Foto Carolina Antunes/PR |
por O.V.Pochê
Em uma sexta-feira com cara de qualquer dia - como são todos na quarentena - Bolsonaro garantiu diversão na sessão da tarde. O pronunciamento já foi especial. Um amontoado de ideias soltas, um samba - samba não, que ele não é disso - um hino marcial do presidente doido. O aquecimento da piscina, os cartões corporativos, Marielle, a facada, o namoro do filho etc. Pouco falou sobre o foco do problema - a interferência na PF - e o que falou o ex-ministro Sergio Moro logo desmentiu, com provas.
Mas o que intrigou a internet foi o movimento pendular do ministro da Saúde, Nelson Teich, o olhar de peixe morto, a inquietação. As redes sociais se perguntavam se ele estava bem. Houve quem explicasse que ele estava tentando "entender o vírus". Coisa que ele repete desde que tomou posse e nada mais fez.
O outro mistério era Paulo Guedes, o único de máscara, o único desprovido de paletó e o único sem sapato social. A dúvida era se ele estava apenas de meias ou de pantufas. Guedes consultava o relógio, parecia não ver a hora de voltar para o sofá. Aparentava ter sido convocado às pressas ou conduzido "coercitivamente" para reforçar a figuração do pronunciamento. Uma tarde de saltimbancos.
Um comentário:
O que será que ele quer entender no vírus. Enquanto ele se preocupa com isso, o mundo civilizado e racional já está na fase de testar vacina contra esse vírus em seres humanos. Será que o novo ministro da Saúde conseguirá entender o novo coronavírus antes da vacina ser posta em prática?
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