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terça-feira, 7 de abril de 2015

Passaralho do Estadão anda a cavalo...

São tsunamis programados. Desde o ano passado ondas regulares de demissões vêm atingindo o jornal Estado de São Paulo. Dessa vez, a navalha do patrão vai passar sobre 125 cabeças. Redação, fotografia, Arte e agência Estado perdem profissionais experientes. E o jornalão abre mão da qualidade. O leitor também perde: diz-se que o jornal terá apenas três cadernos e um suplemento. Editorias serão fundidas (ou confundidas?). As matérias serão mais "compactas", dizem. Geralmente isso aí é um eufemismo para superficialidades. Corte de custos, "nova configuração" são os vagos motivos do passaralho. E sem conversa, é na base do limpa a mesa e passa no caixa. Nessa ordem. O mais curioso é que o jornal bota a culpa na "sociedade"". Leia um trecho da nota interna: “Pesquisas qualitativas e entrevistas em profundidade com diversos setores da sociedade, realizadas nos últimos meses, comprovaram o que vem sendo debatido entre nós desde o Redesenho de 2010: os leitores – em geral, e também os do Estado — querem mais conveniência e eficiência de leitura, mais apostas de edição, um jornal mais compacto – principalmente nos dias úteis. Tudo isso sem perder o aprofundamento e o poder de análise que caracterizam o jornalismo do Estado”. Isso mesmo: a direção jura que a "sociedade" pediu que fosse detonado um passaralho monumental no feudo dos Mesquita..
Hoje, a propósito, é o Dia do Jornalista.