terça-feira, 29 de setembro de 2015

A guerra surda para reestabelecer o "investimento" das grandes empresas em campanhas políticas

Reestabelecer o financiamento de campanhas por empresas é questão da qual que muitos deputados, senadores e a mídia - como tem defendido em editoriais - não abrem mão. A decisão do STF foi um golpe contra o caixa eleitoral. A reação é briga de cachorro grande acostumado a ganhar essas batalhas. As empresas eram e - pela formidável pressão - talvez voltem a ser responsáveis por cerca de 90% do capilé que entra no cofrinho das campanhas. No STF, prevaleceu a visão de que os vultosos e generosos financiamentos por pessoas jurídicas transformam o processo eleitoral em jogo de cartas marcadas e desigualam as disputas, uma vez que os candidatos próximos aos executivos das grandes empresas levam vantagem sobre aqueles que não passam nem pela recepção das sedes corporativas. Inconstitucional, portanto. Como as mega "pessoas jurídicas" não rasgam dinheiro, os milhões destinados a eleger os escolhidos são uma "aplicação" segura. A dinheirama das empresas - a maioria com contratos importantes juntos aos governos - desenha, na verdade, o tipo de Congresso que o eleitor leva para Brasília, ou pensa que leva. Daí, formam-se  "bancadas" visíveis ou invisíveis que atuam como se fossem "empresas" de propósito específico", defendendo ardorosamente os pleitos dos setores que inundaram de "doações" os seus respectivos caixas de campanha. Abre-se o espaço para a atuação de "legisladores" com "crachá". Os setores conservadores, com a mídia à frente, defendem desesperadamente o financiamento por empresas porque, além de delicioso - quem não gosta de dinheiro? - torna as campanhas caríssimas com parte dessa grana revertendo para os meios de comunicação, e é uma garantia para manter um perfil "conveniente" do Congresso. Para estes, nada é mais mamão com açúcar. Nem beijo na boca da Katy Perry.

Um comentário:

Kadu disse...

A verdade é que todo mundo se dá bem com essa dinheirama e é por isso que a guerra suja para voltar o jabá das grandes empresas está acontecendo. Eles não vão abrir mão da bocada.