Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Martinho da Vila...
Autor do melhor samba deste carnaval. "se um dia na orgia me chamassem, com saudades perguntassem por onde anda Noel..."
Enquanto isso, no deserto do Atacama
por Omelete
O blog está muito político para um sábado de sol... Aqui vai um refresco. A modelo Daniella Sarahyba andava sumida? Sumida? Nada, posava pela sexta vez para a revista Sports Ilustrated no deserto do Atacama (Chile) para o fotógrafo Rafael Mazzuco. Aí estão as reproduções de duas imagens do ensaio.
A imprensa e as eleições
por Gonça
A Época dessa semana publica capa e entrevista com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, pré-candidata à Presidência da República. A propósito, o diretor de redação da revista, Helio Gorovitz, escreve: "Entrevistas como a desta edição - conduzida pelo chefe da sucursal de Brasília, Eumano Silva, pelo editor executivo Guilherme Evelin e por mim - cumprem um dos papéis primordiais de uma revista num ano eleitoral: apresentar aos leitor as ideias, a personalidade e os atos dos candidatos. Só com informações precisas, contextualizadas e honestas podemos ajudar você a decidir quem merece guiar o Brasil a partir do ano que vem." . Ok, perfeito. Mas a imprensa brasileira deveria, neste ano eleitoral, seguir bons exemplos de grandes jornais e revistas internacionais e declarar em editorial a posição política da publicação. Deixar claro para os leitores quem, entre os canditados apresentados, o grupo editorial apoiará. Para usar a explanação do Gorovitz: se a Época leva ao leitores (para ajudá-los a saber em quem votar) "informações precisas" sobre cada candidato, deduz-se que de posse das informações que levantou a Época terá totais condições de fazer também a sua escolha. É simples. Sabemos que "informações precisas", "contextualizadas" e "honestas" são para a grande imprensa conceitos relativizados, sujeitos a chuvas e trovoadas, como vimos em tantas eleições. Honestidade, de fato, é o veículo declarar seu candidato e, a partir daí, tornar mais clara e "precisa" a leitura das suas reportagens. O dicionário diz que isento é aquele "livre, desembaraçado, limpo de culpa, independente, que julga sem parcialidade, sem paixão, imparcial, neutro". Leu? Conhece uma pessoa isenta ou um jornal, uma revista, uma TV, um site? Um vizinho, um poste isento, que seja? Pois é: não existe.
Governo do Estado investe mais R$ 80 milhões na "nova cara" do Rio
por Eli Halfoun
O governo do Estado não acredita na velha máxima de que o segredo é a alma do negócio. Tanto não acredita que decidiu passar de R$ 100 para R$ 180 milhões sua verba de publicidade, o que aumentará também de quatro para cinco as agências (atualmente as contratadas são (Agência3, Agnelo Pacheco, MPM e Prole) que se responsabilizarão pelas novas campanhas, muitas delas relativas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016. Serão campanhas destinadas principalmente ao mercado internacional com a finalidade de atrair mais e mais turistas, sempre uma excelente fonte de renda. As novas campanhas publicitárias terão a tarefa de resgatar a força do Rio “que vem sendo recuperada nos últimos anos” e mostrar a nova cara do Rio. Com as novas campanhas publicitárias, o governo do Estado espera também atrair, além de turistas, mais negócios. Está decidido que nenhuma das campanhas a serem desenvolvidas poderá consumir mais de 30% da verba publicitária, ou seja, o bolo terá que ser dividido em pedaços iguais entre as cinco agências contratadas.
O governo do Estado não acredita na velha máxima de que o segredo é a alma do negócio. Tanto não acredita que decidiu passar de R$ 100 para R$ 180 milhões sua verba de publicidade, o que aumentará também de quatro para cinco as agências (atualmente as contratadas são (Agência3, Agnelo Pacheco, MPM e Prole) que se responsabilizarão pelas novas campanhas, muitas delas relativas à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016. Serão campanhas destinadas principalmente ao mercado internacional com a finalidade de atrair mais e mais turistas, sempre uma excelente fonte de renda. As novas campanhas publicitárias terão a tarefa de resgatar a força do Rio “que vem sendo recuperada nos últimos anos” e mostrar a nova cara do Rio. Com as novas campanhas publicitárias, o governo do Estado espera também atrair, além de turistas, mais negócios. Está decidido que nenhuma das campanhas a serem desenvolvidas poderá consumir mais de 30% da verba publicitária, ou seja, o bolo terá que ser dividido em pedaços iguais entre as cinco agências contratadas.
Nova ameaça no horizonte financeiro?
por Gonça
Os Piigs estão acelerando ladeira abaixo. É a sigla para Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, com a depreciativa correlação em inglês para pigs (porcos). Sem ofender os suínos, a referência é um contraponto à exuberância econômica dos Bric (Brasil, Rússia, India e China). O alerta está na imprensa internacional: desfaz-se em lama e já preocupa o mundo a economia dos cinco países. Juntos, devem aos bancos internacionais a bolada de US$3,4 trilhões, entre passivos de governo e de empresas privadas. Especialistas dizem que é mais um consequência da liberdade irrestrita aos mercados, a farra sem regras difundida pela onda neo-liberal do fim dos anos 90. Países mais fortes da zona do euro, como França e Alemanha, fazem jogo de empurra e ainda relutam em dar ração (leia-se €) aos Piigs. Que a lama, ao escorrer, não desague no bom momento da economia aqui nos trópicos.
Os Piigs estão acelerando ladeira abaixo. É a sigla para Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, com a depreciativa correlação em inglês para pigs (porcos). Sem ofender os suínos, a referência é um contraponto à exuberância econômica dos Bric (Brasil, Rússia, India e China). O alerta está na imprensa internacional: desfaz-se em lama e já preocupa o mundo a economia dos cinco países. Juntos, devem aos bancos internacionais a bolada de US$3,4 trilhões, entre passivos de governo e de empresas privadas. Especialistas dizem que é mais um consequência da liberdade irrestrita aos mercados, a farra sem regras difundida pela onda neo-liberal do fim dos anos 90. Países mais fortes da zona do euro, como França e Alemanha, fazem jogo de empurra e ainda relutam em dar ração (leia-se €) aos Piigs. Que a lama, ao escorrer, não desague no bom momento da economia aqui nos trópicos.
Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010
Promovida pelo Sistema Fiep, a CICI2010 trará mais de 80 especialistas nacionais e internacionais para debater soluções que promovam a sustentabilidade e a prosperidade econômica e social nas cidades Entre os dias 10 e 13 de março, Curitiba receberá mais de 80 especialistas de todo o mundo que irão debater caminhos para a construção de realidades urbanas mais inovadoras, prósperas e humanizadas. Uma iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI2010) trará experiências de sucesso em planejamento urbano, sustentabilidade, mobilidade, gestão e políticas públicas, entre outras, que transformaram cidades em ambientes propícios ao desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Entre os nomes de peso que participarão da conferência estão Steve Johnson (EUA), autor de seis best-sellers que influenciaram desde ações de planejamento urbano até a luta contra o terrorismo; Pierre Lévy (Canadá), filósofo que estuda o conceito de inteligência coletiva; Marc Giget (França), diretor-fundador do Instituto Europeu de Estratégias Criativas e Inovação; Jaime Lerner (Brasil), arquiteto e urbanista, ex-prefeito de Curitiba; Jeff Olson (EUA), arquiteto e urbanista envolvido em projetos que contemplam espaços verdes e meios de transporte alternativos; e Marc Weiss (EUA), presidente do Global Urban Development e líder do projeto Climate Prosperity.
Representantes de mais de 50 cidades, de todos os continentes, já confirmaram presença na CICI2010. O evento acontecerá no Cietep, sede da Fiep no Jardim Botânico, a apenas 5 quilômetros do centro de Curitiba. “A inovação é o único caminho para construirmos uma sociedade sustentável. E para que as empresas brasileiras e todo o País inovem é preciso, antes de tudo, que nossas cidades sejam inovadoras”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. Paralelamente à CICI2010 serão realizados outros eventos integrados, como a Conferência Internacional sobre Redes Sociais.
Apoio: Planeta Voluntários / Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010.
Saiba mais: www.cici2010.org.br
Photoshop de bêbado
por JJcomunic
Julianne Moore tem graves problemas na região lombar. Precisa urgentemente de uma bateria de sessões de fisioterapia. Pelo menos, é o que mostra a foto destroçada pelo photoshop, que lhe deu um tremendo e desproporcional cabeção, sumiu com o ombro direito, encolheu as costas e fez algo muito estranho com o braço direito, o que segura a cacatua. Confiram: está encoberto pelos cabelos mas muito afastado do corpo (ou ela teria um braço quilométrico) e em posição nada anatômica. E ainda exageraram no polimento das pernas. Esse diretor de arte está bebendo coquetel de absinto com etanol. (Mais loucuras digitais no site Photoshop Disasters
Julianne Moore tem graves problemas na região lombar. Precisa urgentemente de uma bateria de sessões de fisioterapia. Pelo menos, é o que mostra a foto destroçada pelo photoshop, que lhe deu um tremendo e desproporcional cabeção, sumiu com o ombro direito, encolheu as costas e fez algo muito estranho com o braço direito, o que segura a cacatua. Confiram: está encoberto pelos cabelos mas muito afastado do corpo (ou ela teria um braço quilométrico) e em posição nada anatômica. E ainda exageraram no polimento das pernas. Esse diretor de arte está bebendo coquetel de absinto com etanol. (Mais loucuras digitais no site Photoshop Disasters
Memórias da redação: Aconteceu... na
por Eli Halfoun
Notícias podem deixar qualquer jornalista de “saia justa”. Uma das primeiras lições que aprendi na prática do jornalismo é que não se deve esconder e muito menos “guardar na gaveta” uma notícia. Porque o fato pode envelhecer, deixar de ser interessante e acabar nas mãos de outro profissional. E aí você que guardou a notícia descobrirá que, pelo menos nesse caso, foi um péssimo profissional. Foi essa lição que me colocou durante alguns dias em uma verdadeira “saia justa” jornalística. O ator e cantor João Alberto Carvalho (de quem ainda sinto uma carinhosa saudade) foi um dos melhores amigos que tive até hoje. Era uma amizade de respeito, admiração e cuidado: nascido e criado na Pará, João Alberto me tinha como uma espécie de pai carioca desde que chegou para tentar a carreira artística no Rio. Só me chamava de Papi, o que às vezes me deixava envergonhado, mas aumentava nossa amizade. João Alberto era muito espontâneo e engraçado e foi em um jantar que o diretor Jayme Monjardim ficou encantado com sua alegre espontaneidade e o convidou para viver o mordomo Zaqueu na novela “Pantanal”, exibida pela Rede Manchete de 27 de março a 10 de dezembro de 1990. Monjardim queria que João Alberto fosse na novela exatamente como era na vida real. Pronto: Zaqueu emplacou e deu para João Alberto o seu primeiro sucesso na estréia em novelas.
Estava tudo muito bom, tudo muito bem, quando João Alberto começou fazer sua presença menos frequente nas festas, reuniões entre amigos e até nas visitas quase diárias que fazia à minha casa. Dizia que evitava sair de casa porque vivia com diarréia (“Passo o dia plantado no vaso como se fosse uma flor” - dizia com bom humor). Percebi que algumas manchas roxas começavam a aparecer em seus braços e também que ele emagrecia diariamente. Não tive dúvidas: aconselhei que fizesse um exame de HIV. Fez, mas não teve coragem de buscar o resultado, ou seja, sobrou pra mim. Apanhei o resultado e pedi à minha ex-mulher, médica, que o abrisse. Estava lá muito claro: João Alberto era soropositivo. Evidentemente, diante de sua cada vez maior magreza, as especulações ficaram inevitáveis, mas só eu sabia que ele era sim portador do HIV. Foi aí que fiquei, como se diz popularmente, entre a cruz e a caldeirinha: não queria expôr meu grande amigo, mas sabia que não podia “guardar a notícia na gaveta”, como tinha aprendido em meu início de carreira. O “fazer ou não fazer, eis a questão?” me atormentou durante pelo menos três dias. Decidi publicar a verdade, mas fazendo isso de uma forma respeitosa que não expusesse o ator e sua família. Preservei o amigo, mas não perdi a notícia: Amiga foi a primeira e única revista a publicar com exclusividade a verdade sobre a doença de João Alberto. Melhor assim porque a reportagem da Amiga (e do amigo) colocou um ponto final em qualquer tipo de especulação.
João Alberto faleceu meses depois e quando o vi pela última vez em seu apartamento de Copacabana (seu pai realizou o sonho que João tinha de morar na Avenida Atlântica), ele nem mais me reconhecia. Partiu deixando uma saudade imensa nos amigos e para mim também a certeza de que nenhuma notícia pode ficar guardada no fundo da gaveta desde que seja publicada só com a verdade e o respeito que qualquer noticiado merece. Afinal, jornalismo também é a arte de procurar e escolher bem as palavras. Notícia é sempre notícia, mas não precisa ser exatamente um escândalo.
Notícias podem deixar qualquer jornalista de “saia justa”. Uma das primeiras lições que aprendi na prática do jornalismo é que não se deve esconder e muito menos “guardar na gaveta” uma notícia. Porque o fato pode envelhecer, deixar de ser interessante e acabar nas mãos de outro profissional. E aí você que guardou a notícia descobrirá que, pelo menos nesse caso, foi um péssimo profissional. Foi essa lição que me colocou durante alguns dias em uma verdadeira “saia justa” jornalística. O ator e cantor João Alberto Carvalho (de quem ainda sinto uma carinhosa saudade) foi um dos melhores amigos que tive até hoje. Era uma amizade de respeito, admiração e cuidado: nascido e criado na Pará, João Alberto me tinha como uma espécie de pai carioca desde que chegou para tentar a carreira artística no Rio. Só me chamava de Papi, o que às vezes me deixava envergonhado, mas aumentava nossa amizade. João Alberto era muito espontâneo e engraçado e foi em um jantar que o diretor Jayme Monjardim ficou encantado com sua alegre espontaneidade e o convidou para viver o mordomo Zaqueu na novela “Pantanal”, exibida pela Rede Manchete de 27 de março a 10 de dezembro de 1990. Monjardim queria que João Alberto fosse na novela exatamente como era na vida real. Pronto: Zaqueu emplacou e deu para João Alberto o seu primeiro sucesso na estréia em novelas.
Estava tudo muito bom, tudo muito bem, quando João Alberto começou fazer sua presença menos frequente nas festas, reuniões entre amigos e até nas visitas quase diárias que fazia à minha casa. Dizia que evitava sair de casa porque vivia com diarréia (“Passo o dia plantado no vaso como se fosse uma flor” - dizia com bom humor). Percebi que algumas manchas roxas começavam a aparecer em seus braços e também que ele emagrecia diariamente. Não tive dúvidas: aconselhei que fizesse um exame de HIV. Fez, mas não teve coragem de buscar o resultado, ou seja, sobrou pra mim. Apanhei o resultado e pedi à minha ex-mulher, médica, que o abrisse. Estava lá muito claro: João Alberto era soropositivo. Evidentemente, diante de sua cada vez maior magreza, as especulações ficaram inevitáveis, mas só eu sabia que ele era sim portador do HIV. Foi aí que fiquei, como se diz popularmente, entre a cruz e a caldeirinha: não queria expôr meu grande amigo, mas sabia que não podia “guardar a notícia na gaveta”, como tinha aprendido em meu início de carreira. O “fazer ou não fazer, eis a questão?” me atormentou durante pelo menos três dias. Decidi publicar a verdade, mas fazendo isso de uma forma respeitosa que não expusesse o ator e sua família. Preservei o amigo, mas não perdi a notícia: Amiga foi a primeira e única revista a publicar com exclusividade a verdade sobre a doença de João Alberto. Melhor assim porque a reportagem da Amiga (e do amigo) colocou um ponto final em qualquer tipo de especulação.
João Alberto faleceu meses depois e quando o vi pela última vez em seu apartamento de Copacabana (seu pai realizou o sonho que João tinha de morar na Avenida Atlântica), ele nem mais me reconhecia. Partiu deixando uma saudade imensa nos amigos e para mim também a certeza de que nenhuma notícia pode ficar guardada no fundo da gaveta desde que seja publicada só com a verdade e o respeito que qualquer noticiado merece. Afinal, jornalismo também é a arte de procurar e escolher bem as palavras. Notícia é sempre notícia, mas não precisa ser exatamente um escândalo.
Banho de sol
por Gonça
Por mim, os subarbustos não iriam para a cadeia. Ou até iriam. Mas só depois de perder todos os bens e mais aqueles que passaram para o laranjal da família. Prisão, nesses casos, mais parece um spa. É um tal de banho de sol, suites, ar condicionado, tv etc. Se todos os subarbustos devolvessem os bens amealhados durante o exercício de funções públicas, o país ficaria bem. A propósito, segundo o Houaiss, arruda é planta classificada com subarbusto. Esse aí é galho-rei da frondosa árvore do DEM e do PSDB que vicejou no Planalto Central. (Reprodução TV Globo)
Por mim, os subarbustos não iriam para a cadeia. Ou até iriam. Mas só depois de perder todos os bens e mais aqueles que passaram para o laranjal da família. Prisão, nesses casos, mais parece um spa. É um tal de banho de sol, suites, ar condicionado, tv etc. Se todos os subarbustos devolvessem os bens amealhados durante o exercício de funções públicas, o país ficaria bem. A propósito, segundo o Houaiss, arruda é planta classificada com subarbusto. Esse aí é galho-rei da frondosa árvore do DEM e do PSDB que vicejou no Planalto Central. (Reprodução TV Globo)
É o paraíso...
por Gonça
Sumir com o Estado e suas instâncias de defesa do consumidor é o sonho dourado dos tais neo-liberais que estão aí doidinhos para voltar a pôr a mão na massa. Veja no que deu entregar a fiscalização de serviços públicos exercidos por empresas privados a agências privadas e autônomas durante a privataria, como diz o Elio Gáspari. O consumidor se dana, multas não são pagas e fica tudo por isso mesmo. É ou não é o mundo perfeito? Para eles. Claro. A reprodução é do Globo de hoje que traz matéria sobre o asssunto.
Sumir com o Estado e suas instâncias de defesa do consumidor é o sonho dourado dos tais neo-liberais que estão aí doidinhos para voltar a pôr a mão na massa. Veja no que deu entregar a fiscalização de serviços públicos exercidos por empresas privados a agências privadas e autônomas durante a privataria, como diz o Elio Gáspari. O consumidor se dana, multas não são pagas e fica tudo por isso mesmo. É ou não é o mundo perfeito? Para eles. Claro. A reprodução é do Globo de hoje que traz matéria sobre o asssunto.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Sem essa de que “é dos carecas que elas gostam mais”
por Eli Halfoun
Se depender da Dra. Célia Beatriz David, da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, essa história de que “é dos carecas que elas gostam mais” continuará sendo apenas uma marchinha de carnaval. Ela garante que embora o pêlo sirva a muitas finalidades, ele está “envolvido na comunicação sexual e social pela construção de adornos como a juba do leão ou a barba do macho humano”. Do ponto de vista antropológico, “o pêlo é visto pela magnífica exibição dos cabelos por muitas mulheres como auxílio cosmético”. Cada vez mais preocupados com a calvície, os homens (e também muitas mulheres) podem perder a esperança de recuperar naturalmente as vastas cabeleiras: ser careca é um problema genético que “está no receptor onde age o hormônio masculino”. Se a careca é inevitável é possível retardá-la corrigindo falhas das possíveis causas. Os especialistas recomendam o uso de bloqueadores à ação dos hormônios nos receptores dos folículos. Se a calvície já estiver instalada, os especialistas garantem que hoje pode ser realizado o transplante capilar, fio a fio, com técnicas muito apuradas “que levam o cabelo não geneticamente determinado para a queda para a área da calvície”. Também é possível transplantar 4000 fios em um único procedimento. Em aproximadamente três meses será notado o crescimento de cabelos novos “que não terão queda precoce por falência do folículo como na calvície”. Como a solução é complicada e cara só me resta comprar uma bela peruca. Com urgência.
Se depender da Dra. Célia Beatriz David, da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, essa história de que “é dos carecas que elas gostam mais” continuará sendo apenas uma marchinha de carnaval. Ela garante que embora o pêlo sirva a muitas finalidades, ele está “envolvido na comunicação sexual e social pela construção de adornos como a juba do leão ou a barba do macho humano”. Do ponto de vista antropológico, “o pêlo é visto pela magnífica exibição dos cabelos por muitas mulheres como auxílio cosmético”. Cada vez mais preocupados com a calvície, os homens (e também muitas mulheres) podem perder a esperança de recuperar naturalmente as vastas cabeleiras: ser careca é um problema genético que “está no receptor onde age o hormônio masculino”. Se a careca é inevitável é possível retardá-la corrigindo falhas das possíveis causas. Os especialistas recomendam o uso de bloqueadores à ação dos hormônios nos receptores dos folículos. Se a calvície já estiver instalada, os especialistas garantem que hoje pode ser realizado o transplante capilar, fio a fio, com técnicas muito apuradas “que levam o cabelo não geneticamente determinado para a queda para a área da calvície”. Também é possível transplantar 4000 fios em um único procedimento. Em aproximadamente três meses será notado o crescimento de cabelos novos “que não terão queda precoce por falência do folículo como na calvície”. Como a solução é complicada e cara só me resta comprar uma bela peruca. Com urgência.
A tesoura do Serra
por Gonça
A mídia conservadora não fala mais no assunto mas o Discovery Chanel não esqueceu o desabamento nas obras da estação do Metrô Pinheiros, em 2007, é tentou fazer um documentário sobre o tema. Tentou. A direção do Metrô, leia-se governo José Serra, proibiu seus técnicos e geólogos de darem entrevistas e vetou o acesso dos repórteres ao material de perícia. Deu no Blue Bus. Hummmm??!!!, e aí, se o Serra ganhar vai ser o regime da censura e da tesoura?
A mídia conservadora não fala mais no assunto mas o Discovery Chanel não esqueceu o desabamento nas obras da estação do Metrô Pinheiros, em 2007, é tentou fazer um documentário sobre o tema. Tentou. A direção do Metrô, leia-se governo José Serra, proibiu seus técnicos e geólogos de darem entrevistas e vetou o acesso dos repórteres ao material de perícia. Deu no Blue Bus. Hummmm??!!!, e aí, se o Serra ganhar vai ser o regime da censura e da tesoura?
Bob Dylan mostra que também é bom nos pincéis
por Eli Halfoun
Quem quiser ter na coleção um quadro pintado por Bob Dylan deverá desembolsar entre 148 mil e 702 mil dólares, preços das obras que o cantor e compositor está expondo até o dia 10 de abril na galeria Halcyon, em Londres. Os quadros expostos são os primeiros trabalhos de Dylan como artista plástico e foram pintados entre 1989 e 1992. Detalhe: todas as pinturas tiveram inspiração em lugares visitados e nas canções compostas por Dylan, que pretende dedicar-se mais as artes plásticas. Seu novo projeto é preparar uma coleção na qual intensificará “a exploração do óleo sobre tela”. Entre seus planos está trazer a próxima série de pinturas para expor no Brasil.
Quem quiser ter na coleção um quadro pintado por Bob Dylan deverá desembolsar entre 148 mil e 702 mil dólares, preços das obras que o cantor e compositor está expondo até o dia 10 de abril na galeria Halcyon, em Londres. Os quadros expostos são os primeiros trabalhos de Dylan como artista plástico e foram pintados entre 1989 e 1992. Detalhe: todas as pinturas tiveram inspiração em lugares visitados e nas canções compostas por Dylan, que pretende dedicar-se mais as artes plásticas. Seu novo projeto é preparar uma coleção na qual intensificará “a exploração do óleo sobre tela”. Entre seus planos está trazer a próxima série de pinturas para expor no Brasil.
Taí uma conta que precisa ser checada...
Duvido muito dessas contas de chegar que alegam que feriado dá prejuízo. Talvez em setores pontuais mas a conta acima inclui serviço, turismo etc. Nos feriados, o consumo se transfere para o lazer. Restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, cinemas, parques etc faturam nos feriados. E é apressada a conclusão de que o Brasil tem muitos feriados. Ao contrário, o trabalhador brasileiro ainda reivindica o limite de 40 horas semanais, conquista que vários países já alcançaram. A pesquisa acima está no G1. Desconfie.
Ardência no Regaço
por Jussara Razzé
Este produto estava na prateleira de um supermercado. Cuidado: não se confunda. Não se trata, como o nome parece indicar, de um produto para aliviar eventual desconforto de quem se excedeu no carnaval. É um "coquetel" de pimenta. Deve ser saboroso mas teria o efeito contrário ao alívio esperado por quem extrapolou na folia.
É tempo de festa da televisão colorida no Brasil
por Eli Halfoun
É raro, mas ainda se ouve falar nos aparelhos de TV em preto e branco. Certamente só será possível encontrar um aparelho p/b em algum museu. Nos últimos anos, a televisão colorida, sempre com novas alternativas de em design e qualidade de som e imagem, virou eletrodoméstico de primeira necessidade até em cidadezinhas brasileiras perdidas no mapa. Todo mundo usa, mas pouca gente lembra que na última quinta-feira, dia 18, a televisão colorida completou 38 anos de existência no país. Só para recordar: a pioneira em transmissões coloridas foi a TV Difusora do Rio Grande do Sul que mostrou ao Brasil a anual Festa da Uva do Rio Grande. A transmissão foi difundida para todo o país pela Embratel e durou uma hora fazendo com que milhares de pessoas se aglomerassem nas portas de lojas de para conhecer a novidade. No Rio só existiam 200 aparelhos (importados dos Estados Unidos) capazes de receber a imagem colorida no dia da estréia. No começo, os profissionais de televisão não sabiam como agir e lembro que ao participar do júri do Programa Flávio Cavalcanti recebi expressas recomendações para não usar roupas escuras (preto e marrom nem pensar) porque a imagem poderia ficar borrada. Era uma nova complicação para uma televisão que, trazida por Assis Chateaubriand, já existia no Brasil desde o dia 18 de setembro de 1950. Em 1961, uma pesquisa revelou que o brasileiro era e é telemaníaco: na época o Brasil concentrava 15% dos aparelhos existentes nas Américas: 60% da América do Sul e 80% do Mercosul. O número de aparelhos atingia 95,1% de domicílios, alguns com mais de um aparelho (o que agora é comum), segundo dados do IBGE. Hoje são milhões (perto de 100) de aparelhos espalhados pelo Brasil. Calcula-se que no mínimo mais 5 milhões de aparelhos serão vendidos até a próxima Copa do Mundo. Fica combinado: televisão em preto e branco nesses tempos modernos só pode ser defeito no aparelho.
É raro, mas ainda se ouve falar nos aparelhos de TV em preto e branco. Certamente só será possível encontrar um aparelho p/b em algum museu. Nos últimos anos, a televisão colorida, sempre com novas alternativas de em design e qualidade de som e imagem, virou eletrodoméstico de primeira necessidade até em cidadezinhas brasileiras perdidas no mapa. Todo mundo usa, mas pouca gente lembra que na última quinta-feira, dia 18, a televisão colorida completou 38 anos de existência no país. Só para recordar: a pioneira em transmissões coloridas foi a TV Difusora do Rio Grande do Sul que mostrou ao Brasil a anual Festa da Uva do Rio Grande. A transmissão foi difundida para todo o país pela Embratel e durou uma hora fazendo com que milhares de pessoas se aglomerassem nas portas de lojas de para conhecer a novidade. No Rio só existiam 200 aparelhos (importados dos Estados Unidos) capazes de receber a imagem colorida no dia da estréia. No começo, os profissionais de televisão não sabiam como agir e lembro que ao participar do júri do Programa Flávio Cavalcanti recebi expressas recomendações para não usar roupas escuras (preto e marrom nem pensar) porque a imagem poderia ficar borrada. Era uma nova complicação para uma televisão que, trazida por Assis Chateaubriand, já existia no Brasil desde o dia 18 de setembro de 1950. Em 1961, uma pesquisa revelou que o brasileiro era e é telemaníaco: na época o Brasil concentrava 15% dos aparelhos existentes nas Américas: 60% da América do Sul e 80% do Mercosul. O número de aparelhos atingia 95,1% de domicílios, alguns com mais de um aparelho (o que agora é comum), segundo dados do IBGE. Hoje são milhões (perto de 100) de aparelhos espalhados pelo Brasil. Calcula-se que no mínimo mais 5 milhões de aparelhos serão vendidos até a próxima Copa do Mundo. Fica combinado: televisão em preto e branco nesses tempos modernos só pode ser defeito no aparelho.
Façam o jogo: bingos podem reabrir esse ano
por Eli Halfoun
Os “órfãos” dos bingos, que não são poucos, podem se preparar para voltar a marcar suas cartelas. A reabertura desses “cassinos” modernos é só uma questão de tempo: em março o Congresso votará o projeto de lei que reabre esse tipo de casa de jogo e existe a certeza de aprovação já que o lobby dos donos de bingo é grande, rico e forte.
Joga quem quiser ou não tiver controle sobre o vício: os bingos (como o jogo de uma maneira geral) podem significar às vezes grandes perdas financeiras para alguns, mas também é uma fonte de empregos na contração de recepcionistas, garçons, porteiros, manobristas, cozinheiros e outros profissionais que ficaram “sem pai nem mãe” quando os bingos foram fechados. São mais ou menos como botequins: as bebidas ficam expostas nas prateleiras e toma um porre diário quem quiser. Nos bingos, as cartelas estão sempre à disposição e perde horas marcando os números “cantados” apenas quem tiver vontade de fazer isso. O jogo, incluindo os bingos, é garantia de empregos que, aliás, o Brasil anda precisando cada vez mais. Sempre que se fala em jogo (e a reabertura dos bingos vem sendo “trabalhada” não é de hoje) lembro que eu não tinha ainda nem 20 anos quando influenciado pela turma da redação que me ensinava muito no Ultima Hora fui parar pela primeira vez, no Jockey Club e também pela primeira vez apostei nas “patas dos cavalinhos”. Tinha recebido o salário e o perdi inteiro nas apostas (voltei a pé para casa do Jockey para Copacabana). Foi ótimo: nunca mais apostei nos cavalinhos ou em qualquer outro tipo de jogo e o jogo sempre esteve à minha disposição. É isso aí: joga quem quer e a reabertura dos bingos só fará mal aos que não souberem (ou conseguirem) se controlar.
Os “órfãos” dos bingos, que não são poucos, podem se preparar para voltar a marcar suas cartelas. A reabertura desses “cassinos” modernos é só uma questão de tempo: em março o Congresso votará o projeto de lei que reabre esse tipo de casa de jogo e existe a certeza de aprovação já que o lobby dos donos de bingo é grande, rico e forte.
Joga quem quiser ou não tiver controle sobre o vício: os bingos (como o jogo de uma maneira geral) podem significar às vezes grandes perdas financeiras para alguns, mas também é uma fonte de empregos na contração de recepcionistas, garçons, porteiros, manobristas, cozinheiros e outros profissionais que ficaram “sem pai nem mãe” quando os bingos foram fechados. São mais ou menos como botequins: as bebidas ficam expostas nas prateleiras e toma um porre diário quem quiser. Nos bingos, as cartelas estão sempre à disposição e perde horas marcando os números “cantados” apenas quem tiver vontade de fazer isso. O jogo, incluindo os bingos, é garantia de empregos que, aliás, o Brasil anda precisando cada vez mais. Sempre que se fala em jogo (e a reabertura dos bingos vem sendo “trabalhada” não é de hoje) lembro que eu não tinha ainda nem 20 anos quando influenciado pela turma da redação que me ensinava muito no Ultima Hora fui parar pela primeira vez, no Jockey Club e também pela primeira vez apostei nas “patas dos cavalinhos”. Tinha recebido o salário e o perdi inteiro nas apostas (voltei a pé para casa do Jockey para Copacabana). Foi ótimo: nunca mais apostei nos cavalinhos ou em qualquer outro tipo de jogo e o jogo sempre esteve à minha disposição. É isso aí: joga quem quer e a reabertura dos bingos só fará mal aos que não souberem (ou conseguirem) se controlar.
Já ouviu falar em "fazer o Rio"? É a nova tática das "celebridades" paulistas...
por JJcomunic
Sabe-se que celebridades ou candidatos à fama têm necessidade vital de aparecer, tanto quanto seres humanos normais precisam respirar. Muitos reclamam, às vezes, do "assédio" mas tudo não passa de jogo de cena. Se somem da mídia, procuram as colunas, lamentam que não são reconhecidos, anunciam projetos que nunca se realizam, contam que estão "formatando" um programa infantil ou, como já aconteceu, inventam "casos" e "romances" com astros internacionais. São criativos na estratégia para chamar atenção. Neste carnaval, em um camarote da passarela carioca onde não se ouvia sambas-enredo e que parecia estar a milhares de quilômetros dos desfiles das escolas, uma "celebridade" paulista contava que estava "viajando muito", tinha muitos contratos para fazer "presença vip" (aquela modalidade de marketing em que um "famoso" dá pinta em um evento em troca de cachê), chegou a pensar em descansar no carnaval mas acabou se decidindo a "fazer o Rio".
"Fazer o Rio" é a nova tática das "celebridades" paulistas. Já que não dá para caminhar na orla das marginais Pinheiro e Tietê nem ver o por-do sol na 25 de março fingindo que não está nem aí para os paparazzi, o jeito é pegar a ponte-aérea.
Funciona assim: o "famoso" que quer aparecer um pouco mais em colunas, sites ou revistas, se manda para o Rio, pergunta ao seu assessor de imprensa qual é a boa do momento, indaga onde estão os fotógrafos (alguns até contratam um para facilitar a operação-aparecer) e vai à luta. Encara o circuito Leblon, Barra, Praia da Reserva, Bailinho, Letras&Expressões, Dias Ferreira, vai à estréia teatral da vez, o show do momento, curte um ensaio da Grande Rio, passeia no calçadão, descola um convite boca-livre para o Londra, vai ao Fashion Mall... No dia seguinte, bomba nos sites e acaba, depois, em jornais e revistas. Não tem erro.
As chamadas "celebridades globais", que têm a sorte de já precisar circular na cidade, praticam o "fazer o Rio" naturalmente. Mas para apresentadores e elencos do SBT, Record, RedeTV, modelos em fim de carreira que querem descolar um programa, assistentes de palco que lutam para chamar atenção da Playboy ou da Sexy, ex-BBBs, ex-fazendeiros e promotores de eventos, "fazer o Rio" é uma questão de sobrevivência. Quem tem grana banca o "investimento". Quem não está muito abonado arruma uma promoção cinco-vezes-no-cartão na TAM ou na Gol. O importante é "fazer o Rio".
Sabe-se que celebridades ou candidatos à fama têm necessidade vital de aparecer, tanto quanto seres humanos normais precisam respirar. Muitos reclamam, às vezes, do "assédio" mas tudo não passa de jogo de cena. Se somem da mídia, procuram as colunas, lamentam que não são reconhecidos, anunciam projetos que nunca se realizam, contam que estão "formatando" um programa infantil ou, como já aconteceu, inventam "casos" e "romances" com astros internacionais. São criativos na estratégia para chamar atenção. Neste carnaval, em um camarote da passarela carioca onde não se ouvia sambas-enredo e que parecia estar a milhares de quilômetros dos desfiles das escolas, uma "celebridade" paulista contava que estava "viajando muito", tinha muitos contratos para fazer "presença vip" (aquela modalidade de marketing em que um "famoso" dá pinta em um evento em troca de cachê), chegou a pensar em descansar no carnaval mas acabou se decidindo a "fazer o Rio".
"Fazer o Rio" é a nova tática das "celebridades" paulistas. Já que não dá para caminhar na orla das marginais Pinheiro e Tietê nem ver o por-do sol na 25 de março fingindo que não está nem aí para os paparazzi, o jeito é pegar a ponte-aérea.
Funciona assim: o "famoso" que quer aparecer um pouco mais em colunas, sites ou revistas, se manda para o Rio, pergunta ao seu assessor de imprensa qual é a boa do momento, indaga onde estão os fotógrafos (alguns até contratam um para facilitar a operação-aparecer) e vai à luta. Encara o circuito Leblon, Barra, Praia da Reserva, Bailinho, Letras&Expressões, Dias Ferreira, vai à estréia teatral da vez, o show do momento, curte um ensaio da Grande Rio, passeia no calçadão, descola um convite boca-livre para o Londra, vai ao Fashion Mall... No dia seguinte, bomba nos sites e acaba, depois, em jornais e revistas. Não tem erro.
As chamadas "celebridades globais", que têm a sorte de já precisar circular na cidade, praticam o "fazer o Rio" naturalmente. Mas para apresentadores e elencos do SBT, Record, RedeTV, modelos em fim de carreira que querem descolar um programa, assistentes de palco que lutam para chamar atenção da Playboy ou da Sexy, ex-BBBs, ex-fazendeiros e promotores de eventos, "fazer o Rio" é uma questão de sobrevivência. Quem tem grana banca o "investimento". Quem não está muito abonado arruma uma promoção cinco-vezes-no-cartão na TAM ou na Gol. O importante é "fazer o Rio".
Roberto Carlos e Hebe juntos na avenida. Melhor esperar para ver
por Eli Halfoun
O carnaval não para e todo ano é assim: mal é divulgado o resultado do desfile começam as inevitáveis especulações em torno dos próximos temas de enredo. Geralmente ninguém acerta nada porque os carnavalescos levam meses para decidir estudando várias propostas e idéias que só são desenvolvidos com a aprovação da diretoria da escola. Por conta da especulação, há quem garanta que a Beija Flor deve homenagear os 50 anos de carreira de Roberto Carlos tema, aliás, que certamente está na cabeça de muitos carnavalescos que desconhecem as dificuldades que encontrarão para que RC libere sua imagem. Também na base da especulação, há os que garantam que o cantor Latino e a empresária e apresentadora Lucila Diniz, uma das donas do Grupo Pão de Açúcar, tentam a fazer A Grande Rio desenvolver seu enredo em torno da vida de Hebe Camargo. Até agora é só papo furado. Em relação a Hebe, a única coisa certa é a tentativa do SBT em conseguir autorização da Globo, que mantém há anos contrato de exclusividade com o cantor, permitindo que compareça ao programa especial que marcará a volta de Hebe à televisão no Dia Internacional da Mulher.
O carnaval não para e todo ano é assim: mal é divulgado o resultado do desfile começam as inevitáveis especulações em torno dos próximos temas de enredo. Geralmente ninguém acerta nada porque os carnavalescos levam meses para decidir estudando várias propostas e idéias que só são desenvolvidos com a aprovação da diretoria da escola. Por conta da especulação, há quem garanta que a Beija Flor deve homenagear os 50 anos de carreira de Roberto Carlos tema, aliás, que certamente está na cabeça de muitos carnavalescos que desconhecem as dificuldades que encontrarão para que RC libere sua imagem. Também na base da especulação, há os que garantam que o cantor Latino e a empresária e apresentadora Lucila Diniz, uma das donas do Grupo Pão de Açúcar, tentam a fazer A Grande Rio desenvolver seu enredo em torno da vida de Hebe Camargo. Até agora é só papo furado. Em relação a Hebe, a única coisa certa é a tentativa do SBT em conseguir autorização da Globo, que mantém há anos contrato de exclusividade com o cantor, permitindo que compareça ao programa especial que marcará a volta de Hebe à televisão no Dia Internacional da Mulher.
Festival de Berlim homenageia sua gente
por Eli Halfoun
Enquanto por aqui ainda se discute o rescaldo do último carnaval, os alemães vivem em ritmo de cinema com a realização da 60ª edição do Festival de Cinema de Berlim, que se estende (começou no último dia 11) até o próximo dia 21. Uma das novas atrações do Festival foi a inauguração da Calçada da Fama alemã que teve como primeira homenageada a atriz Marlene Dietrich, agora imortalizada em sua terra natal. A alemã Marlene era naturalizada americana e foi a diva de Hollywood na década de 30. Cinco membros das instituições cinematográficas alemãs foram os responsáveis pela indicação de Marlene Dietrich como primeira homenageada na calçada que celebrará também, entre outros, os cineastas Fritz Lang, e Billy Wilder, as atrizes Hanna Schyghulla e Romy Schneider e o ator Arnold Swarzenneger.
Enquanto por aqui ainda se discute o rescaldo do último carnaval, os alemães vivem em ritmo de cinema com a realização da 60ª edição do Festival de Cinema de Berlim, que se estende (começou no último dia 11) até o próximo dia 21. Uma das novas atrações do Festival foi a inauguração da Calçada da Fama alemã que teve como primeira homenageada a atriz Marlene Dietrich, agora imortalizada em sua terra natal. A alemã Marlene era naturalizada americana e foi a diva de Hollywood na década de 30. Cinco membros das instituições cinematográficas alemãs foram os responsáveis pela indicação de Marlene Dietrich como primeira homenageada na calçada que celebrará também, entre outros, os cineastas Fritz Lang, e Billy Wilder, as atrizes Hanna Schyghulla e Romy Schneider e o ator Arnold Swarzenneger.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Ato falho?
O Globo fez tantas matérias sobre banheiros químicos que ficou com o tema na cabeça e mandou na primeira página um "Unidos da Tiju...caganha...
Mole lex, sed lex
Deu no G1: a Justiça do Rio liberou um dos quatro acusados pelo assassinato do menino João Daniel, que foi cruelmente arrastado por 7km durante um assalto. O menor agora solto ao completar a maioridade cumpriu três anos de uma "medida socioeducativa". Parece mais um prêmio. Para a família de João Daniel, a dor não prescreve. As leis não apenas favorecem a impunidade mas fazem a apologia do crime. É a mole lex sed lex.
Unidos da Tijuca: uma vitória incontestável
por Eli Halfoun
A essa altura do campeonato tem muita gente dizendo que tinha certeza da vitória da Unidos da Tijuca no carnaval 2010. A Unidos da Tijuca sempre esteve entre as favoritas, mas em um título que é decidido por décimos é impossível apostar em uma única favorita. Não foi a primeira vez que a Unidos da Tijuca terminou o desfile como favorita: nos últimos anos a escola da Tijuca (a outra é o Salgueiro) tem feito desfiles deslumbrantes, mas só agora público, jornais (incluindo o Estandarte de Ouro de O Globo) tiveram enfim a mesma opinião. A vitória da Unidos da Tijuca é sem dúvida o reconhecimento maior à coragem de propor e experimentar o novo, de ousar e de acreditar no projeto que o renovador carnavalesco Paulo Barros tem mostrado todos os anos. Além de um merecido campeonato, a Unidos da Tijuca deixa para a história do carnaval a magia de sua comissão de frente que surpreendeu o púbico de todo o mundo, críticos e também os carnavalescos. A conquista da Unidos da Tijuca foi tão justa e merecida que ao contrário do que costuma acontecer nenhuma escola reclamou de nada. A Unidos da Tijuca foi aclamada pelo povo e pelo samba. Foi uma vitória incontestável.
Arnaud: a cidade certa até na hora do adeus
por Eli Halfoun
Meu amigo Esmeraldo, sempre atento, foi rápido no gatilho e homenageou Arnaud Rodrigues com um belo texto. Confesso que esperei passar o impacto que tive ao dar de cara com a notícia do adeus de Arnaud Rodrigues. Arnaud era uma pessoa humilde e simples. Jamais falava de si para reconhecer o valor de seu trabalho. Talvez não tivesse consciência de sua grandeza artística. Arnaud era um artista versátil e brilhante em tudo que se propunha fazer. Sua intenção maior era sempre a de criar textos e espetáculos com os quais pudesse ajudar os colegas. Lembro que uma noite em minha casa ele me falou, como sempre com humildade, de muitos planos artísticos, todos com a finalidade maior de agrupar artistas e amigos. Um dia cansou do Rio e mudou-se para Palmas, Tocantins. Até para viver (e morrer) teve o talento de escolher a cidade com o nome certo: Palmas que era como o público reconhecia seu talento. E é o que ele recebeu e mereceu. Continuará recebendo as palmas sempre.
Meu amigo Esmeraldo, sempre atento, foi rápido no gatilho e homenageou Arnaud Rodrigues com um belo texto. Confesso que esperei passar o impacto que tive ao dar de cara com a notícia do adeus de Arnaud Rodrigues. Arnaud era uma pessoa humilde e simples. Jamais falava de si para reconhecer o valor de seu trabalho. Talvez não tivesse consciência de sua grandeza artística. Arnaud era um artista versátil e brilhante em tudo que se propunha fazer. Sua intenção maior era sempre a de criar textos e espetáculos com os quais pudesse ajudar os colegas. Lembro que uma noite em minha casa ele me falou, como sempre com humildade, de muitos planos artísticos, todos com a finalidade maior de agrupar artistas e amigos. Um dia cansou do Rio e mudou-se para Palmas, Tocantins. Até para viver (e morrer) teve o talento de escolher a cidade com o nome certo: Palmas que era como o público reconhecia seu talento. E é o que ele recebeu e mereceu. Continuará recebendo as palmas sempre.
Números mostram que carnaval do Rio foi um sucesso
por Eli Halfoun
A procura de ingressos para o desfile (sábado, 20) das Campeãs (Rio) no Sambódromo é a maior dos últimos quinze anos, segundo a Riotur. Reflexo daquele que também foi um dos maiores, mais animados e tranquilos carnavais dos últimos anos. Alguns dados confirmam isso:
1) a Unidos da Tijuca teve uma vitória incontestável conquistando o título que não ganhava desde 1936;
2) foi o ano da explosão dos blocos e mais de 500 fizeram o carnaval de rua mais carioca e mais alegre dos últimos anos;
3) o tradicional Cordão do Bola Preta contabilizou mais de 1,5 milhões de foliões, ao contrário do que ocorria há dez anos quando apenas 100 mil foliões saíam com o bloco;
4) a ocupação dos hotéis foi de 94% (mais de 730 mil hospedes), dez por cento a mais do que em 2009;
5) a campanha contra os mijões para manter as ruas limpas foi quase bem sucedida: mais de 200 pessoas foram presas em flagrante urinando pelas ruas e só faltou manter mais limpos os banheiros químicos instalados em vários pontos da cidade;
5) Mais de 3 milhões de pessoas participaram do maior carnaval de rua da história do Rio. Esse número ultrapassou muito a previsão da Riotur. Agora é torcer para que os problemas constatados esse ano sejam corrigidos (o que não será difícil) para que 2011 ofereça ao povo uma festa ainda maior.
A procura de ingressos para o desfile (sábado, 20) das Campeãs (Rio) no Sambódromo é a maior dos últimos quinze anos, segundo a Riotur. Reflexo daquele que também foi um dos maiores, mais animados e tranquilos carnavais dos últimos anos. Alguns dados confirmam isso:
1) a Unidos da Tijuca teve uma vitória incontestável conquistando o título que não ganhava desde 1936;
2) foi o ano da explosão dos blocos e mais de 500 fizeram o carnaval de rua mais carioca e mais alegre dos últimos anos;
3) o tradicional Cordão do Bola Preta contabilizou mais de 1,5 milhões de foliões, ao contrário do que ocorria há dez anos quando apenas 100 mil foliões saíam com o bloco;
4) a ocupação dos hotéis foi de 94% (mais de 730 mil hospedes), dez por cento a mais do que em 2009;
5) a campanha contra os mijões para manter as ruas limpas foi quase bem sucedida: mais de 200 pessoas foram presas em flagrante urinando pelas ruas e só faltou manter mais limpos os banheiros químicos instalados em vários pontos da cidade;
5) Mais de 3 milhões de pessoas participaram do maior carnaval de rua da história do Rio. Esse número ultrapassou muito a previsão da Riotur. Agora é torcer para que os problemas constatados esse ano sejam corrigidos (o que não será difícil) para que 2011 ofereça ao povo uma festa ainda maior.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Arnaud Rodrigues fez rir um Brasil triste
Depois da temporada como cronista da F&F, o pernambucano reencontrou o sucesso na TV. Atuou nas novelas "Roque Santeiro" (1985), "Partido Alto" (1984), "Pão Pão, Beijo Beijo" (1983) e em alguns filmes ("A filha dos Trapalhões" (1984), "Os Trapalhões e o Mágico de Oroz" (1984). Recentemente, esteve no humorístico "A praça é nossa". Eu o reencontrei algumas vezes geralmente nos corredores da TV Globo. Ele fazia questão de agradecer sempre a acolhida que teve na revista. Naquele breve período de, digamos, vacas magras, Arnaud precisava ganhar dinheiro, claro, passou a fazer shows em qualquer cidade que o convocasse e lançou um LP solo no qual levava muita fé. Era o "Arnaud Rodrigues, o Descobrimento". Na capa, em lay-out de Mello Menezes, ilustrador que fez muitos trabalhos para a EleEla, lá estava ele de Pero Vaz de Caminha com um volante da loteria esportiva nas mãos. Enquanto escrevo, vejo este velho LP na estante aqui ao lado entre uma pilha de vinis sobreviventes. Quando lançou o disco, em 1980, ele foi à redação da F&F e me deu um exemplar com uma dedicatória: "Esmeraldo, por tudo que você tem feito por mim. Muito obrigado. E tente curtir este som". Bobagem, não fizemos nada pelo Arnaud. Vá em paz, amigo. Obrigado a você, que levou humor à revista e, mais do que isso, fez rir um Brasil triste naqueles pesados anos da ditadura.
A magia do Carnaval
por José Esmeraldo Gonçalves
A história do Carnaval carioca é rica e fascinante. Do entrudo às Grandes Sociedades, dos Clóvis aos bailes e aos banhos de mar à fantasia, dos blocos às Escolas de Samba, todas as autênticas manifestações de alegria na data ganharam forte cobertura das revistas movidas pelo apelo popular e interesse dos leitores. O Cruzeiro e, especialmente, a Manchete foram insuperáveis nesse quesito. Estava tudo lá: a grandiosidade das Escolas, a alegria dos blocos, a sofisticação dos bailes e a beleza incomum das cariocas. Quem, um dia, quiser ver a completa história visual do Carnaval do Rio de Janeiro nos últimos 58 anos pode ir ao arquivo fotográfico da extinta Bloch Editores. Ninguém cobriu com tanta precisão a evolução e as mudanças da maior festa popular do mundo (Alô, governador Sérgio Cabral, por falar nisso, que tal tentar adquirir em próximo leilão o extraordinário arquivo fotográfico da Bloch para o novo Museu da Imagem e do Som? E ainda leva o acervo do antigo Departamento de Pesquisa das revistas. A cidade agradece. Mas tem que ser logo, antes que cromos e negativos valiosíssimos para a história do Rio e do Brasil sejam corroídos pela umidade. Um alerta: nada contra, mas o acervo corre o risco de ir parar em São Paulo)..
Mas o recado deste post é outro: estão excelentes os dois cadernos especiais publicados ontem e hoje pelo O Globo, com a cobertura dos desfiles das Escolas. Ótimos textos, fotos expressivas, boas sacadas e análises precisas. Até os anos 70 e começo dos 80, coberturas de Carnaval como essas, assim com tanto espaço e mobilização de grandes equipes era coisa de revistas. Os jornais meio que torciam o nariz para a festa e reservavam ao tema uma edição quase formal. Havia até um certo preconceito contra as revistas, que vendiam milhares de exemplares e se esgotavam rapidamente nas bancas mas eram consideradas "apelativas" por "intelectuais" e editores de jornais "sérios". Mas esse tempo passou. Os jornalões há muito deixaram de remar contra a maré do povo e caíram no samba. Reproduzo aqui as duas páginas finais dos cadernos do Globo. Já viu tudo isso em algum lugar? Provavelmente, sim. A Fatos & Fotos era especialista nessas eternas e imbatíveis curvas das cariocas.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
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