Os crimes de racismo estão em alta no Brasil. No futebol, por exemplo, houve uma explosão de casos nos últimos três anos. Racismo é crime inafiançável. Mas, na prática, isso é de mentirinha. O cidadão é vítima de racismo e resolve fazer um B.O. Sai de lá geralmente com um papel que fala em "injúria racial", Essa foi a brecha que os legisladores brasileiros bolaram para... não punir o racismo.
Segundo a lei quase em efeito, o crime de racismo é configurado quando a ofensa é contra um grupo ou coletividade. Injúria é quando o agressor usa palavras depreciativas referentes a raça e cor. Ora, é imensa a zona de sombra nessas tipificações. A autoridade policial em quase 100% dos casos opta por "injúria". O racista paga uma fiança e sai pra outra. Quando condenado, se o for e se o processo andar, pega moleza de "prestãção de serviços" que ninguém fiscaliza.
Um torcedor argentino imitou um macaco durante o jogo Corinthians x Boca Juniors, na Itaquerão, na última terça-feira. Torcedores filmaram a cena e chamaram a polícia. O "hermano" racista foi preso. Levado à delegacia, foi logo solto após pagar fiança. Nem ele desembolsou a grana, o consulado argentino providenciou a "plata". O torcedor virou heroi entre os "barra brava". A vítima de racismo acaba sofrendo humilhação tripla: no ato da agressão, ao se encaminhar à delegacia e ver que sua denúncia vira vento e, depois, se o caso for à justiça, quando o racisma recebe "penas" para divertidas como passar no mercado e levar um cesta básica para uma instituição qualquer. Fica barato.
Leis como essa, no Brasil, perdem a capacidade de punir. Aparentemente, não são levadas a sério. Em Brasília, um rapaz foi vítima de racismo, ontem, nas redes sociais. Denunciou, as agressoras foram identificadas e mídia já noticiou o caso como "injúria" antes mesmo da autoridade policial classificar o crime. A mídia, sei lá porque, costuma adotar eufemismos que mininizam crimes. Quer um exemplo? Casos de trabalho escravo também explodem no Brasil. Não para a mídia nepliberal, onde são chamados de "trabalho análogo à escravidão". Devem achar que se não tiver corrente nos pés e flagrante no tronco não é escravidão. Em outros casos, o de menores assassinos, a mídia copia e cola a expressão que a lei determina. Se um menor bandido comete um homicídio durante um assalto, não é homicídio, é "ato infracional análogo ao homicídio". O assassinado, coitado, jaz estendido no chão sem saber que foi morto, apenas estão em estado análogo à morte.
O empresários sonegou? Não, diz o advogado, ele praticou "elisão fiscal". O deputado ofendeu a deputada? Nada disso, a suposta ofensa foi "tirada do contexto".
O Bassil não precisa de George Orwell: já tem o eufemismo como novilíngua.
2 comentários:
É a hipocrisia nacional.
Esse gesto - ofensivo aos símios - que povos Sul-americanos, exibem na tentativa de humilhar os brasileiros, nasceu na guerra contra o Paraguai. Naquela guerra, o Exército Imperial, criou Regimento composto somente por negros. Por que a criação desses Regimentos? Os brancos convocados para formarem as fileiras das Divisões militares, poderiam, em seu lugar, cumprir essa convocação, entregando seus escravos. Um escravo, ou 2 ou três, de acordo com seus recursos. Naquela época, não só as grandes fazendas, como também, civis possuíam escravos, no mínimo um escravo. Mas esses escravos, trouxeram da África, uma modalidade de luta com os pés, a Capoeira. Esses Regimentos negros, mal treinados e que mal sabiam manusear os mosquetões, sabiam lutar a Capoeira. Contam os historiadores, que os Regimentos paraguaios, se surpreenderam com essa nova modalidade de combate porque, os negros avançavam contra as sua trincheiras, de peito nu, e com seus golpes de Capoeira, distribuíam mortais ponta-pés, matando ou pondo fora de combate muitos soldados paraguaios. Contam que de suas trincheiras, os paraguaios quando se confrontavam com esses Regimentos, gritavam apavorados: " Vamos fugir, porque lá vem ' Los macaquitos' ". Acredita-se, que daí surgiu essa imagem, de que os brasileiros são: " los macaquitos ", e até hoje, no sentido de ferir os brasileiros, os latino americanos de língua espanhola, o associam a imagem de macacos.
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