Há duas semanas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) à Abril para conter demissões em massa e normatizar de alguma forma os sucessivos passaralhos (a empresa queria forçar o parcelamento de verbas rescisórias) que voam sobre as redações e demais áreas da editora. A Abril tinha dez dias para se manifestar e não foi confirmada a a assinatura ou a rejeição do acordo. Na última sexta-feira, a editora da Veja e da Exame, entre outras publicações, demitiu mais 500 pessoas dos setores jornalísticos, gráficos e administrativos.
A Abril tem dois meses para entregar os andares que ainda ocupa na antiga sede do Edifício NEA, na Marginal Pinheiros, e se transferir para um espaço bem menor, também alugado da Previ, em um prédio no Panambi. Além da questão trabalhista, entra aí o problema físico: não cabe tanta gente nas novas redações. Ou a Abril vai adotar de vez o home office e a terceirização ou virão mais demissões até maio. Mais perdas para um mercado de trabalho já em crise aguda.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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2 comentários:
Deus a leve
Não é difícil prever o destino da Abril. Certamente será mais uma editora que desaba diante da invasão e velocidade da Internet. Neste viver atual, parece que o tempo se tornou mais veloz que o passado. O tempo para ler se esgotou, nos engarrafamentos para a ida e a volta do trabalho. De uma hora a duas horas no trânsito perde-se de 3 a 4 horas do dia viajando e o tempo para o seu lazer se acaba. Vivemos outros tempos. Se são piores diante de tempos passados não sei avaliar sei que nos tempos passados levava muito menos tempo para chegar ao local do trabalho e também para a volta para a casa. E tempo sobrava para se dedicar algumas horas para a leitura de jornais, livros e ainda ir a última de sessão de cinema às 22 horas. O tempo sobrava para passar no bar e aproveitar um papo com amigos bebendo um shop be gelado.
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