por J.A.Barros
O Brasil está muito doente. Não só politicamente como, principalmente, na saúde. Os hospitais do Rio de Janeiro, se não estão falidos, estão à beira desse desastre. Isto ocorre nos hospitais estaduais, onde o governo investiu o mínimo do mínimo obrigatório na Saúde.
O Brasil está muito doente. Não só politicamente como, principalmente, na saúde. Os hospitais do Rio de Janeiro, se não estão falidos, estão à beira desse desastre. Isto ocorre nos hospitais estaduais, onde o governo investiu o mínimo do mínimo obrigatório na Saúde.
Sem dinheiro, como os hospitais vão sobreviver se não pagam os seus fornecedores e deixam de pagar os salários dos médicos, enfermeiros, auxiliares técnicos, levando à greve grupos de trabalhadores na saúde? Sem salários, como vão sobreviver esses profissionais? Eles têm suas vidas comprometidas por contas a pagar, serviços de luz, gás, enfim todos os comprometimentos naturais de um ser humano na sociedade.
Esse é um dos problemas graves aos quais se juntam outras questões gravíssimas que dizem respeito ao atendimento técnico no tratamento da saúde dos doentes internados nos hospitais. Por alguma razão, que não sei explicar e muito menos entender, repete-se quase diariamente casos de pacientes infectados por bactérias hospitalares. Essas bactérias são de difícil tratamento porque, primeiro, o hospital precisa identificar qual tipo de bactéria infectou o paciente – e essa pesquisa é demorada – para aplicar, em seguida, o antibiótico certo para combater a contaminação identificada. Como o painel de antibióticos é variado, só quando a bactéria é identificada a infecção consegue ser debelada e o paciente sobrevive a esses ataques bacterianos que vêm ocorrendo com muita constância nos nossos hospitais. Ao que parece, a luta para impedir o florescimento dessas bactérias não vem sendo bem sucedida. Pacientes atrás de pacientes são contaminados frequentemente, incluindo-se entre as vítimas até crianças recém–nascidas, com menos de 30 dias de vida. E, em muitos casos, o paciente é contaminado nas UTIs.
Esse é um problema que pode e deve ser resolvido em breve tempo se os órgãos e diretores responsáveis assim o desejarem. Médicos sanitaristas e técnicos que trabalham em sistema de higienização dos ambientes, acredito que criando grupos de trabalho, resolverão esses casos. Agora volta à cena o mesmo problema: não basta a vontade de debelar a bactéria hospitalar, é preciso o governo libere verbas para esses grupos atacarem de frente esse mal terrível que leva à morte muitos pacientes.
Um outro problema foi constatado, no meu entender, quando lidei com médicos e enfermeiros de hospitais onde pessoas de minha intimidade tiveram de ser hospitalizadas. Achei muito estranha a posturas de muitos médicos – notadamente e surpreendentemente médicas – que, com atitudes até arrogantes, presumiam-se deusas na profissão, tamanha a prepotência de suas posturas. Posso afirmar até alguma agressividade no contato com os parentes dos doentes internados. E eram médicos e médicas jovens na profissão, como jovens na idade. Senti a falta daquele medico mais velho, cuidadoso e dedicado ao tratamento do seu doente, que inspirava confiança aos parentes mais íntimos do paciente internado.
Não estou exagerando, porque vivi todas essa circunstâncias com parentes muito próximos e em hospitais tidos como de muitas estrelas.O Brasil está muito doente. Não só politicamente como, principalmente, na saúde.
2 comentários:
Isso se repete em muitos hospitais pelo Brasil a fora. E nem tem mais muita diferença se é do plano ou se é municipal, estadual, essa porra toda, tudo é ruim.
A rede pública tá na mão de ongs que ninguém fiscaliza e a rede privada quer mais é lucro e usa médicos recem formados que tem tres quatro empregos.
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