por José Esmeraldo Gonçalves
O jornalismo deve muito a Joseph Pulitzer. O imigrante húngaro que chegou aos Estados Unidos com apenas 17 anos, combateu os confederados na Guerra Civil, trabalhou como carregador de bagagens e garçom antes de conseguir um emprego de repórter em um jornal dirigido à comunidade alemã.
Foi o começo de uma carreira que o levou a editor e proprietário de um rede de jornais. As primeiras matérias investigativas da imprensa estadunidense foram pautadas pelos seus veículos. Pulitzer e seus repórteres denunciaram a exploração ilegal de trabalhadores, atuação de cartéis em vários ramos de negocios, combateram a corrupção e defenderam como poucos a liberdade de imprensa.
O editor criou uma fundação exclusivamente para oferecer bolsas de estudos para jovens jornalistas. Seu nome é mais conhecido hoje por dar nome a um importante prêmio de imprensa, mas Joseph Pulitzer deixou muitas lições. E nos legou uma frase que mais parece uma visão premonitória.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica
e corrupta formará um público tão vil como ela mesma".
Ele morreu em 1911, há exatos 110 anos, sem conhecer TV, rádios e sites bolsonaristas.
Um comentário:
Perfeito. A frase parece de um vidente que acertou o futuro, mas é de um homem que apenas projetou uma tendência que já se apresentava tanto que nas décadas de 20 e 30 isso já aconteceu na imprensa e no rádio nazistas. Hoje se repete pior
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