quinta-feira, 23 de abril de 2020

Comunicação: governo quer imprensa "cor de rosa" na pandemia e faz peça publicitária com estética europeia, só com crianças brancas

* Em busca da comunicação dos sonhos. Primeiro, o general Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, pede a palavra em coletiva para repreender repórteres e editores por darem notícias ruins sobre a pandemia.
O general está preocupado com as senhoras idosas que podem ficar deprimidas com tantos números de contaminados e mortos divulgados na horado jantar. A verdade negativa não interessa. Mais ou menos essa é linha de Kim-Jong-Un e de países como o Turcomenistão, que até proibiu a palavra coronavírus.
Curiosamente, o general não critica o chefe dele, o capitão inativo, que prestigia aglomerações descontroladas e favorece a propagação do vírus, do qual o grupo de risco das velhinhas é a vítima maior. Se não quiser ler notícias ruins, e virão muitas por aí, melhor o general tirar uma licença e curtir uma quarentena no Disney World. Mickey, Pateta, Donald e os sobrinhos não estão no grupo de risco - só Tio Patinhas, o único em isolamento - e até agora não perderam nenhum parente. Lá só tem notícia boa.

* Outro estranho aspecto da política de comunicação do Planalto é a peça de propaganda das crianças felizes na Pátria Amada Brasil.
Só crianças brancas em um país onde negros são maioria. Nem original a foto é: os criadores da peça, talvez por sonolência ou preguiça, apenas foram ao Google, descolaram um banco de imagens e escolheram a foto que, para eles, mais representa o Brasil.
As redes sociais pegaram a comunicação do Planalto no flagra e descobriram que a mesma foto das crianças europeias já foi usada em várias campanhas internacionais. 

Um comentário:

Anônimo disse...

São uns boçais