domingo, 31 de maio de 2015

Ministério da Cultura pode mudar de nome e passar a se chamar Ministério do Entretenimento

O recorte acima foi reproduzido da coluna do Ancelmo, no Globo. O comentário abaixo
é de um colaborador assíduo deste blog. 
por Omelete 
O Ministério da Cultura há muito aderiu ao show business. No mínimo, desde que entrou em vigor a Lei Rouanet, que drena recursos públicos que deveriam ser da cultura para turnês comerciais, dvds comerciais, projetos de marketing comerciais de grandes empresas, desfiles de moda comerciais etc. Não se sabe se os responsáveis por selecionar os "projetos' que receberão a grana da "viúva" entendem de cultura, mas de show business eles manjam. Fico pensando como Carlos Machado e Oscar Ornstein, grandes empresários do passado, podiam promover espetáculos sem descolar uma Rouanet. Vejam a liberação amiga do Ministério da Cultura, acima: talvez os burocratas queiram dar uma força para Andrea Bocelli, entende-se, com a Europa em crise tá difícil levantar grana no Velho Continente; a Tropicália tentou revolucionar modos, músicas e costumes mas na hora de levantar um dinheirinho esquece a contracultura e canta um "soy loco por ti Rouanet", a Galinha Pintadinha é campeã de vendas, recordista em dvds, fatura milhões e faz a alegria da criançada mas parece que mesmo assim não anda bem de verba e precisa de uns bons trocados. Vamos cantar, todo juntos: "Rouanet é um bom companheiro, Rouanet é um bom companheiiiiiirrrrrrrroooooo! Ninguém pode negar".

5 comentários:

Isabela disse...

Sem falar que parece uma caixa-preta. A turma que consegue captar presta conta? Em caso de lucro não deveriam ressarcir a Rouanet para apoiar quem precisa? O ministro Juca Ferreira assumiu dizendo que ia mudar isso e continua aprovando dinheiro público para produções comerciais e de marketing?

J.A.Barros disse...

Imagina que até Roberto Carlos conseguiu financiamento da lei Rouanet para shows itinerantes sem falar na Maria Betânia e outros famosos artistas que mesmo podres de ricos ainda recorrem a financiamento público para ganharem mais dinheiro e sem pagar impostos. E a pergunta da Isabella está nio ar: Eles prestam contas das subvenções que ganham.

B. Miguel disse...

Cantores são hoje no Brasil figuras estatizadas. Agora mesmo no nordeste estão acontecendo os shows de São João todos bancados por prefeituras com cachês bem bombados, quando chegar o carnaval é a mesma coisa. Muitos cantores seja de mpb, sertanejo, pop, o que seja, não saem mais de casa se não tiver uma Rouanet para bancar turnês e dvds com direito a jatinhos e mansões. Enquanto isso, a cultura popular, erudita e as novas manifestações e talentos principalmente de fora do Rio e de São Paulo não conseguem nem passar da recepção do ministério

Anônimo disse...

Como já foi dito, a lei Rouanet terceiriza a cultura para os garotões coxinhas dos departamento de marketing de bancos e grandes empresas. Eles é que decidem onde vão investir o dinheiro público.

J.A.Barros disse...

EU CHAMARIA MINISTÉRIO DA DESEDUCAÇÃO. 39 ministério gastando dinheiro à vontade dos seus ministros para nada. A grande reforma de educação foi feita pelo governador Brizolla e Darcy Ribeiro, mas por inveja e despeito e por entenderem que o sistema ia dar certo e acabaria com o analfabetismo no Brasil, o que não interessa a eles políticos abandonaram e destruiram os CIEPs. Esse sim seria o Brasil Educador.