Ontem, em texto sobre o vocabulário da pandemia, este blog lançou o neologismo covidético para nomear os portadores do coronavírus que desenvolvem a doença. Trata-se, como se vê, do radical covid (da sigla Covid-19) e o sufixo ético, à grega.
É uma nova palavra, mas não plenamente original.
Certamente surgiu por desdobramento da linguagem médica, casos, por exemplo, de diabético, aidético.
Como o paciente zero da Aids foi um canadense residente nos Estados Unidos, os primeiros informes médicos e as primeiras matérias jornalísticas difundiram a sigla em inglês (de Acquired Immunodeficiency Syndrome). Portugal, fiel à Flor do Lácio, preferiu adotar o sidoso (derivado de Sida, de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
O termo aidético, que se popularizou no Brasil, nasceu na redação da Manchete, nos anos 1980, e foi amplamente absorvido pela língua. Foi criado por sugestão do jornalista Celso Arnaldo Araújo, que assim resolveu o problema da falta de um substantivo para as vítimas do então novo vírus.
O paciente zero da Aids, no Brasil, surgiu em São Paulo em 1982. Entre outras tarefas, como a chefia da redação em São Paulo, Celso era o editor de Ciência da revista, pela qual conquistou por duas vezes o Prêmio Esso de Informação Científica.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário