por Eli Halfoun
Se depender da Dra. Célia Beatriz David, da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, essa história de que “é dos carecas que elas gostam mais” continuará sendo apenas uma marchinha de carnaval. Ela garante que embora o pêlo sirva a muitas finalidades, ele está “envolvido na comunicação sexual e social pela construção de adornos como a juba do leão ou a barba do macho humano”. Do ponto de vista antropológico, “o pêlo é visto pela magnífica exibição dos cabelos por muitas mulheres como auxílio cosmético”. Cada vez mais preocupados com a calvície, os homens (e também muitas mulheres) podem perder a esperança de recuperar naturalmente as vastas cabeleiras: ser careca é um problema genético que “está no receptor onde age o hormônio masculino”. Se a careca é inevitável é possível retardá-la corrigindo falhas das possíveis causas. Os especialistas recomendam o uso de bloqueadores à ação dos hormônios nos receptores dos folículos. Se a calvície já estiver instalada, os especialistas garantem que hoje pode ser realizado o transplante capilar, fio a fio, com técnicas muito apuradas “que levam o cabelo não geneticamente determinado para a queda para a área da calvície”. Também é possível transplantar 4000 fios em um único procedimento. Em aproximadamente três meses será notado o crescimento de cabelos novos “que não terão queda precoce por falência do folículo como na calvície”. Como a solução é complicada e cara só me resta comprar uma bela peruca. Com urgência.
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