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domingo, 1 de setembro de 2013

Uma nova realidade que está nascendo da esperança

por Eli Halfoun
São tantos os golpes (isso sem falar na corrupção) dos quais tomamos conhecimento ou nos tornamos vítimas que nos transformamos em um país de desconfiados. É preciso desconfiar sim, ou seja, não dá mais para ser ingênuo (ou burro) e confiar em todos. Desconfie da própria sombra porque até ela pode, se bobear, te passar a perna. É essa desconfiança que ainda faz com que muita gente não acredite de verdade na honestidade da arrecadação (uma arrecadação que, aliás, mostra o quanto os brasileiros são generosos e preocupados com o próximo). É verdade que já fomos vítimas de muitos desvios e falcatruas em ações beneficentes, mas é verdade também que há quem não acredite no “Criança Esperança” simplesmente porque é da TV Globo e ainda existem muitos telespectadores que acham que tudo na Globo é mentira e abominam a emissora, mesmo que lhe dêem a liderança disparada e absoluta de audiência.

O “Criança Esperança” está no ar faz 38 anos e convenhamos ninguém mantém um movimento social respeitado por tanto tempo se não estiver direcionando o dinheiro e a atenção ao destino certo e adequado. Não tenho dúvidas de que o “Criança Esperança” é muito mais do que uma perfeita ação social realizada nesse país de tantas enganações e mentiras. A financeiramente poderosa Rede Globo não precisa desviar o dinheiro de ninguém e convenhamos que se não fosse assim teia conquistado respeito e credibilidade sem colocar seu nome e trajetória em jogo por um dinheiro fácil e desonesto. Precisamos sim continuar desconfiando de movimentos sociais que prometem, mas não cumprem. O “Criança Esperança” está definitivamente fora dessa. É mais do que esperança apenas para o futuro de milhares de crianças. É a esperança de que possamos parar de desconfiar de tudo e de todos. O Brasil precisa deixar de ser um país só de esperança. É preciso e com urgência construir uma nova realidade. Como o “Criança Esperança” tem feito. (Eli Halfoun)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Memória da redação: aconteceu na...

por Eli Halfoun
Gérson, o “Canhotinha de Ouro”, protagonizou um episódio absurdo e engraçado ao mesmo tempo em um restaurante de Frankfurt. Gérson foi almoçar sozinho em um restaurante italiano e enquanto escolhia o prato no cardápio o proprietário (italiano, é claro) veio até a mesa em que o nosso craque estava e perguntou:
- Você é o Gérson
- Sou eu mesmo
- O Gérson que jogava no meio do campo?
- Exatamente
- Foi o senhor que fez aquele segundo gol do Brasil no jogo contra a Itália e que levou seu time à vitória?
Gerson respondeu afirmativamente esperando, como seria normal, uma homenagem qualquer, mas foi diferente. Enfurecido o dono do restaurante pediu que Gérson se retirasse e ainda ameaçou uns tapas.
Essa foi o próprio Gerson, com que tive o privilégio de atuar durante muito tempo em um programa de rádio (o “Apito Final” na Tupi), quem contou: para aperfeiçoar seu famoso passe de 40 metros Gérson treinava horas e sozinho tentando acertar a bola molhada e, portanto mais pesada (ele mesmo a encharcava) e um mini baliza colocada a 40 metros de distância. A bola pesada exigia maior precisão e foi assim que o nosso eterno craque fez famosa sua mais bela jogada repetida muitas e muitas vezes dentro em campo para desespero dos adversários.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Os truques da publicidade para deixar o branco mais branco

por Eli Halfoun
A propaganda costuma usar artifícios para enaltecer a qualidade do produto que tenta vender. É uma prática comum usada em vários comerciais de, por exemplo, sabão em pó. É comum, mas não é novidade: nos anos 60, o anúncio do sabão em pó Rinso afirmava em comercial feito para a televisão (ainda era em preto e branco) que lavava mais branco e fazia uma comparação com outra roupa. A ex garota-propaganda Dora Allegro, que está completando 70 anos de idade, revelou para Amaury Jr.: “Minha roupa era mais branca porque meu vestido era branco e o dela era amarelo”. Dora, que preferiu largar a carreira para dedicar-se à família (tem quatro filhas) conta também que para filmar o comercial do sabonete Lifebuoy que, aliás, está de volta ao mercado, tomou banhos e mais banhos: “Fiquei tantas horas no chuveiro que quase peguei uma pneumonia”. (Foto: Dora Allegro e filhas/Portal Amaury Jr./Reprodução).
Para saber mais, clique AQUI

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Adeus do Jornal do Brasil é o fim de uma vida

por Eli Halfoun
Infelizmente agora é pra valer: o empresário Nelson Tanure, dono da marca JB, informou oficialmente em entrevista a O Globo que a partir de 1 de setembro o Jornal do Brasil deixa de circular nas bancas para ter apenas uma versão na internet. É triste saber que um veículo de comunicação do porte do Jornal do Brasil, fundado em 1891, tenha sido engolido pelas dificuldades financeiras, como aconteceu recentemente com a Tribuna da Imprensa e certamente acontecerá com outros jornais que ainda lutam heroicamente para manter-se nas bancas. Ao Globo, Nelson Tanure disse que os leitores do jornal foram consultados sobre essa mudança que será concretizada ao longo de um mês. Nos próximos dias, os leitores serão informados sobre os detalhes. Com o novo formato virtual, o JB tirará das bancas, o que é lamentável, 17 mil jornais diários e 22 mil aos domingos. Agora o Sindicato dos Jornalistas quer saber da direção do jornal detalhes sobre a migração e de possíveis (eu diria inevitáveis) demissões de alguns (provavelmente a maioria) de seus hoje 180 funcionários que com um heróico esforço mantiveram o jornal circulando (e bem feito) durante todo o tempo de uma crise que se anuncia não é de agora. Ao longo dos meus mais de 40 anos de jornalismo acompanhei o fechamento (não aquele que coloca o jornal nas banca, mas o que acaba com ele) de muitos jornais (Ultima Hora, onde trabalhei muitos anos, Tribuna da Imprensa, estive até recentemente, Correio da Manhã, Bloch Editores, onde editei revistas por mais de 18 anos. Foram sentimentos de perda, de luto. O fim do histórico JB me deixa de luto outra vez. Não só eu, mas o jornalismo que mais do que uma profissão é para a maioria dos profissionais, uma verdadeira missão e uma grande paixão. Para nós, profissionais, jornal não é apenas um amontoado de papel com notícias. É uma vida.Mais uma que se vai,

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Leda Nagle: um show de entrevistas agradáveis e sem censura

por Eli Halfoun
Desde que optei (bota ano nisso) pela carreira jornalística, ouço dizer que “não existe entrevistado ruim, mas sim entrevistador incompetente”, o que é a mais absoluta verdade já que só um bom entrevistador consegue arrancar mais do que um "sim", um "não" ou um "pois é" do mais monossilábico entrevistado. Aprendi também que programas de entrevistas são os mais fáceis e baratos de produzir na televisão, o que justifica a quantidade de bate-papos em todas as emissoras. Um programa de entrevistas depende muito mais de quem faz as entrevistas do que quem é o entrevistado. Temos bons entrevistadores, mas poucos se igualam à capacidade profissional de Leda Nagle no comando do “Sem Censura” na TV Brasil (Educativa). O que faz de Leda aquela que é, em minha opinião, a melhor entrevistadora da televisão é o fato de ser bem informada, extremamente educada ( educação que não lhe permite nenhum tipo de agressividade gratuita só para “esquentar” a entrevista e que faz com que deixe o entrevistado falar que, afinal, é para isso que foi convidado. O resultado é que Leda Nagle transformou o “Sem Censura” no melhor e mais variado programa de entrevistas da televisão. E por conta da sempre perfeita presença de Leda, o mais agradável de ver e ouvir com fundamental atenção.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Irene Ravache e Francisco Cuoco: uma dupla inesquecível em “Passione”

por Eli Halfoun
Ao longo da história da televisão, as novelas nos têm mostrado que nem sempre os destaques são dos protagonistas, também qualificados como “primeiros papeis”. Os personagens coadjuvantes acabam tomando conta do pedaço como foi, só para citar exemplo recente, o caso de Alinne Morais em “Viver a Vida”. Agora é a sempre excelente Irene Ravache quem rouba a cena na novela “Passione”. Com a engraçada Clotilde, Irene garante, com uma excepcional interpretação cômica, os melhores e mais divertidos momentos da novela de Sylvio de Abreu que, aliás, não esconde a intenção de aumentar a participação de Irene, formando uma imbatível dupla com Francisco Cuoco. Conheço Irene Ravache desde os tempos em que, no início da carreira, iluminava o palco dos shows assinados por Carlos Machado. A presença de Irene sempre foi impetuosa, perfeita e marcante. Como está sendo agora em “Passione”. Não se pode deixar de perceber também o bom trabalho de Francisco Cuoco, que também acompanho desde o início da carreira e que sempre foi competente em tudo que fez e é uma das pessoas mais simples, gentis e educadas que conheci. Essa dupla fantástica merece todo destaque na novela e quem sabe também – por que não? - – uma nova comédia na programação da Globo. Irene e Cuoco mostram uma vez mais que talento também se aperfeiçoa com a idade, que, aliás, não é empecilho para nada. (Foto: Divulgação/TV Globo)

terça-feira, 15 de junho de 2010

“Recados da bola” revela novos segredos dos maiores craques brasileiros

por Eli Halfoun
Em tempo de Copa do Mundo, tudo o que diz respeito ao futebol ganha maior interesse e o nosso mais popular esporte reescreve sua história. No livro “Recados da Bola”, que acaba de ser lançado pela editora CosacNaify, é possível ter um ótimo encontro com alguns de nossos maiores craques. Doze mestres do futebol (Sócrates, Rivelino, Barbosa, Nilton Santos, Didi, Zito, Djalma Santos, Zizinho, Ademir Menezes, Domingos da Guia e Bellini formam o escrete do livro com bate papos que foram comandados pelos jornalistas Jorge Vasconcelos e Claudioney Ferreira, os mesmos que em 1994 fizeram a série “Brasil um século (1894-1 994) de futebol”, que foi transmitida pela BBC de Londres. Agora em “Recados da Bola”, que também é fartamente ilustrado, os depoimentos inéditos que revelam entre outras coisas, como Didi inventou a 'folha seca", porquê Zizinho preferia passar a bola do que chutar em gol, além de revelações dos bastidores da final Brasil X Uruguai na Copa de 1950, como Jair da Rosa Pinto ensinou Pelé a se defender dos zagueiros, a adaptação do paulista Rivelino no futebol carioca e as aventuras italianas de Sócrates. Como se vê, o futebol é uma história interminável sempre repleta de novidades e emoção.

sábado, 8 de maio de 2010

Use a imaginação. Ajude a criar o final de “Viver a Vida”

por Eli Halfoun
Os folhetins têm sempre as mesmas características, uma espécie de receita que não costuma falhar. Amores quase proibidos e problemáticos, um vilão, o mocinho bonzinho, a mãe, amiga, irmã ou tia megera e pronto: junte tudo isso e estará pronta a quase infalível receita de uma novela para a qual cada autor coloca a sua pessoal pitadinha de tempero e talento. As tramas praticamente se repetem no vídeo e fora dele quando um folhetim está chegando ao final. É nessa fase que surgem muitas especulações em torno do destino dos principais personagens e embora os autores afirmem que o segredo do final será mantido até o último capítulo fica sempre a impressão de que os próprios autores se encarregam de espalhar possíveis finais apenas para conquistar espaço na mídia. Espaço que sem dúvida que aumenta a curiosidade dos telespectadores e em conseqüência a audiência. Viver a Vida não escapa dessa rotina: Manoel Carlos, o autor, garante que ainda não decidiu o final, o que pode até ser verdade, se levarmos em conta que novela é uma obra aberta e pesquisas para saber o que o público quer no final influenciam muito no texto definitivo do autor. Mesmo assim, os finais rolam de boca em boca e acabam virando uma espécie de verdade. Para Viver a Vida alguns finais ganham destaque nos bastidores. Anote:

1) Teresa e Marcos terminam juntos;

2) Marcos é o pai do filho de Dora e Maradona sempre soube disso porque sempre soube também que é estéril;
3) Luciana e Miguel terão filhos gêmeos, mostrando que cadeira de rodas não é impedimento para formar uma família feliz;

4) Bene será morto em uma emboscada na favela e Sandrinha voltará para Búzios, onde viverá saudosa, mas feliz ao lado da mãe.
Não há como afirmar que isso irá mesmo acontecer, mas tudo leva a crer que sim. Final de novela é complicado também para a imprensa. Lembro que quando fui impedido de publicar o final das novelas criei no jornal Ultima Hora e na revista Amiga um jogo de múltipla escolha na base do marque com um X o final da novela. Havia sempre três alternativas e uma era a verdadeira. Faça isso agora: use sua imaginação seja o autor, crie outras alternativas e junte com as que estão aqui. Depois marque com um X a que você achar a verdadeira. Dificilmente vai errar. Até porque o final de qualquer novela está na cara desde o início. Basta prestar atenção.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Midlin fez da vida uma biblioteca. Ele partiu. Seus livros ficarão para sempre. Como ele queria

por Eli Halfoun
Como os mais de 38 mil livros que reuniu durante 80 anos, José Midlin deveria ficar para sempre em uma estante especial ao lado de obras raras, como ele, para ser consultado por quem busca sabedoria através da literatura. Midlin, que morreu, aos 95 anos, ontem, em São Paulo, foi o mais importante bibliófilo que o Brasil conheceu.  O acervo que deixou terá a finalidade na qual sempre acreditou: passará de mão em mão e levará a muiitos conhecimento e arte. A coleção reunida por ele estará disponível na biblioteca da Universidade de São Paulo que os recebeu como doação em 2009. Midlin era um apaixonado por literatura e sempre quis que seus livros pudessem ser de todos. Dizia com sabedoria: “Nunca me considerei o dono desta biblioteca. Sou apenas o guardião destes livros que são um bem público.”
A biblioteca era sua casa onde viveu como sempre gostou: cercado dos livros que começou a colecionar aos 13 anos de idade já com sabedoria literária: o primeiro livro da coleção foi “Discours sur Histoire Universelle”, escrito em 1740 por Jacques-Benigne Bossuel. O livro faz parte da história da literatura mundial na qual Midlin merece um capítulo especial. Afinal, ninguém valorizou tantos os livros e, portanto, a vida literária quanto ele.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

É hora de acabar com a "desmemória" assassina do Brasil

por Eli Halfoun
O nascimento de Valentina, sua primeira bisneta, tem ocupado a atenção do craque escritor e jornalista Renato Sergio, mas não o afasta do trabalho e do prazer de escrever (e escrever bem). Renato concluiu mais um livro para a Coleção Aplauso: depois de ter escrito sobre o ator Mauro Mendonça, vem aí com um livro sobre a vida e obra de Bráulio Pedroso que com “Beto Rockfeller” e “O Rebu” mudou as novelas no Brasil, que hoje produz sem dúvida as melhores do mundo. Para a também jornalista Ana Ramalho Renato disse: “Bráulio foi uma voz contestadora que se calou há 20 anos e que precisa ser lembrada para não se transformar em mais uma vítima dessa assassina “desmemoria” nacional”. Ele e muitos outros que o Brasil insiste em esquecer.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Unidos da Tijuca: uma vitória incontestável


por Eli Halfoun
A essa altura do campeonato tem muita gente dizendo que tinha certeza da vitória da Unidos da Tijuca no carnaval 2010. A Unidos da Tijuca sempre esteve entre as favoritas, mas em um título que é decidido por décimos é impossível apostar em uma única favorita. Não foi a primeira vez que a Unidos da Tijuca terminou o desfile como favorita: nos últimos anos a escola da Tijuca (a outra é o Salgueiro) tem feito desfiles deslumbrantes, mas só agora público, jornais (incluindo o Estandarte de Ouro de O Globo) tiveram enfim a mesma opinião. A vitória da Unidos da Tijuca é sem dúvida o reconhecimento maior à coragem de propor e experimentar o novo, de ousar e de acreditar no projeto que o renovador carnavalesco Paulo Barros tem mostrado todos os anos. Além de um merecido campeonato, a Unidos da Tijuca deixa para a história do carnaval a magia de sua comissão de frente que surpreendeu o púbico de todo o mundo, críticos e também os carnavalescos. A conquista da Unidos da Tijuca foi tão justa e merecida que ao contrário do que costuma acontecer nenhuma escola reclamou de nada. A Unidos da Tijuca foi aclamada pelo povo e pelo samba. Foi uma vitória incontestável.