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por José Esmeraldo Gonçalves
Observação certeira essa do Conrado Ubner. Acho que certos jornalistas logo que acordam ligam pro quartel para saber se a tropa está nervosa.
No tempo da ditadura, cada redação tinha um especialista em Forças Armadas e órgãos de segurança. Eram valorizados pelo acesso a fontes da caserna. Quando passavam os colegas sussurravam: " cuidado, esse aí tem generais no caderninho". Eram uns *Elio Gaspari" de baixa patente.
Lembro que um deles foi demitido pouco antes das primeiras eleições diretas para presidente, em 1989. Os militares saíram do noticiário e os brasileiros passaram a desconhecer os nomes dos comandantes. A democracia agradecia a deferência. Os setoristas foram pra reserva não remunerada. Bolsonaro trouxe fardas e coturnos de volta à cena política. E logo reapareceram os setoristas de quartel.. Ontem, na TV, era um tal de "falei com uma fonte militar", " fiz uma apuração com um quatro estrelas".
Isso preocupa. Os militares estão mais badalados do que o BBB da Globo.
Um comentário:
Sou dessa época. Essas figuras eram conhecidas. Às vezes faziam uma boa ação como através dos seus contatos localizar colegas presos pela repressão.
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