quarta-feira, 11 de março de 2015

Política: pelada contra a corrupção...

Sem verbas de empreiteiras, Yolanda Morin, uma candidata a prefeita da cidade de Portugalete, na Espanha. mandou fazer um poster onde aparece pelada e com um slogan nada sutil: "Os políticos nos deixaram sem nada". "En pelotas" também significa, em espanhol, estar duro, Yolanda denuncia a corrupção na região e, no ano, passado, teve sua loja arrombada e com adesivos de organizações de direita colados nas paredes. Não deixa de ser uma ideia: se aderir à forma de protesto, a galera que vai às ruas contra Dilma pode até ganhar mais adeptos. O marketing Yolanda funcionou e repercutiu na mídia, dentro e fora da Espanha.


terça-feira, 10 de março de 2015

Revista feminina francesa faz sucesso. É distribuída gratuitamente até no metrô. Mas "gente diferenciada" não recebe...


Na área de revistas, a rotina dos editores é pensar em como não perder público e manter a capacidade de sobreviver e auferir algum lucro. No grande mercado, a situação é crítica. Mas em iniciativas com foco mais fechado - do tipo dirigidas ou customizadas - há projetos que estão dando certo. Na França, a Stylist (que tem como um dos parceiros a Marie Claire) firma-se como uma publicação distribuída gratuitamente, já tem anúncio de peso e roda 400 mil exemplares, bem acima dos atuais número de revistas tradicionais. Há versões recém-lançadas na Inglaterra e Emirados Árabes. Na pauta da Stylist, moda, design, estilo, luxo, personalidades vencedoras. A revista assume que inova também na distribuição. Além do mailing exclusivo e refinado, os editores promovem distribuição no metrô de Paris e em eventos de alto nível. Só que na distribuição de mão em mão, os promotores são treinados para fazer uma rápida seleção visual do (a) leitor (a) observando algumas características. Só entregam a revista a quem estiver bem vestido, sapatos apurados, de preferência de grife, relógios de marca, bolsa que traduza bom gosto, elegância de gestos e atitudes, Ou seja, "gente diferenciada", para usar a classificação da elite paulista, fica de fora. Embora a revista se defina como inovadora, transcultural, e prometa uma ruptura com as revistas conservadoras, esse modo de operação é nitidamente preconceituoso. Há reações que criticam esse tipo de marketing sob o argumento de que os editores não podem usar um espaço público, seja a rua ou o metrô, já que nem todo público é, na visão deles, merecedor da revista.  Stylist alega que, por ser gratuita, precisa de grandes anunciantes, de marcas relevantes e sofisticadas. E estes só virão, ou permanecerão, se visualizarem um público igualmente seletivo. Portanto, não é o leitor quem escolhe a Stylist é a Stylist quem escolhe seu público.
Como se fosse um Country Club; se você receber bola preta, não lerá apublicação. Se vai dar certo e ter vida longa, quem sabe? Mas é mais uma tentativa de desatolar o meio revista.

Especial para celebridades: roupa anti-paparazzo... É a Flashback Photobomber

Divulgação Betabrand

Divulgação Betabrand

Normalmente, a trajetória de muitas celebridades implica em fases. Na primeira, começo de carreira, buscam os flashes como mariposas procuram a luz, dão autógrafos, fazem fotos com os fãs; na segunda, ao ganhar alguma visibilidade, querem se tornar invisíveis aos paparazzi e afastam os admiradores. Reclamam que não têm mais direito à vida privada. Não contam, claro, as subcelebridades, pois estas jamais sairão da fase 1. Para resolver o problema dos famosos, uma grife americana acaba de desenvolver, a partir da ideia de um DJ amigo de astros e estrelas, um tecido anti-paparazzo. Mas a tecnologia só vale, por enquanto, para impedir fotos de paparazzi que usam flashes. Ternos e vestidos especiais para celebridades podem ser confeccionado com o pano reflexivo, que tem microlâmpadas embutidas, inteiramente invisíveis. No que o flash do fotógrafo bate na roupa, as microlâmpadas disparam e 'devolvem' a luz, detonando a imagem. Ir ao motel, pegar colega de novela no meio da rua, baixar na sauna, dar um rolê na zona, viajar pro Uruguai pra reabastecer o estoque de cannabis, tudo isso vai ser facilitado pelo figurino Flasback Photobomber. Mas nem só artistas, atletas e cantores podem ser clientes em potencial da nova roupa. Certos políticos vão se amarrar. Já podem ir eles mesmos buscar a propina direto com o empresário, sem precisar mandar intermediário e sem correr o risco de algum bisbilhoteiro registrar o flagra.

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segunda-feira, 9 de março de 2015

Escândalo: publicitários tiram a roupa em plena sala de trabalho...

Campanhas de rebranding devem carregar mensagens fortes. Diz-se que é mais difícil relançar do que lançar uma marca. Uma agência de Nova York, a Modo Design Group, quis avisar ao mercado que passaria a se chamar Viceroy Creative e se tornaria full-service. Para os diretores, a mensagem deveria a mais explícita possível. E foi. A cúpula da Viceroy posou peladona para dar o recado. A vida não está fácil pra ninguém.
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Prêmio Petrobras de Jornalismo tem mais de mil inscrições


Como na primeira vez, a segunda edição do Prêmio Petrobras de Jornalismo recebeu um grande número de inscrições consolidando-se como uma das mais importantes premiações do Brasil. Ao todo foram 1.104 trabalhos inscritos, de 6 de novembro de 2014 até 6 de março de 2015, contemplando todas as regiões do país.
Jornalistas, correspondentes estrangeiros e repórteres fotográficos de revistas, jornais, rádios, emissoras de televisão e portais de notícias estão concorrendo aos 36 prêmios no total de R$ 471,25 mil, para as melhores reportagens relacionadas a esporte, cultura, responsabilidade socioambiental, petróleo, gás e energia e fotojornalismo.
As premiações variam de R$ 7,6 mil a R$ 31,8 mil (valores brutos). Os 17 vencedores da categoria regional receberão R$ 7,6 mil (sete mil e seiscentos reais) cada. Os 17 ganhadores na categoria nacional serão premiados com R$ 18,25 mil (dezoito mil e duzentos cinquenta reais) cada. E o vencedor do Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo receberá R$ 31,8 mil (trinta e um mil e oitocentos reais).
O objetivo do prêmio é o reconhecimento e a importância dos meios de comunicação e, sobretudo, dos jornalistas e correspondentes estrangeiros que participam do processo de democratização e de disseminação de informações relevantes para a sociedade. A cerimônia de entrega da premiação está prevista para junho, no Rio de Janeiro.
Fonte: Gerência de Imprensa/Comunicação Institucional/Petrobras

Bicho-carpinteiro: o dia em que Harrison Ford foi marceneiro de Sérgio Mendes...

 
Sérgio Mendes e, no canto direito da foto, Harrison Ford, que antes da fama fazia uns bicos como carpinteiro e trabalhou no acabamento do estúdio que o brasileiro montou na sua casa em Encino, distrito de Los Angeles, na Califórnia. Foto: Arquivo Pessoal
Por ROBERTO MUGGIATI
   A primeira vez que vi Sérgio Mendes tocar foi num apartamento de Copacabana, podia ser o da Nara Leão, não lembro bem – uma névoa etílica ofuscava aquela noite. De repente, no meio de um solo à Horace Silver, o rapaz aborta o improviso e se manda. Tinha de pegar a última barca para Niterói. Isso foi por volta de 1960. Seis anos depois, Sérgio Mendes nadava em dinheiro na Califórnia. Deu-se ao luxo de construir um estúdio particular de gravação na sua casa em Encino. Recomendaram-lhe um carpinteiro jovem, barbudo com ares de hippie, e Sérgio ficou satisfeito com o trabalho – fez até uma foto com ele no final dos trabalhos. Seu nome era Harrison Ford. Nascido em Chicago em 1942, trabalhando em teatro amador, foi tentar a sorte em Hollywood. Conseguiu algumas pontas, até um papel sem fala no filme cult de Antonioni Zabriskie Point. Com mulher e dois filhos pequenos para sustentar, Harrison, carpinteiro autodidata, começou a fazer uns bicos para a comunidade afluente de Los Angeles.
Construiu um deck para a piscina da louraça Sally Kellerman (a Hot Lips de M*A*S*H), o estúdio de Sérgio Mendes e armários para a casa do diretor George Lucas, que o escalou como ator para o filme American Graffiti (1973), sua porta de entrada para o cinema. Daí para Guerra nas Estrelas, do mesmo Lucas, foi um passo; e então, para o papel que nasceu para fazer: Indiana Jones. A essa altura, era Harrison Ford quem podia contratar Sérgio Mendes como seu carpinteiro.
Ford brilharia ainda em filmes menos popularescos, como Apocalypse Now de Coppola; o cult neo-noir Blade Runnner; O fugitivo, baseado na série de TV; e Frantic, de Roman Polanski. Com brevê para pilotar aviões e helicópteros, Harrison Ford deixou Indiana Jones vexado ao cair num campo de golfe de Venice, Califórnia, com o seu monoplano da 2ª Guerra. Vamos torcer para que ele não se arrisque tanto e nos brinde com novos filmes cheios do seu charme aventureiro.
 
Reprodução CNN


Mundo comemora o fim da Segunda Guerra Mundial. No Rio, haverá cerimônia no Monumento aos Pracinhas, no Dia da Vitória (8 de maio). Russos residentes no Brasil pedem que a bandeira da Federação Russa também seja hasteada no local, ao lado dos pavilhões do Brasil, Estados Unidos, França e Grã-Bretanha. E lembram que em nenhum lugar do mundo, a participação da Rússia na luta contra o nazismo é esquecida



Em maio deste ano, o mundo vai comemorar o final da Segunda Guerra Mundial. De acordo com a tradição, em frente ao Monumento aos Pracinhas, no Rio de Janeiro, vão desfilar junto com os destacamentos das Forças Armadas os veteranos brasileiros de guerra, os heroicos pracinhas – aqueles que sacrificaram sua juventude na batalha contra o fascismo.
E, também como manda a tradição, serão hasteadas as bandeiras dos países que tiveram grande participação naquele conflito, vencendo em conjunto o inimigo mortal da humanidade.
Mas até hoje, em todos os desfiles que comemoraram essa data, observamos um fato pouco compreensível para quem conhece e lembra a História Universal. Junto com as bandeiras de Brasil, Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, nunca, até agora, foi hasteada a da Federação Russa.
Como se sabe, a Federação da Rússia assumiu todos os direitos e deveres internacionais da União Soviética, e nada mais do que justo será ver-se a bandeira do grande vencedor da Segunda Guerra Mundial, que sacrificou no altar da vitória mais de 25 milhões de vidas de seus filhos.
A maioria das grandes batalhas que entraram para a História Universal – tais como Moscou, Leningrado, Stalingrado, Kursk, Sebastopol – é formada por aquelas que quebraram as forças militares nazifascistas que até 1941 não tinham conhecido o sabor da derrota.
A Rússia virou esse quadro em definitivo.
Justamente por essas razões, em lugar algum do mundo nunca pôde ser esquecida a memória daquele feito grandioso. E justamente por essa razão deve haver um lugar para a bandeira da Federação Russa no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, o Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro.
Com esta mensagem ao público brasileiro, a Rádio Sputnik está dando continuidade à campanha visando a corrigir o lamentável equívoco e fazer justiça à Rússia e a seus filhos, que, junto com os povos dos outros países, tiveram grande participação na vitória na Segunda Guerra Mundial.
Nessa empreitada, a Rádio Sputnik está pedindo apoio aos veteranos de guerra, militares, políticos, governantes, representantes da sociedade civil, leitores e ouvintes e público em geral.
Faltam poucos dias para a comemoração. Esperamos que a bandeira da Federação Russa venha a ser hasteada junto com as bandeiras das Forças Aliadas.
Contamos com o apoio de todos. 
Fonte: Redação da Rádio Sputnik


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Pasmado: domingo no parque







Morro do Pasmado. Fotos Gonça

Favela do Pasmado, anos 50. Reprodução

O morro, nos anos 60, pouco antes da remoção. Reprodução
por Gonça
Ontem, o Morro do Pasmado recebeu centenas de cariocas e turistas. O jornal O Globo realizava no local o Projeto Mirante Rio, em comemoração aos 450 anos da cidade.Além de várias atividades, incluindo espetáculos para crianças, foi montada uma plataforma no alto do mirante, que oferecia vistas do Rio, um deslumbrante panorama em 360° que as pessoas não paravam de fotografar. Um domingo de verão perfeito, com direito a uma chuva no fim da tarde da qual não se pode reclamar nesses tempos de crise hídrica.
Talvez tenha passado pela cabeça apenas dos mais velhos e conhecedores da história da cidade que, naquele mesmo local, há 50 anos, no verão de 1965, restavam apenas ruínas incendiadas da Favela do Pasmado. Um ano antes, como parte da política de remoção de empreendida pelo governo Carlos Lacerda, os moradores haviam sido transferidos para a Vila Kennedy. Dias depois, um grande incêndio lavrou o morro. Na época, dizia-se que o fogo foi providenciado pelo governo para "higienizar" o local. A remoção de favelas era uma medida brutal. Do dia para a noite, centenas de famílias foram deslocadas para conjuntos habitacionais localizados em regiões distantes dos seus empregos, das escolas dos filhos, dos amigos. E nem todos os moradores das favelas removidas conseguiram habitação. A maioria perdeu empregos pelo simples fato de que a partir de regiões distantes e com a ineficiência dos transportes não conseguiam cumprir seus horários de trabalho. Aqueles que mantiveram os empregos passavam a levar cerca de seis horas no percurso casa-trabalho-casa. Atualmente, seria inimaginável uma política de remoção tão radical. Ao mesmo tempo, o Rio não soube ou não quis conter como deveria a expansão desordenada de novas favelas.
O caminho democrático é hoje a urbanização dos bairros populares. Em todo caso, a ameaça de ocupação imobiliária do Pasmado foi contida - mas estão lá, ao lado, espigões que mostram como foi real a pressão dos especuladores - e a área, com o passar dos anos, foi reflorestada. É um belo parque. Provavelmente, a iniciativa do Globo levou ao local muitos cariocas que, ao contrário do moradores de Botafogo, não conheciam o Pasmado.

* O Projeto Mirante O Globo funciona aos sábados e domingos, até o fim de março. Tem o patrocínio do Rio Sul, Itaú e Volkswagen, apoio da Drogaria Venâncio e Coppead UFRJ e parceria cultural do SESC. Vans fazem o transporte gratuito, entre 10h e 20h, até o alto do Pasmado, saindo do Rio Sul e da parte de baixo do morro.

domingo, 8 de março de 2015

Informe BQVM

- O listão chegou ao STF. É a hora de saber se a delação premiada vem com provas. Só assim, as punições virão.
- O número de políticos a serem investigados agora pode ter surpreendido. E deve aumentar. Mas o arrastão não é inédito: em 1993, por ocasião da CPI do Orçamento, 37 deputados foram levados a uma investigação. Propina, desvio de recursos para empresas fantasmas e lavagem de dinheiro foram os crimes das suas excelências. Apenas seis parlamentares foram cassados, outros renunciaram, alguns até voltaram à Câmara. Nenhum político foi preso. O dinheiro roubado nunca foi devolvido aos cofres públicos.
- O Rio passou a aplicar "multa moral" a quem estaciona em lugar proibido ou em cima da calçada. Se a multa em dinheiro não impede a ilegalidade nem de motoristas, nem dos hotéis da orla, que têm as calçadas com "propriedade", imagine a "multa moral". Vai ser rapidamente desmoralizada.
- Rússia prende cinco suspeitos do assassinato de Boris Nemtsov. Todas as hipóteses estão sendo investigadas. Uma das pistas tem ligações islâmicas: Nemtsov havia expressado solidariedade ao jornal satírico francês Charlie Hebdo.
- Impossível disfarçar ou sair de fininho: financiamento privado de campanhas eleitorais equivale a propina. Não é por acaso que as duas fontes de abastecimento dos bolsos político andam juntas e abraçadas na Lava Jato. A estratégia que une todos os partidos e a mídia: rejeitar a criminalização das "doações".
-"Tios"á e "tias" colunistas pedem hoje o indiciamento de Dilma Rousseff. O que se diz é que tem equipe  caça urgente de um "Gregório", um tipo de elo, como o de 1954, que faça deslanchar a queda da presidente.
- O Rio e, provavelmente muitas cidades brasileiras, gastou muito dinheiro para tornar subterrânea - e mais segura - a malha de cabos de eletricidade.  As distribuidoras privatizadas e as empresas de telefonia, TV a cabo e serviços de internet, estão, como diz o vice governador baiano - "cagando e andando" pra isso. Em áreas onde a fiação já é subterrânea, tais companhias penduram fios em postes na maior cara de pau. E vai ficar assim. O STF concedeu liminar às empresas para que prossigam no emporcalhamento visual da cidade. A Aneel e a Anatel, agências de (des) regulamentação neoliberal, onde tudo vale, desde que seja a favor das empresas e em prejuízo dos usuários, não se manifestam. O Globo de hoje tem matéria sobre o assunto. A visão das empresas é arrogante: vai ficar tudo como está, inclusive na região do Porto, que está sendo reurbanizada.
- Brasileiros desprivilegiados já estão juntando recibos para declarar o imposto de renda. Você sabia que esse é um problema que não afeta os mais ricos? Pois é: a maioria tem seus rendimento classificados na rubrica "dividendos". Sabe qual é a alíquota que eles pagam: zero. E a dupla Levy/Dilma quer empalar a estaca fiscal na maioria que ganha pouco.
- O PP é descendente da Arena, da ditadura. Partido que conheceu muito bem a Petrobras...
- Sem generalizações. O livro "História dos Jornais no Brasil", de Matias Molina, conta que D. João VI trouxe os primeiros prelos para o Brasil. Até aí, é história. O que o livro revela é que o governo enviou um sujeito a Londres para aprender a manejar as máquinas. Ele ficou lá por dois anos fazendo esse "curso". Com o know how absorvido voltou ao Brasil e, pouco tempo depois, alegou um "desacordo salarial" e se mandou para Portugal, onde tinha proposta melhor. Ou seja: está identificado o que poderia ter sido picareta chapa 000001 no caminho da nossa futura mídia.

Foi há apenas 50 anos: negros norte-americanos foram à rua protestar contra assassinatos de ativistas e reivindicar o direito ao voto. A repressão foi violenta e passou à história como o "Domingo Sangrento" de Selma, Alabama. Ontem, Obama foi ao local recordar a data.

Cinquenta anos separam duas imagens em Selma: Martin Luther King e...
...a família Obama caminham pelo mesmo ideal. Obama segura a mão de Amélia Boyton, que foi espancada durante o "Domingo Sangrento". Reprodução Instagram

Com o presidente Barack Obama, a primeira-dama Michelle e as filhas do casal, Malia e Sasha à frente, manifestantes relembraram ontem o "Domingo Sangrento" de Selma. No dia 7 de março de 1965, uma marcha pacífica reivindicava direito ao voto para a população negra do Estado. A polícia reprimiu o protesto com extrema brutalidade.
Foi Selma, em 2008, a cidade escolhida por Obama para dar início à campanha que levou à Casa Branca o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.
Mas nem tudo foi festa. Se, em 1965, a Ku Klux Klan assassinava negros com virtual aval das autoridades, especialmente em estados do Sul, cinco décadas depois, a polícia americana vem praticando tiro ao alvo em jovens negros. Tais assassinatos se repetem e Obama tem sido cobrado para dar uma resposta mais duras aos crimes racistas.
A propósito, o filme "Selma: Uma Luta Pela Igualdade", que foi indicado ao Oscar 2015 (ganhou no quesito canção Original) é a dica para quem quiser conhecer melhor essa página da história da luta contra a segregação. No palco do Oscar, vários artistas pediram a palavra para lembrar que o racismo ainda é um grave problema presente no cotidiano.

Uma semana para o famoso casal de apresentadores esquecer...

A camiseta sem-noção. Reprodução 
O "inferno astral" baixou nessa semana na área de Luciano Huck e Angélica, o casal-apresentador. Um, pela impropriedade, para dizer o mínimo, de vender uma camiseta com a frase "vem ni mim que eu tô facin" - aliás chupada do nome de um bem-humorado bloco do carnaval carioca -, usando como modelo uma criança. Huck foi merecidamente bombardeado na rede social. E rolou deboche e gozação também. A outra foi gravar em uma universidade e ouviu vaias dirigidas à Rede Globo. Mas o que chama a atenção no vídeo é a imagem de Angélica acompanhada de uma pessoa que  a protege do sol com uma sombrinha. Lembra um quadro do Debret. Nos tempos coloniais, quando os nobres deixavam seus palacetes e se arriscavam nas ruas do Rio, o serviçal com a sombrinha era indispensável.
Cena do século 21
Cena do século 19. Debret/Reprodução
VEJA O VÍDEO COM A CENA BUCOLICAMENTE COLONIAL E A VAIA EM UMA UNIVERSIDADE CARIOCA. CLIQUE AQUI

sábado, 7 de março de 2015

Vai viajar? Conheça 21 sets abandonados de filmes que você já viu e que pode visitar... A dica é do site Distractify

Star Wars, Tunísia. Reprodução

Lista de Schindler. Polônia/ Reprodução

Popeye. Malta/Reprodução
M*A*S*H. Los Angeles/Reprodução

Cleópatra. Roma/Reprodução

VEJA MAIS NO DISTRACTIFY. CLIQUE AQUI

Imagens de "ilusão de ótica" que circulam na rede relembram "As aparências enganam", uma criação de Carlos Estevão para a revista O Cruzeiro

A menina que flutua...


...o cavalo com dois focinhos...

...a loura com traseiro de zebra...

...e o bebê com pernas de adulto. Fotos: Reprodução Internet
Circulam na rede fotos que aparentam uma situação quando, na verdade, não são nada daquilo. As imagens usam um curiosa ilusão de ótica. O que faz lembrar Carlos Estevão, o cartunista pernambucano que publicou suas ilustrações no Cruzeiro de 1948 até 1972, quando faleceu. Na revista, ele tinha uma seção chamada "As aparências enganam", que tirava partido de zonas claras ou de sombras e criava situações ilusórias desmentidas na sequência. Humor que divertiu gerações de leitores.

De Carlos Estevão/Reprodução
Reprodução do site Memória Viva de Carlos Estevão
Carlos Estevão/Reprodução

VOCÊ PODE CONHECER MAIS DA OBRA DO CARTUNISTA NO SITE "MEMÓRIA VIVA DE CARLOS ESTEVÃO". CLIQUE 

De Paris: um correspondente em estado de perplexidade com a política brasileira

Reprodução Le Monde
por Jean-Paul Lagarride
A leitura dos jornais, hoje, em Paris, me surpreendeu. Assim, liguei meu velho ordinateur Archimedes, de 1987, mas que funciona perfeitamente, em busca de mais informações na internet.Vi que são 49 políticos investigados, de vários partidos. E me parece que a lista é resultados apenas das denúncias de dois implicados. O que significa que a relação pode engordar, e muito.  A leitura que se faz na França é, infelizmente, que a Câmara e o Senado brasileiros, em função do financiamento sem limites das campanhas eleitorais por grandes grupos privados, seriam formados, em sua maioria, por bancadas de "delegados" dos seus financiadores. O povo brasileiro não seria representado nessas instituições.  Por isso, os escândalos se tornam rotina. Quando fui correspondente da Manchete, costumava conversar com amigos brasileiros e isso me dava uma visão mais precisa da conjuntura - palavra que os analistas políticos da minha época usavam até o desgaste. Simples curiosidade, já que a minha função era escrever sobre questões europeias e entrevistar personalidades do cinema, arte, economia, literatura, política internacional etc. Hoje, quase não tenho contato com jornalistas brasileiros. Muitos dos meus contemporâneos, incluindo o quase franco-brasileiro Justino Martins, já descansaram. Contudo, meu interesse nos rumos do Brasil permanece vivo.
Nos últimos dois meses, através da leitura remota dos principais veículos, tive a impressão de que dois políticos estavam em ascensão, tantos eram os comentários elogiosos na imprensa brasileira. Dois líderes que se afirmavam, tal era a exaltação em curso. Suas atitudes eram festejadas e chegaram a ser definidas como "históricas". Chamam-se, se não me engano, Cunha (Eduardo) e Renan (Calheiros). Pois não é que ambos estão na lista de investigados?
Pelo que conheço, em certos momentos, a imprensa brasileira parece apostar em nomes "furados", como se dizia no Rio. E curiosamente, os personagens escolhidos e incensados pelos conglomerados jornalísticos não parecem ter muita sorte. Foi assim com Carlos Lacerda, o conspirador que quebrou a cara; com Fernando Collor; com um tal de Demóstenes Torres, um senador ou deputado que era dito como paladino da moralidade e se envolveu em um escândalo, acho que o caso Cascade (Cachoeira); e, agora, os senhores Cunha e Renan têm suas auras supostamente ilibadas rapidamente comprometidas. Raciocinando com meus velhos neurônios, arrisco dizer que Renan, Cunha e a imprensa vão continuar juntos, agora engrossando a campanha do impeachment. Alguém quer apostar?
Não entendo mais nada. Desculpem, sou hoje um comentarista mais perplexo do que racional. Vou tentar acompanhar com mais atenção, nas próximas semanas, a velocidade e a imprevisibilidade dos fatos.
Desejo boa sorte ao Brasil.
E, por coincidência, os políticos da Espanha, onde a família real inventada pelo ditador Francisco Franco já é investigada por corrupção, também estão em ebulição. Vejam The Times, de ontem.


sexta-feira, 6 de março de 2015

Deu a louca nos aplicativos... Se, no passado, alguns inventos eram mais engraçados do que eficientes, hoje certos apps à venda são apenas inúteis... Os nerds estão descontrolados


"War Tubas" acionadas por ar comprimido. Foto Domínio Público

Esse aí é um espécie de estetoscópio gigante para detectar ataque aéreo.Foto Domínio Público
Há 100 anos, durante a Primeira Guerra Mundial, japoneses e ingleses acreditavam que as "war tubas" seriam eficientes para avisar às tropas sobre ataques aéreos de Zeppelin. A ideia era que esses gigantescos alarmes sonoros dispostos no litoral, no caso da Inglaterra, na costa sul, fossem acionados quando os dirigíveis fossem avistados. Como tais veículos se moviam em baixa velocidade, soldados e civis até a 30km de distância podiriam ser avisados. Com o emprego de baterias dispostas a cada 10km, o alcance do alarme seria ainda maior. Se incomodou o inimigo, não se sabe, mas a geringonça estourou muito tímpano de recruta desavisado. Os dirigíveis logo foram substituídos pelos aviões e a maioria das war tubas" virou sucata. Na Segunda Guerra Mundial, assustados com os ataques alemães, alguns comandantes ingleses levaram as cornetonas para o litoral. Mas logo viraram piada e chegada do radar mandou tudo de vez pro ferro velho. Também parece piada, mas engenheiros alemães desenvolveram um fuzil em curva para o soldado atirar protegido pelo canto da parede ou do terreno. Dez mil peças foram produzidas. Um fiasco. 
Tais bizarrices foram tema de um debate recente sobre a proliferação de aplicativos para celular. Há coisas úteis, como o aplicativo para chamar táxi, e há criações dignas de um professor Pardal. Em muitos casos, complicam tarefas simples que o analógico resolve melhor. Um app que indica se a melancia ou o abacaxi na feira estão maduros maduros. Dá para viver sem isso. A rede está lotada agora de aplicativos que ensinam a economizar água. A intenção é boa, mas um deles tem dicas do tempo da vovô: fechar a torneira enquanto escova os dentes, desligar o chuveiro enquanto ensaboa, cronometrar o banho de acordo com uma tabela decrescente, meta de consumo etc. O chato do app fica avisando por áudio essas obviedades. Tem um que recomenda não deixar a torneira pingando e faz um cálculo imediato do desperdício/litro/hora. E, si, está à venda um app para quem quiser controlar quando a namorada está menstruada para não perder tempo indo à casa dela. 
No tempo da Revolução Industrial, os gênios achavam que tudo se resolvia com uma máquina; hoje, os nerds acham que nada funciona sem app. Dizem que uns amigos, depois de muito insistir, conseguiram tirar um nerd da frente do computador e levá-lo para tomar um chope pela primeira vez. O cara gostou tanto que resolveu fazer um aplicativo que transforma o iPhone em uma tulipa de chope. Fez. Está à venda. E o nerd nunca mais voltou ao botequim. 
A palavra dos especialistas: cerca de 90% dos apps são absolutamente dispensáveis e tão inúteis quanto as "war tubas" e o fuzil em curva.     


Fuzil em curva para atirar na esquina. Reprodução. 

CBF é afrodisíaca. Ou seus altos dirigentes têm "magnetismo", segundo a ex-namorada de Ricardo Teixeira que virou capa da Playboy de março

Tatiane Cravinho, ex-namorada de Ricardo Teixeira posou no Maracanã. Foto de Gerard Giaume/ Divulgação/Playboy
por Omelete
Pode até ser o caso de um CPI. Mas é urgente investigar o que têm os altos dirigentes da CBF que os mortais comuns não têm. Depois de Marco Polo del Nero, 73 anos, ganhar meninas de pouco mais de 20 anos e tão redondinhas que acabaram nas capas da Sexy, é a vez da Playboy, edição de março, mostrar uma ex-namorada de Ricardo Teixeira, cidadão que nem joga mais na seleção sub-60 e já deve estar é no time titular do Setentinha Futebol Clube. Ou a água da CBF contém chá de catuaba com chapéu-de-couro fervido em Viagra e Cialis ou os dois senhores são bons de abordagem e desenvolvem boa conversa. Tatiane Cravinho, 36 anos, posou no Maracanã. Ela conta à Playboy que ficou com Teixeira durante nove meses, no ano passado. Não dá detalhes da performance extra-campo do ex-chefão da CBF, mas revela que ele tinha muito "magnetismo"... no olhar.

ATUALIZAÇÃO EM 10/3/2015 - VEJA A CAPA DA PLAYBOY


Dia Internacional da Mulher: campanha contra a violência doméstica é a homenagem mais oportuna

Reprodução
O site Adweek destaca essa semana entre os anúncios colhidos na mídia mundial essa peça veiculada na África do Sul. Trata-se de um campanha promovida pela organização Exército da Salvação contra a violência doméstica. O Dia Internacional da Mulher, comemorado neste domingo, dia 8, motivou a iniciativa. Uma em cada seis mulheres sul-africanas, de todas as classes sociais, é vítima de abuso por parte dos seus parceiros. A modelo usa o tecnovestido que muda de cor e virou viral na rede.
Cabe lembrar que, apesar dos avanços alcançados com a Lei Maria da Penha, que diminuiu a impunidade, o Brasil está entre os dez países onde é grande a incidência desse tipo de crime.

Já o site Mashable mostra um dos outdoors (foto reproduzida do Twitter) que estão nas ruas de Londres. Recursos digitais ampliam e gradualmente alteram as marcas da agressão no rosto da modelo despertando ainda mais atenção do público. A campanha é de uma instituição beneficente , a Women's Aid. Na Inglaterra, milhares de mulheres são vítimas de violência doméstica. A maioria, segundo a organização, não conta o que sofre nem para as melhores amigas por temer que elas não entendam ou duvidem que um marido "normal", que aparenta ser um "gentleman", seja capaz de tal selvageria. 

Esperteza...

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Recentemente, foram noticiados dois casos de sequestro relâmpago em estacionamentos de shoppings cariocas. A entidade dos patrões desses estabelecimentos divulgou uma nota que merece comentário. Lembrando que, não faz muito tempo, os shoppings entraram na justiça para impedir que o poder público determinasse limites para os preços cobrados pelo estacionamento ou até a gratuidade. Há interpretações que defendem que shoppings de grande afluxo de pessoas recebem suas licenças desde que reservem espaço para o estacionamento dos carros da freguesia e diminuam o impacto do trânsito na vizinhança que não tem nada a ver com o lucro deles. Infelizmente, a justiça tem entendido de outra forma e beneficiado os grupos proprietários, que fazem o cliente pagar a compra, o que é óbvio, e a pagar para comprar, o que é um absurdo. Se isso não é venda casada... Mas o comentário aqui é sobre um curioso parágrafo da nota que os shopping publicam hoje, onde ensaiam tentar se isentar da responsabilidade de oferecer segurança aos seus clientes nas áreas privadas. Alegam que as empresas "não substituem o Estado no papel de prestador de serviços de segurança pública". E quem está pedindo isso? O que os cliente pedem é que os shoppings forneçam mais segurança nos seus espaços privados, incluindo os caríssimos estacionamentos. Investigação e prisão dos bandido, sim, é questão de segurança pública. Internamente, os shoppings devem cuidar dos seus terreiros e não transferir a conta para a sociedade.
Se o Estado tiver obrigação de policiar áreas privadas, como a área interna de uma instalação comercial, todo cidadão terá direito de pedir policiamento para a portaria do seu prédio.