sábado, 31 de outubro de 2020

De Sean Connery para a Justino Martins: "Sensibilizado com a acolhida que a Manchete tem dado aos meus filmes"






por Ed Sá
Sem ameaças de espiões, sem vilões ao redor, Sean Connery morreu dormindo, hoje, em casa, nas Bahamas. Completou 90 anos em agosto último.

No auge do sucesso da série 007, o ator deu pelo menos duas entrevistas a Justino Martins, exclusivas para a Manchete. Uma nos estúdios da Pinewood, a 30km de Londres, e outra em Cannes. 

Em 1965, quando filmava no Caribe "007 Contra a Chantagem Atômica", Sean Connery enviou para a Manchete fotos das filmagens, entre as quais as duas acima reproduzidas: quando se preparava para uma cena de mergulho e em um momento de sorte grande, talvez até de glória, ao tirar um espinho do pezinho da Claudine Auger. 

O portador do material foi Adolfo Celli, o ator e diretor italiano que morou no Brasil, dirigiu o Teatro Brasileiro de Comédia, participou da Companhia Cinematográfica Vera Cruz e foi casado com a atriz Tonia Carrero.

Junto com as fotos, Sean Connery mandou um bilhete para Justino no qual elogiava a revista e prometia vir ao Brasil um dia. Promessa que, infelizmente, não se realizou. O 007 até veio ao Rio de Janeiro, mas já interpretado pelo ator Roger Moore que, em 1979, passou duas semanas na cidade filmando '007 Contra o Foguete da Morte.

Um comentário:

J.A.Barros disse...

Se foi o mito, o herói ficou a sua imagem imortalizada na memória das mulheres que amaram e desejaram o herói de suas vidas. Um Homem simples, um gigante nas telas de cinema. Um comportamento de pequeno burguês, casado e amado pela sua única esposa. Aventureiro, herói e guerreiro nos seus filmes, pacato e simples na vida civil. Deu por acabado suas aventuras no cinema e se recolheu às Bahamas. E nessas ilhas, sob o sol aquecedor, longe do frio de suas terras um dia resolveu dormir para nunca mais acordar. Seus sonhos se acabaram, seu futuro se diminuía, sem viver mais as aventuras que poderiam vir, se deitou e o sono eterno fechou seus olhos.