por Eli Halfoun
Meu amigo Esmeraldo, sempre atento, foi rápido no gatilho e homenageou Arnaud Rodrigues com um belo texto. Confesso que esperei passar o impacto que tive ao dar de cara com a notícia do adeus de Arnaud Rodrigues. Arnaud era uma pessoa humilde e simples. Jamais falava de si para reconhecer o valor de seu trabalho. Talvez não tivesse consciência de sua grandeza artística. Arnaud era um artista versátil e brilhante em tudo que se propunha fazer. Sua intenção maior era sempre a de criar textos e espetáculos com os quais pudesse ajudar os colegas. Lembro que uma noite em minha casa ele me falou, como sempre com humildade, de muitos planos artísticos, todos com a finalidade maior de agrupar artistas e amigos. Um dia cansou do Rio e mudou-se para Palmas, Tocantins. Até para viver (e morrer) teve o talento de escolher a cidade com o nome certo: Palmas que era como o público reconhecia seu talento. E é o que ele recebeu e mereceu. Continuará recebendo as palmas sempre.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Arnaud Rodrigues fez rir um Brasil triste
Depois da temporada como cronista da F&F, o pernambucano reencontrou o sucesso na TV. Atuou nas novelas "Roque Santeiro" (1985), "Partido Alto" (1984), "Pão Pão, Beijo Beijo" (1983) e em alguns filmes ("A filha dos Trapalhões" (1984), "Os Trapalhões e o Mágico de Oroz" (1984). Recentemente, esteve no humorístico "A praça é nossa". Eu o reencontrei algumas vezes geralmente nos corredores da TV Globo. Ele fazia questão de agradecer sempre a acolhida que teve na revista. Naquele breve período de, digamos, vacas magras, Arnaud precisava ganhar dinheiro, claro, passou a fazer shows em qualquer cidade que o convocasse e lançou um LP solo no qual levava muita fé. Era o "Arnaud Rodrigues, o Descobrimento". Na capa, em lay-out de Mello Menezes, ilustrador que fez muitos trabalhos para a EleEla, lá estava ele de Pero Vaz de Caminha com um volante da loteria esportiva nas mãos. Enquanto escrevo, vejo este velho LP na estante aqui ao lado entre uma pilha de vinis sobreviventes. Quando lançou o disco, em 1980, ele foi à redação da F&F e me deu um exemplar com uma dedicatória: "Esmeraldo, por tudo que você tem feito por mim. Muito obrigado. E tente curtir este som". Bobagem, não fizemos nada pelo Arnaud. Vá em paz, amigo. Obrigado a você, que levou humor à revista e, mais do que isso, fez rir um Brasil triste naqueles pesados anos da ditadura.
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