O programa Minha Casa, Minha Vida completará 12 anos no próximo dia 25. Mas já é falecido. O governo Bolsonaro não contratou mais nenhuma casa para os mais pobres.
Mais de 5 milhões de casas foram entregues até hoje. O Globo publica um editorial confuso sobre o programa. Na ânsia de criticar - o jornal sempre condenou a iniciativa desde o governo Lula - consegue ser negativo até quando esboça algo que se aproxima de um elogio. Como quando diz que o programa entregou milhões de casas, mas o Brasil ainda aponta um déficit de 6 milhões de residências. O passivo não parece ser culpa do programa, ao contrário, aponta sua necessidade e o quanto é grave a interrupção. Desde o golpe que derrubou Dilma, e que o jornal apoiou, a construção de casas pelo MCMV entrou em marcha lenta e, desde 2019, em coma.
Transferir a população para zonas periféricas é outra crítica que O Globo faz. Significa uma mudança para o jornal que nos anos 1960 apoiou a remoção das populações das favelas da Zona Sul do Rio para a Zona Oeste distante e, na época, longínqua e sem transportes coletivos.
O editorialista destaca um estudo de uma economista da FGV para constatar que os pobres sorteados com uma oportunidade de morar melhor (o MCMV seleciona os interessados em sorteios) são, na verdade, "perdedores". Aponta que, para os pobres, é mais barato morar em barracos.
A economista, apesar disso, concede identificar que a maior contribuição do programa é o fato de famílias morarem em casas com acesso a água e esgoto. E mostra que, comparando com aqueles que vivem em barracos, registra-se aumento de peso nos recém-nascidos, além de redução na mortalidade infantil. Diria que essa é uma das consequência mais elogiáveis do programa para os "perdedores", que é como o editorial rotula os contemplados com casas. E não vale dizer que essa foi uma conclusão da pesquisador. O editoria não usa a rubrica "opinião" à toa. O selo está ali para dizer que o jornal assina embaixo de tudo o que está escrito na seção. Sobre esse fato, o Globo produziu uma frase ímpar. Alguém decifra? Alguém decifre essa frase de quem tem plano de saúde five stars: "Habitação melhor resulta em melhoria de saúde, mas não é uma política ótima".
Por fim, a especialista que forneceu os dados para o editorial admite que "é preciso estudar mais", o Minha Casa, Minha Vida. Ou seja, suas conclusões são baseadas em uma obra ainda em progresso.
É possível que, para "comemorar" o aniversário, o Globo escale equipes para visitar os conjuntos e mostrar como os mais de 5 milhões que receberam casa própria são "perdedores". E talvez até reúna uma multidão de pobres que abandonaram suas casas do Minha Casa, Minha Vida para voltar a morar em barracos "mais baratos".
4 comentários:
Globo já está na campanha eleitoral para 2022. Mercado não quer PT no segundo turno.
Tenho visto alguns filmes e seriados pela Netflix de paises como a Islândia – a Ilha Gelada – e da Finlândia º o País Gelado – aliás, filmes de ótima qualidade técnica e com grandes atores, realmente muito bons, e em cenas gerais que focalizam residências, dá para perceber blocos, de poucos andares, que são residências populares, mas de alto acabamento, não deixando nada a desejar as residências de nível social mais alto. Nota–se a preocupação, dos construtores, criar ambientes com bom acabamento, sem luxo, mas de alta qualidade. Países nórdicos, tem a preocupação de construir residências que protegem contra o frio constante e confortáveis.
SE O Globo combateu ferozmente o programa dos CIEPS só porque combatia Brizola, inimigo do grupo que sempre conspirou para golpes de Estado, tudo é possível. Detonar programa habitacional para carentes é tipico. Eles odeia tantos pobres que odeiam qualquer coisa que possa tira-los da pobreza. Sacou?
Um dos maiores crimes cometidos neste país, por antigos governos , acabando com a maior criação do sistema educacional, de Darcy Ribeiro e do governador Brizola, sistema elogiado por governos de outros países, tendo como base operacional nos prédios chamados CIEPS, que construídos especialmente para abrigar alunos e, pelo sistema esses alunos permaneceriam 9 horas nessa escola, com café da manhã, almoço e lunch da tarde. Os alunos não levariam deveres para a casa, esses mesmo deveres eram cumpridos e resolvidos nesse período escolar.
Mas, a inveja e a má vontade – até de professores, porque tinham de trabalhar mais – dos governos que vieram em seguida, acabaram com o sistema revolucionário, que com certeza acabaria, pelo menos aqui no Estado doRio de Janeiro, como o analfabetismo.
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