domingo, 13 de setembro de 2015

Deu no New York Times: as águas do degelo vão rolar em prazo mais curto...


Em geral, as projeções dos cientistas são desprezadas pela maioria dos chefes-de-estado e pelo interesse imediato e infatigável caça ao lucro por parte das grandes corporações. Políticos e capitalistas consideram a economia mundial mais frágil do que o meio ambiente e, juntas, essas forças conspiram para adiar, ano a ano, medidas mais efetivas para proteger o planeta. Tempo passando, oportunidades perdidas. O New York Times publicou na semana passada mais uma alerta emitido por pesquisadores. Os efeitos do degelo provocado pelas emissões de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural), que já se fazem sentir nas mudanças climáticas, serão ainda mais evidentes na próxima década. Os cientistas anunciam que a velocidade do degelo é maior do que se previa. Antes, estimava-se em mais mil anos o ponto de fusão de todo o gelo do planeta. Agora, essa previsão baixou, surpreendentemente, para 500 anos. Os efeitos serão catastróficos, muitas consequência imprevisíveis, mas uma delas já pode ser mensurada: quando todos os depósitos de carvão, gás e petróleo forem queimados, o nível do mar terá subido em cerca de 55 metros. A equação é simples: se o homem queimar todo esse combustível fóssil - e, com o preço do petróleo em baixa esse ritmo é ainda maior, com o custo-benefício desfavorecendo investimentos em energias alternativas -  todo o gelo do planeta vai virar água. Em 1995, o diretor Kevin Reynolds dirigiu "Waterworld" , estrelado e produzido por Kevin Costner. Uma produção caríssima que, para os padrões de Hollywood, foi tida como fracasso de bilheterias. O filme mostra a Terra após o derretimento das calotas polares. As pessoas vivem em ilhas artificiais, barcos, plataformas e em velhos navios. Os personagens da trama buscam encontrar um único lugar de terra firme que restou no mundo. Ficção científica, sim, mas agora com data marcada para se tornar realidade. Provavelmente, os líderes mundias vão achar 500 anos muito tempo. Coisa para as próximas, próximas, gerações. "Melhor relaxar...", dirão.
Na ficção de "Waterworld", cidades submersas após o degelo dos Pólos são substituidas por precárias ilhas artificiais. Na projeção dos cientistas, o cenário do filme não é tão ficcional assim. 

2 comentários:

J.A.Barros disse...

Esse planeta já passou por diversas fases como a "idade do Gêlo" a "Idade da Seca e agora ao que parece vai passar pela "Idade da Água". Se as 'aguas vão subir 55 metros a minha cidade vai ficar submersa..

Anônimo disse...

Vai faltar gelo pro meu uísque?