segunda-feira, 26 de abril de 2010

O letreiro de Hollywood foi salvo...


por JJcomunic
O jornalista Eli Halfoun escreveu aqui outro dia sobre o famoso letreiro de Hollywood, que corria o risco de ser demolido pela imobiliária dona do terreno, em Los Angeles. Estava em curso uma campanha para arrecadação de dinheiro para a compra da área, impedindo-se com isso a construção de um condomínio no local. Tom Hanks e Steven Spielberg já tinham contribuido para o fundo mas coube ao dono da Playboy, Hugh Hefner, completar a caixinha com os 900 mil dólares que faltavam. O local será, agora, transformado em um parque. Parece bobagem? Não é. O letreiro estava lá desde 1923. É memória. E o movimento que foi feito para preservá-lo um exemplo a ser seguido por aqui, onde impera a lei do trator. Está aí a prefeitura liberando a construção de espigões na Lapa e adjacências, comprometendo prédios históricos.

O adeus de um repórter

por JJcomunic
Leia no site da ABI sobre Mário de Moraes, repórter e fotógrafo que fez história em O Cruzeiro, vencedor de dois prêmios Esso, escritor, autor de matérias memoráveis como uma entrevista com o assassino de Trotsky e a premiadíssima reportagem "Os paus-de-arara, uma tragédia brasileira", esta em parceria com o jornalista Ubiratan de Lemos. Mário de Morais morreu ontem, aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A página da ABI resume a história do repórter e publica sua última entrevista concedida a Rodrigo Caixeta, que é também o autor da foto ao lado reproduzida do site. Clique AQUI

Bye, bye disquetes

por Gonça
Se vão deixar saudades, não sei, mas a Sony, do Japão, a última fábrica de disquetes do mundo, anuncia que vai parar de fabricá-los no ano que vem. Os novos computadores já não têm drives apropriados e os únicos usuários são os proprietários de computadores mais antigos. Um disquete armazenava 1,44MB. Os pendrives, muito mais práticos e duráveis, já estão na casa dos gigas. Ainda tenho um monte aqui em casa, incluindo exemplares da versão bombada do disquete, o zip drive. No último computador que adquiri, montado com os penduricalhos que pedi, ainda consegui incluir um drive para disquete. No próximo, acho que não existirá mais o dispositivo, que foi útil enquanto viveu. O disquete vai para o mausoléu tecnológico, junto com o monitor de fósforo verde, o fax, o bip, a fita cassete, o gravador de rolo, o filme de 35mm, o projetor de slides...  

Fernando Meirelles quer o Estado de olho no nosso cinema

por Eli Halfoun
Ninguém mais resiste com veemência e até com certo nojo, como acontecia antigamente, quando é convidado para ver um filme nacional. Nosso cinema ganhou qualidade, ganhou respeito e, em conseqüência, ganhou público, o que não significa dizer que, com o aumento de arrecadação nas bilheterias, o problema financeiro que nosso cinema ainda enfrenta está resolvido. O diretor Fernando Meirelles (“Cidade de Deus”) acredita (e espera) apoio do governo. Ele com a palavra: “Não é possível financiar filmes no Brasil apenas com bilheterias. Também sinto que os mecanismos de financiamento não devem ser vistos como uma situação temporária. Assim como o Estado deve investir em educação e saúde pública, deve fazer o mesmo em cultura. É curioso como ninguém acha que um hospital público ou um submarino precisam ser negócios auto-sustentáveis, mas na área da cultura cobra-se isso. Numa economia ou num mundo sustentável o trabalho deveria sair da área de produção e consumo de bens e migrar para a educação e cultura, que são atividades não só mais limpas como também geram mais felicidade.”

Ipanema faz 116 anos

(Foto tirada hoje, nas proximidades do Posto 9. Sem photoshop...)E o dia amanheceu especialmente deslumbrante para comemorar a data.

E agora, José?

deBarros
O Ministro da Previdência e o Governo, na pessoa do presidente do país, estão repetindo, enfaticamente, que o aumento de 7.7 % aos aposentados que ganham acima do salário mínimo custaria alguns bilhões de reais aos cofres públicos. Ora, esses bilhões não seriam maiores do que os bilhões de reais que a Previdência perde por ano, por roubos, desvios de dinheiro e outros golpes desfechados por vigaristas, malandros e alguns funcionários da Previdência, sim porque seria impossível dar golpes na Previdência sem a colaboração interna.
Ministro e governo se calam diante dessas perdas, deixando a impressão de que esses roubos de bilhões não alteram ou mesmo não fazem falta ao seu orçamento. Os bilhões dos roubos não são lastimados nem fazem falta, mas uns dois bilhões para tentar corrigir o benefício do aposentado vão quebrar a Previdência.
O Senado e a Câmara, em clima de eleição, apostam na aprovação do projeto de lei que tentará corrigir com o reajuste de 7.7 % a perda em dinheiro sofrida pelos aposentados a partir do ano em que se aposentaram até os dias de hoje. Esse problema do aposentado não é explicado devidamente e a impressão que o governo procura deixar é que vem dando, todos os anos, bons aumentos. Não é verdade. O aumento que dá aos aposentados não corresponde ao reajuste que dá ao salário mínimo sempre bem maior aos que excedem esse salário referência.
Fica aqui um exemplo para aqueles trabalhadores de hoje que vão se aposentar amanhã.
N se aposentou em 1983 com 30 anos e alguns meses de contribuição previdênciária. Dentro dos cálculos da previdência N passou a receber um benefício correspondente a 8,1/2 salários mínimos. Para a época um razoável salário.
Mas, com os anos correntes e obedecendo ao processo de cálculo da Administração Previdênciária, que usa um sistema de redutor salarial nos cálculos, o seu benefício é reduzido drasticamente e N, citado como exemplo, viu o seu benefício ser reduzido a menos de 4 salários mínimos.
O aumento de 7.7 %, que o governo promete vetar, se aprovado nas duas casas, não irá corrigir o benefício do aposentado mas tentará diminuir essa tremenda perda, que continuando, o levará ganhar menos que um salário nos próximos anos.
O governo aposta, já que são idosos, na morte por velhice dos aposentados nos próximos anos.
Quando candidato, o atual presidente do país, respondendo a uma pergunta de uma aposentada em um dos seus debates públicos, disse que no seu governo iria restituir a dignidade dos aposentados brasileiros equiparando-os aos aposentados europeus, que com o benefício que recebem, vivem uma vida tranquila sem problemas financeiros, podendo até passear pela Europa inteira. E agora, José?

domingo, 25 de abril de 2010

Sinto informar que o domingo já era

É carnaval? Não! É o Viradão Carioca

O bloco Bafafá no Posto 9

Haja photoshop...

Tudo bem, dizem que beleza não põe mesa. Mas esse trio de candidatos é de assustar criancinhas. Caramba! As fotos estão na seção "terrir" da ÉPOCA dessa semana.

Ipanema: último domingo de abril

Maracanã ou Casa da Banha?

Flamengo X Corinthians? Adriano com seus mais de 100 quilos de um lado, Ronaldo com quase isso do outro? Imperdível.

Polícia!

O "Legionários" de Marcos Mion, da Record, virou caso de polícia. A pretexto de uma "campanha" para a convocação de Neymar, do Santos, um repórter do programa postou-se até 23h diante da casa de Dunga, em Porto Alegre, com câmeras, holofotes e microfones focados na residência. Segundo a polícia, Dunga não conseguia entrar em casa já que quatro caminhões da emissora do bispo estavam bloqueando a garagem. Foi registrada um queixa por constrangimento ilegal. O "Legionários", que está capegando na audiência, é mais um programa do gênero que exagera no assédio a entrevistados. Dunga se irritou porque seu filho, de três, anos começou a chorar.

Olha só o barraco que Gisele Bundchen está construindo...

Deu no jornal "New York Daily News", ontem: a modelo brasileira realiza, à sua maneira, o sonho de mais uma casa própria. Taí o imóvel. Fica na Califórnia e é vizinho ao cafofo do governador do Estado, Arnold Schwarzenegger. Segundo o jornal, o "barraco" quando pronto, computando-se o valor do terreno, terá custado cerca de 20 milhões de dólares.

Ronaldo quer descobrir (e vender) novos Fenômenos em campo

por Eli Halfoun
Quando deixar os campos, o que deverá acontecer dentro de, no máximo, dois anos, Ronaldo Fenômeno não se afastará do futebol: decidiu ser empresário e em sociedade com Marcos Buaiz,o marido da cantora Wanessa Camargo, tratará de vender jovens revelações brasileiras para clubes do exterior.

Embolsando o dinheiro do consumidor

Primeiro foram as distribuidoras de energia elétrica - que segundo o TCU têm mais de 7 bilhões de reais a devolver aos consumidores por "erro" nas tarifas. Curiosamente, o "erro" é sempre em prejuízo do público. Agora, veja essa notícia da Folha de São Paulo: "As operadoras de telefonia fixa poderão ser obrigadas a devolver dinheiro a clientes que entraram na Justiça contra a cobrança de PIS e Cofins. Segundo advogados, a prática é irregular e ocorre há mais de uma década. A informação é de Julio Wiziack, em reportagem publicada na Folha (disponível para assinantes do jornal e do UOL). Cálculos iniciais indicam que as teles podem ter de devolver cerca de R$ 1 bilhão por ano se os 41,2 milhões de assinantes brasileiros decidirem acioná-las."

Nilton Ricardo é entrevistado no "Estrelas", de Angélica, ao lado de Luiza Brunet

por Gonça
O nosso amigo José Carlos Jesus enviou e o blog põe no ar a participação do fotógrafo Nilton Ricardo no programa Estrelas, da Globo. A apresentadora Angélica recebeu Luiza Brunet, que falou sobre sua carreira. Nilton (um recordista de capas, são centenas no seu portfolio, para revistas da extinta Bloch como Manchete, Fatos & Fotos, Desfile, Carinho, Mulher de Hoje, Pais & Filhos, EleEla, Amiga e outras) foi o autor das primeiras fotos de Luíza e assinou o primeiro editorial de moda da modelo para a revista Desfile, dirigida por Roberto Barreira. Depois, fez dezenas de capas com a sua musa. A propósito, Nilton relata parte da sua história e brilhante carreira no livro "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" (Desiderata), lançado por jornalistas que trabalharam na Bloch. No seu depoimento, no livro, ele compara épocas, fala de um tempo sem máquinas digitais e photoshop e de como os bons fotógrafos da Manchete tinham que ser versáteis: fotografavam em estúdio, nas ruas, na selva amazônica, registravam conflitos, crises e guerras e até produziam para fotonovelas.
No reencontro no programa de Angélica (outra que posou dezenas de vezes para a sua  câmera) rolou emoção e troca de lembranças. Nas reproduções, Nilton e Luiza no estúdio da Bloch em foto publicada na revista Manchete no começo dos anos 80; e em cena no "Estrelas". São histórias e vidas profissionais entrelaçadas.
Em uma das sequências do programa, os dois recriam uma sessão de fotos, como se voltassem ao passado nos estúdios da Frei Caneca e do Russell. Uma bela matéria. Veja o vídeo. Clique AQUI  

Ministério da Fazenda libera impostos para a Copa no Brasil

por Eli Halfoun
Se depender do incentivo do Ministério da Fazenda, o Brasil terá menos dificuldades financeiras para sediar a Copa do Mundo de 2014. O MF que está com o leão do imposto de renda cada vez mais feroz, resolveu ser bonzinho com a FIFA e promete dar aproximadamente meio bilhão de reais em isenções fiscais para ajudar a viabilizar a realização da Copa por aqui. Estudos otimistas mostram que a arrecadação entre este ano e 2014 com a Copa poderá chegar aos 16 bilhões, incluindo os 11billhões de impostos federais. O Ministério da Fazenda abriu caminho para que o Comitê Olímpico Internacional também pleiteie isenções fiscais para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. Agora vai todo mundo querer entrar nessa nova boa boca livre.

sábado, 24 de abril de 2010

Sem sol, mas com chope...

Virou depósito?

É Ipanema, agora. Vem evento aí?

Max Ernst: arte no armário

por Gonça
Está em cartaz no Masp, em Sampa, até julho, uma exposição de obras do alemão Max Ernst. Trata-se da série "Uma Semana de Bondade", que representa a criação do mundo e estava trancada em um armário desde a década de 1930. Na época, um comprador adquiriu a coleção e simplesmente guardou tudo em casa até 2008. Dois comentários: um sujeito que priva o mundo de ver obras de arte, compra, esconde em casa, e não as cede regularmente para museus, é um manézão. E, já reparou como é movimentado o cenário cultural em SP? Carioca só fica sabendo sobre várias exposições que não dão as caras no Rio. Enquanto isso, o nosso MAM prefere construir mostrengos no Aterro. Eh, beleza!

Preconceito? Veja o filminho

por JJcomunic
O canal Fox americano, que pertence ao milionário Rupert Murdoch, é de direita, hiperconservador, foi sempre fechado com o Bush e aposta na Sarah Palin. Isso, todo mundo sabe. A novidade é que eles não são chegados a uma modelo mais cheinha. Pelo menos, é o que a grife de lingerie Lane Bryant está reclamando. Um dos seus filmetes teria sido recusado pela Fox. A grife acha que foi por puro preconceito contra as modelos mais bem nutridas. Veja o comercial. Clique AQUI

Memórias da redação: aconteceu na...

por Alberto Carvalho
(do livro Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou (Desiderata)
"As terças-feiras sempre foram dias tranqüilos na redação da revista Manchete. Bem ao contrário das segundas-feiras, dia do fechamento da edição da semana, quando Adolpho Bloch estava invariavelmente presente na redação e dava palpite em tudo, principalmente na foto da capa da revista e em vários outros assuntos, como a principal matéria da semana. Sem contar que o velho até mordia slides quando alguém sugeria uma foto e ele não gostasse. - "É um nojo, não é verdade isso?” - dizia Adolpho, já esperando que todos concordassem.
Mas vamos recordar aqui uma certa terça-feira que inicialmente seria como as demais: tranqüilas. Um dia depois do fechamento, quase sempre tenso, fazia-se a reunião de pauta e depois, com a equipe mais descontraída, jogava-se muita conversa fora. Falava-se do futebol de domingo ou cada um se gabava de quem teria comido quem no fim-de-semana. Em uma dessas ocasiões, estavam presentes eu (secretário de redação), os redatores Nilson Lage, Narceu de Almeida, Wilson Cunha, Mauricio Gomes Leite, José Rodolpho Câmara (colunista social) e alguns repórteres especiais. (...)
Mas quando a conversa pós-reunião de pauta estava super animada eis que o Adolpho Bloch entra redação e pergunta de cara: "Quem vai fotografar Brasília?” Silêncio geral! Ninguém sabia porque o Adolpho queria uma matéria sobre Brasília àquelas alturas dos acontecimentos. Não era aniversário da cidade, não havia uma data que merecesse um registro. (..)
- Vocês não sabiam que o Presidente JK chegará ao Rio na terça-feira e virá direto do exílio?!, esclarece Murilo Melo Filho.
Não. Ninguém sabia, pois os jornais, rádios e televisões não davam, então, destaques para notícias que envolvessem JK. Obviamente tinha dedo do governo militar. A idéia do Adolpho era mandar fotografar a capital de cabo a rabo e mostrar as fotos a JK. Um gesto de amigo, já que o Governo Federal teria proibido o ex-presidente de passar pela Capital que ele criou e sequer sobrevoar o Plano Piloto.
- Eu quero grandes fotos!!! - exclamava o Adolpho, acrescentando que JK não pudera acompanhar o crescimento da sua querida Brasília. (...) Quando o Adolpho se referia a grandes fotos ele queria dizer fotos em tamanho 6x6 da famosa RolleyFlex. Ele odiava as fotos em 35mm, achava que não havia riqueza numa foto tão pequena.
Esse papo de fotografar Brasília para o JK ver seria segredo. Adolpho não queria desagradar os homens do Governo caso eles soubessem. (...)
Chegou o dia D. O ex-Presidente ia desembarcar no Rio. E esse dia passou sem que se realizassem muitas manifestações no Rio de Janeiro. Apenas uns gatos pingados no aeroporto do Galeão. Tropas da polícia foram espalhadas pelos pontos estratégicos da cidade, onde pudesse haver algum movimento contrário à ditadura. Era uma sexta-feira sem grandes expectativas de programas com amiguinhos bebericando em algum bar.
O telefone da redação toca:
- "Alô”, eu atendo.
Alguém do outro lado com uma voz cavernosa dizia:
- Manda o Alberto vir aqui na sala do Adolpho, urgente! Era uma sala que ele ocupava todas as manhãs, no segundo andar do edifício, onde ele despachava assuntos financeiros com os diretores da área.
Aí eu pensei: O que será que eu fiz pro velho me chamar com urgência na sala dele, onde raramente chamava alguém? Aumento de salário não seria, então só podia ser espôrro!
Desci depressa e encarei o velho de frente:
- O que o sr. quer, seu Adolpho? - perguntei meio receoso.
- Prepara todo o material de Brasília que nós vamos projetá-lo para o Presidente e para a D. Sarah no apartamento deles, hoje à noite.
Dito pelo velho, feito por mim. Imediatamente chamei o Walter Firmo (autor das fotos)e começamos a selecionar o material, pondo em ordem, por temas e assuntos, como se fossemos projetar um filme, isto é: deixando as fotos de maior impacto para o fim.
Peguei o projetor Rolley, que já existia há mais de dez anos e que invariavelmente dava problemas no meio de cada projeção rotineira que eu fazia para a revista. Armamos tudo e aguardamos a ordem do "titio" para irmos juntos para o “cadafalso” caso o projetor resolvesse atrasar o nosso lado na hora h.
Já imaginou: eu e o Firmo no apartamento do Presidente, dando esse vexame? Seria o king kong do ano e as demissões do século.
Às seis horas da tarde o Adolpho partiu na frente, sozinho, para o apê do Nonô. Eu fiquei aguardando a ordem para ir no Rolls-Royce que ficou a nossa disposição, com motorista e tudo. Eu e o Firmo não sabíamos que aquela projeção seria uma surpresa para o casal. Apenas ao chegar lá, no apartamento da Av. Atlântida, é que ficamos sabendo que JK e Dona Sara nada sabiam da sessão idealizada por Adolpho. Daí tivemos que improvisar uma mesa para posicionar o projetor e descobrir uma parte vazia na parede para refletir as fotos, pois a sala de JK tinha quadros por todos os lados. Peguei uns três catálogos de telefone, botei em cima da mesa principal da sala, instalei o projetor, afastei um abajur grande, de pé, que se encontrava perto da parede e ali se improvisou uma tela genial!

Na reprodução da revista Manchete, JK na Catedral de Brasília assiste à missa de inauguração de Brasília, há 50 anos.
Eu e o Firmo fomos recebidos pelo casal como se fôssemos amigos de longo tempo. Fomos abraçados com carinho pelo casal. Isto nos deixou à vontade.
Começamos a projeção. Pela ordem, na “platéia”: Juscelino, eu (operando o projetor), seu Adolpho, D. Sarah e o Firmo. Só tínhamos nós no apartamento. Parecia até uma conspiração
A cada foto, ouvia-se uma expressão de satisfação de d. Sarah. JK sempre calado. Mostramos o setor comercial da capital, ainda acanhado, o lago, as residências dos ministros, a granja do Torto, etc. A maioria das fotos em vista aérea. Quando surgiu a Catedral, D. Sarah exclamou.
- Nô, você sabia que a idéia do espelho d'água foi minha?
Nenhum comentário. Mas sei que fotos internas e externas da Catedral deslumbraram o ex-presidente. Olhei pra ele e vi uma expressão de felicidade em seu rosto. Quando surgiu a Esplanada dos Ministérios, JK fez seu primeiro comentário, em voz baixa e rouca:
- Tem muita gente ali que deveria estar na Ilha Grande. (onde havia um presídio de segurança máxima).
Adolpho concordou. As fotos foram passando: Itamaraty, Praça dos Três Poderes, o Alvorada. Olhei disfarçadamente para o lado, mais uma vez, e vi os olhos do Presidente lacrimejando. Nas fotos da rampa do Palácio e do Parlatório eu senti a mão do presidente timidamente sobre meu ombro. Ele chorava, chorava copiosamente. Como última foto da sessão, eu reservei para o Catetinho. Aí ele encostou a cabeça no meu ombro e chorou lágrimas de cachoeira sobre a minha camisa que ficou completamente ensopada. Com a foto do Catetinho ainda na tela, JK disse a segunda frase que me comoveu muito mais que as lágrimas:
- O que serei daqui por diante?
Saí do apartamento carregando o trambolho do projetor, as fotos, a camisa molhada de lágrimas, e a impressão de que havia testemunhado um simples mas comovente pedaço da história..."
(Leia este texto completo em "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou", livro lançado pela Desiderata e que é uma iniciativa do grupo de ação cultural Pão com Ovo, criado por ex-funcionários da Manchete. O Pão com Ovo, naturalmente, inspirou este blog paniscumovum)

O que vivemos? Uma demodura ou uma ditacracia?

por Gonça
Durante a ditadura, a polícia proibia greves. Na democracia pós-militares, a justiça, na prática, proibe as greves. Movido por bancadas de patrões, deputados e senadores  costuraram leis que, associadas à "interpretação" de juízes, inviabilizam este instrumento legítimo dos trabalhadores. Funciona assim: as assembléias sindicais votam pela greve, ok. Quando o movimento começa a incomodar - sim, greves são feitas para incomodar ou não teriam sentido -, os patrões recorrem à justiça que, invariavelmente ou em 99,9%, decide pela ilegalidade. Há tantas condições impostas para que uma greve se torne legal que é praticamente impossível atendê-las. A partir da decisão da justiça, se mantiver a paralisação, o sindicato da categoria pode ser multado em milhões, ter seu funcionamento e sua sede ou centro recreativo, seus bens, sua sobrevivência financeira, enfim, comprometidos caso não pague as multas. Nesse mecanismo, o Estado optou claramente por uma lado da questão, de qualquer questão: o dos patrões. O trabalhador que se dane.
Por que abordo esse assunto? Por quase nada. Por, apenas, uma noticia curiosa que li há pouco: em 2006, a Vale comprou uma empresa de mineração no Canadá. Tentou, depois, mexer em direitos dos operários, como o fundo de pensão e a remuneração baseada na cotação do minério - níquel - no mercado. Resultado: 3 mil mineiros entraram em uma greve que já dura mais de 200 dias. A Vale descobriu que, sem a muleta da legislação patronal brasileira, o buraco, no Canadá, é mais em baixo. E mais gelado.

Martinho e Noel: a Vila em dobro com canções antológicas

por Eli Halfoun
Berço de sambistas, como se dizia “nas antigas”, só a Vila Isabel poderia permitir o encontro de dois de seus filhos mais famosos, bambas da nossa música. É o que acontece no novo CD de Martinho da Vila. No novo e antológico momento musical, o compositor que carrega a Vila em seu nome artístico interpreta algumas das mais populares canções do compositor que fez a Vila estar em todo o país e em todas as bocas: Noel Rosa. A idéia de reunir o Martinho e Noel é da produtora Biscoito Fino, que lançará o CD ainda nesse semestre. Não é só a honra de interpretar Noel Rosa que está fazendo a alegria de Martinho: ele vibra também com a gravação de “Último Desejo”, acompanhado pela primeira vez por Maíra Freitas, sua filha pianista.. Pode não ser o último desejo de Martinho, mas é sem dúvida um desejo que ele tinha faz tempo. Quem ouviu garante que a gravação é pura emoção: Martinho, Maíra e Noel em uma única e sonora sintonia.

A Copa do Mundo está na CNN Internacional


por Eli Halfoun
Até que se concretize a notícia final que todos esperamos, a de que o Brasil é campeão mundial de futebol mais uma vez (é hexa, é hexa, como certamente gritará o locutor Galvão Bueno), quanto mais informações sobre a Copa do Mundo melhor. É o que a CNN Internacional oferece no especial “South África 2010” sobre a Copa .O programa será exibido nessa sexta-feira, dia 30, e entre muitas outras informações tem entrevistas com o presidente da FIFA, Joseph Blatter, com o jogador espanhol Fernando Torres e com o também, jogador alemão Michael Ballack, além de uma conversa exclusiva com o nosso até agora vitorioso técnico Dunga (aquele mesmo em quem ninguém acreditava). O especial tem como apresentador o âncora português Pedro Pinto.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Vale a pena ver: José Simão no Monkey News...

É na TV Uol. Entre outras coisas, uma 'denúncia': "Buemba, padres fizeram inferninho em Arapiroca"
Clique AQUI

Silêncio na mídia: jornalistas assassinados em Honduras

E a mídia, hein, que tanto defendeu o golpe em Honduras? Não está na hora de protestar contra o assassinato de jornalistas no pais. Já são seis vítimas fatais nos últimos três meses. Outros dois sobreviveram a atentados. Parece mais um "esquadrão da morte" que tira de cena profissionais que incomodam os poderosos. Sites e blogs têm denunciado a perseguição a militantes que se opuseram ao golpe. Honduras parece sofrer, em silêncio, uma "Operação Limpeza" após a "eleição" que "legitimou" o golpe.  

O papel da imprensa no golpe de 64. Saiba mais. Vá ao site da ABI

Leia matéria sobre o lançamento do livro "O Globo, o Jornal e Jornal do Brasil na Queda do Governo Goulart (1961-1964)", do professor Aloysio Castelo de Carvalho, da UFF. O livro é da Nit Press e Editora UFF. É melhor ir ao site da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Dificilmente você verá resenhas ou matérias sobre este livro nos grandes jornais. Clique AQUI
E caso queira comprar o livro, clique AQUI

Quer ver a versão para Ipad do livro Alice no País das Maravilhas?

Livro gráfico não vai acabar tão cedo, mas você ainda tem dúvida de que é este o futuro? Clique AQUI

Photoshop pirado


O caso é o seguinte: o diretor de arte tomou umas canas, virou a noite sem dormir, claro, chegou em casa com bafo de gás metano, beijou a sogra em vez da mulher e foi direto para o trabalho. Antes, para rebater a vodca Kovak com conhaque Dreher que entornou, tomou um coquetel batizado de "espoleta sismográfica", coisa que se bebia antigamente. O nome é inspirado no cartucho com carga explosiva que geólogos usam para sondar as profundezas. Não se sabe a receita, na verdade, a fórmula, mas no velho Novo Mundo quem tomava a "espoleta" via o lado escuro da Lua. Dizia, então, que o tal diretor de arte, depois de devidamente adulterado, ligou o seu Mac e fez as merdas acima. No alto, a perna direita da modelo segue estranha anatomia; na Esquire, o pé direito da moça ninguém sabe, ninguém viu.
Quer ver mais loucuras do photoshop? Clique AQUI  

Barriga sarada de Gisele Bundchen é capa de revista

por Eli Halfoun
Não foi muito difícil para Gisele Bundchen recuperar a forma depois da gravidez. Para mostrar que está com tudo em cima, o belo corpo fez questão de posar mostrando a barriga na capa da edição de maio da Vogue Korea. Gisele que ainda está entre as modelos de maior faturamento no mundo (agora só perde para Kate Moss e para Heidi Klum) é atração do principal editorial da revista que, em muitas páginas, mostra a nossa modelo com uma série de roupas baseadas em uniformes militares, mas nem assim ela perde seu charme e beleza.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Sinal dos tempos?

Em Santo André (SP), um bando armado roubou 135 mil figurinhas da Copa. Cerca de 30 funcionários foram rendidos em um posto de distribuição e os assaltantes levaram 135 caixas com envelopes com craques da Copa da África do Sul, incluindo o time do Dunga. A polícia está à caça dos bandidos e tenta recuperar as figurinhas. Tá bom, o Adriano não precisa devolver. 

Imprensa Ofical lança perfis de Paulo Francis, José Ramos Tinhorão e Roberto Muller Filho

Os três influenciaram o jornalismo brasileiro. A Imprensa Oficial, de São Paulo, mostra isso em três livros que fazem parte da Coleção Imprensa em Pauta. “Paulo Francis – Polemista Profissional”, de Eduardo Nogueira; “Tinhorão, O Legendário”, de Elizabeth Lorenzotti, e “Roberto Müller Filho – Intuição, Política e Jornalismo”, de Maria Helena Tacchinardi, serão lançados no dia 28 de abril (quarta-feira), a partir das 18h30, na Livraria da Vila – Rua Fradique Coutinho, 915.  “São três nomes que revolucionaram e deixaram marcas definitivas na imprensa brasileira, contribuindo decisivamente para moldar sua qualidade e pluralidade”, destaca Hubert Alquéres, diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado.
O carioca Paulo Francis (1930-1997) foi um dos mais conhecidos e influentes jornalistas brasileiros de todos os tempos. Amado ou odiado, despertava paixões extremas sempre estimuladas por suas talentosas polêmicas. Francis desempenhou papel importantíssimo na resistência à ditadura militar. Foi um dos fundadores do “Pasquim”, em 1969, e mais tarde colaborou com os jornais “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S. Paulo” e “O Globo”, além de fazer comentários na TV Globo. Suas polêmicas com artistas, políticos ou intelectuais – algumas delas antológicas – não deixavam ninguém indiferente.
Figura singular da história do jornalismo brasileiro, José Ramos Tinhorão construiu, a partir de seus artigos pioneiros sobre música e cultura popular, uma história da cultura urbana. Começou no jornalismo como copidesque, em 1952, no “Diário Carioca”, e seus primeiros artigos sobre música saíram em 1961, no “Jornal do Brasil”. O livro traça um perfil biográfico de Tinhorão ao mesmo tempo em que fala dos bastidores da imprensa carioca dos anos 1950 e 1960.
Criador do modelo que deu credibilidade e prestígio à “Gazeta Mercantil”, ainda nos anos 1970, Roberto Müller Filho transformou o jornal em uma das publicações mais importantes do país – referência nas áreas de economia, negócios, política e diplomacia. 
Fonte: Fábio Bahr e Ivani Cardoso, da Lu Fernandes Comunicação e Imprensa. (Telefone: 11-3814-4600)

Paulistas cantam ao ar livre a música de Adoniran Barbosa

por Eli Halfoun
Quem mora em São Paulo (dizer vive é exagero no meio de tanta poluição) não tem muitas oportunidades de ir à praia, mas em compensação nesse domingo (dia 25) tem um programa imperdível: o espetáculo musical produzido para homenagear os 100 anos que o compositor Adoniran Barbosa completaria esse ano. O show acontece no Auditório Ibirapuera a partir das 11 horas e tem confirmadas as participações da Orquestra Arte Viva dirigida pelo maestro Amilson Godoy (fará um passeio musical pela obra de Adoniran) e de, entre outros, Demônios da Garoa, Jair Rodrigues, Língua de Trapo, Eduardo Gudin,, Vânia Bastos, Roger Moreira do Ultraje a Rigor e Arnaldo Antunes. Cada artista apresentará duas músicas do imenso repertório daquele que considerado o mais paulista de nossos compositores. O melhor é que é tudo de graça. Aliás, cultura não devia ser cobrada nunca até porque não tem preço.

Padre Cícero também segue os passos de Chico Xavier

por Eli Halfoun
Mesmo tendo conquistado até agora uma platéia superior a 2 milhões de espectadores, a vida de Chico Xavier, abordada por vários ângulos, ainda é (agora muito mais) animadora para os produtores cinematográficos. Pelo menos mais dois filmes estão em pauta, o que não tira a vez de outros personagens da fé: a vida do Padre Cícero (o “Padim Ciço” do nordeste) também chegará ao cinema com um longa dirigido e roteirizado por Sergio Machado, o mesmo que em 2005 foi aplaudido com “Cidade Baixa”. Daniel Filho, o diretor e produtor dos dois maiores sucessos de bilheteria dos últimos anos com “Se eu fosse você I e II” e agora "Chico Xavier" engatilha uma nova produção, mas ainda faz segredo sobre o tema que pode vir a ter a televisão como cenário. Nesse caso será fatalmente uma comédia.

Discursos feitos na Câmara dos Deputados de Brasília estão na internet

por Eli Halfoun
Não se pode dizer que seja uma grande atração, mas é pelo menos interessante e certamente muito engraçado ter a oportunidade de ler os discursos feitos na Câmara dos Deputados na cinquentona Brasília. A Biblioteca Digital da Câmara está disponibilizando na internet a coleção “Brasília no Poder Legislativo” com discursos e livros. Pode ser uma consulta importante de fiscalização popular, mas o que o eleitor quer saber mesmo é o que acontece por baixo dos panos.
Clique AQUI

Blogs e twitters, ontem, fontes de informação sobre o caos no trânsito...

por Gonça
Apagão, inundações e bagunça na cidade: nesses três recentes ocasiões, parte da população teve a internet como aliada. Milhares de pessoas postaram informações úteis em twitters, principalmente, e blogs. Nesses três momentos cruciais para o Rio, muito antes que os repórteres e fotógrafos dos veículos tradicionais chegassem aos bairros às escuras, a regiões de desabamentos e alagamentos e ao foco do nó no trânsito, como ontem, em Botafogo, já estavam no ar em milhares de páginas de relacionamento notícias, testemunhos de quem estava encalacrado nos túneis, relatos dramáticos e dicas para evitar as áreas congestionadas. A rede é um apoio nessas horas. E você, apesar das promessas oficiais, vai voltar a precisar dela em ocasiões como esta de ontem. A prefeitura, contra todo o bom senso, insiste em liberar as praias para megaeventos religiosos ou não. No mesmo local, anos atrás, a promoção de uma competição-show aéreo patrocinada pela Red Bull atraiu mais de um milhão de pessoas (na ocasião, os administradores também "não esperavam" tanta gente) e provocou caos parecido. E saiba que a etapa 2010 desta mesma competição vem aí. Será em maio, no Aterro, e já está autorizada.  

Vale tudo por um voto. A cidade que se dane

por Eli Halfoun
Dificilmente a prefeitura cumprirá a promessa, feita em nota oficial (é, portanto, um documento), de não mais liberar eventos evangélicos que causem transtorno à cidade, como aconteceu na quarta-feira, dia 21. Pelo quer se contar agora, a prefeitura tinha noção de que haveria um nó no trânsito. Um assessor do prefeito Eduardo Paes justificou junto à Associação de Moradores de Botafogo a liberação do culto da Universal com esse absurdo argumento: “Não se diz não para um milhão e meio de eleitores”. Podem até ter conquistado parte desses votos (o que também não acredito que acontecerá já que os evangélicos costumam ter seus próprios candidatos), mas perdeu os do restante da população. A verdade é que em nome de um voto fácil não se pode dificultar a vida de toda uma cidade, mas os políticos pouco (quase nada) estão ligando para isso.

Brasília: 50 anos de injustiça com a população

por Eli Halfoun
Brasília comemorou 50 anos convivendo com uma injustiça: virou sinônimo de corrupção, o que é um exagero porque coloca no saco de podridão uma população que nada tem a ver com a roubalheira promovida pelos políticos, e não é de hoje. Antes mesmo de sua inauguração Brasília era celeiro e denúncias de corrupção que nunca foram atribuídas a população trabalhadora que com um enorme sacrifício ergueu a capital dos sonhos do ousado presidente Juscelino Kubitschek. O tempo foi passando, a corrupção aumentando e fincando pé em Brasília, mas sempre promovida por pessoas que nem de lá são e que frequentam a capital dois ou três dias por semana para fingir que trabalham e para corromper e serem corrompidos. A verdade é que sempre que se falar em Brasília esse nome estará fatalmente ligado à corrupção e aos escândalos que acontecem no país. Essa injustiça com a população precisa ser reparada: quem nasce e vive em Brasília não é necessariamente corrupto. Os corruptos são os que vêm de fora e esses precisam ter suas entradas barradas na capital. E isso se faz através do voto.