Redação do Daily Telegraph: sensor "dedo-duro' para controlar jornalistas |
Patrão sempre sofre da paranoia de que o empregado está dando a volta na firma. Aqui no Rio, já foram feitas tentativas não tão sofisticadas de controlar horários dos jornalistas.
A Bloch, certa vez, instituiu um livro, na portaria, onde os funcionários deveriam anotar e assinar ao lado dos horários de entrada e saída no prédio. Durante o dia, um funcionário do Departamento de Pessoal percorria as redações portando um formulário contínuo com os nomes do jornalistas e ia anotando eventuais ausências. Às vezes, alguém da redação avisava: "Ó, fulano tá no banheiro". O tal controle não durou muito a partir do momento em que a empresa constatou que jornalistas demitidos e que entravam com processos trabalhistas passaram a usar o livro de controle para provar que cumpriam muito mais horas trabalhadas do que o determinado pela lei.
Apesar de aprovado em convenção coletiva, no Rio, o controle de ponto eletrônico para jornalistas também provocou polêmica já que alguns veículos resistiram a implementar esse tipo de registro digital. A razão? A mesma da velha Bloch. Jornalistas, com frequência, em função de pautas externas, fechamento de matérias e 'pescoções" (os adiantamentos de fins de semana) acumulam mais horas extras do que as estabelecidas em contrato. Daí, esse tipo de controle e vigilância acaba se voltando contra os patrões.
3 comentários:
Eu sou a favor do livro de pontos porque patrão e empregado um dia vão se desentender e vão acabr na Justiça do Trabalho e o livro de pontos é um documento em prova as horas a mais que o empregado dá ao patrão e ela deve ser paga e o patrão só vai pagar na Justiça.
Exatamente por isso é que os patrões da imprensa não gostam porque controle de ponto e horas vai acabar aumentando o número de horas extras que eles pagam. Agora com a crise na mídia jornalistas são ainda mais explorados
Adolpho Bloch não gostava de paletós pendurados em cadeiras e dizem que era porque ele sabia que essa era o jeito dos funcionários publicos darem um pinote do serviço
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