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Foto Democratic. org
Joe Biden e Kamala Harris eleitos!. Os Estados Unidos dão um basta na chamada era Trump.
O magnata tresloucado não aceita a derrota, atitude já esperada, e anuncia a tentativa de golpe jurídico para permanecer na Casa Branca.
O país viverá dias tensos.
O desespero e o discurso de Trump alegando fraude se espalham entre seus apoiadores, muitos deles ostensivamente armados com fuzis.
Nos próximos dias, a democracia vai ser testada, como jamais aconteceu na história dos Estados Unidos.
O jornalismo profissional criou defesas contra o fenômeno neofascista das fake news. É a checagem de cada mentira que circula nas redes sociais. Políticos como Trump e Bolsonaro dão seguidas mostras de que isso não basta. Na cara de pau, ambos usam a mídia profissional para espalhar notícias falsas. Na última quinta-feira, Donald Trump fez o mais vergonhoso discurso já pronunciado por um candidato. Sem apresentar qualquer prova, afirmou que venceria facilmente se fossem contabilizados apenas os" votos legais" e que, se fossem incluídos os "votos ilegais", os democratas "roubariam a eleição". Diante da acusação infundada, as redes NBC, MSNBC e ABC imediatamente interromperam a transmissão do discurso, na verdade uma peça de fake news, por considerarem que o conteúdo favorecia a desinformação. O fato provoca debates entre jornalistas. Há quem apoie a decisão das redes e defenda que se torne norma ética, há quem critique e, uma terceira opinião advoga que as emissoras devem permitir que o indivíduo minta e, em seguida, devem desmascarar a mentira para os telespectadores. Assim como Goebbels usava o rádio para difundir as mentiras nazistas, a ultradireita também não tem qualquer pudor em distorcer os fatos nas redes sociais, em nome da ideologia. Do neofascismo, na prática. O problema é quando fazem isso em meios de comunicação legítimos. Devem os veículos servirem de plataforma para a ascensão no neofascismo? Quando toma posição, a grande mídia norte-americana (e aí se destacam os jornais Washington Post e New York Times, especialmente) está alguns degraus acima do seu equivalente no Brasil. Aqui, aplica-se o dogma nem sempre oportuno de "ouvir os dois lados", seja lá o que for. Também não se contesta a mentira no ato. Bolsonaro, por exemplo, diz o que quer e qualquer fake news que ele espalhe é respeitada como a "opinião" do presidente. Diante do uso massivo das redes sociais como instrumento de pregação antidemocrática, torna-se válido que a mídia profissional não dê espaço para o neofascismo. NBC, ABC e MSNBC deram uma lição ao mundo.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) foi criada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, depois da Segunda Guerra. O objetivo era implantar um muro continental ideológico contra o "esquerdismo". No cenário internacional, a geringonça tem mais irrelevância do que consequência. Mais de 70 anos depois de fundada continua como uma franchise de Washington. Por isso, ao viajar para "observar" as eleições norte-americanas, a OEA fez apenas o papel que lhe cabe: o do ridículo. Em pouco mais de 24 horas, os "observadores" conseguiram "observar'" que estava tudo bem. Não saiu uma linha sequer nos jornais americanos sobre as "observações' da delegação. Se tivessem optado por dar uma passada na Disney e posar com o Pateta poderiam auferir pelo menos uma notinha em um tabloide cucaracha de Orlando.
A OEA não entende de eleições, é mais ativa em referendar golpes, como os que assolam as Américas do Sul e Central.
A piada: ao se apresentar em uma seção eleitoral, a delegação devidamente engravatada e de cabelo gomalinado informou aos mesários que estava ali para "observar" se a coisa ia bem. "OEA, what?", espantou-se o voluntário enquanto folheava um maço de cédulas eleitorais.
Uma capa que provoca reflexão. A ascensão da direita neonazista e a Covid-19 levam o mundo a dar um freio de arrumação: o capitalismo tem que ser reinventado. Não dá para ignorar mais temas como a desigualdade, o racismo, o meio ambiente, a fome, a redistribuição de renda, resgatar a dignidade do emprego... É isso ou a barbárie no poder em poucas décadas.
No auge do sucesso da série 007, o ator deu pelo menos duas entrevistas a Justino Martins, exclusivas para a Manchete. Uma nos estúdios da Pinewood, a 30km de Londres, e outra em Cannes.
Em 1965, quando filmava no Caribe "007 Contra a Chantagem Atômica", Sean Connery enviou para a Manchete fotos das filmagens, entre as quais as duas acima reproduzidas: quando se preparava para uma cena de mergulho e em um momento de sorte grande, talvez até de glória, ao tirar um espinho do pezinho da Claudine Auger.
O portador do material foi Adolfo Celli, o ator e diretor italiano que morou no Brasil, dirigiu o Teatro Brasileiro de Comédia, participou da Companhia Cinematográfica Vera Cruz e foi casado com a atriz Tonia Carrero.
Junto com as fotos, Sean Connery mandou um bilhete para Justino no qual elogiava a revista e prometia vir ao Brasil um dia. Promessa que, infelizmente, não se realizou. O 007 até veio ao Rio de Janeiro, mas já interpretado pelo ator Roger Moore que, em 1979, passou duas semanas na cidade filmando '007 Contra o Foguete da Morte.
Novembro de 1965: O segundo filme dos Beatles, Help, estreava no Rio e eu estreava na Manchete. Depois de uma tranquila carreira na Gazeta do Povo, iniciada aos 16 anos na minha Curitiba natal, e de dois vitoriosos anos no Centre de Formation des Journalistes em Paris e três anos no Serviço Brasileiro da BBC em Londres, eu me via na estaca zero da profissão e num outro país: o Brasil da ditadura militar. Nada mais hostil a mim, descendente de velhos anarquistas italianos.
Na Manchete, um estranho no ninho, fui encaixado na categoria de repórter especial porque falava várias línguas. Mas nada disso importava. Naquela casa de loucos, a ordem era o caos. Foi assim que, à hora do almoço num dia do fechamento da revista, recebi a incumbência de entrevistar Roberto Carlos sobre o novo filme dos Beatles. Como chegar ao Rei, que começava a se tornar uma figura inacessível? Naquele justo momento ele estava gravando seu programa na Rádio Guanabara, num arranha-céu da Cinelândia ao lado do Teatro Municipal. Tive de romper a barreira de uma turba de tietes (já não as chamavam mais de macacas de auditório) até chegar ao Rei. Ao contrário do que eu temia – e com uma simplicidade plebeia – topou me acompanhar até o Cine Bruni, na Praia do Flamengo, onde passava Help. Erasmo Carlos, seu parceiro no programa Jovem Guarda, da Record, que estreou em agosto daquele ano, também tripulava o conversível. A tarimbada fotógrafa Eveline Muskat sabia que tipo de imagem emplacava página dupla na revista e ordenou a RC que ficasse de pé no seu carrão conversível, com os braços abertos para a marquise ao fundo da foto com as letras garrafais HELP • SOCORRO • OS BEATLES.
Agora era só voltar à redação e “bater” a matéria na velha Remington. Tarefa aparentemente fácil, se não envolvesse os novos deuses da canção, no caso o Rei em pessoa. Pouco tempo depois, Chico Buarque estourava com A Banda e a Manchete encomendou um perfil literário do jovem “cantautor” ao poeta Ledo Ivo, renomado tradutor de Rimbaud (autor de Le Bateau Ivre, que os invejosos da redação chamavam de Le Bateau Ivo.).
Inseri o nome do Ledo Ivo porque ele é praticamente o personagem principal dessa história. Repórteres de elite como ele e outro poeta, Homero Homem, costumavam chegar à redação por volta das onze horas, tomar uns cafezinhos, jogar conversa fora e subir para o almoço no oitavo andar às treze horas. Não havia ar condicionado em Frei Caneca e ventiladores com pás enormes como hélices de avião, tentavam em vão aliviar o calor. Ao chegar, os jornalistas imediatamente se desfaziam dos seus paletós, que colocavam em cabides num closet à entrada da redação, Quando parti esbaforido atrás de Roberto Carlos, peguei às pressas meu paletó de tropical cinza e o vesti atabalhoadamente enquanto embarcava no carro da reportagem que nos levaria na caça ao Rei. Só nos corredores da Rádio Guanabara, ao levar a mão ao bolso em busca do meu caderninho de notas, me dei conta de que tinha pegado o paletó errado. O tropical cinza superpitex ejetou uma polpuda e surrada carteira de couro preta, com todos os documentos, dinheiros, talões de cheque e fotos de família a que tinha direito. Numa das fotos, Ledo e Leda, o casal. Apavorei.
Ô cara azarado! Eu tinha de pegar logo o paletó do Ledo Ivo! Alagoano com fama de mau de humor e bom de peixeira, autor do romance Ninho de cobras... Aquela gafe certamente iria dar pano pra manga no meio jornalístico, entraria sem dúvida para o anedotário dos focas.
De volta à redação, senti um sopro de esperança: os comensais ainda não haviam voltado. Adolpho Bloch caprichava nas suas cozinhas e dizia que “a Manchete era um grande restaurante que, por acaso, imprimia revistas...” Recoloquei cuidadosamente o paletó da discórdia no seu cabide e respirei aliviado. Ledo Ivo entrou para a Academia Brasileira de Letras – seu grande sonho – na sua 9ª tentativa, em 1986. Imortal, morreu em Sevilha aos 88 anos, em 2012, sem nunca ter chegado a saber das aventuras em que o seu paletó havia se metido meio século antes naquela conturbada hora do almoço em Frei Caneca.
Um leitor do Intercept teve a curiosidade de procurar no sistema de acesso à informação do governo federal uma cópia do plano nacional para enfrentar os efeitos econômicos e sanitários da Covid-19. Durante quatro meses buscou qualquer indício de um planejamento sério para enfrentar uma das piores tragédias da humanidade. Ao fim da saga, recebeu do governo federal uma resposta lacônica porém sincera:
"Em que pese as justificativas outrora formuladas, cumpre elucidar que não há especificamente um 'plano nacional utilizado para tratamento dos efeitos econômicos e sanitários causados pela pandemia' para que dele seja fornecida cópia".
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO INTERCEPT BRASIL AQUI
Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York, aliado e um dos advogados de Donald Trump protagoniza uma cena comprometedora em Borat 2, o novo filme do comediante Sasha Baron.
Na sequência reproduzida acima, a atriz Maria Bakalova interpreta o papel de Tutar, filha do Borat. Ela finge ser repórter de um veículo conservador e pede uma entrevista ao advogado e conselheiro de Trump. No começo da "entrevista", Bakalova oferece um drinque a Giuliani e os dois vão para uma suíte já equipada com câmeras onde a conversa prossegue.
De saia curta e pernas cruzadas, a "jornalista" tem toda a atenção do "entrevistado".
O clima vai se descontraindo, o operador deixa suite e Giuliani, sem saber das outras câmeras instaladas no ambiente, parece ficar mais à vontade. Deve ter pensado: "papai tá on, é hoje que eu vou me dar bem". Assim como quem não quer nada, dá uma passadinha de mão na Bakalova, que tem 24 anos, mas aparente bem menos. No frame seguinte, sabe-se lá porque, Giuliani se reclina na cama, mete a mão nas calças e dá uma ajeitada no "trump" que aparentemente pende desconfortável na cueca. Com a temperatura subindo na suíte, Borat, que estava escondido na suíte o tempo todo, entra de repente e "adverte" o político. "Ela tem 15 anos! É muito velha para você!", diz, diante de um Rudy Giuliani estupefato. Ou, talvez, frustrado. O ex-prefeito não reconheceu o ator na hora e chegou a acionar a polícia achando que era um assalto.
O caso ganhou destaque nas redes sociais. Trump disse que não achou engraçado. Giuliani jura que meteu a mão a cueca apenas para procurar o microfone. Não comentou a mão boba na "repórter". E disse que não fez nada de errado.
A maioria dos países da Américas do Sul e Central é politicamente coreografada por Washington. É como se fosse uma trágica chorus line comandada pelo Departamento de Estado. Da Segunda Guerra Mundial para cá, principalmente, a intervenção vem em ondas semelhantes que se espalham pelo continentes.
Vejamos: tivemos a onda dos golpes militares com a instalação de ditaduras sangrentas. Nicarágua, Brasil, República Dominicana, Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Peru, Chile... o mesmo modelo autoritário - com militares e torturadores treinados pelos americanos - foi imposto a esses países e, série.
Quando se tornou impossível manter a liga de ditadores, até por causa da reação da opinião pública nos Estados Unidos, vieram as instruções políticas. Uma delas, a implantação do segundo turno nas eleições presidenciais, como uma forma de impedir ou retardar ao máximo a vitória de candidatos da esquerda e facilitar coligações da direita. Com o tempo, esse modelo intervencionista se esgotou. Candidatos fora do figurino conservador conseguiram a difícil maioria. A onda seguinte foi o golpe "institucional" mascarado por decisões do Legislativo e Judiciário de vários países. Em vez de levar militares para treinamento, como nas décadas de 1970 e 1980, os Estados Unidos conduziram levas de juízes e procuradores para fazer estágios e receber instruções de autoridades americanas. A estratégia para mobilizar a opinião pública? O alegado combate à corrupção, com foco dirigido e poupando as forças políticas corruptas aliada que aliás, permaneceram roubando nos pós-golpes nesses países (os desvos de milhões em verbas para combater a Covid-19 são exemplares nesse sentido). A nova temporada de golpes sob aparência legal atingiu Honduras, Equador, Paraguai e novamente o Brasil, com forte apoio das mídias conservadoras desses países. A esse estilo de golpismo do novo milênio acrescente-se agora o sistema de manipulação das redes sociais, de mentiras, de "narrativas, de impulsionamento massivo de fake news inaugurado pela eleição de Donald Trump e ascensão da direita radical e neofascista. Tal modelo foi adotado no Brasil por Bolsonaro e suas milícias para a ascensão do neofascismo. A balança da história parece pesar para o início de uma recuperação dos valores democráticos no continente simbolizado pelas eleições na Argentina, na Bolívia e pelo plebiscito que enterra a constituição herdada da ditadura assassina e corrupta de Pinochet.
O escritor e dramaturgo, que naquele mesmo ano chamou Pelé de "rei" pela primeira ver, pisou na bola ao comentar a atuação de Pelé no jogo contra País de Gales, quando o caçula da seleção fez o gol que classificou o Brasil para as quartas-de-final. E tudo por causa de um "mas". Veja o trecho. "E pergunto: como esquecer que foi Pelé, um garoto de cor, dos seus 17 anos, quem nos arrancou. ontem, da nossa agonia e de nossa morte?"Garoto de cor", disse eu. Mas um tipo racionalmente nobre, como Didi, por exemplo. Pelé em ação, dentro do campo, tem, na sua corrida, a cadência de certos cavalos de charrete, com perdão da imagem".
Mesmo sem a intenção de ofender - ao contrário, a crônica é uma exaltação a Pelé - Nelson usa o eufemismo "garoto de cor" e ainda emprega a infeliz conjunção adversativa mas. Com isso, da frase entende-se que Pelé é preto mas é racionalmente nobre.
Hoje, uma crônica dessas agitaria as redes sociais.
Ainda bem.
A Manchete Esportiva cobriu os momentos iniciais da carreira de Pelé. O arquivo desaparecido da Bloch guardava imagens valiosas dos primeiros gols do craque, ainda reserva no Santos, em jogos contra times cariocas.
Ele tinha apenas 16 anos quando a revista começava a chamá-lo de craque e publicava fotos de alguns dos seus gols no Maracanã. A reprodução acima é a primeira matéria dedicada integralmente ao jogador. Uma página apenas, das milhares que o focalizariam nas revistas Manchete, Fatos & Fotos e na própria Manchete Esportiva.
O repórter José Carlos Stabel conta na matéria uma história curiosa. Pelé, que a revista ainda grafava como Pelê, tentou a sorte em vários clubes antes de chegar ao Santos. Um desses clubes foi o Palmeiras que lhe deu permissão para treinar no Parque Antártica. O então técnico, Aimoré Moreira, que depois se tornaria um dos admiradores do menino, não estava presente: treinava no Pacaembu a seleção paulista. Coube a um diretor que a história não registra o nome ver e não gostar do que viu. Ao fim do treino, mandou Pelé embora. Antes entregou ao garoto uma nota de 20 cruzeiros para a passagem (hoje, valeria centavos). Valdemar de Brito, que descobrira o jogador ao vê-lo em uma pelada em Bauru, resolveu então levá-lo para o Santos. Na Vila Belmiro, o treinador Lula não precisou de muito tempo para recomendar a contratação de Pelé. Um ano depois, impressionando estádios, ele ganhava 6 mil cruzeiros por mês. "Eu sabia que um dia acabaria acertando num clube", disse Pelé à Manchete Esportiva. O resto da história é... História.
Do Reprodução/Estadão. Clique na imagem para ampliar
por Ed Sá
A imprensa internacional deixou a cueca de lado e deu o nome ao nome: nádegas.
A mídia brasileira, mais pudica, fica corada com palavras que imagina não serem pronunciadas nas salas de visitas dos "homens de bem" e adotou a forma que não embaraça os (as) comentarista: cueca. É o assunto da crônica do Veríssimo.
Bastaram alguns dias passados do instantes que em a PF recolheu da bunda congressual as cédulas contaminadas por coliformes fecais para o Brasil ver que o senador Chico tem o lombo largo e obteve apoio institucional.
Durante dois dias e noite, próceres do Senado Federal e do STF dialogaram sobre como aliviar o imbroglio nacional. Finalmente, foi feito o que pode ser chamado de Acordão das Nádegas, como certamente constará dos anais de ambas as Casas.
O Chico das Nádegas tira uma licença, a Comissão de Ética do Senado permanece congelada, o filhão do senador, que por acaso é suplente do "paipai" assume a cadeira.
E vida que segue na pátria amada, até cuecas, nádegas, sovacos, virilhas e outras dobraduras e orifícios voltem ao noticiário. Quando, não se sabe. Mas que virão é certo.
Da Folha, hoje. Delfim Neto, ministro da Fazenda na ditadura, foi acusado de manipular índices e preços para disfarçar a inflação que avançava. A trama da época parece brincadeira de criança diante do que é feito atualmente. Para não ter que a toda hora maquiar a inflação, os economistas criaram a cesta de produtos que servem de base para calcular a desvalorizão da moeda. Com isso, a manipulação do Delfim foi na prática institucionalizada. A carne subiu demais? Tira da cesta. O óleo de soja disparou? Sai pra lá. O gás de cozinha está nas alturas? Esquece. Por isso, o atual índice da inflação mensal está muito longe de ser equivalente ao que some do seu bolso nos supermercados, que registram só em setembro alta de mais de de 6% 30% em determinados produtos. A vida real não tem a ver com a fantasia dos economistas. Na conta da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, o Índice de Preços dos Supermercados registrou alta de 2,24%. No mesmo mês, o IPCA, índice que o governo usa para calcular a inflação teve alta de apenas 0,64%. Entendeu?