sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Colômbia: a vida real...


O STF discute a atualização da legislação sobre drogas. Há vários projetos no Congresso sobre o mesmo tema. É consenso entre autoridades de muitos países que o enfrentamento policial ou militar não abala o tráfico. Com todo o seu aparato, os Estados Unidos, o maior mercado consumidor do mundo - com um movimento estimado em cerca de 100 bilhões de dólares - não conseguem impedir a entrada de cocaína, maconha ou drogas sintéticas. Lá, o combate ao crime organizado começa a mudar de figurino. Alguns estados já legalizaram o porte e o consumo de maconha, sob determinadas circunstâncias. Por aqui, o Uruguai implanta uma política inovadora, ainda em estágio inicial mas já com resultados animadores. O objetivo é, com a legalização e controle do consumo e da produção de drogas, quebrar a força econômica do tráfico. Talvez nada seja mais exemplar do fracasso do combate militar ao crime organizado do que a Colômbia. Agora mesmo, o Netflix exibe elogiada séria sobre Pablo Escobar e os cartéis colombianos. A morte de Escobar apenas abalou o chamado cartel de Medellín. Quem saiu ganhando e lucrando milhões de dólares foi o cartel de Cáli, atuante até hoje e que evitou a política de confronto e bombas adotada por Medellín, preferindo se concentrar no "negócio". Sendo assim, a intervenção americana na Colômbia não evitou que um grama sequer de cocaína fosse remetido aos ricos mercados de Miami, Los Angeles ou Nova York, que continuaram abastecidos. Pior, a logística do tráfico até evoluiu para 'pronta entrega": o México, vizinho, passou a sediar poderosos e ainda mais violentos cartéis de droga.
Como nos tempos de Escobar, visto no seriado "Narcos", jornalistas ainda são vítimas preferenciais do crime organizado, como conta o Portal Imprensa. Clique AQUI

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