Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
terça-feira, 19 de maio de 2015
Catar prende jornalistas que tentavam denunciar trabalho escravo nas obras da Copa. Cerca de cinco mil operários já teriam morrido. Jérome Valke, da Fifa, que tanto falou mal da Copa de 2014, no Brasil, anda caladinho...
O poderoso Jérome Valke anda caladinho. Nem parece aquele barulhento secretário-geral da Fifa para quem a mídia brasileira abria espaço dia e noite para que metesse o pau na Copa do Mundo 2014. Para ele, o mundial aqui seria caos jamais visto. Sua opinião era compartilhada pela maioria dos jornais brasileiros, no caso, por motivos políticos-eleitorais e, assim, Valke talvez tenha sido o sujeito que mais teve espaço na imprensa nos 12 meses que antecederam a Copa. Ambos, Valke e a mídia quebraram a cara. A organização da Copa, a festa dos torcedores, a ausência de episódios de violência nos estádios, tudo funcionou, inegavelmente. Só o Seleção brasileira saiu do tom, mas aí é outra história. Pois bem, Jérome Valke anda com a viola no saco. A Copa do Catar, em 2022, tem levantado problemas graves que não têm merecido qualquer declaração da Fifa. Denúncias de uso de trabalho escravo, até com mortes, ameaças de interferências religiosas em vários aspectos do evento, temor já revelado por agências de turismo para os torcedores visitantes, em função da legislação fundamentalista do país e, agora, prisão de jornalistas da BBC que tentavam fazer uma reportagem exatamente sobre as condições de trabalho dos imigrantes nas obras dos estádios. É a segunda equipe de jornalistas que é detida no país onde, estima-se, cerca de cinco mil operários já morreram devido às condições desumanas de trabalho. Isso mesmo, cinco mil. Apesar disso, Jérome Valke e a Fifa estão caladinhos. Bom lembrar que ele ameaçou tirar a Copa de 2014 do Brasil. Cinco mil mortos, para ele, não parecem motivos suficientes para enfrentar as autoridades do Catar.
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2 comentários:
Acho meio exagerado esse número: 5 mil mortos nas obras dos estádios para a Copa de 2022 no Catar. É um número muito exagerado, que tenham morrido uns quinhentos ou até mil é aceitável mas 5 mil. Imagina que a Copa será no ano de 2022e já morreram 5 mil quando chegar no ano do evento já teriam morrido mais 200 mil árabes, etíopes, africanos, europeus, e não seria surpresa se até brasileiros estiverem nessa lista de morte. Não, tem alguma coisa errada nessa informação.
Se com todos os recursos modernos existentes hoje para se construir prédios, casas e estádios morrem no seu início 5 mil operários imagina quantos milhares de escravos e operários egípcios morreram construindo as pirâmides, a esfinge de Gizé e a suas cidades que foram construídas, pelo que se saiba, em locais onde não existima pedras, granitos para erguer aquelas fantásticas pirâmides que até hoje causa impacto nos homens.
Tem razão J.A.Barros, 5 mil mortos é a expectativas até 2022. São 400 mil imigrantes trabalhando no Catar. Segundo organizações internacionais já ocorreram 1.200 mortes. Número elevado e que pode levar a superar em mais 7 anos que faltam o número dos 5 mil óbitos previstos. O blog agradece a correção
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