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Quinta da Boa Vista e Paço Imperial de São Cristóvão, onde funciona o Museu Nacional de História Natural. Fotos Gonça. |
domingo, 12 de abril de 2015
Domingo de abril na Quinta...
sábado, 11 de abril de 2015
Vale o que está escrito
por Omelete
Anorexia investigativa
* O escândalo Swissleaks que, no Brasil, nem investigação criminal virou ainda, continua sofrendo de anorexia galopante no governo e na mídia. A CPI do HSBC recebeu do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) uma relação de 50 brasileiros ligados a contas secretas com "indícios de ilícitos". Só para lembrar: há mais de oito mil brasileiros citados no jabaculê suíço. Os correntistas que declararam seus valores à Receita Federal e não têm nada a temer devem estar ansiosos para terem seus nomes expurgados da lista suja. Enquanto isso não acontece, são prejudicados por permanecerem na vala comum do alegado esquema de sonegação operado pelo HSBC.
Mosca no balcão
* O Presidente da Câmara, Eduardo Cunho, bolou uma espécie de caravana ("Câmara Itinerante") que o tornará um nome mais conhecido nacionalmente. A exposição do Oiapoque ao Chuí o deixaria mais manjado para se apresentar como candidato do PMDB à Presidência da República em 2018. Até aqui, o ciro está saindo pela tulatra, como diria o disléxico. No seu périplo, o polêmico deputado atrai mais vaias do que rosca em balcão de padaria na beira do valão.
"Oi, mamãe, óia eu no jatinho"
* Dilma Rousseff anunciou medida para reduzir gastos e acabar com o bundalelê dos ministros no uso de jatinhos da FAB. no primeira dia, alguns minitros não deram bola para Dilma. Simples: aproveitando-se de uma brecha na medida, que permite o uso de jatinho em caso de emergência médica, segurança ou viagens a serviço, suas excelências deitaram e rolaram fazendo coincidir compromissos oficiais com os endereços das suas residências. Aquele negócio: deram uma passadinhano trabalho a caminho de casa. O que Dilma deveria fazer era acabar de vez com essa farra. Os ministros não fazem nada com urgência, muito ao contrário. Podem perfeitamente pegar aviões de carreira.
Alto nível
* A nota abaixo está na coluna do jornalista Leo Dias, no jornal O Dia, de hoje. Se for verdade (melhor acreditar que é um caso de invasão de perfis), a frase diz mais sobre o tal e obscuro diretor da Globo do que sobre a crítica Bárbara Heliodora, falecida nessa semana aos 91 anos. Como afirmou a atriz Fernanda Montenegro:"Barbara é um referencial humanizado do teatro. Um referencial, intelectual, uma escola. Uma rainha na sua adesão ao teatro. Insubstituível".
"Cadê o retorno"
* Operação Lava Jato chega a produtoras de som e vídeo que teriam depositado propinas em contas de envolvidos no escândalo.
Mosquito ataca elite branca
* São Paulo enfrenta epidemia de dengue. É bom os coxinhas sairem às ruas amanhã com repelentes ou protegidos com capas de tafetá.
Impunidade
* Ministério Público do Trabalho, no Rio, descobriu que pastelarias chinesas da cidadeestão abatendo cachorros de rua para usar a carne em pastéis. Os investigadores buscavam, na verdade, provas de utilização de trabalho escravo nesses estabelecimentos. As duas práticas são criminosas. Desde 2013 há inquéritos abertos para punir o trabalho escravo nesses estabelecimentos. Até hoje, ninguém foi punido.
Festa no arraiá
* A lei que libera a terceirização, aprovada pela Câmara, é uma revindicação das empresas, mas está sendo festejada entusiasticamente por um bom número de políticos. Motivo: a PL 4.330 permite que empresas públicas e de economia mista contratem adoidado sem concurso. Como se sabe, a terceirização já é praticada em empresas, mas não nas atividades fins. Explica-se: um banco público pode terceirizar setores como serviços de limpeza e segurança, mas gerentes, escriturários, caixas etc são obrigatoriamente concursados. Com a nova lei, um cabo eleitoral por virar gerente através de um empresa de prestação de serviços terceirizada. Captou?
Anorexia investigativa
* O escândalo Swissleaks que, no Brasil, nem investigação criminal virou ainda, continua sofrendo de anorexia galopante no governo e na mídia. A CPI do HSBC recebeu do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) uma relação de 50 brasileiros ligados a contas secretas com "indícios de ilícitos". Só para lembrar: há mais de oito mil brasileiros citados no jabaculê suíço. Os correntistas que declararam seus valores à Receita Federal e não têm nada a temer devem estar ansiosos para terem seus nomes expurgados da lista suja. Enquanto isso não acontece, são prejudicados por permanecerem na vala comum do alegado esquema de sonegação operado pelo HSBC.
Mosca no balcão
* O Presidente da Câmara, Eduardo Cunho, bolou uma espécie de caravana ("Câmara Itinerante") que o tornará um nome mais conhecido nacionalmente. A exposição do Oiapoque ao Chuí o deixaria mais manjado para se apresentar como candidato do PMDB à Presidência da República em 2018. Até aqui, o ciro está saindo pela tulatra, como diria o disléxico. No seu périplo, o polêmico deputado atrai mais vaias do que rosca em balcão de padaria na beira do valão.
"Oi, mamãe, óia eu no jatinho"
* Dilma Rousseff anunciou medida para reduzir gastos e acabar com o bundalelê dos ministros no uso de jatinhos da FAB. no primeira dia, alguns minitros não deram bola para Dilma. Simples: aproveitando-se de uma brecha na medida, que permite o uso de jatinho em caso de emergência médica, segurança ou viagens a serviço, suas excelências deitaram e rolaram fazendo coincidir compromissos oficiais com os endereços das suas residências. Aquele negócio: deram uma passadinhano trabalho a caminho de casa. O que Dilma deveria fazer era acabar de vez com essa farra. Os ministros não fazem nada com urgência, muito ao contrário. Podem perfeitamente pegar aviões de carreira.
Alto nível
* A nota abaixo está na coluna do jornalista Leo Dias, no jornal O Dia, de hoje. Se for verdade (melhor acreditar que é um caso de invasão de perfis), a frase diz mais sobre o tal e obscuro diretor da Globo do que sobre a crítica Bárbara Heliodora, falecida nessa semana aos 91 anos. Como afirmou a atriz Fernanda Montenegro:"Barbara é um referencial humanizado do teatro. Um referencial, intelectual, uma escola. Uma rainha na sua adesão ao teatro. Insubstituível".
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Reprodução/O DIA |
* Operação Lava Jato chega a produtoras de som e vídeo que teriam depositado propinas em contas de envolvidos no escândalo.
Mosquito ataca elite branca
* São Paulo enfrenta epidemia de dengue. É bom os coxinhas sairem às ruas amanhã com repelentes ou protegidos com capas de tafetá.
Impunidade
* Ministério Público do Trabalho, no Rio, descobriu que pastelarias chinesas da cidadeestão abatendo cachorros de rua para usar a carne em pastéis. Os investigadores buscavam, na verdade, provas de utilização de trabalho escravo nesses estabelecimentos. As duas práticas são criminosas. Desde 2013 há inquéritos abertos para punir o trabalho escravo nesses estabelecimentos. Até hoje, ninguém foi punido.
Festa no arraiá
* A lei que libera a terceirização, aprovada pela Câmara, é uma revindicação das empresas, mas está sendo festejada entusiasticamente por um bom número de políticos. Motivo: a PL 4.330 permite que empresas públicas e de economia mista contratem adoidado sem concurso. Como se sabe, a terceirização já é praticada em empresas, mas não nas atividades fins. Explica-se: um banco público pode terceirizar setores como serviços de limpeza e segurança, mas gerentes, escriturários, caixas etc são obrigatoriamente concursados. Com a nova lei, um cabo eleitoral por virar gerente através de um empresa de prestação de serviços terceirizada. Captou?
Passaralho Frias ataca na Folha de São Paulo, extermina empregos e acaba com suplementos
por Flávio Sépia
Se você compra um produto no supermercado, um comestível qualquer, com 500 gramas e a um preço de 12 reais e, na semana seguinte, encontra o mesmo produto a 12 reais mas com apenas 350 gramas, você foi lesado nos seus direitos de consumidor. Pode reclamar no Procon ou no Juizado de Pequenas Causas. Curiosamente, a imprensa é livre para manipular o seu produto, seja na qualidade, seja na quantidade. Nada impede um jornal de vender um assinatura anual, baseada nas dimensões e características do produto (assinatura é um contrato), e, ao longo do ano compromissado, reduzir as dimensões do produto fazendo o consumidor pagar mais por menos. Assim como o Estadão, a Folha anuncia demissões em massa. E assim como o parceiro, elimina editorias e corta suplementos. Se eu assinei o Estadão por gostar, por exemplo, do caderno de Esportes, dancei: o tal caderno vai sumir e só circulará aos domingos. O argumento vale para outros setores do jornal devidamente abduzidos. Jornalistas perdem o emprego e os leitores perdem notícias em quantidade e qualidade. Vai reclamar com quem? O imprensa brasileira já é uma das poucas do mundo que não oferece direito de resposta obrigatório ao cidadão eventualmente ofendido ou prejudicado por uma notícia ou opinião publicada. Vai o consumidor querer reclamar? Nem o bispo vai ouvir. Só uma observação inútil e fútil neste sábado carioca de abril, de céu azul e chope gelado. Com um brinde de boa sorte aos jornalistas vítimas dos passaralhos Frias e Mesquita.
Se você compra um produto no supermercado, um comestível qualquer, com 500 gramas e a um preço de 12 reais e, na semana seguinte, encontra o mesmo produto a 12 reais mas com apenas 350 gramas, você foi lesado nos seus direitos de consumidor. Pode reclamar no Procon ou no Juizado de Pequenas Causas. Curiosamente, a imprensa é livre para manipular o seu produto, seja na qualidade, seja na quantidade. Nada impede um jornal de vender um assinatura anual, baseada nas dimensões e características do produto (assinatura é um contrato), e, ao longo do ano compromissado, reduzir as dimensões do produto fazendo o consumidor pagar mais por menos. Assim como o Estadão, a Folha anuncia demissões em massa. E assim como o parceiro, elimina editorias e corta suplementos. Se eu assinei o Estadão por gostar, por exemplo, do caderno de Esportes, dancei: o tal caderno vai sumir e só circulará aos domingos. O argumento vale para outros setores do jornal devidamente abduzidos. Jornalistas perdem o emprego e os leitores perdem notícias em quantidade e qualidade. Vai reclamar com quem? O imprensa brasileira já é uma das poucas do mundo que não oferece direito de resposta obrigatório ao cidadão eventualmente ofendido ou prejudicado por uma notícia ou opinião publicada. Vai o consumidor querer reclamar? Nem o bispo vai ouvir. Só uma observação inútil e fútil neste sábado carioca de abril, de céu azul e chope gelado. Com um brinde de boa sorte aos jornalistas vítimas dos passaralhos Frias e Mesquita.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Terceirização, bancada da bala, estatuto da família, fim do beijo lésbico, Ed Motta, ratos... o Brasil dá passos largos rumo ao atraso
por Omelete
Sharia tropical
* Em função das reações moralistas e religiosas, fala-se que a TV Globo vai eliminar o beijo das lésbicas na novela Babilônia. O Brasil está, aos poucos, entrando em uma sharia informal. Sem falar no macartismo político já em vigor.
Bancadas da obscuridade
* Atraso é a palavra do momento. Dizem por aí que o governo Dilma está em crise. Certo. Mas e o Congresso? Em poucas semanas de atuação, a nova direção da Casa tem dado passos gigantescos para o passado. Alguns exemplos: a "bancada da bala" se prepara para revogar o estatuto do desarmamento; os conservadores estão passando a lei da maioridade penal aos 16 anos; a "bancada evangélica" ameaça o país com o estatuto da família, um espécie de caixa-preta que vai regular relações privadas. Sharia, também; estão sendo desengavetados os projetos mais obscuros, todos de forte teor repressivo.
Legalizando a escravidão
* Na área social, a marcha a ré do Congresso chega a ser trágica o revisionismo. Impulsionada pela conexão direita-mídia, a lei da terceirização vai implodir direitos trabalhistas. O objetivo é impor ao trabalhador um padrão asiático ou, meta suprema, chegar ao ideal para chamada elite: que os trabalhadores brasileiros atuem mais ou menos como a legião de bolivianos que é explorada em confecções clandestinas em São Paulo: pau na máquina 16 horas por dia, um cafezinho com barra de cereal na hora do almoço e uns trocados no fim da semana (descontadas as barras de cereal, claro). Aliás, o terceirizado é explorado pelo contratante e pela firma contratada. Para um custo de, digamos 3 mil reais, que a firma cobra do contratante do serviço, no máximo 1.500 reais são repassados ao empregado. Está oficialmente criada a "mais valia dupla". Ninguém tira do Congresso a "honra" de criar esse mecanismo que leva ao surreal as relação capital-trabalho.
Zelote afunda
* Anote aí: a operação Zelote vai naufragar e virar apenas um retrato na parede. Hoje os jornais já destacam que todas as denúncias tiveram origem em uma carta anônima (o texto não explica se a carta anônima foi pré ou pós-fabricada), o que pode invalidar toda a investigação, gravações etc. Faltou só um "ôba" ao lado do título da matéria. Só voltará a ganhar destaque se aparecer um nome do PT envolvido na quadrilha da sonegação. Sobre a carta anônima, a pergunta idiota: carta anônima não tem validade para os poderosos mas o disque-denúncia anônimo tem validade para enjaular
Swissleaks vira processo criminal na França e derrapa no Brasil
* Mais ou menos o que ameaça acontecer com o caso Swissleaks. A França anunciou ontem que o escândalo já se transformou em processo criminal. a Argentina, que também tem nomes envolvidos nas contas secretas, já proibiu o HSBC de realizar transações internacionais até que tudo seja apurado. No Brasil, o Swissleaks, como a Zelotes, envolve nomes poderosos e, até aqui, de fora do governo. diante disso, não há apetite para levar adiante tais incômodos.
Contrabando legislativo
* Ontem, em uma votação no Congresso, foi descoberto na última hora um "contrabando" em um projeto em votação sobre o fim do sigilo em operações de crédito do BNDES. Lá no meio, em letras pequenas, como se fosse um daqueles contratos picaretas redigidos por elementos espertos, foi incluida uma autorização para um "empréstimo" de 50 milhões de reais às vítimas do incêndio no Shopping Nova América, no Rio. Era o que faltava; um empreendimento privado pega fogo e a conta vem para o contribuinte. Ainda bem que a manobra foi desmascara a tempo.
Ed Motta vai ser extraditado?
* Na internet, a assunto é Ed Motta que vai fazer uma suposta turnê na Europa (digo ainda suposta porque recentemente ele faria uma série de exibições nos Estados Unidos que acabaram canceladas). Pois bem o eterno sobrinho de Tim Maia avisou na rede social que em seus shows na Europa não falará português e não cantará músicas em português. Referiu-se com desprezo aos imigrantes "brazucas" típicos, disse que se apresentará para pessoas mais instruídas e por aí foi em uma ladainha preconceituosa. Um internauta perguntou então porque razão ele ainda faz shows no Brasil. O cantor disse que precisa trabalhar. Um direito dele, claro. Até porque Ed Motta já tentou viver fora do Brasil. Passou um ano em Nova York mas acabou voltando para faturar o ganha-pão em real mesmo. Infelizmente para ele e para muitos que o detestam, sua sobrevivência depende do patropi. Vamos ter que aturá-lo. Sem preconceitos.
A benção, Dom Helder
* Dom Helder Câmara, o "bispo vermelho", que resistiu bravamente à ditadura, pode ser beatificado e canonizado. O Vaticano já abriu o devido processo. Dom Helder teve a cabeça a prêmio. Seu nome esteve em um lista de pessoas a serem eliminadas. Em uma ocasião mais crítica, viajou às pressas para o exterior. Teria sido salvo por gestões dos governos da então Alemanha Ocidental, dos Estados Unidos e da França, pressionados por católicos. Outro bispo na fila para a canonização é Dom Oscar Romero, este assassinado em 1980 também tido como "comunista" pela ditadura local.
Ratinho encontra papai no Congresso. Menos um filho desamparado
* Segundo o "Sensacionalista", um dos ratos que foram soltos na Câmara dos Deputados se emocionou ao encontrar um parlamentar. "Papai, papai", disse o ratinho.
Sharia tropical
* Em função das reações moralistas e religiosas, fala-se que a TV Globo vai eliminar o beijo das lésbicas na novela Babilônia. O Brasil está, aos poucos, entrando em uma sharia informal. Sem falar no macartismo político já em vigor.
Bancadas da obscuridade
* Atraso é a palavra do momento. Dizem por aí que o governo Dilma está em crise. Certo. Mas e o Congresso? Em poucas semanas de atuação, a nova direção da Casa tem dado passos gigantescos para o passado. Alguns exemplos: a "bancada da bala" se prepara para revogar o estatuto do desarmamento; os conservadores estão passando a lei da maioridade penal aos 16 anos; a "bancada evangélica" ameaça o país com o estatuto da família, um espécie de caixa-preta que vai regular relações privadas. Sharia, também; estão sendo desengavetados os projetos mais obscuros, todos de forte teor repressivo.
Legalizando a escravidão
* Na área social, a marcha a ré do Congresso chega a ser trágica o revisionismo. Impulsionada pela conexão direita-mídia, a lei da terceirização vai implodir direitos trabalhistas. O objetivo é impor ao trabalhador um padrão asiático ou, meta suprema, chegar ao ideal para chamada elite: que os trabalhadores brasileiros atuem mais ou menos como a legião de bolivianos que é explorada em confecções clandestinas em São Paulo: pau na máquina 16 horas por dia, um cafezinho com barra de cereal na hora do almoço e uns trocados no fim da semana (descontadas as barras de cereal, claro). Aliás, o terceirizado é explorado pelo contratante e pela firma contratada. Para um custo de, digamos 3 mil reais, que a firma cobra do contratante do serviço, no máximo 1.500 reais são repassados ao empregado. Está oficialmente criada a "mais valia dupla". Ninguém tira do Congresso a "honra" de criar esse mecanismo que leva ao surreal as relação capital-trabalho.
Zelote afunda
* Anote aí: a operação Zelote vai naufragar e virar apenas um retrato na parede. Hoje os jornais já destacam que todas as denúncias tiveram origem em uma carta anônima (o texto não explica se a carta anônima foi pré ou pós-fabricada), o que pode invalidar toda a investigação, gravações etc. Faltou só um "ôba" ao lado do título da matéria. Só voltará a ganhar destaque se aparecer um nome do PT envolvido na quadrilha da sonegação. Sobre a carta anônima, a pergunta idiota: carta anônima não tem validade para os poderosos mas o disque-denúncia anônimo tem validade para enjaular
Swissleaks vira processo criminal na França e derrapa no Brasil
* Mais ou menos o que ameaça acontecer com o caso Swissleaks. A França anunciou ontem que o escândalo já se transformou em processo criminal. a Argentina, que também tem nomes envolvidos nas contas secretas, já proibiu o HSBC de realizar transações internacionais até que tudo seja apurado. No Brasil, o Swissleaks, como a Zelotes, envolve nomes poderosos e, até aqui, de fora do governo. diante disso, não há apetite para levar adiante tais incômodos.
Contrabando legislativo
* Ontem, em uma votação no Congresso, foi descoberto na última hora um "contrabando" em um projeto em votação sobre o fim do sigilo em operações de crédito do BNDES. Lá no meio, em letras pequenas, como se fosse um daqueles contratos picaretas redigidos por elementos espertos, foi incluida uma autorização para um "empréstimo" de 50 milhões de reais às vítimas do incêndio no Shopping Nova América, no Rio. Era o que faltava; um empreendimento privado pega fogo e a conta vem para o contribuinte. Ainda bem que a manobra foi desmascara a tempo.
Ed Motta vai ser extraditado?
* Na internet, a assunto é Ed Motta que vai fazer uma suposta turnê na Europa (digo ainda suposta porque recentemente ele faria uma série de exibições nos Estados Unidos que acabaram canceladas). Pois bem o eterno sobrinho de Tim Maia avisou na rede social que em seus shows na Europa não falará português e não cantará músicas em português. Referiu-se com desprezo aos imigrantes "brazucas" típicos, disse que se apresentará para pessoas mais instruídas e por aí foi em uma ladainha preconceituosa. Um internauta perguntou então porque razão ele ainda faz shows no Brasil. O cantor disse que precisa trabalhar. Um direito dele, claro. Até porque Ed Motta já tentou viver fora do Brasil. Passou um ano em Nova York mas acabou voltando para faturar o ganha-pão em real mesmo. Infelizmente para ele e para muitos que o detestam, sua sobrevivência depende do patropi. Vamos ter que aturá-lo. Sem preconceitos.
A benção, Dom Helder
* Dom Helder Câmara, o "bispo vermelho", que resistiu bravamente à ditadura, pode ser beatificado e canonizado. O Vaticano já abriu o devido processo. Dom Helder teve a cabeça a prêmio. Seu nome esteve em um lista de pessoas a serem eliminadas. Em uma ocasião mais crítica, viajou às pressas para o exterior. Teria sido salvo por gestões dos governos da então Alemanha Ocidental, dos Estados Unidos e da França, pressionados por católicos. Outro bispo na fila para a canonização é Dom Oscar Romero, este assassinado em 1980 também tido como "comunista" pela ditadura local.
Ratinho encontra papai no Congresso. Menos um filho desamparado
* Segundo o "Sensacionalista", um dos ratos que foram soltos na Câmara dos Deputados se emocionou ao encontrar um parlamentar. "Papai, papai", disse o ratinho.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Tecnologia sensual: decote de Jennifer Lopez inspirou o Google a criar, em 2000, o seu buscador de imagens...
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Vogue UK - Reprodução |
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O detalhe que inspirou o Google Images Em 2000, ela compareceu ao tapete vermelho do Grammy Awards vestindo um Versace verde revelador. O Google ficou superaquecido pelas solicitações de milhões de internautas curiosos para ver detalhes do tal vestido. Só que o Google não tinha como levar os usuários a ver, na época, uma galeria de fotos selecionadas sobre o momento JiLO. O motor de buscas só apontava para textos relativos à premiação e às fotos esparsas ou aleatórias do evento. Foi aí que surgiu a ideia de montar o Google Images, um buscador que podia agregar fotos e selecioná-las segundo a indicação precisa dos usuários. A partir do decote, os engenheiros correram para o computador com a missão de reorganizar algorítmos espertos e capazes de apontar para a "comissão de frente" da atriz. Deu certo. E Jennifer Lopez nem recebe royalties pelo maior buscador de imagens da internet. Veja na Vogue, clique AQUI |
Tecnologia pré-inca pode salvar Lima, no Peru, da crise hídrica
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Reprodução NS |
A capital peruana vai reativar antigos canais para garantir o fluxo de água para a população. É o que conta a New Scientist.
Clique AQUI
Deu no PR Newswire: Camila Pitanga é a celebridade com mais destaque na mídia
SÃO PAULO, 7 de abril de 2015 /PR Newswire/ -- Uma das protagonistas de 'Babilônia', Camila Pitanga é a celebridade mais comentada pelos jornais do eixo São Paulo e Rio de Janeiro, conforme destaca o ranking de celebridades da PR Newswire. A atriz é a mais noticiada no período e conquista capas de revistas como Marie Claire e Contigo!. Já no Canal Extra/Extra, a atriz comemora sua personagem na novela, fala sobre seu papel e sua trajetória profissional.
A segunda posição do ranking é ocupada por Adriana Esteves. A atriz, que interpreta uma vilã em 'Babilônia', ficou em destaque na capa da Revista da TV/O Globo, revelando detalhes de sua personagem.
A segunda posição do ranking é ocupada por Adriana Esteves. A atriz, que interpreta uma vilã em 'Babilônia', ficou em destaque na capa da Revista da TV/O Globo, revelando detalhes de sua personagem.
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Dicas para contadores de histórias...
por Flávio Sépia
O site Poynter, especializado em jornalismo, publica um texto prévio sobre um seminário que vai promover em que escritores e roteiristas darão dicas de como contar histórias. Alguns trechos:
* Filmes seguram o expectador através de cenas fortes, personagens convincentes e detalhes reveladores. Histórias escritas devem fazer a mesma coisa.
* Textos devem ter ritmo e passos: prenúncio, descrição de cenas-chave, informação. Um história se constrói com várias mini-histórias encadeadas.
* O tema central da sua história deve ser reforçado pela repetição. Isso não é o mesmo que redundância. Ecoar a essência da história é um dispositivo estrutural que pode mantê-la coerente e coesa.
* Reserve algo especial para o meio do texto. Um detalhe revelador, uma citação memorável, uma piada. Funciona como uma recompensa para o leitor que chegou até ali e um incentivo para que ele prossiga lendo sua história.
* Lembre-se: a última impressão é a que fica. Se você colocar nos três primeiros parágrafos tudo o que for interessante na sua história, o que vai sobrar para o leitor na reta final? Frustração?
* Se a história que você vai contar é produto de uma entrevista, considere que perguntar é tão importante quanto calar. Quando você suprime o desejo de interromper o entrevistado pode se surpreender com relatos, detalhes e nuances melhores do que uma pergunta qualquer, em momento inadequado, poderia provocar. Perguntas com longos enunciados, por exemplo, podem levar o entrevistado a se "adaptar" à sua indagação. Ele pode acabar dando a resposta que você esboçou e não vai passar suas próprias e autênticas impressões.
Agora, pense em quantas vezes, no rádio e na TV, especialmente, você se depara com:
* Entrevistador que fala mais do que o entrevistado.
* Entrevistador que interrompe o entrevistado para dizer que concorda com ele e, não satisfeito, passa a detalhar sua própria opinião.
* Entrevistador que tem sua listinha de perguntas prontas e parece não prestar atenção nas respostas do entrevistado. Ele pode até falar assim como quem não quer nada que acabou de matar o Papa que o entrevistador pergunta, em seguida, o que está achando do governo Dilma.
* Entrevistadora que gosta de parecer íntima do entrevistado com perguntas do tipo: "Nós nos encontramos outro dia na casa do fulano em um jantar que aliás estava ótimo e vc falou sobre o seu novo filme, já está pronto? etc etc".
* Entrevistadora que interrompe a resposta do entrevistado ao perceber que ele insiste em dar uma opinião contrária à "política da casa". Isso geralmente acontece quando a produção "se engana" e inadvertidamente convida um debatedor independente.
* Entrevistadora que odeia a entrevistada - isso aconteceu não faz muito tempo com uma colunista e uma antagonista política - e não disfarça. Faz caras feias (saiu até em foto), olha do lado, mastiga um chiclete invisível com um certo ar de desprezo e tenta mostrar para o seu público animosidade e agressividade, como se essas fossem condições para o bom jornalismo.
* Entrevistador autoritário com os "adversários da casa" e puxa-saco militante com os que frequentam a "varanda gourmet" do patrão.
* Entrevistadora que exibe um repertório de "caras de bocas". "Modo espanto", mesmo quando o entrevistado revela alguma banalidade; "modo ternura", quando ele diz alguma coisa "fofa"; "modo inteligente", quando ele cita Jung; "modo indignada", quando ele defende o impeachment; "modo triunfante", quando ele diz que o dólar vai disparar, a inflação idem e o Brasil vai despencar na nota de investimento da agência de risco; e "modo você-é-ótimo", quando o entrevistado comete alguma tirada supostamente bem-humorada.
O site Poynter, especializado em jornalismo, publica um texto prévio sobre um seminário que vai promover em que escritores e roteiristas darão dicas de como contar histórias. Alguns trechos:
* Filmes seguram o expectador através de cenas fortes, personagens convincentes e detalhes reveladores. Histórias escritas devem fazer a mesma coisa.
* Textos devem ter ritmo e passos: prenúncio, descrição de cenas-chave, informação. Um história se constrói com várias mini-histórias encadeadas.
* O tema central da sua história deve ser reforçado pela repetição. Isso não é o mesmo que redundância. Ecoar a essência da história é um dispositivo estrutural que pode mantê-la coerente e coesa.
* Reserve algo especial para o meio do texto. Um detalhe revelador, uma citação memorável, uma piada. Funciona como uma recompensa para o leitor que chegou até ali e um incentivo para que ele prossiga lendo sua história.
* Lembre-se: a última impressão é a que fica. Se você colocar nos três primeiros parágrafos tudo o que for interessante na sua história, o que vai sobrar para o leitor na reta final? Frustração?
* Se a história que você vai contar é produto de uma entrevista, considere que perguntar é tão importante quanto calar. Quando você suprime o desejo de interromper o entrevistado pode se surpreender com relatos, detalhes e nuances melhores do que uma pergunta qualquer, em momento inadequado, poderia provocar. Perguntas com longos enunciados, por exemplo, podem levar o entrevistado a se "adaptar" à sua indagação. Ele pode acabar dando a resposta que você esboçou e não vai passar suas próprias e autênticas impressões.
Agora, pense em quantas vezes, no rádio e na TV, especialmente, você se depara com:
* Entrevistador que fala mais do que o entrevistado.
* Entrevistador que interrompe o entrevistado para dizer que concorda com ele e, não satisfeito, passa a detalhar sua própria opinião.
* Entrevistador que tem sua listinha de perguntas prontas e parece não prestar atenção nas respostas do entrevistado. Ele pode até falar assim como quem não quer nada que acabou de matar o Papa que o entrevistador pergunta, em seguida, o que está achando do governo Dilma.
* Entrevistadora que gosta de parecer íntima do entrevistado com perguntas do tipo: "Nós nos encontramos outro dia na casa do fulano em um jantar que aliás estava ótimo e vc falou sobre o seu novo filme, já está pronto? etc etc".
* Entrevistadora que interrompe a resposta do entrevistado ao perceber que ele insiste em dar uma opinião contrária à "política da casa". Isso geralmente acontece quando a produção "se engana" e inadvertidamente convida um debatedor independente.
* Entrevistadora que odeia a entrevistada - isso aconteceu não faz muito tempo com uma colunista e uma antagonista política - e não disfarça. Faz caras feias (saiu até em foto), olha do lado, mastiga um chiclete invisível com um certo ar de desprezo e tenta mostrar para o seu público animosidade e agressividade, como se essas fossem condições para o bom jornalismo.
* Entrevistador autoritário com os "adversários da casa" e puxa-saco militante com os que frequentam a "varanda gourmet" do patrão.
* Entrevistadora que exibe um repertório de "caras de bocas". "Modo espanto", mesmo quando o entrevistado revela alguma banalidade; "modo ternura", quando ele diz alguma coisa "fofa"; "modo inteligente", quando ele cita Jung; "modo indignada", quando ele defende o impeachment; "modo triunfante", quando ele diz que o dólar vai disparar, a inflação idem e o Brasil vai despencar na nota de investimento da agência de risco; e "modo você-é-ótimo", quando o entrevistado comete alguma tirada supostamente bem-humorada.
Associated Press lançará e-books com relatos e imagens de coberturas históricas e atuais
A Associated Press vai abrir seu baú de registros históricos e de coberturas atuais. A agência prepara uma série de livros, chamada AP Editions, em parceria com a editora Mango Media, com relatos e bastidores de fatos jornalísticos relevantes. A coleção será lançada também em versão impressa no formato de livros de bolso. No começo do ano, a AP já havia anunciado que disponibilizaria clips de áudio dos seus arquivos na rede de podcasting PodcastOne.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
Roberto Muggiati: Com Cynthia Lennon em Emperors Gate
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Cynthia Lennon com o carrinho de bebê que virou personagem deste post. Reprodução Pinterest |
Por Roberto Muggiati
No final de 1963, John Lennon
instalou-se em Londres com a mulher Cynthia e o filho de oito meses Julian em
Emperors Gate, no bairro de South Kensington. Apesar de toda a pompa e
circunstância do nome da rua, o apartamento dava para o Terminal Aéreo do Oeste
de Londres e ficava perto de um trecho a céu aberto do metrô, com trens
barulhentos passando a cada minuto. Meses antes, eu tinha morado perto dali, em
Collingham Gardens, felizmente uma zona mais recôndita no verde dos jardins do
mesmo nome.
Àquela altura, embora trabalhasse
no grande império radiofônico da British Broadcasting Corporation (BBC), eu
estava confinado ao gueto do Serviço Brasileiro e só ouvira vagamente falar dos
Beatles. Minha paixão era o jazz e quase toda noite eu ia ao Ronnie Scott’s
ouvir os bons músicos locais, como o tenorista Tubby Hayes, e também
saxofonistas americanos como Johnny Griffin e Dexter Gordon, este iniciando um
período de exílio na Europa.
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Cynthia e Lennon se conheceram na escola de arte. Ela ilustrou a autobiografia do beatle, "A Twist of Lennon", lançada em 1978 |
Tempos depois, eu tomaria
conhecimento definitivo dos Beatles. Cheguei até a publicar um livro, A revolução dos Beatles, nos 35 anos da
sua primeira gravação, que aconteceu em Abbey Road num 11 de setembro mais
ameno, o de 1962, quando eu tinha um mês de Londres na minha residência de três
anos na BBC.
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Cynthia e John Lennon Reprodução HippiKiz |
Colega de Lennon na escola de
artes de Liverpool, Cynthia Powell tingiu os cabelos de louro porque ele era
apaixonado por Brigitte Bardot. Casaram-se, ainda em Liverpool, porque ele
engravidou a moça. Mas os Beatles mantiveram por muito tempo a farsa de que
Lennon era solteiro – como podiam suas fãs desejar um Beatle casado e com
filho? Já naquele apartamento de Emperors Gate, John traiu Cynthia com a mulher
do vizinho fotógrafo de moda, uma manequim norueguesa – nasceu daí a canção Norwegian Wood. Mrs. Lennon foi botando
panos quentes na relação até o dia em que, voltando antecipadamente de férias
na Grécia – a mando de John – encontrou o marido e Yoko Ono na sua mansão em
Kenwood vestindo roupões brancos iguais e num indisfarçável clima de
intimidade.
Em sua autobiografia de 1978, A
Twist of Lennon (trocadilho com “uma gotinha de limão” das receitas de
coquetel), Cynthia descreve: “Quando abri a porta fui confrontada com uma cena
que me tirou o fôlego e a voz. Pratos sujos do café da manhã estavam empilhados
sobre a mesa, as cortinas estavam fechadas e o quarto com uma iluminação
difusa. Diante mim, John estava sentado relaxado em seu roupão. De costas para
mim, e igualmente relaxada e à vontade, estava Yoko. ‘Oi’ – foi tudo o que
disseram.”
John Lennon foi assassinado a
tiros em Nova York em 1980. Cynthia Lennon morreu de câncer aos 75 anos neste
1º de abril em Palma de Maiorca. Yoko Ono continua firme, rolando pelo mundo,
aos 82.
Requiescat in pace, Cyn. . .
terça-feira, 7 de abril de 2015
Campanha #Iamnoangel mostra que, mais do que as retas, são as curvas que levam ao paraíso...
Abaixo a anorexia. A campanha #Iamnoangel, da grife Lane Bryant, defende a sensualidades das mulheres de todos os tamanhos. Indiretamente, é uma crítica às modelos standards do tipo Victoria Secrets, daí a referência aos "anjos". A marca lança coleção especial de lingeries e celebra as curvas.
VEJA O VÍDEO DA CAMPANHA #Iamnoangel, CLIQUE AQUI
Eduardo Lages, o maestro do rei
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Reprodução Revista Contigo! |
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Reprodução Revista Contigo! |
por José Esmeraldo Gonçalves (especial para a revista Contigo!) (*)
Ao lado das notas musicais, os números estão, por esses
dias, na partitura do maestro Eduardo Lages. Aos 68 anos, completados no dia 11
de março, ele comemora 50 anos de carreira, dos quais 38 comandando a orquestra
que acompanha Roberto Carlos, 74. A data é celebrada no palco - o cenário preferencial
e onipresente da longa trajetória do pianista, arranjador e compositor
niteroiense-, com o espetáculo “Eduardo Lages e Orquestra: o Maestro do Rei em
Toda Brasileira é uma Diva”. O musical estreou no Teatro Bradesco, em São Paulo, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e seguirá, nos próximos meses, em turnê por
várias capitais.“Ando na rua e as pessoas me chamam de ‘maestro do rei’. Às
vezes, começam a conversar e perguntam qual é o meu nome mesmo (risos). Eu me acostumei e tenho o maior
orgulho disso. Até brinco que eu queria ser o rei dos maestros, não consegui
mas virei o maestro do rei”, diz, bem-humorado. Eduardo Lages recebeu a Contigo!em sua casa, na Zona Sul do Rio
de Janeiro. Uma escada em espiral leva ao terraço e a uma sala, na cobertura do
apartamento. Um mix de ambiente social e de criação. Em um canto da sala, um
piano. Ali certamente foram esboçados e começaram a nascer arranjos marcantes de
muitas canções de Roberto Carlos. Na parede, acima do piano, discos de ouro emoldurados
lembram o sucesso de alguns dos sete CDs, além de um DVD, da carreira solo do
maestro. Poderia haver mais troféus expostos – ele venceu vários festivais da
canção -, mas há um bom motivo para não congestionar as paredes. “Minha mulher (Mércia Lages, 68, com quem é casado há 42
anos) diz, com razão, que isso aqui é uma sala, não é uma gravadora”,
brinca.
Guardado em uma estante, destaca-se um bandolim que
pertenceu ao pai, um médico que gostava de realizar saraus musicais na casa da
família no Fonseca, bairro de Niterói (RJ). “Com outros médicos, ele formou um
conjunto chamado “Doutores da Ribalta”. O grupo fazia serestas às sextas-feiras
e convidava artistas conhecidos, como Sílvio Caldas, Ciro Monteiro e Luís Reis.
Garoto ainda, vi esse pessoal de perto. Até os 13 anos, eu estudava música
clássica, que foi a minha formação, mas aquelas reuniões me despertaram para a
música popular”, recorda, enquanto folheia uma pasta com recortes de jornais e
revistas que registram momentos da sua carreira e mostra programas de concertos
de música clássica no Teatro Municipal de Niterói. Em um deles, aos oito anos,
tocou Polichinelle, de Rachimaninoff. Naquela época, a quem perguntasse o que
queria ser quando crescesse, respondia no ato: “Quero ser maestro”. Conseguiu.
Mas o caminho até o sucesso teve escalas inusitadas.
Igreja & Cabaré
Aos 18 anos, quando se profissionalizou, Eduardo Lages tocava em uma igreja católica e, em seguida, ia para um cabaré. “Ali ganhei meu primeiro cachê. Não havia grandes casas de show e aqueles lugares tinham palcos grandes e recebiam políticos, empresários, autoridades. Ângela Maria, Caubi Peixoto e muitos músicos se apresentavam nos antigos cabarés”, conta. Assim, o futuro maestro passava da música sacra em órgão acústico para boleros profanos entoados ao piano do tipo “armário”. “Eu ia do céu ao inferno em poucos minutos. Quando contei isso no show, um cara levantou na plateia gritou ‘não necessariamente nessa ordem”, diverte-se. Às lembranças musicais da infância, Eduardo Lages soma um drama. Em 1961, ele era uma das crianças que estavam na plateia do GranCircus Norte-Americano, em Niterói. Três mil pessoas assistiam ao espetáculo quando começou um incêndio, de origem criminosa, atribuído a um ex-funcionário que havia sido demitido. A tragédia resultou em cerca de 400 mortos, dos quais 70% eram crianças. “Quando consegui sair do circo, em meio ao pânico, fui correndo até em casa, que ficava perto, avisar minha mãe. E voltei ao local. Lembro-me da cena dos animais fugindo. Eu tinha ido ao circo com um grupo de coleguinhas, oito deles morreram. Demorei a esquecer e, às vezes, ainda tenho uns sonhos estranhos”, conta.
Igreja & Cabaré
Aos 18 anos, quando se profissionalizou, Eduardo Lages tocava em uma igreja católica e, em seguida, ia para um cabaré. “Ali ganhei meu primeiro cachê. Não havia grandes casas de show e aqueles lugares tinham palcos grandes e recebiam políticos, empresários, autoridades. Ângela Maria, Caubi Peixoto e muitos músicos se apresentavam nos antigos cabarés”, conta. Assim, o futuro maestro passava da música sacra em órgão acústico para boleros profanos entoados ao piano do tipo “armário”. “Eu ia do céu ao inferno em poucos minutos. Quando contei isso no show, um cara levantou na plateia gritou ‘não necessariamente nessa ordem”, diverte-se. Às lembranças musicais da infância, Eduardo Lages soma um drama. Em 1961, ele era uma das crianças que estavam na plateia do GranCircus Norte-Americano, em Niterói. Três mil pessoas assistiam ao espetáculo quando começou um incêndio, de origem criminosa, atribuído a um ex-funcionário que havia sido demitido. A tragédia resultou em cerca de 400 mortos, dos quais 70% eram crianças. “Quando consegui sair do circo, em meio ao pânico, fui correndo até em casa, que ficava perto, avisar minha mãe. E voltei ao local. Lembro-me da cena dos animais fugindo. Eu tinha ido ao circo com um grupo de coleguinhas, oito deles morreram. Demorei a esquecer e, às vezes, ainda tenho uns sonhos estranhos”, conta.
A inspiração dos saraus domésticos, a experiência como
pianista de cabaré e a vida nada fácil de músico clássico, iniciante, levaram
Eduardo Lages a explorar as possibilidades da música popular. A família, mais
cautelosa, preferia que ele tentasse uma carreira mais estável. Fez vestibular
para Engenharia, passou, matriculou-se, mas havia o MAU no meio do caminho, na
virada dos anos 1960/1970. Era o Movimento Artístico Universitário que reunia
jovens sonhadores como Ivan Lins, Aldir Blanc, César Costa Filho, Gonzaguinha,
entre outros.
No tempo dos festivais
Os festivais de música simbolizavam uma porta da esperança para muitos compositores. Eduardo recorda que participou de umas dez competições. “Em Niterói havia um Festival da Canção Popular. Foram realizados quatro, ganhei três. Naquela época, atraiam gente como Sérgio Ricardo, Sergio Bittencourt e vários músicos e compositores que depois se tornaram famosos. O festival mais importante que eu ganhei foi o Internacional da Canção do México, em 1970, com a música “Razão de paz para não cantar”, composta com Alézio de Barros, interpretada pela cantora Cláudia Oliveira, 66, rival da Elis Regina, na época”, conta, acrescentando que a mesma música ficou em quarto lugar no 4° Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro. “Chegou um momento” – conta Eduardo – “que todo o grupo oriundo do MAU foi contratado pela TV Globo para fazer um programa chamado Som Livre Exportação”. O musical, apresentado por Ivan Lins e Elis Regina, durou pouco - ficou no ar de dezembro de 1970 a agosto de 1971 – mas abriu para Eduardo Lages as portas da TV Globo, que o contratou como arranjador. “Trabalhei em um programa de humor, ao lado da Sandra Bréa e da Christina Nunes, chamava-se “Uau”, passei pelo programa do Moacyr Franco e pelo Fantástico”. Gostava de fazer aberturas de programas. Fiz um arranjo para a famosa introdução instrumental do Jornal Nacional, a música The Fuzz, de Frank de Vol,e fui o primeiro maestro do “Globo de Ouro”, completa. Foi neste programa que Eduardo Lages se aproximou de Roberto Carlos, que toda semana estava lá com alguma música na parada de sucesso. “Há pouco tempo, me lembrei de um fato interessante. Por volta de 1974, eu trabalhava com Benito di Paula, cujo empresário, Marcos Lázaro, era o mesmo do Roberto. Um dia, o pianista do RC7 teve um problema de saúde e o Marcos Lázaro me pediu para substituí-lo durante uma turnê no interior de São Paulo. Engraçado é que ensaiei com a banda, sem o Roberto, só o vi no palco e não tive chance de maior contato. Trabalhei também no Chiko’s Bar, era um point do Rio de Janeiro, todo artista estrangeiro que vinha ao Rio passava lá.
Regendo a orquestra de Sinatra
Foi onde conheci Frank Sinatra, Michel Legrand, Liza Minelli e onde toquei piano a quatro mãos com Burt Bacharach. Roberto frequentava o Chiko’s, mas só fui conhecê-lo melhor mesmo no Globo de Ouro”, recorda o maestro. “Foi através do Luís Carlos Miéle e do Ronaldo Bôscoli, que eram diretores do programa de Natal do Roberto. Fiz 37 desses especiais anuais. Os primeiros ainda como funcionário da Globo”, acrescenta.
No tempo dos festivais
Os festivais de música simbolizavam uma porta da esperança para muitos compositores. Eduardo recorda que participou de umas dez competições. “Em Niterói havia um Festival da Canção Popular. Foram realizados quatro, ganhei três. Naquela época, atraiam gente como Sérgio Ricardo, Sergio Bittencourt e vários músicos e compositores que depois se tornaram famosos. O festival mais importante que eu ganhei foi o Internacional da Canção do México, em 1970, com a música “Razão de paz para não cantar”, composta com Alézio de Barros, interpretada pela cantora Cláudia Oliveira, 66, rival da Elis Regina, na época”, conta, acrescentando que a mesma música ficou em quarto lugar no 4° Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro. “Chegou um momento” – conta Eduardo – “que todo o grupo oriundo do MAU foi contratado pela TV Globo para fazer um programa chamado Som Livre Exportação”. O musical, apresentado por Ivan Lins e Elis Regina, durou pouco - ficou no ar de dezembro de 1970 a agosto de 1971 – mas abriu para Eduardo Lages as portas da TV Globo, que o contratou como arranjador. “Trabalhei em um programa de humor, ao lado da Sandra Bréa e da Christina Nunes, chamava-se “Uau”, passei pelo programa do Moacyr Franco e pelo Fantástico”. Gostava de fazer aberturas de programas. Fiz um arranjo para a famosa introdução instrumental do Jornal Nacional, a música The Fuzz, de Frank de Vol,e fui o primeiro maestro do “Globo de Ouro”, completa. Foi neste programa que Eduardo Lages se aproximou de Roberto Carlos, que toda semana estava lá com alguma música na parada de sucesso. “Há pouco tempo, me lembrei de um fato interessante. Por volta de 1974, eu trabalhava com Benito di Paula, cujo empresário, Marcos Lázaro, era o mesmo do Roberto. Um dia, o pianista do RC7 teve um problema de saúde e o Marcos Lázaro me pediu para substituí-lo durante uma turnê no interior de São Paulo. Engraçado é que ensaiei com a banda, sem o Roberto, só o vi no palco e não tive chance de maior contato. Trabalhei também no Chiko’s Bar, era um point do Rio de Janeiro, todo artista estrangeiro que vinha ao Rio passava lá.
Regendo a orquestra de Sinatra
Foi onde conheci Frank Sinatra, Michel Legrand, Liza Minelli e onde toquei piano a quatro mãos com Burt Bacharach. Roberto frequentava o Chiko’s, mas só fui conhecê-lo melhor mesmo no Globo de Ouro”, recorda o maestro. “Foi através do Luís Carlos Miéle e do Ronaldo Bôscoli, que eram diretores do programa de Natal do Roberto. Fiz 37 desses especiais anuais. Os primeiros ainda como funcionário da Globo”, acrescenta.
Ao ganhar a confiança do cantor, Eduardo Lages foi integrado
à orquestra. “Era uma época em que ele viajava muito. Eu tinha que me ausentar
da Globo, às vezes eram temporadas de 15 dias na Europa. Eu pedia para o
Roberto ligar para o Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, então
superintendente da TV Globo) para quebrar meu galho. Até que não deu mais. E o
trabalho com o Roberto passou a ser minha prioridade”, revela, destacando que
uma motivação a mais para trabalhar com o cantor foi a oportunidade de reger uma
orquestra. “Sempre fui fascinado por orquestra. Foi um dos motivos que me fizeram
aceitar o convite”, conta ele, que entrou então no ritmo de turnês e shows de
um ídolo popular. Hoje, segundo o maestro, Roberto Carlos tem naturalmente um
ritmo mais tranquilo e programado de trabalho. “Mas há quase 40 anos, o público
era de agarrar e rasgar a roupa até mesmo dos integrantes da banda. Éramos
jovens. Para nós, era uma festa. Pegava-se mulher (risos). Às vezes, passávamos
três meses fora. Ficávamos todos juntos no mesmo hotel. Hoje, é diferente, cada
um viaja no seu horário, Roberto tem o jatinho dele. Os shows são grandiosos,
em locais melhores. Era uma outra época”, conta.
O dia em que o show parou
As lembranças certamente dariam um livro, como a autobiografia que Roberto Carlos está elaborando, segundo ele mesmo revelou no ano passado. “Ele está escrevendo um livro? “Eu também já falei que eu vou escrever um livro. Está na cabeça. Às vezes, quando Roberto me pergunta se já fiz um determinado arranjo, respondo, brincando, que não mas as notas musicais estão na minha cabeça, é só balançar que caem. Assim é o meu livro”, diz, rindo. Uma história que estará na provável biografia do maestro, caso a sua cabeça um dia dê uma sacudida nas letras, aconteceu no México. “Eu caí na plateia”, adianta Eduardo. “O show estava correndo e o empresário tentava avisar ao Roberto que uma autoridade havia chegado. Um prefeito, algo assim. Eu estava de costas para a público e fui recuando para ficar no campo de visão dele e fazer um sinal. Andei de costas até cair na plateia. Lembro da sensação terrível de pisar no vazio. O show parou, mas saí aplaudido”, diverte-se ele, que recorda também um dos momentos mais marcantes da trajetória ao lado de Roberto Carlos. “Quando Frank Sinatra veio ao Brasil, em 1980, fui a um ensaio dele, com orquestra completa, em um hotel, no Rio. Fiquei deslumbrado. Só pensava em ter um dia uma orquestra daquela para trabalhar. Um mês depois, fui fazer um show com Roberto em Nova York. Naquela época, a gente não viajava com toda a nossa orquestra, que era completada com músicos locais. Eu fui antes, com esse objetivo. Lá procurei um contractor, que agencia instrumentistas. Era um baixinho, com cara de mafioso, fumando charuto, e eu com meu inglês ruim para caramba, falei: ‘Olha, eu quero quatro trompetes, trombones, saxofone, harpa, um oboé, doze violinos, quatro violas...”. Ao saber que eu era brasileiro, ele disse que adorava o Rio e que estivera na cidade um mês antes. Perguntei o que tinha ido fazer no Rio. “Fui como Frank”. “Que Frank?”, eu quis saber. “O Sinatra”, disse o baixinho. E mandou essa: “Esses músicos que você está contratando são os músicos do Sinatra. Ou seja, em poucos dias, realizei um sonho como eu jamais imaginaria. Foi uma das coisas mais bonitas que já aconteceram comigo. Tudo isso, o Roberto me proporcionou.Tenho consciência de que estou fazendo o meu show por causa dele. Claro, o tenho o meu valor, minha carreira solo. Mas as pessoas procuram o maestro do rei, tenho consciência disso e não me incomodo, tenho orgulho. A gente briga, mas atrito só de trabalho, tem coisa que ele gosta que eu não gosto, mas eu respeito. No final faço o que ele gosta, quem manda é ele”, brinca, admitindo que, no começo, o diálogo com Roberto era mais difícil. Hoje, como se diz de jogadores de futebol super entrosados, eles se entendem, literalmente, “por música”. “Atualmente, eu o conheço bem, é mais fácil. Roberto é um arranjador nato. Ele é um cantor, não precisa ser um exímio instrumentista, é muito intuitivo, muito musical. Às vezes, me mostra um som, cantarolando, que eu já sei o que ele quer. Em geral, a gente faz o arranjo junto, eu vou escrevendo até chegar a um ponto em que tem que botar os violinos, a orquestra em si, aí eu vou para casa, escrevo, mas a gente muda muita coisa durante a gravação. No princípio era mais complicado, eu fazia quatro cinco arranjos e, muitas vezes, acabava valendo o primeiro. Nós já chegamos a levar dois meses numa música só. É preciso muito cuidado com as músicas do Roberto, vou dizer porque: ele gravou umas mil músicas e tem, digamos, 200 sucessos na boca do povo. Então, se ele vai cantar “Detalhes”, eu não posso deixar de pôr isso (Eduardo Lages levanta-se e vai tocar ao piano as notas de abertura da famosa canção). Roberto trabalhou com grandes arranjadores que criaram acordes que passaram a fazer parte da música. Aquilo traz muita emoção e eu não mexo nessa essência que está enraizada no coração das pessoas”, explica.
O dia em que o show parou
As lembranças certamente dariam um livro, como a autobiografia que Roberto Carlos está elaborando, segundo ele mesmo revelou no ano passado. “Ele está escrevendo um livro? “Eu também já falei que eu vou escrever um livro. Está na cabeça. Às vezes, quando Roberto me pergunta se já fiz um determinado arranjo, respondo, brincando, que não mas as notas musicais estão na minha cabeça, é só balançar que caem. Assim é o meu livro”, diz, rindo. Uma história que estará na provável biografia do maestro, caso a sua cabeça um dia dê uma sacudida nas letras, aconteceu no México. “Eu caí na plateia”, adianta Eduardo. “O show estava correndo e o empresário tentava avisar ao Roberto que uma autoridade havia chegado. Um prefeito, algo assim. Eu estava de costas para a público e fui recuando para ficar no campo de visão dele e fazer um sinal. Andei de costas até cair na plateia. Lembro da sensação terrível de pisar no vazio. O show parou, mas saí aplaudido”, diverte-se ele, que recorda também um dos momentos mais marcantes da trajetória ao lado de Roberto Carlos. “Quando Frank Sinatra veio ao Brasil, em 1980, fui a um ensaio dele, com orquestra completa, em um hotel, no Rio. Fiquei deslumbrado. Só pensava em ter um dia uma orquestra daquela para trabalhar. Um mês depois, fui fazer um show com Roberto em Nova York. Naquela época, a gente não viajava com toda a nossa orquestra, que era completada com músicos locais. Eu fui antes, com esse objetivo. Lá procurei um contractor, que agencia instrumentistas. Era um baixinho, com cara de mafioso, fumando charuto, e eu com meu inglês ruim para caramba, falei: ‘Olha, eu quero quatro trompetes, trombones, saxofone, harpa, um oboé, doze violinos, quatro violas...”. Ao saber que eu era brasileiro, ele disse que adorava o Rio e que estivera na cidade um mês antes. Perguntei o que tinha ido fazer no Rio. “Fui como Frank”. “Que Frank?”, eu quis saber. “O Sinatra”, disse o baixinho. E mandou essa: “Esses músicos que você está contratando são os músicos do Sinatra. Ou seja, em poucos dias, realizei um sonho como eu jamais imaginaria. Foi uma das coisas mais bonitas que já aconteceram comigo. Tudo isso, o Roberto me proporcionou.Tenho consciência de que estou fazendo o meu show por causa dele. Claro, o tenho o meu valor, minha carreira solo. Mas as pessoas procuram o maestro do rei, tenho consciência disso e não me incomodo, tenho orgulho. A gente briga, mas atrito só de trabalho, tem coisa que ele gosta que eu não gosto, mas eu respeito. No final faço o que ele gosta, quem manda é ele”, brinca, admitindo que, no começo, o diálogo com Roberto era mais difícil. Hoje, como se diz de jogadores de futebol super entrosados, eles se entendem, literalmente, “por música”. “Atualmente, eu o conheço bem, é mais fácil. Roberto é um arranjador nato. Ele é um cantor, não precisa ser um exímio instrumentista, é muito intuitivo, muito musical. Às vezes, me mostra um som, cantarolando, que eu já sei o que ele quer. Em geral, a gente faz o arranjo junto, eu vou escrevendo até chegar a um ponto em que tem que botar os violinos, a orquestra em si, aí eu vou para casa, escrevo, mas a gente muda muita coisa durante a gravação. No princípio era mais complicado, eu fazia quatro cinco arranjos e, muitas vezes, acabava valendo o primeiro. Nós já chegamos a levar dois meses numa música só. É preciso muito cuidado com as músicas do Roberto, vou dizer porque: ele gravou umas mil músicas e tem, digamos, 200 sucessos na boca do povo. Então, se ele vai cantar “Detalhes”, eu não posso deixar de pôr isso (Eduardo Lages levanta-se e vai tocar ao piano as notas de abertura da famosa canção). Roberto trabalhou com grandes arranjadores que criaram acordes que passaram a fazer parte da música. Aquilo traz muita emoção e eu não mexo nessa essência que está enraizada no coração das pessoas”, explica.
O maestro, que tem 19 músicas gravadas por Roberto embora
não se dedique à composição (“Faço uma música por ano. Eu começo a compor e
acabo criando um arranjo, que também é uma composição”, diz), compartilha com o
amigo um gosto musical mais romântico. “Sempre fui mais influenciado por maestros
e arranjadores. Gosto muito do Michel Legrand, do Nelson Riddle, Don Costa, do
maestro Chiquinho de Morais, que trabalhou com o Roberto. Gosto muito de
Chopin. Chopin é o Roberto Carlos da música clássica. Não estou comparando, mas
Chopin, como Roberto, tinha comunicação fácil com as pessoas”, justifica ele. A
rotina de trabalho com Roberto é hoje bem mais previsível e calma. “Não somos
de nos visitar, a gente encontra muito no estúdio dele, quando vai gravar disco.
Na época do especial de fim de ano, trabalhamos por dois meses, além de shows,
viagens. O maior contato é assim. Socialmente, não, ele não sai, eu não saio.
Quando a gente está junto, é muita brincadeira. Roberto tem bom humor. Ele se
sente muito bem com a banda. São pessoas que já estão com ele há muito anos”.
O ritmo mais calmo de trabalho a que Eduardo Lages se
refere, também se reflete na sua vida pessoal. Pai de Camille, 41, Maria
Eduarda, 38 e Christine, 35, as três, jornalistas, ele tem quatro netos: Nathalie,
18 e Enrico, 10, filhos de Camille; e Ana Luíza 14, e Maria Fernanda, 9, de
Maria Eduarda. “Gosto de juntar todo mundo. Sou avô mais presente do que fui
com as minhas filhas, na época em que eu mais viajava”, diz ele, que costuma
pegar a neta mais nova na escola. Essa rotina, com direito a caminhadas na
Lagoa Rodrigo de Freitas, só é interrompida pela turnê do show de comemoração
dos 50 anos de carreira.
Espetáculo no Vivo Rio, dia 24 de abril
No dia 24 de abril, no Vivo Rio, será a vez do Rio aplaudir o espetáculo, apresentado pela Bombril,e que irá a Curitiba, no dia 22 de maio e Belo Horizonte, no dia 4 de julho, além de outras capitais em datas a serem ainda fechadas. “A comemoração veio quase sem querer. A ideia era ir além de um show com orquestra grande e mostrar um musical com falas, dramaturgia e performances. Eu me toquei depois que estou fazendo 50 anos de carreira. E um espetáculo alegre. Para você ter uma ideia, tem um momento em que a orquestra faz até uma “ola”. Além de 25 músicos no palco, temos as Cluster Sisters na parte teatralizada e de canto, músicas como ‘É o amor”, “Maria, Maria”, “Michelle”, “Eleanor Rigby”, “Como é grande o meu amor por você”, “Emoções”, entre outras. A direção é de Ulisses Cruz e o roteiro de Vinicius Faustini. Claro que eu boto meus “cacos”.O show simula um programa de rádio onde sou o apresentador. Interajo com Ivete Sangalo em um telão. Ela faz uma participação gravada como uma ouvinte que entra em um concurso de adivinhação de músicas na rádio”, conclui Eduardo Lages, que vai transformar o show em um DVD.
Espetáculo no Vivo Rio, dia 24 de abril
No dia 24 de abril, no Vivo Rio, será a vez do Rio aplaudir o espetáculo, apresentado pela Bombril,e que irá a Curitiba, no dia 22 de maio e Belo Horizonte, no dia 4 de julho, além de outras capitais em datas a serem ainda fechadas. “A comemoração veio quase sem querer. A ideia era ir além de um show com orquestra grande e mostrar um musical com falas, dramaturgia e performances. Eu me toquei depois que estou fazendo 50 anos de carreira. E um espetáculo alegre. Para você ter uma ideia, tem um momento em que a orquestra faz até uma “ola”. Além de 25 músicos no palco, temos as Cluster Sisters na parte teatralizada e de canto, músicas como ‘É o amor”, “Maria, Maria”, “Michelle”, “Eleanor Rigby”, “Como é grande o meu amor por você”, “Emoções”, entre outras. A direção é de Ulisses Cruz e o roteiro de Vinicius Faustini. Claro que eu boto meus “cacos”.O show simula um programa de rádio onde sou o apresentador. Interajo com Ivete Sangalo em um telão. Ela faz uma participação gravada como uma ouvinte que entra em um concurso de adivinhação de músicas na rádio”, conclui Eduardo Lages, que vai transformar o show em um DVD.
Apesar das muitas afinidades com o rei, Eduardo Lages não
é supersticioso. E veste marrom. Essa entrevista foi feita em uma sexta-feira, 13,
pouco depois das 13 horas. “Outro dia, eu vestia uma roupa marrom e o Roberto
olhou e só perguntou: “Está de chocolate hoje”?
(*) Com extras para o blog
Memórias da redação: passaralho voador
(do livro "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" - Desiderata)
Como em toda empresa, havia momentos, na Bloch, em que o temível "passaralho" - que no jargão dos jornalistas é o "caralho voador" que prenuncia demissões - atacava nas Redações, indiscriminadamente. O momento das demissões lembrava o "homem das neves": sabia-se que o passaralho existia mas ninguém jamais o vira. Em uma dessas temporadas, Alberto Carvalho esculpiu em isopor um imenso "caralho", com todos os penduricalhos e uma ameaçadora cabeça pintada de vermelho, e pendurou-o do lado de fora do prédio pela janela. Lentamente, foi baixando a "alegoria" do oitavo para o sétimo andar. Foi só a primeira redatora desavisada olhar para a janela e deparar-se com aquele gigantesco símbolo fálico para todo o andar das revistas femininas entrar em polvorosa. Mas, dizem, passado o susto sobrou um certa admiração pelas avantajadas medidas do "passaralho".
Como em toda empresa, havia momentos, na Bloch, em que o temível "passaralho" - que no jargão dos jornalistas é o "caralho voador" que prenuncia demissões - atacava nas Redações, indiscriminadamente. O momento das demissões lembrava o "homem das neves": sabia-se que o passaralho existia mas ninguém jamais o vira. Em uma dessas temporadas, Alberto Carvalho esculpiu em isopor um imenso "caralho", com todos os penduricalhos e uma ameaçadora cabeça pintada de vermelho, e pendurou-o do lado de fora do prédio pela janela. Lentamente, foi baixando a "alegoria" do oitavo para o sétimo andar. Foi só a primeira redatora desavisada olhar para a janela e deparar-se com aquele gigantesco símbolo fálico para todo o andar das revistas femininas entrar em polvorosa. Mas, dizem, passado o susto sobrou um certa admiração pelas avantajadas medidas do "passaralho".
Passaralho do Estadão anda a cavalo...
São tsunamis programados. Desde o ano passado ondas regulares de demissões vêm atingindo o jornal Estado de São Paulo. Dessa vez, a navalha do patrão vai passar sobre 125 cabeças. Redação, fotografia, Arte e agência Estado perdem profissionais experientes. E o jornalão abre mão da qualidade. O leitor também perde: diz-se que o jornal terá apenas três cadernos e um suplemento. Editorias serão fundidas (ou confundidas?). As matérias serão mais "compactas", dizem. Geralmente isso aí é um eufemismo para superficialidades. Corte de custos, "nova configuração" são os vagos motivos do passaralho. E sem conversa, é na base do limpa a mesa e passa no caixa. Nessa ordem. O mais curioso é que o jornal bota a culpa na "sociedade"". Leia um trecho da nota interna: “Pesquisas qualitativas e entrevistas em profundidade com diversos setores da sociedade, realizadas nos últimos meses, comprovaram o que vem sendo debatido entre nós desde o Redesenho de 2010: os leitores – em geral, e também os do Estado — querem mais conveniência e eficiência de leitura, mais apostas de edição, um jornal mais compacto – principalmente nos dias úteis. Tudo isso sem perder o aprofundamento e o poder de análise que caracterizam o jornalismo do Estado”. Isso mesmo: a direção jura que a "sociedade" pediu que fosse detonado um passaralho monumental no feudo dos Mesquita..
Hoje, a propósito, é o Dia do Jornalista.
Hoje, a propósito, é o Dia do Jornalista.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Jesus Jeans ressuscitou: anúncio que provocou polêmica de proporções bíblicas ainda vende a calça que se tornou cult nos anos 1970
por Omelete
Há 40 anos, o anúncio ao lado fazia sucesso nas ruas das capitais europeias. A marca italiana Jesus Jeans, lançada em 1971, já havia agitado a publicidade com um poster polêmico e a frase "Non avrai altro jeans all'infuori di me" (em versão livre, algo como "não há outro jeans além de mim"). O slogan gerou protestos e editoriais em jornais conservadores. Abalou o Vaticano. Mereceu, também, um artigo de Pier Paolo Pasolini no Corriere della Sera, que analisou e, claro, aprovou o teor iconoclasta da mensagem. A repercussão foi excelente para a marca, que decidiu investir na linha irreverente. Lançado antes em apenas em algumas revistas, o anúncio ao lado foi transformado em cartaz.
Em 1975, avenidas e ruas como Via Veneto, em Roma, Champs-Élysées, em Paris, ou Quinta Avenida, em Nova York (onde uma ordem judicial logo revogada chegou a proibir temporariamente a exibição), mostravam a provocação em forma de poster.
A foto foi feita por Oliviero Toscani (aliás, autor também das famosas e premiadas campanhas da Benneton). A modelo era Donna Jordan, titular de um curvilíneo e bíblico lado B. O fotógrafo "captou" até o gingado da modelo. "Quem me ama, me segue". Quem não a seguiria?
A fábrica sobreviveu até o fim dos anos 1980, quando fechou. A marca Jesus Jeans, contudo, sobreviveu à derrocada e trocou de mãos com alto valor de mercado. Era considerada um ativo valioso. Houve uma tímida tentativa de relançamento nos anos 2000, mas a volta, pra valer, só aconteceu em 2011. A grife pertence atualmente à Basic Italia, tem seguidores no Twitter e fãs no Facebook e continua usando a mítica foto de Donna Jordan e seu microshort. A Jesus Jeans está nas lojas físicas da Basic, na Europa, mas tem seu forte nas vendas mundiais pela internet. Era cult nos anos 70 e não perdeu a aura no século 21. Mas um anúncio desses, hoje, dificilmente sairia da prancheta de um diretor de arte. Vivemos tempos de Charlie Hebdo. E se uma peça dessa botasse a cara ou a bunda na rua teria todas as chances de ser barrada por um desses conselhos moralistas que amordaçam as mensagens publicitárias. A comunicação, hoje, parece muito mais criativa nos virais das redes sociais, que resistem ao patrulhamento (peças "proibidas" ganham o poder de se multiplicar na internet), do que no engessamento dos meios impressos e nas TVs abertas.
Há 40 anos, o anúncio ao lado fazia sucesso nas ruas das capitais europeias. A marca italiana Jesus Jeans, lançada em 1971, já havia agitado a publicidade com um poster polêmico e a frase "Non avrai altro jeans all'infuori di me" (em versão livre, algo como "não há outro jeans além de mim"). O slogan gerou protestos e editoriais em jornais conservadores. Abalou o Vaticano. Mereceu, também, um artigo de Pier Paolo Pasolini no Corriere della Sera, que analisou e, claro, aprovou o teor iconoclasta da mensagem. A repercussão foi excelente para a marca, que decidiu investir na linha irreverente. Lançado antes em apenas em algumas revistas, o anúncio ao lado foi transformado em cartaz.
Em 1975, avenidas e ruas como Via Veneto, em Roma, Champs-Élysées, em Paris, ou Quinta Avenida, em Nova York (onde uma ordem judicial logo revogada chegou a proibir temporariamente a exibição), mostravam a provocação em forma de poster.
A foto foi feita por Oliviero Toscani (aliás, autor também das famosas e premiadas campanhas da Benneton). A modelo era Donna Jordan, titular de um curvilíneo e bíblico lado B. O fotógrafo "captou" até o gingado da modelo. "Quem me ama, me segue". Quem não a seguiria?
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O cartaz na Europa, anos 70: impossível não olhar. Reprodução Facebook |
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Tarraqueta & Caixa-Preta
por F. Sépia
* Analistas e colunistas tomam mais uma na tarraqueta. Nas últimas semanas, vinham pregando que a economia dos Estados Unidos recuperara-se e viajava em vôo quase de cruzeiro. Aparentemente, não é tudo isso. Dados sobre o mercado de trabalho mostram que a criação de empregos está travada, o que indica que a atividade econômica ainda não deslanchou como se apregoa. Uma das profecias dos analistas em fins do ano passado era que a alta de juros nos Estados Unidos viria ainda no primeiro trimestre de 2015, o que implicaria e acelerada fuga de dólares do Brasil. Mais caos, segundo os profetas. Bom, sobreviveremos mais uns dias, parece.
* A boa notícia é que algumas caixas-pretas têm sido abertas. Petrobras, Swissleaks, Zelotes, Propinas no metrô de SP, escândalo do ISS-SP, Caso Cachoeira. A má notícia é que algumas dessas voltaram a ser fechadas e resultaram em processos praticamente engavetados como o Mensalão Tucano, já com acusados sendo beneficiados pela prescrição. E a notícia pior é que há muitas caixas pretas ainda a serem abertas: as contas da Lei Rouanet, as verbas descontroladas do Fies que eram administrada por empresários do ensino (algo como pôr a raposa para cuidar do galinheiro), o BNDES (publicar a listinha das megaempresas inadimplentes faria mais sucesso do que a novela das nove), os convênios com ONGs muitas vezes com drenagem bilionária da terceirização de dinheiro federal, estadual e municipal (muitas dessas "organizações" beneficiadas pertencem a políticos ou pessoas ligadas a suas excelências e a igrejas, que ninguém é de ferro e o pecado mora do lado de baixo do equador), a planilha das concessionárias que dizem ter prejuízo, as contas das confederações de empresas que recebem recursos públicos e gastam milhões com pesquisas só pra saber se o corte de cabelo da Dilma foi ou não aprovado pelos brasileiros. A lista é interminável...
domingo, 5 de abril de 2015
Zelotes: o escândalo começa a virar coisa de "advogado e lobista" e falha técnica em face do "complicado" sistema tributário brasileiro. Foi apenas um lamentável engano de 1 bilhão de dólares?
Comédia política: Sucupira é em Mossoró e Odorico Paraguaçú está vivo? Jornalista é condenado por juíza depois de ironizar o prefeito da cidade
Deu no Comunique-se
"Há limites à liberdade de imprensa". Essa é a visão da juíza Welma Maria Ferreira de Menezes, que acaba de condenar o jornalista Dinarte Pereira Assunção, do Portal no Ar, por publicar texto que questionava o uso de caixões com timbre da administração municipal de Mossoró, Rio Grande do Norte. Ao falar sobre o caso, o jornalista comparou o prefeito Silveira Júnior, do PSD, a Odorico Paraguaçu, lendário prefeito de Sucupira, a fictícia cidade de 'O Bem Amado'.
No texto, o jornalista informou que a administração municipal ordenou o timbre da gestão nos caixões distribuídos a quem por eles não pode pagar. "Os feitos de Silveira Júnior me remeteram a Odorico Paraguaçu, o cômico prefeito de 'O Bem Amado' que transformou em obsessão seu desejo em inaugurar o cemitério de Sucupira. Silveira e Odorico estão separados da realidade e ficção por uma fina camada de ironia", dizia a publicação veiculada em agosto de 2014.
Após o texto, Silvério Júnior resolveu abrir o processo. A magistrada que julgou a questão afirmou que a liberdade de imprensa tem limites. "Há limites à liberdade de imprensa, posto que não é dado a quem exerce o jornalismo, o direito de, dolosamente, atingir a honra de quem quer que seja. Ademais, a interpretação de um determinado texto tem que ser realizada no seu todo, e não em trechos individuais, sendo que, examinando-se o texto de autoria do querelado denota-se clara a intenção de ser atingida a honra do querelante, ao compará-lo a um personagem fictício de questionável conduta moral", avaliou Welma Maria.
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quinta-feira, 2 de abril de 2015
Viu isso? Fotos raras do site Distractify...
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Pablo Picasso conversa com Brigitte Bardot. Cheio de má intenção, ou de ótimas intenções, está na cara. A foto é de 1956, reproduzida do Distractfy. |
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Bill Clinton é apresentado a John Kennedy. Sem data. Reprodução Distractify |
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O resultado dessa filmagem você conhece. O cinegrafista filma o "leão da Metro" para o famoso logotipo de abertura dos filmes de companhia hollywoodiana. Reprodução Distractify. |
Amy Winehouse: vem aí o doc sobre a vida da cantora. Veja o trailer que acaba de ser liberado
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Amy Winehouse. Cena do documentário "Amy-The Girl Behind The Name" |
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Foto/Divulgação Acaba de ser liberado o trailer de divulgação do documentário "Amy - The Girl Behind the Name", dirigido e produzido pela mesma equipe que fez o filme sobre a vida de Airton Senna. Vídeos, áudios e fotos inéditas da cantora, que morreu em 2011, aos 27 anos, são destaques no doc, que conta sua vida pessoal (família, relacionamentos etc) e profissional. O filme estreia na Europa em julho. VEJA O TRAILER, CLIQUE AQUI |
Maranhão deleta homenagens a ditadores nas escolas
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Reprodução G1, link abaixo |
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Notícia que não admite meio-termo... É o mercado, estúpido.
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Reprodução |
E NÃO SÓ AS AÇÕES SUBIRAM, OS TÍTULOS TAMBÉM.
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Reprodução |
Revista Nova muda de nome. Agora é Cosmopolitan
O título feminino Nova muda de nome e passa a se chamar Cosmopolitan, assumindo de vez a marca da publicação norte-americana que era seu modelo. A pauta, segundo a divulgação, não será alterada e permanecerá focada em sexo, relacionamento e comportamento da nova mulher. A Cosmopolutan brasileira já está nas bancas.
Previsão sem vergonha...
Os números acima "surpreenderam" o mercado. Claro, só para lembrar, as análises dos economistas ligados a bancos (geralmente são esses os convidados a opinar na mídia) e as opiniões de colunistas apostavam em um deficit de 400 milhões de dólares. Somada ao superavit que na realidade se registrou no período a margem de erro da turminha foi de 858 milhões de dólares. Já não é margem de erro mas um caso de ética profissional fora de qualquer margem.
Paris Match: o polêmico furo jornalístico da "velha senhora"...
Para usar uma expressão que está na moda desde que Dilma Rousseff assim denominou a corrupção, a Paris Match é uma "velha senhora". Resiste bravamente como revista ilustrada de variedades. Embora, vê-se pela capa (a cantora Céline Dion e o marido) tenha se rendido às celebridades mesmo diante de uma reportagem atualíssima sobre a tragédia do Airbus nos Alpes (que mereceu apenas uma chamada de capa com direito a uma foto 3x4 do piloto Andreas Lubitz), Paris Match conseguiu com exclusividade um vídeo feito pelo celular de um passageiro mostrando os momentos finais a bordo. Gritos, desespero, ruídos metálicos da tentativa do comandante de arrombar a porta da cabine, o filme deixa claro que os passageiros tinham consciência da iminência do desastre. A revista não o divulgou e, até o momento, predomina a decisão de não exibí-lo. Paris Match recebeu mensagens de leitores a propósito do vídeo: um deles, que diz conhecer duas pessoas que estavam no avião, acusa a publicação francesa de fazer sensacionalismo sobre os últimos momentos do vôo fatal e se diz "chocado". Outro, elogia a revista pela decisão de não tornar públicas as cenas. A maioria critica a descrição, mesmo que as imagens não sejam mostradas, do desespero dos passageiros. Consideram que o "voyeurismo jornalístico" desrespeita as vítimas e suas famílias.
Quando a Paris Match anunciou a posse do vídeo, as autoridades duvidaram da autenticidade do material, alegando que muitos celulares haviam sido recuperados mas ainda não analisados. O editor mostrou o vídeo a outros jornalistas, inclusive alemães, que teriam atestado a veracidade das cenas. O diretor da revista francesa, Régis Le Sommier, limita-se a dizer que a fonte é confiável e "próxima à equipe de investigação", dando a entender que recebeu o vídeo de um membro dos serviços de resgate. As autoridade exigem que o celular seja entregue imediatamente aos encarregados da apuração das circunstâncias do acidente.
Sony World Photography anuncia vencedores do seu concurso global. Versão 2015 inclui, pela primeira vez, fotos feitas com celular
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Foto de Turi Calafato, Itália, vencedor na categoria Mobile Phone. Sony World Photography Award |
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Foto de Hector Munhoz Huerta, México. Vencedor na categoria Art&Culture. Sony World Photography Award |
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Foto de Jaime Massieu, Espanha. Vencedor na categoria Split Second. Sony World Photography Award VEJA OS VENCEDORES DE OUTRAS CATEGORIAS NO SITE DO SONY WORLD PHOTOGRAPHY AWARD, CLIQUE AQUI |
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