terça-feira, 10 de março de 2020

Os "xênios" de Brasília querem ver o povo negativado...

Reprodução/O Globo
Parece uma piada de extremo mau gosto.

No ano passado, o governo liberou saques do FGTS como, diziam, um incentivo ao consumo. "Vai movimentar a economia", bradavam economistas e comentaristas.

Como o buraco era mais embaixo, o pessoal usou a grana para pagar dívidas e o crescimento do PIB em 2019 foi o vexame que se viu.

Agora os "xênios" de Brasília tiram da cartola outra "mágica", de novo usando FGTS, originalmente um seguro social para apoiar trabalhadores demitidos. Dessa vez, a coisa é muito pior. Os "xênios" querem que o trabalhador saque neste ano o montante a que teria direito entre 2020 e 2022. Só que o valor - e os bancos vão adorar isso - deverá ser utilizado como garantia de empréstimos feitos no sistema financeiro. Funciona assim: como os trabalhadores usaram o FGTS para sair do vermelho, o governo agora providencia que a massa se encha de dívida novamente.

Fica claro que este governo não tem programa de crescimento, mas apenas improvisos que alimentam o mercado financeiro.  Quem apostar que a atual equipe econômica não conhece obra, investimento publico, nunca foi apresentada a um tijolo, a um caminhão de concreto, a um trator, a um guindaste, a uma instalação de alta tecnologia, um estaleiro, à construção de uma hidrelétrica, de uma estrada, o que vale dizer, não sabe criar sequer um emprego de carteira assinada, vai ganhar mole.

Nem gerar recursos eles sabem. O que tem abastecido o caixa são vendas de participações públicas em empresas, saque das reservas (que eram há anos o "colchão" que protegia o país e dava mais seguranças aos investidores estrangeiros), vendas de empresas, concessões (embora o governo já tenha transferido uma grana para concessionários que não pagaram as outorgas devidas) etc.

Em meio à "ladainha" das reformas, o Brasil consome, e não cria, recursos.

Até inventa um empréstimo aos trabalhadores cuja garantia é o dinheiro do próprio... trabalhador.

Não demora muito, os "xênios" de Brasília vão criar um secretaria especial para agiotagem, com direito a anúncio nos jornais: "empréstimo para negativados", "dinheiro rápido on line", "precisando de dinheiro? Crédito na hora".

Na Globo News: economista critica "ladainha das reformas" no canal que mais paparica Paulo Guedes




Reprodução Twitter
Ontem, o Jornal das 18h, da Globo News, deu uma esquentadinha. A âncora Leilane Neubarth ouvia Juliana Rosa, Monica de Bolle e Flávia Oliveira sobre os impactos da nova crise do petróleo agravada pela pandemia de coronavírus. Juliana é jornalista de mercado, de Bolle é uma economista não necessariamente alinhada com a política econômica de Paulo Guedes e Flávia, do Globo, embora não conteste diretamente o neoliberalismo dominante nos veículos do grupo, tem uma visão social da economia, enfoque ausente na maioria dos comentaristas da mídia conservadora.
Diante da atual crise, que considera gravíssima, de Bolle defendeu que o governo deve deixar de lado a "ladainha" de reformas e a submissão fundamentalista ao teto de gastos para criar meios para enfrentar a tempestade financeira global. Ela defende investimentos públicos para fazer a economia andar. Algo que nem passa pela cabeça do corretor Paulo Guedes, que não atua como ministro da Economia, parece mais um agente do mercado que chegou ao poder. Juliana Rosa se incomodou com as críticas enfáticas da economista, que literalmente derrubava todo o repertório da Globo News em torno do tema caro aos especuladores do mercado e que o canal prega como dogma há anos.
A intervenção de Juliana ao fim do programa foi para defender a linha da casa, a "prioridade" das reformas. E acabou repetindo a "ladainha", que Monica de Bolle tinha acabado de caricaturar.
No twitter, a economista reafirmou suas críticas.

sábado, 7 de março de 2020

Neoliberalismo é a nova peste

O que não faltaria ao Brasil atual seria inspiração para novos "A Peste" . Aliás, diz-se que o livro de Albert Camus, que dá ao drama de uma cruel epidemia um enfoque político e de resistência, é redescoberto nestes dias de coronavírus.
O mundo se assusta com o Covid-19 e o Brasil também. Para largas faixas da nossa população, é um medo a mais. Nesse momento, com a saúde sob cortes do fanatismo neoliberal empoderado, o país anda de braços dados com sarampo, dengue, zika, chikungunya, surtos de febre amarela, hepatite A, tuberculose e até sífilis. Sobre esta última: em 2014, segundo o Ministério da Saúde, 25 em cada 100 mil brasileiros estavam infectados; em 2016, a taxa passou para 45 infectados e acendeu um sinal vermelho. A periferia, que não viaja para a Itália, só observa mais essa ameaça que se soma a tantas outras.

"Fedeu": na chamada principal da Istoé, o cacófato que diz tudo


O Globo/Caoa: quase "name rights"...

Bom para o Globo que tem muitas páginas do primeiro caderno ocupadas por anúncios. Se Bolsonaro cortou do grupo as verbas de publicidade federal, é legítimo captar o bom, velho e não comprometido apoio privado. No caso do veículo impresso carioca, há uma overdose, já há algum tempo, de um anunciante. A montadora revendedora de automóveis Caoa inunda o jornal com anúncios de página inteira ou duplas páginas inteiras seguidas.
Jornais não vendem, ainda, name rights, mas, caso surgisse essa oportunidade, a Caoa seria uma séria candidata.
Sobra para o leitor um esforço extra para passar páginas e, também, um certo prejuízo em conteúdo. Quando uma revista apresentava matérias seguidas de baixo interesse, a autocrítica da redação dizia que aquela edição, de tão monótona, "fazia ventinho", em referência à brisa que o passar de páginas desinteressantes lançava no rosto do leitor.
Hoje, o primeiro caderno do Globo, de 24 páginas, tem 13 páginas inteiras da Caoa e uma da Cyrela. Houve uma época, bem antes da crise dos impressos, que o volume recomendável de publicidade em jornais e revistas não deveria ultrapassar um terço do número de páginas. Com menos de dois terços de conteúdo, o leitor poderia se sentir lesado.
Hoje, o meio impresso parece não poder se dar a tal luxo.

sexta-feira, 6 de março de 2020

Olha o vírus! Vale a pena ver de novo como a Manchete cobriu a gripe asiática que chegou ao Brasil em 1957


A primeira reportagem da Manchete sobre a gripe asiática era assinada
por Carlos Lemos. O detalhe é que um redator posou para a foto de "homem gripado". Nada mais explícito.
Clique na imagem para ampliar.

A segunda, por Newton Carlos. 
Os "conselhos" da Manchete não diferiam muita das recomendações
atuais contra o coronavírus. Além de lavar as mãos, a revista recomendava: "Fuja dos perdigotos!".
Clique na imagem para ampliar.


A gripe asiática não poupou celebridades. 

Ontem como hoje, o vírus chegou ao Vaticano. Para receber benção
papal só desinfetando antes as mãos. Com álcool puro, o gel ainda não existia.
Entre 1957 e 1959, O Brasil "importou" o subtipo do vírus H2N2 que deflagrou a epidemia que ficou conhecida como "gripe asiática". O vírus entrou no Brasil em Porto Alegre , infectou um terço da população local e espalhou-se por todo o país. Embora o surto tenha se esvaziado em 1959, casos foram registrados até 1963. Os meios de comunicação, tal qual agora diante do coronavírus, se mobilizaram para explicar à população as características da gripe e os cuidados necessários. Manchete publicou "conselhos". Laboratórios no Rio, São Paulo e Belo Horizonte logo isolaram o vírus. No mesmo ano, 1957, uma vacina começou a ser produzida em Manguinhos. Quando pronta, foi estabelecida uma hierarquia: primeiro vacinaram o presidente da Republica, depois os responsáveis pela ordem pública, os médicos e, por fim, o populacho.

Justiça reconhece vínculo trabalhista de motorista de aplicativo. Na França

A Corte de Cassação da França determinou que a relação entre a Uber e um motorista do aplicativo caracteriza um contrato de trabalho.
Na base da decisão da justiça francesa está a constatação de que ao conectar-se à plataforma digital Uber o motorista estabelece uma relação de subordinação diante da empresa. Consequentemente, não é um trabalhador autônomo, mas um empregado. A notícia está no RFI.
A decisão evidencia - e esse é um problema que muitos países enfrentam - a necessidade de novos dispositivos jurídicos para proteger trabalhadores assalariados ou não.
Contaminada pelo neoliberalismo que elimina direitos no Brasil, instâncias superiores da justiça brasileira têm decidido em direção contrária e não reconhecem a responsabilidade trabalhista dos aplicativos. A exploração de mão de obra barata é livre.


quinta-feira, 5 de março de 2020

A "saia justa" da mídia neoliberal diante do "pibinho" do queridinho Guedes...

Pra quem tem saco, é divertido acompanhar os delírios da cobertura de economia da mídia neoliberal.

Bolsonaro vive atirando na imprensa. Mas as reações agressivas do Bozo miram muito mais as críticas que os veículos fazem às políticas setoriais do governo na educação, cultura, meio ambiente, política externa, às denúncias de corrupção que envolvem o clã, como no caso das rachadinhas, e as chamadas questões de costumes. Quanto à política econômica, Bolsonaro está tranquilo, tem o forte apoio da mídia, que idolatra Paulo Guedes e o considera o único brasileiro essencial hoje em dia, o resto até o coronavírus pode pegar.

Por isso, os veículos engajam suas equipes de jornalistas de mercado e se esforçam para bater bumbo quando números supostamente positivos são divulgados. Não raro, a turma exagera o alcance e o real impacto das estatísticas ou previsões cor de rosa, que quase sempre se revelam frágeis. Poucos dias depois, são vexaminosamente desmentidas pelos fatos. Seria até covardia agrupar notícias dos jornais ao longo de 2019 sobre a cenografia do "crescimento" anunciado, festejado e, em seguida, frustrado.

Façamos esse passeio por títulos e chamadas apenas do dia de hoje, pontuando com uns poucos recortes publicados ontem. O clima nas redações, vale o escrito, é dramático. Paulo Guedes é poupado. As matérias parecem atribuir o "pibinho" de 2019 a um agente não determinado, um paranormal, talvez, não à política do Guedes, uma espécie de ministro-corretor voltado para o marcado financeiro e que parece não saber conjugar os verbos fazer, construir, desenvolver, criar (empregos, por exemplo).


Guedes renova promessa de crescimento. Será? No seu primeiro ano, a economia cresceu apenas 1,1
e voltou ao patamar de 2013. Mas o ministro vende ao Globo nova pirotecnia artística
e diz que o Brasil crescerá 2% em 2020.






O Globo, ontem, festejou pesquisa do Banco Central, apontando crescimento em 12 estados no ano passado, o mesmo período do "pibinho" agora revelado pelo IBGE. O BC fez essa pesquisa entre um bloco e outro do carnaval? Ao pé da mesma matéria, o Globo diz que o crescimento dos estados não resultou em criação de empregos. Que crescimento é esse que não precisa de mão de obra? Eu, hein?


A mídia também avisa, só hoje, que o consumo das famílias cresceu menos do que em 2016. Ué? E no ano passado não alardearam que o consumo das famílias crescia por três meses seguidos. Então nem a liberação do FGTS ajudou? A razão para isso, segundo os especialistas, é o mercado de trabalho fraco. Não digam! Descobriram agora que o desemprego afeta o consumo? Onde passaram os últimos anos, em Marte? 



Nesse campo, o do consumo, um jornal fora do eixo Rio-SP, o Diário Gaúcho, pode ter matado a cobra e mostrado a manipulação dos números. Lá, a cesta básica subiu quase 14% (a inflação oficial está em 4,3%. É mentira, Terta?  Aliás, a comparação entre a inflação oficial e os preços reais praticamente sumiu da mídia neoliberal.



E Guedes diz sem ficar ruborizado que o crescimento pífio está dentro do previsto. Quer dizer então que o "pibinho" dele foi meticulosamente planejado ao longo de 2019? Então tá, chegou lá, tem motivos para comemorar. Está no Globo digital.

Já o jornal Zero Hora preferiu deixar claro que o "pibinho" do Guedes é o pior em três anos. Os demais evitaram a comparação explícita.


O Estadão apenas lamenta. Está triste. É um título choroso. "Coitado do Guedes", parece dizer.


Para o Globo, Guedes já tem álibis para novo fracasso em 2020. O coronavírus pode contaminar o bi do  "pibinho". Equivale a dizer que o ministro não tem culpa, é apenas um tremendo azarado.



O presidente da Câmara defende que o Estado invista. Parece admitir que o capital privado não vai aparecer, como quase sempre. Difícil é o o "Estado mínimo", como defende o neoliberalismo selvagem, que o desmontou, se tornar o máximo para voltar a fazer o país crescer.


E a Folha mostra que tudo acaba em piada... Ou pode não ser piada. A ironia vai pro gabinete do Guedes?

A mídia se vacina contra fake news sobre coronavírus

Uma das atitudes corretas na luta contra o coronavírus diz respeito à mídia. É combater a onda doentia de fake news impulsionada por irresponsáveis, bolsões de idiotas e até certos porões de fanáticos religiosos. Para isso, está em curso um projeto de colaboração global entre organizações de fact-checking para rebater boatos e combater a desinformação sobre a epidemia do coronavírus Sars-CoV-2. Segundo o Knight Center for Journalism in the Americas, 91 organizações de fact-checking de 40 países já aderiram ao CoronaVirusFacts Alliance. Do Brasil, participam: Aos Fatos, Agência Lupa, Agence France-Presse (AFP), Animal Político, Chequeado, ColombiaCheck, Ecuador Chequea, Efecto Cocuyo, Estadão Verifica e La Silla Vacía.

Você pode conferir no twitter uma lista de checagem de informações sobre a pandemia AQUI

E hoje, The Telegraph publica matéria que ajusta a dimensão, os riscos e o cuidados em relação ao coronavírus. Alguns tópicos:

* Não se preocupe com os políticos, os especialistas estão no comando. A estratégia é 'achatar a curva epidêmica' - você pode ajudar lavando as mãos.

* O pânico nunca é uma boa opção, mas a máxima britânica "keep calm and carry on" também não é.  A frase famosa tem um histórico sombrio que remonta à pandemia de gripe espanhola de 1918 e quase certamente custou muitas vidas.

* O truque para sobreviver a uma pandemia (ou pelo menos melhorar suas chances) é se informar adequadamente dos fatos, alterar seus comportamentos de acordo com o problema e seguir adiante com sua vida.

* Incentivar a lavagem frequente das mãos, a instalação de quarentenas locais, como vimos na Itália, o fechamento de escolas e o cancelamento de eventos públicos estão entre uma longa série de medidas de "mitigação" que podem funcionar se implantadas no momento certo e nas circunstâncias certas.

terça-feira, 3 de março de 2020

Vida de jornalista: biografia de Geneton Moraes Neto será lançada hoje


"Geneton, Viver de Ver o Verde Mar" (Cepe Editora), biografia do consagrado jornalista, escritor e cineasta  pernambucano, será lançada hoje, na Livraria da Travessa, Shopping Leblon, às 19 horas. O livro é de autoria dos jornalistas Ana Farache e Paulo Cunha. Falecido em 2016, aos 60 anos, no auge da produção intelectual, Geneton Moraes Neto é retratado em 250 páginas e dezenas de fotos representativas da sua brilhante trajetória profissional, além de vários depoimentos de colegas e amigos. O jornalista começou sua carreira no Diário de Pernambuco. Seu último posto foi no Fantástico, da TV Globo.

Vazou! Atleta é vítima de roubo de fotos íntimas

Paige Spiranac/Reprodução Instagram

Eleita informalmente por jornalistas esportivos dos Estados Unidos como uma das mais belas atletas do mundo, a jogadora de golfe Paige Renée Spiranac, 26, é a mais recente vítima de vazamento de fotos íntimas na internet.

Paige em ação. Foto:Instagram
Paige prestou queixa contra um ex-namorado que teria compartilhado com amigos uma série de imagens que ela chama de "extremamente sensíveis", feitas há alguns anos.

"As pessoas dizem sempre para não fazer esse tipo de fotos. Parece divertido e sexy, mas será que vale a pena o risco? Muitos de nós já o fizemos",  desabafou a atleta em podcast na sua página pessoal.

Nascida em uma família croata, Paige praticou ginástica olímpica e disputava vaga olímpica, aos 12 anos,  quando sofreu uma fratura no joelho. O acidente a levou, posteriormente, a treinar golfe.

domingo, 1 de março de 2020

Japão mantém tradicional Festival de Nudez. Coronavírus disse "Oba!"

Sem medo do coronavírus, apesar de quase mil casos e oitos mortes já registradas, os japoneses mantiveram a realização de um tradicional  festival de nudez. A ideia é que todo mundo pelado faça votos de um ano novo de prosperidade. Bafo no cangote, como se sabe, é um ótimo jeito de receber uma dose de Covid19, o nome oficial do bicho. Veja o vídeo AQUI

Coronavírus Ltda: ô lelê, ô lalá...vamos faturar...

O mercado impõe sua lei a qualquer custo. A pandemia de coronavírus causa prejuízos e pode levar a economia global para a UTI.  Mas há setores que estão faturando. Fabricantes de gel e de máscaras cirúrgicas, por exemplo, e a industria farmacêutica.
Na Amazon, o preço da máscara, embalagem com 100 peças, quadruplicou nas últimas semanas. A informação é do Mashable.

O post que Regina Duarte deletou e a web foi buscar...

Reprodução 
A atriz e militante da ultra direita, Regina Duarte, que toma posse na próxima quarta-feira como Secretária de Cultura do regime bolsonariano, fez um post em apoio ao movimento neofascista contra o Congresso Nacional. Publicou e, sabe-se lá porque, apagou. Mas a web é implacável e recuperou a mensagem que o ator José de Abreu, um crítico da ex-viúva Porcina, está compartilhando nas redes sociais. Aí reproduzido para quem quiser ver o post de Regina, uma espécie de "Passionária" de sinal trocado.

Conciliação ou rendição?

Foto: Reprodução/O Globo
No tempo da ditadura, enquanto o sangue corria nos porões, havia brasileiros "adesistas", os "dedo-duros", os "apaziguadores". Na Alemanha pré-guerra, os nazistas arregimentaram apoiadores brandindo a bandeira do anti-comunismo. Muita gente boa embarcou no argumento e, quando acordou, era tarde demais. Hitler era o carrasco morando ao lado.
No Brasil atual, vicejam agora os "conciliadores" e os apelos para "conciliar" com o absurdo. Parece uma missão impossível. O autoritarismo avança, o cerco ao Congresso e ao STF idem, as milicias digitais prosperam, fazem sérias ameaças a quem se opõe ao governo e braços policiais do bolsofujimorismo mostram suas armas.
Em artigo de hoje no Globo, o ex-presidente Fernando Henrique defende a conciliação. ´"É hora de convergir", diz o título.
No segundo parágrafo, FHC defende uma estranha tese. Não se deve falar em impeachment. E não porque o atual inquilino do Planalto tenha ou não cometido ato inconstitucional. FHC não discute se há ou não quebra de decoro ou assemelhado. Ele argumenta simplesmente que um impeachment seria "arriscado". Isso porque, na sua exótica tese, "o país viu dois presidentes diretamente eleitos serem atingidos por esse mecanismo constitucional" que "desgasta os poderes". O que isso quer dizer? Que o atual presidente pode fazer o que quiser apenas porque um eventual impeachment "deixa mágoas" e seria inconveniente, como FHC argumenta? Esse tipo de ressalva não está na Constituição.
 O mais curioso é que no restante do artigo, ao pontuar acontecimentos, FHC deixa bem claro como essa "conciliação" é difícil. Por fatos e atos, o governo mostra que não quer a conciliação, quer é a rendição incondicional de quem não concordar com suas políticas. E a maioria da sociedade - dos índios ao sem-teto, dos sem-terra aos desempregados e "informais", dos sem-saúde aos sem-escola, aposentados, professores, ambientalistas e produtores culturais - quer resistência.

sábado, 29 de fevereiro de 2020

A vedete e o Presidente


Virginia Lane na Manchete em 1952: auge do sucesso

No cinzeiro que circulava nos salões dos anos 1950, a representação
da bolinada presidencial e...

...um sugestivo "Ah!" gravado em bronze, no alto da peça, com muito prazer...
Getúlio e Virgínia Lane. Reprodução
• O imaginário popular sempre deu a última palavra. Na época ele já consagrava o romance entre Virginia Lane e Getúlio Vargas até na forma de cinzeiros (bastante sugestivos, o da foto, em frente e verso, flagra o momento da bolinada presidencial...)


Delírio da Vedete do Brasil não foi comentar o caso, mas declarar – em entrevistas à TV nos últimos anos de vida – que ela estava na cama com o Presidente na noite “em que ele foi assassinado.” Esta, em matéria de Teoria do Complô, bate todas. (por Acácio Varejão, dando o "furo" exclusivo para o Panis)

Edição especial impressa com a cobertura do Carnaval carioca 2020 tem DNA da Revista Manchete...

Acima, da esq. para a dir., Dirley Fernandes, José Esmeraldo Gonçalves, Mauro Trindade, Jussara Razzé, Alex Ferro e David Júnior. Todos ex-Manchete. Foto de Gabriel Nascimento
Na capa, Paolla Oliveira fotografada por Alex Ferro. 

Na abertura, foto de Gabriel Nascimento/Riotur

Rodadas de chope no Estação Largo do Machado marcaram o encontro de parte da equipe que fez a Revista 96.5 Tupi.FM Carnaval Total. Depois de dez dias de trabalho, a edição especial com a completa cobertura das escolas de samba, blocos e camarotes chegou ontem às bancas do Rio de Janeiro.

Para muitos leitores, segundo comentários nas redes sociais, a revista ilustrada remete, de certa forma, ao estilo das históricas edições da Manchete. E não por acaso. O time visto na foto é formado por jornalistas e fotojornalista que trabalharam na Manchete e participaram de inúmeras edições de carnaval, além de Sidney Ferreira, editor da Arte da revista.  No Conselho Editorial, além de Josemar Gimenez, presidente da Tupi, e Márcia Pinho, chefe de jornalismo da emissora, está David Ghivelder, um dos idealizadores da publicação, profissional atuante na área de comunicação corporativa, e filho de Zevi Ghivelder, que foi diretor de Manchete e Fatos & Fotos.


Páginas com material histórico sobre os 85 anos da Rádio Tupi
A Revista 96.5 Tupi FM vem com reportagens e artigos sobre os 85 anos da Rádio Tupi. A comemoração foi, aliás, uma das motivações do lançamento da edição.

As bancas de jornais do Rio e Grande Rio foram agradavelmente surpreendidas com a chegada de uma revista de carnaval, impressa, como há alguns anos não acontecia. Foi muito positiva a repercussão junto aos jornaleiros ouvidos em vários pontos de venda.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Iza: a imperatriz da Sapucaí

Foto de Viviane Medina/Riotur/Divulgação

Foto de Viviane Medina/Riotur/Divulgação

Foto de Viviane Medina/Riotur/Divulgação

Foto de Viviane Medina/Riotur/Divulgação
por Ed Sá
No desfile da Série A, no sábado, 22, no sambódromo do Rio de Janeiro, a noite foi de Iza como rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense. A performance da cantora, dona de um corpo espetacular, era mais do que aguardada. Na pista, ela, que é de Olaria, vizinha de Ramos, onde nasceu a Imperatriz, superou todas as expectativas. Além de tudo isso, Iza deu sorte à escola. A Imperatriz foi campeã do grupo e volta à elite do samba, a Série Especial, no ano que vem.