sábado, 24 de março de 2018

Coelhinha da Playboy vendeu história de affair com Trump, mas outra revista comprou os direitos só para guardar a matéria na gaveta...

por Ed Sá 

Karen McDougal foi capa da Playboy americana em 1998 e  eleita Playmate of The Year. Na época, isso era pop. Rendia convites para comerciais, viagens, desfiles e festas que geralmente reuniam grandes empresários. A ex-modelo conseguiu estender seus minutos de fama atuando em papéis secundários de séries de TV. Em 2006, teve um caso com Donald Trump. Ela contou à CNN que a relação durou alguns meses. Revelou que, uma vez, ele quis pagar pela noitada. Ela disse que não era garota de programa. Trum recolheu o maço de notas e agradeceu: "Você é mesmo uma garota especial. Obrigado". Esse e outros detalhes teriam provavelmente caído no esquecimento se o empresário do ramo imobiliário não tivesse entrado para a política.

Em 2016, Karen McDougal foi procurada pela American Media, que edita várias publicações, entre as quais a revista de celebridades OK, que lhe teria pagado 150 mil dólares pelos direitos exclusivos da história sob os lençóis do affair. Com a campanha presidencial em curso, os rumores do caso do candidato com a playmate ganharam potencial de bomba jornalística. O que a modelo não sabia é que a matéria jamais seria publicada. Teria sido comprada apenas para ficar na gaveta do editor. Na imprensa americana, não apenas no segmento de celebridade, existe um nome para esse tipo de manobra “catch and kill”. É quando um veículo aceita representar interesses de terceiros e "pega" e "mata" uma determinada reportagem.

McDougal está tentando anular o suposto acordo com a American Media. A história agora vale muito mais. Sua cama da coelhinha ganhou selo presidencial.

Segundo o site Mashable, logo após a entrevista da ex-modelo na CNN, a busca por seu nome aumentou em mais de mil por cento no Pornhub.

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