial, após este ser denunciado pelo Ministério Público Federal por seu envolvimento em atos de corrupção, possuindo contas bancárias no exterior e ocultando patrimônio pessoal.
Absolutamente acuado pelas denúncias, pelas fartas provas do seu envolvimento em atos ilícitos e enfrentando manifestações em todo Brasil contra a agenda conservadora e retrógrada do ponto de vista de direitos que lidera, Cunha, que já não tem mais nenhuma legitimidade para presidir a Câmara, decidiu enfrentar o Estado Democrático de Direito. A aceitação de um pedido de impedimento da Presidenta da República no momento em que avança o processo de cassação do deputado é uma atitude revanchista que atenta contra a legalidade e desvia o foco das atenções e das investigações.
Neste sentido, viemos a público repudiar a tentativa de golpe imposta por Eduardo Cunha, por não haver elementos que fundamentem esta atitude, a não ser pelo desespero de quem não consegue explicar o seu comprovado envolvimento com esquemas espúrios de corrupção. Não se trata neste momento de aprovar ou reprovar o governo ou a forma como a Presidenta da República, mas defender a legalidade e a legitimidade das instituições do nosso país.
Por outro lado, defendemos o cumprimento do Regimento da Câmara dos Deputados e da Constituição Federal, ambos instrumentos com fartos elementos que justificam a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Caso contrário, toda a classe política e as instituições brasileiras estarão desmoralizadas, por manter no exercício do poder um tirano que utiliza seu cargo de forma irresponsável para manutenção dos seus interesses pessoais. Apelamos às e aos parlamentares, ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal, autoridades cuidadoras da sanidade da política e da salvaguarda da ordem democrática num Estado de Direito, sem a qual mergulharíamos num caos com consequências políticas imprevisíveis. O Brasil clama pela atuação corajosa e decidida de Vossas Excelências.
Não aceitamos rompimento democrático! Não aceitamos o golpe! Não aceitamos Cunha na presidência da Câmara dos Deputados!"
Artistas e intelectuais divulgam manifesto contra o impeachment
“Carta ao Brasil"
"Artistas, intelectuais, pessoas ligadas à cultura que vivemos direta e indiretamente sob um regime de ditadura militar; que sofremos censura, restrições e variadas formas de opressão; que dedicamos nossos esforços de forma obstinada, junto a outros setores da sociedade, para reestabelecer o Estado de Direito, não aceitaremos qualquer retrocesso nas conquistas históricas que obtivemos.
Independente de opiniões políticas, filiação ou preferências, a democracia representativa não admite retrocessos. A institucionalidade e a observância do preceito de que o Presidente da República somente poderá ser destituído do seu cargo mediante o cometimento de crime de responsabilidade é condição para a manutenção desse processo democrático.
Consideramos inadmissível que o país perca as conquistas resultantes da luta de muitos que aí estão, ou já se foram. E não admitiremos, nem aceitaremos passivamente qualquer prática que não respeite integralmente este preceito.
8 de dezembro de 2015
Afonso Borges, produtor cultural, Altamiro Borges, jornalista, André Klotzel, cineasta, André Iki Siqueira, escritor e documentarista, André Vainer, arquiteto, Anibal Massaini, produtor de cinema
Antônio Grassi, ator, Antônio Pitanga, ator, Antonio Prata, escritor, Arrigo Barnabé, compositor
Audálio Dantas, jornalista e escritor, Bete Mendes, atriz, Beto Rodrigues, cineasta, Betty Faria, atriz
Camila Pitanga, atriz, Carolina Benevides, produtora de cinema, César Callegari, sociólogo
Chico Buarque, compositor, cantor, escritor, Claudio Amaral Peixoto, diretor de arte e cenografia
Cláudio Kahns, cineasta, Clélia Bessa, produtora de cinema, Conceição Lemes, jornalista, Dacio Malta, jornalista, Daniela Thomas, cineasta, Dira Paes, atriz, Eduardo Lurnel, produtor cultural
Eliane Caffé, cineasta, Emir Sader, sociólogo, Eric Nepomuceno, escritor, Felipe Nepomuceno, documentarista, Fernando Morais, jornalista e escritor, Francisco (Ícaro Martins), cineasta, Gabriel Priolli,jornalista, Galeno Amorim, jornalista, Giba Assis Brasil, cineasta, Guiomar de Grammont, escritora e professora universitária, Hildegard Angel, jornalista, Ingra Liberato, atriz, Isa Grinspum Ferraz, cineasta, Ivo Herzog, diretor do Instituto Vladimir Herzog, Izaías Almada, escritor
João Paulo Soares, jornalista, José de Abreu, ator, Jose Joffily, cineasta, José Miguel Wisnik, músico
José Paulo Moutinho Filho, advogado, Jose Roberto Torero, escritor, Letícia Sabatella, atriz
Lincoln Secco, professor da USP, Lira Neto, escritor, Lírio Ferreira cineasta, Lucas Figueiredo, jornalista e escritor, Lucy Barreto, produtora de cinema, Luís Fernando Emediato, editor, Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema, Marcelo Carvalho Ferraz, arquiteto, Marcelo Santiago, cineasta
Marcos Altberg, cineasta, Marema Valadão, poeta, Maria Rita Kehl, psicanalista
Marília Alvim, cineasta, Marina Maluf, historiadora, Marta Alencar Carvana, produtora, Martha Vianna, ceramista, Maurice Capovila, cineasta, Miguel Faria, cineasta, Murilo Salles, cineasta, Padre Ricardo Rezende, diretor da ONG Humanos Direitos, Paula Barreto, produtora de cinema, Paulo Betti, ator, Paulo Cesar Caju, jornalista, Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro de direitos humanos, Paulo Thiago, cineasta, Pedro Farkas, cineasta, Renato Tapajós, cineasta, Roberto Farias, cineasta
Roberto Gervitz, cineasta, Roberto Lima, dramaturgo e gestor cultural, Roberto Muylaert, jornalista
Romulo Marinho, produtor de cinema, Rosemberg Cariri, cineasta, Sebastião Velasco e Cruz, cientista político, Sergio Muniz, cineasta, Solange Farkas, curadora,Tata Amaral, cineasta”
"Artistas, intelectuais, pessoas ligadas à cultura que vivemos direta e indiretamente sob um regime de ditadura militar; que sofremos censura, restrições e variadas formas de opressão; que dedicamos nossos esforços de forma obstinada, junto a outros setores da sociedade, para reestabelecer o Estado de Direito, não aceitaremos qualquer retrocesso nas conquistas históricas que obtivemos.
Independente de opiniões políticas, filiação ou preferências, a democracia representativa não admite retrocessos. A institucionalidade e a observância do preceito de que o Presidente da República somente poderá ser destituído do seu cargo mediante o cometimento de crime de responsabilidade é condição para a manutenção desse processo democrático.
Consideramos inadmissível que o país perca as conquistas resultantes da luta de muitos que aí estão, ou já se foram. E não admitiremos, nem aceitaremos passivamente qualquer prática que não respeite integralmente este preceito.
8 de dezembro de 2015
Afonso Borges, produtor cultural, Altamiro Borges, jornalista, André Klotzel, cineasta, André Iki Siqueira, escritor e documentarista, André Vainer, arquiteto, Anibal Massaini, produtor de cinema
Antônio Grassi, ator, Antônio Pitanga, ator, Antonio Prata, escritor, Arrigo Barnabé, compositor
Audálio Dantas, jornalista e escritor, Bete Mendes, atriz, Beto Rodrigues, cineasta, Betty Faria, atriz
Camila Pitanga, atriz, Carolina Benevides, produtora de cinema, César Callegari, sociólogo
Chico Buarque, compositor, cantor, escritor, Claudio Amaral Peixoto, diretor de arte e cenografia
Cláudio Kahns, cineasta, Clélia Bessa, produtora de cinema, Conceição Lemes, jornalista, Dacio Malta, jornalista, Daniela Thomas, cineasta, Dira Paes, atriz, Eduardo Lurnel, produtor cultural
Eliane Caffé, cineasta, Emir Sader, sociólogo, Eric Nepomuceno, escritor, Felipe Nepomuceno, documentarista, Fernando Morais, jornalista e escritor, Francisco (Ícaro Martins), cineasta, Gabriel Priolli,jornalista, Galeno Amorim, jornalista, Giba Assis Brasil, cineasta, Guiomar de Grammont, escritora e professora universitária, Hildegard Angel, jornalista, Ingra Liberato, atriz, Isa Grinspum Ferraz, cineasta, Ivo Herzog, diretor do Instituto Vladimir Herzog, Izaías Almada, escritor
João Paulo Soares, jornalista, José de Abreu, ator, Jose Joffily, cineasta, José Miguel Wisnik, músico
José Paulo Moutinho Filho, advogado, Jose Roberto Torero, escritor, Letícia Sabatella, atriz
Lincoln Secco, professor da USP, Lira Neto, escritor, Lírio Ferreira cineasta, Lucas Figueiredo, jornalista e escritor, Lucy Barreto, produtora de cinema, Luís Fernando Emediato, editor, Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema, Marcelo Carvalho Ferraz, arquiteto, Marcelo Santiago, cineasta
Marcos Altberg, cineasta, Marema Valadão, poeta, Maria Rita Kehl, psicanalista
Marília Alvim, cineasta, Marina Maluf, historiadora, Marta Alencar Carvana, produtora, Martha Vianna, ceramista, Maurice Capovila, cineasta, Miguel Faria, cineasta, Murilo Salles, cineasta, Padre Ricardo Rezende, diretor da ONG Humanos Direitos, Paula Barreto, produtora de cinema, Paulo Betti, ator, Paulo Cesar Caju, jornalista, Paulo Sérgio Pinheiro, ex-ministro de direitos humanos, Paulo Thiago, cineasta, Pedro Farkas, cineasta, Renato Tapajós, cineasta, Roberto Farias, cineasta
Roberto Gervitz, cineasta, Roberto Lima, dramaturgo e gestor cultural, Roberto Muylaert, jornalista
Romulo Marinho, produtor de cinema, Rosemberg Cariri, cineasta, Sebastião Velasco e Cruz, cientista político, Sergio Muniz, cineasta, Solange Farkas, curadora,Tata Amaral, cineasta”
Nota Oficial da FENAJ: DEMOCRACIA É VALOR INALIENÁVEL
"A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) dirige-se à população brasileira para manifestar sua preocupação com os rumos que a crise política assume e para defender a democracia, duramente conquistada no passado recente da história nacional.
A FENAJ alerta para o perigo do casuísmo autoritário que setores da sociedade, sem espírito público, promovem ao propor o impeachment presidencial, com características de golpe aberto. Também lamenta que, mais uma vez, parlamentares eleitos pelo voto da população traiam seus eleitores ao apelarem à ruptura democrática para se contrapor ao resultado da eleição presidencial de 2014.
O argumento jurídico apresentado para o afastamento da presidente Dilma não se sustenta nem esconde a volúpia pelo poder a qualquer custo, manifestada pelos conservadores, desde a eleição que derrotou Aécio Neves e seu projeto neoliberal. Igualmente, são inaceitáveis as manobras políticas realizadas e que envergonham o Parlamento brasileiro.
Entidade máxima de representação dos jornalistas brasileiros, a FENAJ condena veementemente setores da mídia nacional por conspirarem contra a democracia, produzindo um clima de medo e terror e, a exemplo de 1964, propondo explicitamente o afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff.
Jornalistas brasileiros deram seu sangue e sua vida pela democracia; centenas vêm sofrendo represália e afastamento de seus trabalhos ao longo das últimas décadas, por defenderem a responsabilidade e a ética no Jornalismo.
Neste momento em que a democracia e os verdadeiros interesses da população brasileira estão novamente ameaçados, a FENAJ conclama os jornalistas brasileiros a cumprir seu dever de informar a sociedade e denunciar toda e qualquer tentativa de mascarar a realidade.
Os jornalistas brasileiros não devem se curvar a eventuais pressões de empresários autoritários ou inescrupulosos. Ao contrário, devem honrar o compromisso primeiro do Jornalismo, que é a busca da verdade.
A FENAJ conclama também as demais entidades do movimento sindical dos trabalhadores e dos movimentos sociais, academia, partidos políticos e todos os cidadãos e cidadãs brasileiros a defender, até as últimas consequências, a democracia. A sociedade brasileira, se preciso for, vai às ruas para dizer: não permitimos retrocessos à margem da legalidade e da moralidade; não aceitamos golpe!"
A FENAJ alerta para o perigo do casuísmo autoritário que setores da sociedade, sem espírito público, promovem ao propor o impeachment presidencial, com características de golpe aberto. Também lamenta que, mais uma vez, parlamentares eleitos pelo voto da população traiam seus eleitores ao apelarem à ruptura democrática para se contrapor ao resultado da eleição presidencial de 2014.
O argumento jurídico apresentado para o afastamento da presidente Dilma não se sustenta nem esconde a volúpia pelo poder a qualquer custo, manifestada pelos conservadores, desde a eleição que derrotou Aécio Neves e seu projeto neoliberal. Igualmente, são inaceitáveis as manobras políticas realizadas e que envergonham o Parlamento brasileiro.
Entidade máxima de representação dos jornalistas brasileiros, a FENAJ condena veementemente setores da mídia nacional por conspirarem contra a democracia, produzindo um clima de medo e terror e, a exemplo de 1964, propondo explicitamente o afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff.
Jornalistas brasileiros deram seu sangue e sua vida pela democracia; centenas vêm sofrendo represália e afastamento de seus trabalhos ao longo das últimas décadas, por defenderem a responsabilidade e a ética no Jornalismo.
Neste momento em que a democracia e os verdadeiros interesses da população brasileira estão novamente ameaçados, a FENAJ conclama os jornalistas brasileiros a cumprir seu dever de informar a sociedade e denunciar toda e qualquer tentativa de mascarar a realidade.
Os jornalistas brasileiros não devem se curvar a eventuais pressões de empresários autoritários ou inescrupulosos. Ao contrário, devem honrar o compromisso primeiro do Jornalismo, que é a busca da verdade.
A FENAJ conclama também as demais entidades do movimento sindical dos trabalhadores e dos movimentos sociais, academia, partidos políticos e todos os cidadãos e cidadãs brasileiros a defender, até as últimas consequências, a democracia. A sociedade brasileira, se preciso for, vai às ruas para dizer: não permitimos retrocessos à margem da legalidade e da moralidade; não aceitamos golpe!"
Derrota repercute nas telas: filme sobre lutador José Aldo teria lançamento adiado...
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José Loreto vive José Aldo no filme "Mais forte que o mundo". |
Ao derrotar de maneira surpreendente o lutador José Aldo, o irlandês Conor McGregor não mandou à lona apenas o brasileiro. Por uma dramática coincidência, o filme que conta a vida do ex-campeão peso pena do UFC também levou um soco midiático. Segundo o colunista Flávio Ricco, a Downtown Filmes e a Paris Filmes adiaram a estreia de "Mais forte que o mundo - a história de José Aldo", que, antes da derrota, estava prevista para 14 de janeiro.
Sabe-se, agora, que estreará ainda em 2016, mas data confirmada. O filme, que, segundo os produtores, narra uma história de superação e conquistas de dez anos que independem da última luta, tem no elenco José Loreto (que interpreta José Aldo), Milhem Cortaz, Felipe Titto, Robson Nunes, Rômulo Neto, Cléo Pires, Thaila Ayala, Claudia Ohana e Paloma Bernardi. Os produtores teriam se acautelado contra a suposta queda de popularidade de José Aldo, demonstrada nas redes sociais, o que poderia ter consequências na bilheteria do filme. As distribuidoras não comentaram o assunto. José Aldo terá direito a uma revanche, mas essa luta pode demorar e depende de decisão dos dirigentes do UFC. O filme, provavelmente, será lançado antes dessa oportunidade de o brasileiro superar as repercussões da derrota.
Sabe-se, agora, que estreará ainda em 2016, mas data confirmada. O filme, que, segundo os produtores, narra uma história de superação e conquistas de dez anos que independem da última luta, tem no elenco José Loreto (que interpreta José Aldo), Milhem Cortaz, Felipe Titto, Robson Nunes, Rômulo Neto, Cléo Pires, Thaila Ayala, Claudia Ohana e Paloma Bernardi. Os produtores teriam se acautelado contra a suposta queda de popularidade de José Aldo, demonstrada nas redes sociais, o que poderia ter consequências na bilheteria do filme. As distribuidoras não comentaram o assunto. José Aldo terá direito a uma revanche, mas essa luta pode demorar e depende de decisão dos dirigentes do UFC. O filme, provavelmente, será lançado antes dessa oportunidade de o brasileiro superar as repercussões da derrota.
VEJA O TRAILER NO FILME 'MAIS FORTE QUE O MUNDO", CLIQUE AQUI
Juiza de São Paulo derruba WhatsApp com uma canetada e corta a comunicação de 100 milhões de brasileiros. Decisão repercute no mundo
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Post de Zuckerberg elogia os brasileiros como aliados na criação de uma internet aberta e diz que o WhatsApp trabalha para reverter a medida. |
A Justiça de São Paulo obrigou as operadoras de telefonia celular de todo o país a bloquear o WhatsApp por 48 horas. Segundo a OAB (RS), a decisão é inconstitucional. Uma juiza aplicou a medida drástica porque o Facebook, dono do aplicativo de mensagens, não teria fornecido informações solicitadas pelo Ministério Público de São Paulo sobre uma investigação criminal sigilosa.
O aspecto medieval do caso é que o MP e a primeira instância possam prejudicar milhões de pessoas. Um juiz do Piauí já tentou censura semelhante mas a decisão caiu em instância superior.
Dono do WhatApp, Mark Zuckerberg comentou a ação nefasta, critica o decisão e diz que o Facebook está tentando reverter medida. Ele pede ao brasileiros que se mobilizem contra o ato.
O fato é que o aplicativo apenas tenta preservar dados pessoais. Saiba que que amanhã a vítima do juiz e do MP paulista pode ser qualquer cidadão. Diz-se que o caso envolveria uma facção de bandidos de SP. Seria a "boa causa" que justificaria a censura monumental? Não vale. A justiça que foi rigorosa contra os usuário do aplicativo não demonstraria o mesmo rigor (não falo do juiz em questão) quando libera criminosos à base de progressões de pena, habeas, dia das Mães, dos Pais, Natal etc.
Autoritarismo não tem endereço, é como bala perdida.
E, por último, uma luz na escuridão: na internet, com saudável rebeldia, circulam dicas para fazer o aplicativo funcionar.
ATUALIZAÇÃO (às 12h30)- O WhatsApp deve voltar em algumas horas. O desembargador Xavier de Souza, da 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu uma liminar que determina a reativação do aplicativo. As operadoras receberão ordem judicial para desbloquear com urgência o WhatsApp.
Nas ruas, contra o golpe

Manifestações em 25 estados mostraram ontem que o golpe será combatido nas ruas. Milhares de pessoas protestaram contra as ameaças à democracia e ao mandato de uma presidente eleita em voto direto. Nas imagens acima, do Rio, São Paulo e Brasília, movimentos sociais, sindicatos, entidades da sociedade civil, jovens, idosos, negros e brancos, estudantes e trabalhadores dão o recado das ruas. Fotos de Fábio Rodrigues Pozzebon/Ag. Brasil; Thomaz Silva/Ag.Brasil; Lula Marques/Agência PT; Oswaldo Cornetti/Fotos Públicas; Paulo Pinto/Agência PT.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Papai Noel é flagrado ao receber propina e é indiciado por maus tratos a renas e por escravizar duendes...
A "Transparência Brasil" enquadra Papai Noel por "desvio de presentes". Para focalizar um dos grandes problemas do país, a corrupção endêmica e multipartidária, a ONG participa de uma comercial do Estúdio Criativo Señores que compromete o Bom Velhinho ao torná-lo alvo de uma dessas operações de caça a certos funcionários de estatais, servidores públicos e empresários e políticos de mão leve. O filme adota um formato de reportagem e reproduz cenas semelhantes àquelas que acompanham os escândalos. Das duas uma: ou o Papai Noel pede direito de resposta ou vai virar um ficha-suja. O Velhinho foi flagrado recebendo propina e acabou indiciado em maus tratos a animais, exploração de trabalho escravo de duedes e responsabilizado por não responder cartas de crianças. No elenco do bem-humorado e irônico comercial, Paulo Guilarducci é "Papai Noel", Tatiana Tomé faz a "apresentadora", Fernando de Paula (Fernando de Paula), Alexandre Jábali (Delegado) e Devio Moraes (Deputado).
VEJA REPORTAGEM SOBRE A PRISÃO DO PAPAI NOEL, CLIQUE AQUI
Novela "Os Dez Mandamentos" não fez milagre, segundo o SBT...
A novela "Os Dez Mandamentos", Record, incomodou a concorrência em audiência, teve vitórias pontuais, mas na média final não bateu a Globo nem o SBT, que manteve o segundo lugar. Daí, a emissora de Silvio Santos resolveu ironizar a TV do bispo em anúncio publicado no jornal Meio&Mensagem. Com bom humor, a peça usa as tábuas de Moisés para criar um novo "mandamento".
Campanha salarial: TRT decide em favor dos jornalistas de rádio e TV do Rio de Janeiro
* Justiça garante reposição da inflação com 1% de aumento real nos salários
* Piso do segmento é de R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas
* PLR e demais cláusulas econômicas terão reajuste de 7,13%
* Decisão pode destravar negociações no segmento de jornais e revistas
Vencemos! Os jornalistas de rádio e TV do Rio terão reajuste salarial de 7,13% com mais 1% de aumento real e não poderão trabalhar recebendo menos que R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas, decidiu nesta terça-feira (15/12) a Câmara de Dissídios do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A decisão foi tomada por unanimidade pelos sete desembargadores e vale imediatamente após a publicação em Diário Oficial. Ainda cabe recurso, mas as empresas que não se adequarem estarão infringindo decisão judicial.
Além do reajuste com aumento real e o reconhecimento do piso da lei, os jornalistas do segmento de rádio e TV terão ainda reposição de 7,13% em todas as demais cláusulas econômicas, como a Participação de Lucros e Resultados/Abono e os auxílios de transporte e alimentação.
Ao acolher o pedido de dissídio do Sindicato feito à revelia dos patrões, os desembargadores entenderam, a partir das provas apresentadas e de parecer do Ministério Público do Trabalho, que as empresas criaram obstáculos à livre negociação – utilizando inclusive, práticas antissindicais. Após a decisão pelo julgamento do dissídio, os magistrados seguiram o entendimento da relatora do processo, que acolheu as propostas da Procuradoria do Trabalho e garantiu a vitória aos trabalhadores.
* Piso do segmento é de R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas
* PLR e demais cláusulas econômicas terão reajuste de 7,13%
* Decisão pode destravar negociações no segmento de jornais e revistas
Vencemos! Os jornalistas de rádio e TV do Rio terão reajuste salarial de 7,13% com mais 1% de aumento real e não poderão trabalhar recebendo menos que R$ 2.432,72 para jornadas de cinco horas, decidiu nesta terça-feira (15/12) a Câmara de Dissídios do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A decisão foi tomada por unanimidade pelos sete desembargadores e vale imediatamente após a publicação em Diário Oficial. Ainda cabe recurso, mas as empresas que não se adequarem estarão infringindo decisão judicial.
Além do reajuste com aumento real e o reconhecimento do piso da lei, os jornalistas do segmento de rádio e TV terão ainda reposição de 7,13% em todas as demais cláusulas econômicas, como a Participação de Lucros e Resultados/Abono e os auxílios de transporte e alimentação.
Ao acolher o pedido de dissídio do Sindicato feito à revelia dos patrões, os desembargadores entenderam, a partir das provas apresentadas e de parecer do Ministério Público do Trabalho, que as empresas criaram obstáculos à livre negociação – utilizando inclusive, práticas antissindicais. Após a decisão pelo julgamento do dissídio, os magistrados seguiram o entendimento da relatora do processo, que acolheu as propostas da Procuradoria do Trabalho e garantiu a vitória aos trabalhadores.
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terça-feira, 15 de dezembro de 2015
João Roberto Kelly conta em livro suas memórias e narra histórias engraçadas, curiosas e arrebatadoras da noite carioca
“Onde está Zezé? Será que está vivo?” Essa é a pergunta que o compositor e pianista João Roberto Kelly não sabe responder. Mas nesta quarta-feira, 16 de dezembro, no Bar Garota de Copacabana, se estiver vivo, quem sabe, Zezé poderá rever o autor da marchinha que o homenageou no carnaval de 1964, “Cabeleira do Zezé, (parceria com Roberto Faissal) que estourou na voz de Jorge Goulart e teve (e tem) centenas de gravações no Brasil e no mundo ao longo de mais de 50 anos.
Neste provável reencontro, a partir das 18h30min, com a presença do Cordão da Bola Preta, que tocará seu imenso repertório de marchinhas de sucesso, Kelly lançará, ao lado de seu parceiro e coautor, André Weller, o livro “Cabeleira do Zezé e outras histórias” (Editora Vitale). O autor vai aproveitar a ocasião para lançar a inédita “Eu quero dinheiro”. "É o contrário da música do Tim Maia, (“Não quero dinheiro”)", brinca ele já imaginando a turma cantando o refrão: “Ô,ô,ô, eu quero dinheiro, meu dinheiro acabou”.
“O livro, que não é biográfico, mas de memórias, é uma continuação do curta “No Balanço do Kelly” (2010), dirigido e roteirizado pelo meu amigo e parceiro André Weller, e seu lançamento será um grande happening”, comenta o sempre animado João Roberto Kelly, também chamado de Kellynho pelos amigos, que do alto de seus 77 anos mantém o vigor dos tempos em que foi apresentador de TV de programas, como “Noites Cariocas” e “Musikelly” na TV Rio, a convite de Walter Clark.
Vastamente ilustrado com fotos de vários períodos da vida de Kelly, o livro é composto de pequenas crônicas divididas por subtemas como: “Infância; Primeiros passos; Na televisão; Marchinhas; Engravatado (período em que foi presidente da Riotur); Personagens e Atualidade. A orelha tem assinatura dupla e de peso: de Ruy Castro e do pesquisador musical Rodrigo Faour. “Nos anos 60 e 70, a música de João Roberto Kelly podia ser ouvida o ano inteiro e em toda a parte: televisão, rádio, disco, boate, teatro de revista e baile de carnaval”, escreve Ruy na parte superior da orelha. Logo abaixo, Faour ratifica: “Suas músicas são deliciosas, nos rejuvenescem e nos fazem acreditar piamente que ser brasileiro (e carioca) ainda é motivo de orgulho”. E na contracapa arrasa quarteirão, quem escreve e relembra histórias ao lado de Kelly é seu irmãozinho José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, um dos maiores nomes da TV brasileira: “Uma noite, no bar Rond Point, tomei um uísque rápido e fui para São Paulo, deixando o Kelly com o Antonio Maria e uma das namoradas (eram muitas) do Kelly. Na época, os malditos celulares ainda não haviam chegado. Na manhã seguinte, o telefone tocou na minha casa. Era o Kelly: “Boni, o Antonio Maria morreu. Saiu logo depois de você. Não se sentia bem e foi dormir. Morreu no hotel”. "Enquanto eu viajava de volta, o João Roberto Kelly criou um emocionante programa de televisão para homenagear o velho Maria. Kelly é um príncipe. Sou seu admirador incondicional”, finaliza Boni.
Coautor do livro de memórias do artista, o cineasta André Weller define o que os leitores poderão encontrar ao longo das 163 páginas da obra: “São casos curtos, concisos e saborosos como são as letras econômicas das suas composições de carnaval. Impossível não vislumbrar um sorriso atrás deste livro. Experimente saber o que aconteceu num motel na avenida Brasil com dona Zica e Emilinha. Ou quando um estudante de direito (Kelly) levava vedetes a tiracolo à faculdade”.
“A Cabeleira do Zezé e outras histórias” (R$ 47,00), que está à venda nas principais livrarias e pelo site www.vitale.com.br, é diversão garantida.
O Bar Garota de Copacabana fica na Avenida Atlântica, 3744, Copacabana, Rio de Janeiro. Entrada franca.
Dia 16/12/2015, a partir das 19h, com presença do Cordão da Bola Preta.
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Fonte: Assessoria de Imprensa Irmãos Vitale/ George Berkeley Patinõ
Em game lançado pelo Washington Post o eleitor pode deixar cair a cabeça de Donald Trump do alto de um edifício. Diversão garantida
O jornal Washington Post criou games para celulares inspirados nos pré-candidatos à presidência dos Estados Unidos. No jogo, você pode evitar ou, se quiser, deixar acontecer que a folclórica mas perigosa figura de cotorno neo-hitlerista de Donald Trump arrebente a cabeça. O cenário do game é de empreendimentos imobiliários, ramo do pré-candidato republicano, com uma surreal cabeça flutuante despencando em meio a edifícios e levando junto, claro, a demência do republicano.
Demitidos de O Dia e Meia Hora fazem protesto na porta da redação, no Centro do Rio de Janeiro
Jornalistas demitidos este ano da Ejesa – que publica ‘O Dia’ e o ‘Meia Hora’ e que recentemente fechou o ‘Brasil Econômico’ – fizeram ato público, hoje, diante do prédio da redação, na Lapa, para denunciar o descumprimento das leis trabalhistas pelos donos da empresa, os portugueses Nuno Vasconcellos e Maria Alexandra Mascarenhas. Com apoio do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, os ex-funcionários deram depoimentos sobre o que receberam em troca de décadas de dedicação à empresa: o calote de suas verbas rescisórias e de mais de um ano de depósitos atrasados do FGTS. Muitos estão passando por situações vexatórias, com o nome em listas de entidade de proteção ao crédito e dificuldades para as despesas básicas do dia a dia.
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Notícias de Resende
Por ROBERTO MUGGIATI
Apesar do nome pomposo em latim, este Panis existe para compartilharmos o pão nosso de cada dia das boas memórias e das amizades que desfrutamos nos anos da Bloch, apesar de vivermos a maior parte do tempo naquilo que, num texto do século passado, batizei de “o inferno das redações”.
O Panis Cum Ovum se tornou também um farol na noite escura dos relacionamentos que se esfacelaram com o fim da Bloch. Outro dia, soubemos da morte de uma figura querida, o Gastão René Friedman, vulgo UFO. E, quem deu a triste notícia foi o João Resende, outra figura querida, alegrando-nos com a boa notícia de que está vivo e passa bem em Minas Gerais. Em suas próprias palavras:
“Me aposentei na Funarte (ex-Embrafilme, ex-Fundação do Cinema) há uns 15 anos, como redator da Assessoria de Imprensa. Agora coço o saco aqui em Juiz, com meus cachorros. Retornei à cidade meio que por inércia, Juiz de Fora é muuuito feia, embora ‘prática’ para se viver. O Rio ficou inviável...”
O João fala em cachorros, mas, se não me falha a memória, quando o conheci ele tinha um destes minipinchers ou chihuahuas que contrabandeava para dentro da redação numa bolsa de ginástica. Não era inglês, mas era excêntrico (o Resende, não o cachorro), talvez por conta da sua mineirice. Que ele volta e meia invocava. Certa vez, candidatou-se a um posto na Rádio Canadá, país onde morava sua irmã, quando o Jaquito resolveu promovê-lo da noite para o dia. A Manchete tinha perdido o titular de uma sucursal importante – não sei se Nova York ou Salvador da Bahia – e Jaquito adentrou a redação com a ordem:
– Resende, vai fazer as malas, amanhã você viaja para assumir a sucursal de X!...
– Uai, sô, Jaquito! Eu sou mineiro. Com mineiro a coisa não é assim, tão atropelada. . .
Talvez por isso ele tenha recebido outra ordem do Jaquito, tempos depois:
– Pode esvaziar as gavetas. . .
Em meados de 1975, quando Adolpho Bloch tirou o Justino Martins da direção da Manchete e me botou no lugar do “Índio”, que ele não conseguia engolir, assumi o cargo mais prestigioso e mais perigoso de toda a empresa. Para fazer uma boa revista que esgotasse nas bancas toda semana eu contava com a figura fundamental do chefe de reportagem, na época o João Luiz de Albuquerque. João Luiz formava com dois fieis escudeiros – João Resende e Suzana Tebet – a troika que se contrapunha ao trio Karamabloch: Adolpho, Oscar e Jaquito. (Para os não-iniciados, nascido em Kiev, Adolpho sempre foi ligado aos assuntos russos e era fascinado pela troika que comandava o Kremlin, na verdade um troika de araque, porque quem mandava mesmo era o Leonid Brejnev, assim como quem mandava na Bloch era só o Adolpho.)
De um diretor novo exigiam-se novas atitudes. Na verdade, todo mundo queria mandar na Manchete e plantar suas matérias na importante revista. Logo me impuseram uma reunião de pauta “monstro” – um pleno ampliado – em que editores de todas as revistas da Bloch davam palpite. O editor da Agricultura de Hoje sugeria uma reportagem sobre a febre aftosa; o da Tendência, outras sobre “insumos”; e por aí vai. Como diretor da Manchete, eu era obrigado a me pronunciar sobre cada sugestão de matéria. João Luiz, João Rezende e Suzana Tebet anotavam tudo. Às matérias brochantes – que não venderiam revista nemporumca (para adotar um palavrão cifrado do Ney Bianchi) – eu dizia, com a maior solenidade: “Interessante, vamos ficar de olho...” Acabava a reunião com 60 a 70% das sugestões destinadas ao insondável olho do Muggiati.
João Luiz, Resende e Suzana, mais do que as reportagens em si, adoravam o jogo que cercava todo o andamento da coisa, adoravam monitorar o follow-up, eram também fascinados por artigos de papelaria, compravam os últimos fichários de acrílico, pranchetas transparentes de cores ácidas (uma influência retardada da revolução psicodélica no universo burocrático) e inventaram então um carimbo para chancelar todas aquelas sugestões mandadas para “o olho”. João Luiz deu uma de gênio e arrancou o olho da Guernica do Picasso e o transformou em carimbo. Guardo até hoje a matriz em ferro pregada num pedaço de madeira e o próprio carimbo de borracha, dos tempos em que se usava aquela almofada de tinta. Há pouco, por motivos sentimentais, mandei fazer um destes carimbos modernos (o meu é Made in Taiwan) com o olho da Guernica, que transformei em meu ex-libris, principalmente porque o quadro de Picasso foi pintado no ano em que nasci, 1937, e porque é o primeiro quadro-reportagem da História, e casa com o título do meu livro de memórias (brevemente, nas melhores livrarias) A vida é uma reportagem.
João Resende é uma figura que daria um daqueles perfis da Seleções do Reader’s Digest intitulado “Meu tipo inesquecível”. Fazia uma dupla dinâmica com o Jorge Aquino Filho, do clã dos Aquino de São João da Barra, produtores do famoso Conhaque de Alcatrão. Não me contenho e transcrevo esta história do Patriarca:
“Tudo começou em 1908, quando Joaquim Thomaz de Aquino Filho iniciou a produção da bebida que, até então, se chamava Cognac de Alcatrão da Noruega. Rapidamente, o atual Conhaque de Alcatrão São João da Barra - feito de destilado de cana e extrato de alcatrão - ganhou popularidade, virando tradição nacional e adquirindo a fama de "Conhaque do Milagre". O criador do "santo remédio" foi pai de 23 filhos com a primeira mulher e ainda teve outros dois, no segundo casamento.”
Como o Patriarca, o Conhaque de Alcatrão também deu filhotes, entre eles a cachaça Praianinha e a vodca Kovak. Como um dos primeiros clientes de Gráficos Bloch, que imprimia seus rótulos, e depois anunciante forte da Manchete, colocou muitos herdeiros para trabalhar como jornalista na Bloch. Ruth de Aquino, por exemplo, que se tornaria a primeira mulher diretora de jornal no Brasil (O Dia, do Rio).
Assim, Jorge de Aquino Filho foi trabalhar como repórter na Manchete. Uma das crianças sobreviventes do terrível incêndio do Gran Circus Norte-Americano em Niterói, em 1961 (500 morreram), Aquino era gordo, por conta de sequelas das queimaduras que sofreu.Usava sempre calça jeans e um daqueles blusões claros com fechamento de zíper que chamavam de slacks.
João Resende era muito desligado, só sabia que precisava abastecer seu carro com álcool quando o carro parava, por absoluta falta de combustível. Providencialmente, o Aquino forrava sempre o porta-malas do carro do Resende com meia dúzia de vodcas Kovac. Era só abrir a tampa do tanque e desovar dois litros que a máquina pegava de pronto e levava até o posto mais próximo.
Resende martirizou-se a escrever durante um ano uma matéria genial que só ele desencavara, não sei de onde, talvez de suas aulas de planador em Juiz de Fora. Sim, planador, sabem o que é? Um avião sem motor. Só o João Resende, mesmo. . . A matéria tinha a ver com um plano secreto dos nazistas para invadir o Brasil com uma frota de zepelins, ou coisa parecida. Um belo dia, com toda a solenidade que o evento exigia (só faltou o champanhe), João Resende deitou sobre a mesa do editor a decantada matéria: “Evém zepelim,” começava, no melhor estilo mineiro à Guimarães Rosa. Sequer lembro também se a matéria chegou a ser publicada.
Ave, Resende, apareça por aqui, vamos rachar um panis. . . de queijo. . .
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Jornal Irish Examiner culpa a urucubaca da camisa do Flamengo pelas derrotas de José Aldo e Ronda Rousey. Os dois posaram com o "fatídico manto"
O Irish Examiner descobriu a causa das derrotas de José Aldo e de Ronda Rousey, ambas fragorosas. Os dois posaram com a camisa do Flamengo antes de protagonizarem vexames no octógono. O jornal sugere ao campeão irlandês Connor Mc Gregor, que acertou um soco demolidor no rosto do brasileiro, que fique longe da camisa rubro-negra; "Nada de bom vem daí", sentenciou. Leia no Irish Examiner, clique AQUI
Serena Williams, a Esportista do Ano
Vencedora em três títulos de Grand Slam, apenas em 2015, a Serena Williams, já apontada como a maior tenista de todos os tempos - ganhou 21 torneios, em simples - , foi eleita Esportista do Ano pela revista Sports Illustrated.
James Dean e a maldição da Porsche
Por ROBERTO MUGGIATI
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James Dean ao lado do Silver Porsche 550 Spyder, o "Bastardinho".. |
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James Dean com o mecânico Rolf Wutherich, que sobreviveu ao acidente. |
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O "Bastardinho" destruído, em 30 de setembro de 1955. |
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O Ford 1950, de Donald Turnupseed, que se chocou com o Porsche. |
O Porsche de Dean não teve a mesma sorte do Porsche de Janis, arrematado por 1,7 milhões de dólares num leilão em Nova York na semana passada. Ele simplesmente sumiu do mapa. Antes, andou causando algumas confusões que lhe deram a fama de objeto maldito. Depois do desastre, George Barris – um mestre na customização de carros – comprou os destroços por 2.500 dólares. Quando a carcaça distorcida chegou à garagem de Barris, o Porsche deslizou e caiu sobre um dos mecânicos que o descarregavam, quebrando suas pernas.
Barris começou a desconfiar do carro, mas suas piores suspeitas foram confirmadas numa corrida no autódromo de Pomona em outubro de 1956 – um ano depois da morte de Dean. Dois médicos corriam em carros com partes do “Bastardinho”. Troy McHenry, que tivera o motor do Porsche transplantado em seu carro, morreu ao perder o controle da direção e bater numa árvore. William Eschrid capotou e sofreu ferimentos graves. Sobreviveu para contar que o carro travou subitamente quando ele fazia uma curva.
A influência maligna do carro continuou depois da corrida. Um garoto que tentava roubar o volante do Porsche escorregou e sofreu um corte profundo no braço. Com relutância, Barris vendeu dois pneus do carro a outro jovem. Uma semana depois, o homem quase morreu num acidente quando os dois pneus estouraram ao mesmo tempo.
Está parecendo aquele carro do filme baseado no livro de Stephen King, Christine, o carro assassino, não acham? Pois a novela continua. Barris tentou regenerar o Porsche azarado e dar-lhe um destino mais nobre. Alugou o veículo destroçado para uma turnê patrocinada pela Patrulha Rodoviária da Califórnia, a fim de alertar para a segurança nas estradas. Em poucos dias, a garagem que abrigava o Spyder foi totalmente destruída num incêndio: de todos os carros lá guardados, sobrou apenas o “Bastardinho”. Calma, minha gente, tem mais: quando foi exibido em Sacramento, o carro caiu da sua vitrina e quebrou os quadris de um adolescente; George Barkuis, motorista que dirigia um caminhão-reboque levando o Porsche, morreu num acidente de estrada, esmagado pelo “Bastardinho”.
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Ferdinand Porsche no seu Lohner Porsche |
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O atentado ao Arquiduque Franz Ferdinand, assassinado a bordo de uma... |
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... limusine Graf Stift, que teria fornecido peças para os primeiros Porsches |
As desgraças provocadas pelo Porsche só acabaram em 1960. Depois de se exibir numa mostra em Miami, Flórida, os destroços do Spyder seguiram de caminhão para Los Angeles e sumiram numa curva do tempo até hoje não encontrada. Nunca mais se soube nada do “Bastardinho”.
Especialistas em fantasmagoria automotiva elaboraram uma curiosa tese para explicar a malignidade do Porsche. Os primeiros modelos da marca Porsche, fabricados em 1939, teriam usado partes do ferro velho do carro em que o Arquiduque Franz Ferdinand foi assassinado com a mulher em Sarajevo em 1914, episódio que deu origem à Primeira Guerra Mundial. O próprio Ferdinand Porsche – designer do Volkswagen e do Porsche – quando prestou serviço militar, em 1902, foi motorista do Arquiduque do Império Austro-Húngaro. Porsche, Franz Ferdinand (hoje é nome de banda de rock escocesa), James Dean – afinidades eletivas, ligações perigosas que levam muita a gente a acreditar que as máquinas tenham alma, e às vezes possam ser mortalmente malignas.
Sources:
AMC's Hollywood Ghost Stories television special
domingo, 13 de dezembro de 2015
Janis in Rio, 1970
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Janis Joplin na Praia da Macumba. Foto antológica de Ricky Ferreira. |
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Janis Joplin na Avenida, Rio, Carnaval de 1970. Foto Manchete |
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Janis Joplin durante coletiva de imprensa no Copacabana Palace, matéria publicada na Manchete. Ricky está logo atrás de JJ. Foto de Nilton Ricardo |
Por ROBERTO MUGGIATI
É uma noite abafada e estou num apartamento de frente para o bloco de pedra do Cantagalo. Nosso anfitrião recebeu, dias depois do lançamento, em 11 de janeiro, o último LP (póstumo) de Janis Joplin, Pearl. Na verdade, Mercedes-Benz foi a última faixa que ela gravou, três dias antes de morrer de uma overdose de heroína num motel de Los Angeles, em 4 de outubro de 1970.
Janis viveu seus dois últimos verões nesse ano: primeiro no Brasil, depois nos Estados Unidos. Ela saltou de paraquedas no Rio em pleno Carnaval, foi ver as escolas de samba na Avenida (então Presidente Vargas), hospedou-se no Copacabana Palace (logo a expulsaram por nadar nua na piscina), conheceu o Rio roqueiro de Serguei e do Big Boy e fez topless na Praia da Macumba, onde foi flagrada por seu cicerone carioca, o fotógrafo Ricky Ferreira.
Quando Janis morreu, a Manchete publicou com exclusividade aquelas fotos da roqueira descontraída, na praia, entornando uma garrafa inteira de Fogo Paulista, um goró suicida: licor de ervas aromáticas com ingredientes naturais de plantas selecionadas e mel de abelhas. Graduação alcoólica de 36%vol, conteúdo 960ml. Nosso chefe de reportagem João Luís Albuquerque correu atrás do Ricky e garantiu a exclusividade das fotos para a revista carro-chefe da Bloch.
Tive acesso à audição privilegiada de Pearl através do Ricky Ferreira, justamente, que se tornou meu amigo depois da publicação de suas fotos em Manchete. O detentor do cobiçado LP era um amigo do Ricky, o Mauro, um hare krishna muito doido e muito rico, de bata, cabeça raspada, mantras e tudo mais.
A essa altura o rock começou a mexer com minha vida. Em 1968, publiquei meu primeiro livro, Mao e a China, uma declaração de amor ao comunismo chinês e à revolução cultural. Uma semana depois, o AI-5 desabou sobre nossas cabeças e não se podia mais escrever sobre política. Foi então que me voltei para a contracultura, uma nova arma para combater o Sistema. O rock era a voz principal da contracultura. Deixei de lado o jazz e voltei-me para o som e a fúria de Rolling Stones, Beatles, Dylan e The Who.
Quando Jimi Hendrix morreu, duas semanas antes de Janis Joplin, escrevi a matéria principal da Manchete. Começava assim:
“WHAAAAMMMMMM –BOOOMMM –SSSHHHH-BLAMMMM-RAT-AT-TAT-RAT-AT-AT-WHIIIIZZZZZ-BOOOMMMMMM – São bombas explodindo, granadas e napalm, rajadas de metralhadoras, em meio ao silvo dos jatos e ao ronco dos helicópteros. O ano é 1969, mas o Vietnã está a milhares de quilômetros de distância. Aqui, nas suaves colinas de Woodstock, trinta mil jovens entorpecidos pelo sono e cansaço acordam em sobressalto, num barulheira demencial, sem saber o que está acontecendo. É Jimi Hendrix interpretando o hino americano, Star-Spangled Banner – o ato final daqueles ‘três dias de paz e amor’ que marcaram toda uma geração.”
Carlos Heitor Cony me conhecia pouco, gostou do texto e me convidou para chefe de redação do Ele&Ela, que ele dirigia. Eu tinha passado um ano da direção da Fatos&Fotos, a Gata Borralheira das revistas da Bloch, e estava meio no limbo das redações. A ida para o Ele&Ela foi providencial. Uma revista masculina que, graças à ditadura, não podia publicar nus – só mulheres bonitas em biquinões – então o texto inteligente e sofisticado era a saída. Lá estavam o crítico de arte Flávio de Aquino, o crítico de cinema Paulo Perdigão, o crítico literário Mário Pontes. E, é claro, melhores do que as mulheres estampadas em nossas páginas, a dupla de secretárias do Cony, eficientíssimas: a longilínea loura escandinava Mia e a dengosa Lúcia, de cabelos morenos. Para quem tinha o pique de fechar jornais, ou revistas semanais (eu vinha da Manchete, da Veja e da Fatos&Fotos), uma revista mensal era uma moleza. Sobrava tempo para escrever outras coisas. Foi ali que Cony escreveu o que ele considera sua obra maior, o transgressor Pilatos. Foi ali que, a partir de um artigo sobre a relação do rock com as drogas, a perigosa viagem do som, eu escrevi Rock: o grito e o mito/A música pop como forma de comunicação e contracultura. Mário Pontes, na mesa ao lado, que com Rosemary Muraro era editor da Vozes, comprou imediatamente a ideia. Rock: o grito e o mito saiu em 1973, teve quatro edições, as duas últimas atualizadas em 1981, foi publicado em 1975 em espanhol pela Siglo Veintiuno (Madri, Mexico, Buenos Aires, a editora de Borges e Cortazar), fez a cabeça dos jornalistas de música brasileiros e foi adotado por muitos cursos de comunicação pelo país afora.
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O Porsche da Janis Joplim. Reprodução |
ONU conta com sociedade civil para exigir que governos cumpram acordos climáticos
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Movimentos civis fiscalizarão cumprimento de acordos climáticos. Foto IISD |
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quinta-feira (10) que conta com as organizações da sociedade civil para manter os governos comprometidos com os pontos que serão estabelecidos na Conferência do Clima (COP21) em Paris, França. Líderes mundiais devem adotar o compromisso para limitar o aquecimento global a 2ºC nesta sexta-feira (11).
“Uma das lições valiosas que eu aprendi como secretário-geral durante os últimos nove anos é que nenhum governo, nenhuma organização internacional, consegue fazer seu trabalho de forma adequada sem o compromisso ativo e o apoio da sociedade civil”, afirmou Ban.
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e presidente do Climate Reality Project, Al-Gore, apresentou uma petição assinada por 6,2 milhões de pessoas e uma declaração conjunta representando todos os grupos da sociedade civil na COP21. O documento afirmava que essas pessoas estão “exigindo um acordo forte que leve o mundo para longe da poluição do carbono e rapidamente em direção às soluções climáticas”.
A diretora assistente do Avaaz, um site global de incentivo a adesão de campanhas mundiais, Emma Ruby-Sachs, afirmou estar na Conferência representando mais de 3 milhões de pessoas que pedem por 100% de energia limpa até 2050. “Isso (a COP21) é mais do que o clima. Isso se trata de como resolvemos problemas globais”, afirmou.
Ban Ki-moon enfatizou o papel decisivo da sociedade civil para gerar ações relacionadas ao clima. “Vocês forneceram exemplos de novas formas de trabalho e soluções inovadoras que estão criando um mundo mais verde e sustentável. Eu convido vocês a continuarem a demandar mais de todos os governos”, declarou o chefe da ONU.
Fonte: ONU Brasil
No dia em que o AI-5 completa 47 anos, manifestantes pedem a volta da ditadura e o fechamento do Congresso
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Em Brasília, hoje, faixa pede que Dilma "passe" a presidência para o Exército e que este feche o Congresso. Foto Lula Marques/Agência PT |
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Capa do Última Hora noticia o AI-5, editado em 13 de dezembro de 1968, que fechou o Congresso, como os manifestantes pedem, hoje, em um mesmo dia 13 de dezembro. Reprodução |
No dia 13 de dezembro de 1968, a ditadura civil-militar instalada em 1964 apertava as algemas políticas do país. Os militares decretaram o AI-5, fecharam o Congresso e soltaram agentes nas ruas para prender milhares de pessoas em todo o país. Entre os manifestantes que saíram às ruas, hoje, havia tanto quem defendesse Cunha, Temer, e quem pedisse a volta da ditadura. A data escolhida para o protesto marca apropriadamente os 47 anos do AI-5. Os atos deste domingo, segundo a própria mídia, tiveram adesão menor. O que significa que fazer passeata levantando a bandeira de Cunha não é fácil.
Kayapós garantem: "Os governantes do Brasil estão doentes. Precisam fazer tratamento com pajelança"
A exibição do filme Para onde foram as andorinhas nesta sexta-feira, na Zona de Ação pelo Clima, no Centro 104, em Paris, contou com a participação de mais de 60 pessoas que ao final fizeram muitas perguntas aos indígenas do Xingu. O cacique kayapó Raoni Metuktire chegou de surpresa para prestigiar o evento
Na tarde desta sexta-feira (11), aconteceu o último evento organizado pelo ISA em Paris durante as negociações para um novo acordo climático global. Com mais de 60 pessoas para a projeção do filme Para onde foram as andorinhas?, feito em parceria com o Instituto Catitu, o evento foi na Zona de Ação para o Clima (ZAC), espaço da Coalizão Climática 21, da sociedade civil.
Tukupe Waura, que, junto com seu tio Yapatsiama, falou pela segunda vez ao público do ZAC sobre os impactos das mudanças climáticas no Parque Indígena do Xingu (MT), fez um alerta: “Nesse momento, os governantes do Brasil estão doentes. Precisam fazer tratamento com pajelança”.
Na tarde desta sexta-feira (11), aconteceu o último evento organizado pelo ISA em Paris durante as negociações para um novo acordo climático global. Com mais de 60 pessoas para a projeção do filme Para onde foram as andorinhas?, feito em parceria com o Instituto Catitu, o evento foi na Zona de Ação para o Clima (ZAC), espaço da Coalizão Climática 21, da sociedade civil.
Tukupe Waura, que, junto com seu tio Yapatsiama, falou pela segunda vez ao público do ZAC sobre os impactos das mudanças climáticas no Parque Indígena do Xingu (MT), fez um alerta: “Nesse momento, os governantes do Brasil estão doentes. Precisam fazer tratamento com pajelança”.
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