Na segunda década do século passado, o mundo passou por guerras - entre as quais os conflitos Rússia-Japão, dos Balcãs e a Primeira Guerra Mundial - e pela pandemia da Gripe Espanhola, que na verdade era inglesa. Foram milhões de mortos.
Na guerra, morreram 156 brasileiros, entre militares, médicos e enfermeiras. Na gripe foram 35 mil mortos no Brasil, segundo os números oficiais subnotificados. Pretos e pobres eram mais invisíveis do que hoje, sabemos.
Na virada dos anos 1920, os horizontes clarearam nas principais capitais do mundo. Os Estados Unidos experimentaram um extraordinário período de crescimento (que implodiria no crack da Bolsa em 1929, mas essa é outra história), a Europa, principalmente França, Espanha e Alemanha (esta sofreu no período com a hiperinflação mas conseguiu exibir a pujança cultural da República de Weimar ) deram a sofrida volta por cima. A Arte, a Literatura e, claro, os cabarés, as drogas, o sexo, fizeram a terra girar mais rápido. Foram os loucos anos 20. O Rio, segundo o livro "Metrópole à Beira-Mar", de Ruy Castro, embarcou nessa viagem.
Um conselho para quando o coronavírus se for: caiam de boca na década que começa. Desprezem os Bolsonaros da vida, zombem da ganância dos neoliberais, lutem contra o neofascismo galopante e as milícias SS que já ameaçam a liberdade, previnam-se contra o fanatismo moral e religioso que adoece o Brasil, incinerem a mediocridade e conquistem a vida que lhes pertence.
Os nossos antepassados fizeram exatamente isso após o baixo astral da peste. Piraram na festa. No melhor sentido.
E estavam certos. Aproveitaram a breve "janela" do desbunde antes das décadas de 1930 e 1940 que já sabemos como terminaram. Nazismo, fascismo, guerras... Beberam, cheiraram, fumaram, amaram e, nos intervalos, criaram obras eternas, na literatura, na música, na pintura, no design, no teatro e, por que não?, na indústria e na inovação.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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2 comentários:
Viver e quebras limites. Aproveitem a vida. E mande Bolsonaro se fuder.
Todos juntos vamos superar isso e fazer um Brasil melhor sem esses idiotas que se apoderaram do país.
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