sábado, 3 de novembro de 2018

Há 10 anos era lançado o livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou". Veja aqui os bastidores do projeto, o que era expectativa e o que virou realidade

O projeto original e o livro editado. 

3/11/2008: a Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, lotada de amigos. 

Jussara Razzé, Roberto Muggiati, Carlos Heitor Cony, José Esmeraldo, Angela do Rego Monteiro, Maria Alice Mariano e
J.A.Barros, Sentados: Lincoln Martins, Renato Sérgio, José Rodolpho Câmara e Daisy Prétola. Parte dos autores na noite de autógrafos e...
... dias depois, em frente ao  antigo prédio da Manchete, no Russell. Nesta foto, aparecem também Alberto Carvalho, Lenira Alcure e Bia Cony, 

por José Esmeraldo Gonçalves

Um dia como hoje, há 10 anos.

Em 3 de novembro de 2008, com a Livraria da Travessa, no Leblon, lotada de amigos, lançamos o livro "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" (Desiderata). Uma coletânea despretensiosa que cumpriu seu objetivo: registrar a vida, e as vidas, nas redações da extinta Bloch, do ponto de vista de um grupo de jornalistas que lá trabalhou. O livro editado pela Desiderata, um selo da Ediouro, obedeceu quase integralmente ao nosso projeto original.

Em relação ao conteúdo, foi respeitada a informalidade dos textos e o estilo próprio de cada um dos autores. Apostamos - e tínhamos razão - que as narrativas ganhariam muito em autenticidade se respeitado o jeito de contar dos autores que viveram suas histórias no prédio da Rua do Russell.

No livro original, exploramos algumas páginas duplas coloridas, uma referência gráfica às revistas que o livro espelhava.
Em razão do alto custo não foi possível mantê-las

As histórias paralelas nas margens ganhariam....  

... mais graça e destaque em cores, mas aumentariam... 

os gastos com produção gráfica e impressão.

Em todo caso, foi mantida a forma. E o recurso de "dois livros em um" funcionou. O Blog da Bloch tinha um estilo
mais direto e leve, uma espécie de rede social impressa.

Já o design original criado pelo diretor de Arte J.A. Barros, profissional que atuou em várias revistas da Bloch, foi adaptado em função dos custos.

Este post é ilustrado com a versão que idealizamos - vista em uma "boneca" impressa que entregamos à editora - e o livro tal como foi para as livrarias.

O livro projetado, do qual guardo uma valiosa e única cópia, tinha 504 páginas, o que foi publicado pela Desiderata, 432. O "nosso" era todo em 4 cores; o editado ficou em preto e branco, com apenas um caderno de fotos coloridas.  No mais, foi bom o diálogo com a equipe da Desiderata, mantivemos as histórias paralelas à margem das páginas, que chamamos de Blog da Bloch, uma espécie de embrião deste Panis Cum Ovum que foi ao ar alguns meses depois do lançamento do livro, em junho de 2009. Já tínhamos, naquela época, a intenção de manter uma versão digital e dinâmica a partir da concepção do livro. E o blog aí resiste, é um banco de opiniões, fatos e memórias, hoje com quase 15 mil posts que, juntos, compõem o capítulo digital e dinâmico do "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", aquele que um dia tomou forma impressa no já distante ano de 2008.

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