Monica de Bolle está no El Pais. PHD em Economia, professora da Escola para Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e pesquisadora sênior do Instituto Peterson para Economia Internacional, ela tem presença ativa nas redes sociais e é frequentemente acionada pela mídia brasileira, especialmente no momento em que a Covid-19 faz com que a economia se entrelace com a saúde, mais do que nunca.
Aparentemente, de Bolle já foi mais acionada pela Globo News e pela CBN. Seus comentários divergem da opinião majoritária das comentaristas dos dois veículos, que estão fechados com Paulo Guedes. Ela defendia, por exemplo, desde o começo do ano passado, que a gravidade da pandemia pedia a demolição do teto de gasto. Isso irrita profundamente os (as) guedistas.
Na semana passada, de Bolle, chamada a comentar as relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos na era Biden, apontou as escolhas erradas do governo. Diante do retrato livre, sem retoques, traçado pela economista, foi visível a tensão, no estúdio em São Paulo, da comentarista de mercado Juliana Rosa, uma especialista em cavar boas notícias no terreiro de Paulo Guedes. Após a fala de Monica de Bolle, a comentarista Juliana Rosa foi buscar uma estatística do passado para justificar as pífias trocas comercias dos dois países. O que não foi possível disfarçar foi o link Washington-São Paulo carregado de eletricidade. Para os comentaristas de mercado do Grupo Globo, Paulo Guedes é intocável.
Um comentário:
Agora que Bolsonaro tem doso os poderes na mão, exceção por enquanto do STF, comentarista como a Bolle, independente, vão perder espaço na grande mídia
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