quinta-feira, 5 de março de 2020

A "saia justa" da mídia neoliberal diante do "pibinho" do queridinho Guedes...

Pra quem tem saco, é divertido acompanhar os delírios da cobertura de economia da mídia neoliberal.

Bolsonaro vive atirando na imprensa. Mas as reações agressivas do Bozo miram muito mais as críticas que os veículos fazem às políticas setoriais do governo na educação, cultura, meio ambiente, política externa, às denúncias de corrupção que envolvem o clã, como no caso das rachadinhas, e as chamadas questões de costumes. Quanto à política econômica, Bolsonaro está tranquilo, tem o forte apoio da mídia, que idolatra Paulo Guedes e o considera o único brasileiro essencial hoje em dia, o resto até o coronavírus pode pegar.

Por isso, os veículos engajam suas equipes de jornalistas de mercado e se esforçam para bater bumbo quando números supostamente positivos são divulgados. Não raro, a turma exagera o alcance e o real impacto das estatísticas ou previsões cor de rosa, que quase sempre se revelam frágeis. Poucos dias depois, são vexaminosamente desmentidas pelos fatos. Seria até covardia agrupar notícias dos jornais ao longo de 2019 sobre a cenografia do "crescimento" anunciado, festejado e, em seguida, frustrado.

Façamos esse passeio por títulos e chamadas apenas do dia de hoje, pontuando com uns poucos recortes publicados ontem. O clima nas redações, vale o escrito, é dramático. Paulo Guedes é poupado. As matérias parecem atribuir o "pibinho" de 2019 a um agente não determinado, um paranormal, talvez, não à política do Guedes, uma espécie de ministro-corretor voltado para o marcado financeiro e que parece não saber conjugar os verbos fazer, construir, desenvolver, criar (empregos, por exemplo).


Guedes renova promessa de crescimento. Será? No seu primeiro ano, a economia cresceu apenas 1,1
e voltou ao patamar de 2013. Mas o ministro vende ao Globo nova pirotecnia artística
e diz que o Brasil crescerá 2% em 2020.






O Globo, ontem, festejou pesquisa do Banco Central, apontando crescimento em 12 estados no ano passado, o mesmo período do "pibinho" agora revelado pelo IBGE. O BC fez essa pesquisa entre um bloco e outro do carnaval? Ao pé da mesma matéria, o Globo diz que o crescimento dos estados não resultou em criação de empregos. Que crescimento é esse que não precisa de mão de obra? Eu, hein?


A mídia também avisa, só hoje, que o consumo das famílias cresceu menos do que em 2016. Ué? E no ano passado não alardearam que o consumo das famílias crescia por três meses seguidos. Então nem a liberação do FGTS ajudou? A razão para isso, segundo os especialistas, é o mercado de trabalho fraco. Não digam! Descobriram agora que o desemprego afeta o consumo? Onde passaram os últimos anos, em Marte? 



Nesse campo, o do consumo, um jornal fora do eixo Rio-SP, o Diário Gaúcho, pode ter matado a cobra e mostrado a manipulação dos números. Lá, a cesta básica subiu quase 14% (a inflação oficial está em 4,3%. É mentira, Terta?  Aliás, a comparação entre a inflação oficial e os preços reais praticamente sumiu da mídia neoliberal.



E Guedes diz sem ficar ruborizado que o crescimento pífio está dentro do previsto. Quer dizer então que o "pibinho" dele foi meticulosamente planejado ao longo de 2019? Então tá, chegou lá, tem motivos para comemorar. Está no Globo digital.

Já o jornal Zero Hora preferiu deixar claro que o "pibinho" do Guedes é o pior em três anos. Os demais evitaram a comparação explícita.


O Estadão apenas lamenta. Está triste. É um título choroso. "Coitado do Guedes", parece dizer.


Para o Globo, Guedes já tem álibis para novo fracasso em 2020. O coronavírus pode contaminar o bi do  "pibinho". Equivale a dizer que o ministro não tem culpa, é apenas um tremendo azarado.



O presidente da Câmara defende que o Estado invista. Parece admitir que o capital privado não vai aparecer, como quase sempre. Difícil é o o "Estado mínimo", como defende o neoliberalismo selvagem, que o desmontou, se tornar o máximo para voltar a fazer o país crescer.


E a Folha mostra que tudo acaba em piada... Ou pode não ser piada. A ironia vai pro gabinete do Guedes?

A mídia se vacina contra fake news sobre coronavírus

Uma das atitudes corretas na luta contra o coronavírus diz respeito à mídia. É combater a onda doentia de fake news impulsionada por irresponsáveis, bolsões de idiotas e até certos porões de fanáticos religiosos. Para isso, está em curso um projeto de colaboração global entre organizações de fact-checking para rebater boatos e combater a desinformação sobre a epidemia do coronavírus Sars-CoV-2. Segundo o Knight Center for Journalism in the Americas, 91 organizações de fact-checking de 40 países já aderiram ao CoronaVirusFacts Alliance. Do Brasil, participam: Aos Fatos, Agência Lupa, Agence France-Presse (AFP), Animal Político, Chequeado, ColombiaCheck, Ecuador Chequea, Efecto Cocuyo, Estadão Verifica e La Silla Vacía.

Você pode conferir no twitter uma lista de checagem de informações sobre a pandemia AQUI

E hoje, The Telegraph publica matéria que ajusta a dimensão, os riscos e o cuidados em relação ao coronavírus. Alguns tópicos:

* Não se preocupe com os políticos, os especialistas estão no comando. A estratégia é 'achatar a curva epidêmica' - você pode ajudar lavando as mãos.

* O pânico nunca é uma boa opção, mas a máxima britânica "keep calm and carry on" também não é.  A frase famosa tem um histórico sombrio que remonta à pandemia de gripe espanhola de 1918 e quase certamente custou muitas vidas.

* O truque para sobreviver a uma pandemia (ou pelo menos melhorar suas chances) é se informar adequadamente dos fatos, alterar seus comportamentos de acordo com o problema e seguir adiante com sua vida.

* Incentivar a lavagem frequente das mãos, a instalação de quarentenas locais, como vimos na Itália, o fechamento de escolas e o cancelamento de eventos públicos estão entre uma longa série de medidas de "mitigação" que podem funcionar se implantadas no momento certo e nas circunstâncias certas.

terça-feira, 3 de março de 2020

Vida de jornalista: biografia de Geneton Moraes Neto será lançada hoje


"Geneton, Viver de Ver o Verde Mar" (Cepe Editora), biografia do consagrado jornalista, escritor e cineasta  pernambucano, será lançada hoje, na Livraria da Travessa, Shopping Leblon, às 19 horas. O livro é de autoria dos jornalistas Ana Farache e Paulo Cunha. Falecido em 2016, aos 60 anos, no auge da produção intelectual, Geneton Moraes Neto é retratado em 250 páginas e dezenas de fotos representativas da sua brilhante trajetória profissional, além de vários depoimentos de colegas e amigos. O jornalista começou sua carreira no Diário de Pernambuco. Seu último posto foi no Fantástico, da TV Globo.

Vazou! Atleta é vítima de roubo de fotos íntimas

Paige Spiranac/Reprodução Instagram

Eleita informalmente por jornalistas esportivos dos Estados Unidos como uma das mais belas atletas do mundo, a jogadora de golfe Paige Renée Spiranac, 26, é a mais recente vítima de vazamento de fotos íntimas na internet.

Paige em ação. Foto:Instagram
Paige prestou queixa contra um ex-namorado que teria compartilhado com amigos uma série de imagens que ela chama de "extremamente sensíveis", feitas há alguns anos.

"As pessoas dizem sempre para não fazer esse tipo de fotos. Parece divertido e sexy, mas será que vale a pena o risco? Muitos de nós já o fizemos",  desabafou a atleta em podcast na sua página pessoal.

Nascida em uma família croata, Paige praticou ginástica olímpica e disputava vaga olímpica, aos 12 anos,  quando sofreu uma fratura no joelho. O acidente a levou, posteriormente, a treinar golfe.

domingo, 1 de março de 2020

Japão mantém tradicional Festival de Nudez. Coronavírus disse "Oba!"

Sem medo do coronavírus, apesar de quase mil casos e oitos mortes já registradas, os japoneses mantiveram a realização de um tradicional  festival de nudez. A ideia é que todo mundo pelado faça votos de um ano novo de prosperidade. Bafo no cangote, como se sabe, é um ótimo jeito de receber uma dose de Covid19, o nome oficial do bicho. Veja o vídeo AQUI

Coronavírus Ltda: ô lelê, ô lalá...vamos faturar...

O mercado impõe sua lei a qualquer custo. A pandemia de coronavírus causa prejuízos e pode levar a economia global para a UTI.  Mas há setores que estão faturando. Fabricantes de gel e de máscaras cirúrgicas, por exemplo, e a industria farmacêutica.
Na Amazon, o preço da máscara, embalagem com 100 peças, quadruplicou nas últimas semanas. A informação é do Mashable.

O post que Regina Duarte deletou e a web foi buscar...

Reprodução 
A atriz e militante da ultra direita, Regina Duarte, que toma posse na próxima quarta-feira como Secretária de Cultura do regime bolsonariano, fez um post em apoio ao movimento neofascista contra o Congresso Nacional. Publicou e, sabe-se lá porque, apagou. Mas a web é implacável e recuperou a mensagem que o ator José de Abreu, um crítico da ex-viúva Porcina, está compartilhando nas redes sociais. Aí reproduzido para quem quiser ver o post de Regina, uma espécie de "Passionária" de sinal trocado.

Conciliação ou rendição?

Foto: Reprodução/O Globo
No tempo da ditadura, enquanto o sangue corria nos porões, havia brasileiros "adesistas", os "dedo-duros", os "apaziguadores". Na Alemanha pré-guerra, os nazistas arregimentaram apoiadores brandindo a bandeira do anti-comunismo. Muita gente boa embarcou no argumento e, quando acordou, era tarde demais. Hitler era o carrasco morando ao lado.
No Brasil atual, vicejam agora os "conciliadores" e os apelos para "conciliar" com o absurdo. Parece uma missão impossível. O autoritarismo avança, o cerco ao Congresso e ao STF idem, as milicias digitais prosperam, fazem sérias ameaças a quem se opõe ao governo e braços policiais do bolsofujimorismo mostram suas armas.
Em artigo de hoje no Globo, o ex-presidente Fernando Henrique defende a conciliação. ´"É hora de convergir", diz o título.
No segundo parágrafo, FHC defende uma estranha tese. Não se deve falar em impeachment. E não porque o atual inquilino do Planalto tenha ou não cometido ato inconstitucional. FHC não discute se há ou não quebra de decoro ou assemelhado. Ele argumenta simplesmente que um impeachment seria "arriscado". Isso porque, na sua exótica tese, "o país viu dois presidentes diretamente eleitos serem atingidos por esse mecanismo constitucional" que "desgasta os poderes". O que isso quer dizer? Que o atual presidente pode fazer o que quiser apenas porque um eventual impeachment "deixa mágoas" e seria inconveniente, como FHC argumenta? Esse tipo de ressalva não está na Constituição.
 O mais curioso é que no restante do artigo, ao pontuar acontecimentos, FHC deixa bem claro como essa "conciliação" é difícil. Por fatos e atos, o governo mostra que não quer a conciliação, quer é a rendição incondicional de quem não concordar com suas políticas. E a maioria da sociedade - dos índios ao sem-teto, dos sem-terra aos desempregados e "informais", dos sem-saúde aos sem-escola, aposentados, professores, ambientalistas e produtores culturais - quer resistência.

sábado, 29 de fevereiro de 2020

A vedete e o Presidente


Virginia Lane na Manchete em 1952: auge do sucesso

No cinzeiro que circulava nos salões dos anos 1950, a representação
da bolinada presidencial e...

...um sugestivo "Ah!" gravado em bronze, no alto da peça, com muito prazer...
Getúlio e Virgínia Lane. Reprodução
• O imaginário popular sempre deu a última palavra. Na época ele já consagrava o romance entre Virginia Lane e Getúlio Vargas até na forma de cinzeiros (bastante sugestivos, o da foto, em frente e verso, flagra o momento da bolinada presidencial...)


Delírio da Vedete do Brasil não foi comentar o caso, mas declarar – em entrevistas à TV nos últimos anos de vida – que ela estava na cama com o Presidente na noite “em que ele foi assassinado.” Esta, em matéria de Teoria do Complô, bate todas. (por Acácio Varejão, dando o "furo" exclusivo para o Panis)

Edição especial impressa com a cobertura do Carnaval carioca 2020 tem DNA da Revista Manchete...

Acima, da esq. para a dir., Dirley Fernandes, José Esmeraldo Gonçalves, Mauro Trindade, Jussara Razzé, Alex Ferro e David Júnior. Todos ex-Manchete. Foto de Gabriel Nascimento
Na capa, Paolla Oliveira fotografada por Alex Ferro. 

Na abertura, foto de Gabriel Nascimento/Riotur

Rodadas de chope no Estação Largo do Machado marcaram o encontro de parte da equipe que fez a Revista 96.5 Tupi.FM Carnaval Total. Depois de dez dias de trabalho, a edição especial com a completa cobertura das escolas de samba, blocos e camarotes chegou ontem às bancas do Rio de Janeiro.

Para muitos leitores, segundo comentários nas redes sociais, a revista ilustrada remete, de certa forma, ao estilo das históricas edições da Manchete. E não por acaso. O time visto na foto é formado por jornalistas e fotojornalista que trabalharam na Manchete e participaram de inúmeras edições de carnaval, além de Sidney Ferreira, editor da Arte da revista.  No Conselho Editorial, além de Josemar Gimenez, presidente da Tupi, e Márcia Pinho, chefe de jornalismo da emissora, está David Ghivelder, um dos idealizadores da publicação, profissional atuante na área de comunicação corporativa, e filho de Zevi Ghivelder, que foi diretor de Manchete e Fatos & Fotos.


Páginas com material histórico sobre os 85 anos da Rádio Tupi
A Revista 96.5 Tupi FM vem com reportagens e artigos sobre os 85 anos da Rádio Tupi. A comemoração foi, aliás, uma das motivações do lançamento da edição.

As bancas de jornais do Rio e Grande Rio foram agradavelmente surpreendidas com a chegada de uma revista de carnaval, impressa, como há alguns anos não acontecia. Foi muito positiva a repercussão junto aos jornaleiros ouvidos em vários pontos de venda.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Iza: a imperatriz da Sapucaí

Foto de Viviane Medina/Riotur/Divulgação

Foto de Viviane Medina/Riotur/Divulgação

Foto de Viviane Medina/Riotur/Divulgação

Foto de Viviane Medina/Riotur/Divulgação
por Ed Sá
No desfile da Série A, no sábado, 22, no sambódromo do Rio de Janeiro, a noite foi de Iza como rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense. A performance da cantora, dona de um corpo espetacular, era mais do que aguardada. Na pista, ela, que é de Olaria, vizinha de Ramos, onde nasceu a Imperatriz, superou todas as expectativas. Além de tudo isso, Iza deu sorte à escola. A Imperatriz foi campeã do grupo e volta à elite do samba, a Série Especial, no ano que vem.

Ambiente: as mãos sujas da Vale...

O Globo/Reprodução
E a Vale? Não falha. De tempos em tempos se envolve em um desastre ambiental. Dessa vez pode emporcalhar com minério de ferro o mar à altura do litoral do Maranhão. Matéria no Globo mostra que navio que transportava carga da empresa corre sério risco de afundar.
Uma unidade de conservação de um cinturão de recifes de corais, também se estende na  costa do Maranhão. Depois do gigantesco derramamento de óleo nas praias do nordeste, que autoridades brasileiras foram incapazes de apurar, um eventual naufrágio sem que a carga seja retirada vai configurar um grande desastre ambiental.

Coronavírus: Itália sob ataque...

Milão, cidade fechada pelo coronavírus. No título do La Repubblica, hoje: Reabrimos Milão. 
E fotos dos principais pontos da cidade deserta. 

A democracia virou cinzas?

Se há algo que Bolsonaro não faz é causar surpresas. Atitudes, declarações, relações suspeitas, agressividade, preconceito e despreparo são todos elementos que fazem parte da sua autoconstrução política há décadas.


É o seu exoesqueleto, está à vista. E não existe ponto fora da curva na trajetória da criatura.

Quando compartilha um vídeo contra uma instituição da República - convocando uma manifestação contra o Congresso - o capitão inativo mostra não só desprezo pela democracia: passa da palavra aos atos. E o apelo ao cerco não parece um gesto isolado. Ao contrário, foi precedido pela senha "foda-se" com que um dos seus mais diretos assessores militares pontuou uma acusação de "chantagem" por parte do Legislativo.

Vinda de um assistente de Bolsonaro (que em repetidos mandatos como deputado federal era um integrante do pantanoso baixo clero) a palavrinha foi devidamente incorporada pelos apoiadores do governo. Aparentemente, é tudo uma coisa só, um troço que caminha a passo de ganso.

A mídia admite, hoje, que a democracia está em risco no Brasil. E está. Não desde ontem, mas a partir da véspera da posse da ex-presidente para um segundo mandato, quando editorialistas, comentaristas e jornalistas de mercado da mídia oligárquica passaram a acossá-la diariamente até a queda, e continuaram a exibir o gosto pela ascensão da direita ao associar todos os males do país à "esquerda corrupta". Esquecendo, claro, que a maioria dos envolvidos em escândalos, sejam ex-governadores, deputados, senadores, dirigentes de empreiteiras e grandes empresários lhes eram caros amigos de uma vida.

A mesma mídia que atualmente é vítima de assédio moral e até de boicote por parte do inquilino que ajudou a botar no Planalto. Para esta, a ficha cai em câmara lentíssima, mas ainda está longe de chegar ao chão. O motivo ainda é o apoio à política econômica imposta pelo neoliberalismo radical, com a marca do desprezo - típica da ultra direita - pelos impactos sociais da selvageria. Parecem consideram, assim, que vale o preço de fragilizar ou, para usar uma palavra que gostam, de contingenciar, a democracia brasileira.

Motim de militares, milícias, protestos da "juventude bolsonarista" justificam uma expressão criada pela jornalista Vera Magalhães: "bolsochavismo". Vera, aliás, é alvo de violentos ataques machistas e sofre ameaças por parte de milicias digitais ligadas ao governo. Logo ela que já foi admirada e compartilhada por emitir opiniões que agradavam aos bolsominions e apoiou o massacre machista que Manuela D'Ávila sofreu ao ser entrevistada no Roda Viva por inquisidores que não a deixaram falar. Para jornalista, a ficha está caindo de forma dramática.

Em suma: as nuvens de cinzas já estavam aí há tempos. Mas agora escureceram de vez o horizonte.

sábado, 8 de fevereiro de 2020

Deu no Globo: Massa Falida da Bloch Editores não paga o que ainda deve aos ex-funcionários da antiga editora

Reprodução/O Globo/ 08/2/2020

Hoje, na coluna do Ancelmo Gois, uma nota registra um drama de muitos ex-funcionários da Bloch ainda diante da falência da empresa ocorrida em agosto de 2000, há quase 20 anos.
A maioria dos credores trabalhistas recebeu o chamado "valor principal" das indenizações. Contudo a Massa Falida lhes deve parcelas da correção monetária, cujos pagamentos foram inexplicavelmente suspensos há mais de quatro anos. Muitos ex-funcionários fizeram acordos na Justiça há cerca de 15 anos e aceitaram uma redução das indenizações confiando que assim a quitação total se efetuaria em prazo razoável. Não foi o que aconteceu.

A Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores se mobiliza  para que o compromisso seja respeitado e tem feito seguidos apelos à Massa Falida da Bloch Editores. Recentemente, foi criada uma camiseta sugestiva e bem-humorada que traduz a situação dos credores trabalhistas da extinta editora.   

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Kirk Douglas (1916-2020): Spartacus no carnaval carioca...

No Baile do Municipal, fantasiado...
...de Spartacus.

No dia seguinte ao baile, Kirk Douglas curou a ressaca na piscina dos
Monteiro de Carvalho.


Na capa da Manchete, com a mulher, Anne Buydens. Fotos: Reproduções
por Ed Sá

Kirk Douglas foi figurinha fácil no carnaval carioca de 1963. Ao lado da mulher, Anne Buydens, com quem se casara nove anos antes, foi ao Baile do Municipal, conheceu as boates da moda em Copacabana e caiu na piscina da mansão dos Monteiro de Carvalho em Santa Teresa.

"Spartacus", um dos seus grandes sucessos, fazia carreira internacional e o ator era acompanhado pela mídia onde quer que fosse. No Rio, Manchete cobriu todos os seus passos. E não deixou de registrar nem mesmo os momentos mais reservados na piscina dos anfitriões aberta com exclusividade para a revista.

Do Rio, Kirk Douglas seguiu para Brasília. Encantou-se com a arquitetura da capital e comentou que a vida de JK, o homem que ousou construir no meio do nada a cidade que o impressionou, daria um filme.

Kirk Douglas morreu ontem, aos 103 anos, em Los Angeles. Deixa a mulher, Anne Buydens, com quem posou para a capa da Manchete naquela semana, os filhos Michael, o ator, Joel e Peter, produtores.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Voo para Wuhan: cadê os caronas do governo que adoram voo oficial?

por O.V.Pochê. 
Algo estranho está acontecendo. O Brasil está enviando dois jatos da Presidência em viagem internacional para Wuhan, na China e o pessoal -  altos funcionários do governo, ministros, mulheres e filhos, políticos e empresários aliados - não está pegando carona nessa boca-livre. Muito inusitado. Normalmente esses voos saem lotados de alegres turistas oficiais. Perdi alguma coisa?

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Capas da Caras vão parar na Justiça. É para provar que Gugu e Rose eram um casal... Down, down, down in the high celebritie

Da Coluna Mauricio Stycer, no UOL. Link abaixo.

A disputa pública pela herança do Gugu se transformou em um barraco. O patrimônio do apresentador, morto em novembro em consequência de um acidente caseiro, alcançaria, segundo estimativas que circulam na mídia, 1 bilhão de reais.
Um dos itens em questão no conflito é a natureza da relação do falecido com Rose Miriam di Matteo, mãe dos seus três filhos. Segundo Maria Liberato, mãe do apresentador, o filho "nunca teve nada com ela".
A Coluna Mauricio Stycer, no UOL, revela que o advogado de Rose, Nelson Wilians, pode apelar para a coleção da revista Caras para contestar a família do Gugu. Desde 1994, Gugu, Rose e os filhos estiveram juntos na capa da Caras mais de dez vezes.

Leia a matéria original na Coluna Maurício Stycer, no UOL. Clique AQUI

Claudia Raia nua em Portugal - "Quem pode livre ser, gentil Senhora", diria Camões...



por Ed Sá
 

Em cartaz com o espetáculo "Conserto para Dois", em Lisboa, Claudia Raia tem feito presença na mídia local. 

O destaque é para a capa da edição de fevereiro da  GQ portuguesa. Aos 53 anos, a atriz mostra a boa forma aos patrícios. Ao piano, o marido Jarbas Homem de Mello, também presente na capa e na peça. 

A GQ se impressionou com as pernas da brasileira, extensão mais exuberante dos seus 1,78m. 

Não por acaso, pernas que brilharam muitas vezes em capas da Manchete.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Futebol sob ataque da tropa do apito...

por Niko Bolontrin

O futebol está mudando rapidamente. Não demora muito vamos saber se para melhor ou para pior. Por enquanto, os sinais não são animadores. Neste fim de semana, alguns desses sintomas foram expostos.

Na França, pelo PSG, Neymar tomou um cartão amarelo após tentar um "lambreta" contra dois adversários que o cercavam à margem do campo. Com a habilidade que o caracteriza, o brasileiro alçou a bola sobre os marcadores, a solução possível. A jogada não se completou porque a bola resvalou no corpo do zagueiro Souquet, do Montpellier. O árbitro Jérôme Brisard foi irritadinho com o lance que não implicou em violência, nem agressão ou atitude antiesportiva. Foi tão somente um recurso criativo entre os muitos que Neymar utiliza quando nada o atrapalha de jogar futebol. Jovens jogadores brasileiros que partiram para a Europa já confessaram dificuldades na adaptação porque alguns treinadores desestimulam dribles em nome da troca de passes, posse de bola e da participação na "marcação alta". Não por acaso, alguns jogos lembram uma espécie de "handebol" jogado com os pés.

Em São Paulo, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira expulsou Janderson, do Corinthians, após o jogador se juntar à torcida para comemorar um gol sobre o Santos. A própria Fifa já relevou essa regra durante a última Copa do Mundo.

Comentário certeiro do jornalista André Rizek:



domingo, 2 de fevereiro de 2020

Sexismo no jornalismo: o detalhe que gerou polêmica...

Reprodução Twitter


A imagem da jornalista argentina Belén Mendiguren entrevistando um ciclista para a ESPN, durante uma competição na Argentina, gerou uma polêmica na web. O ex-ciclista belga Sven Spoormakers, que atualmente é comentarista esportivo, publicou a foto no Twitter com a legenda "Faz frio na Argentina?". Uma alusão aos "faróis altos" da repórter.
O comentário recebeu críticas, Spoomakers foi acusado de sexismo, e se desculpou: “O que deveria ser um comentário engraçado acabou sendo ofensivo para muitas pessoas. Sinto muito”. A seguidoras, o ex-ciclista afirmou que "não é o brontossauro" que as críticas acusam.

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Nas primeiras páginas dos jornais: quem mostra e quem esconde o fato...

Folha destaca os riscos da alta informalidade que...

... O Globo disfarça e finge que não é com ele. E o...

Tempo chama atenção para a ameaça ao que resta de sistema previdenciário. 

por Flávio Sépia

Tanto a reforma trabalhista quanto o confisco da Previdência armam bombas de destruição em massa de conquistas sociais e até da sobrevivência coletiva em condições minimamente humanas e justas.

O fato é que o neoliberalismo chegou ao Brasil bem antes do governo atual e, como aconteceu em vários países, não mostrou resultados, apenas exigiu sacrifícios da população, especialmente a faixa mais carente, seja em cassação de direitos ou em fortes aumentos de taxas por parte dos serviços públicos amplamente concedidos em todo o país.

Com Bolsonaro e Paulo Guedes, a doutrina impulsionada pela escola monetarista de Milton Friedman e os Chicago Boys que foram assediados e seduzidos por ele, tornou-se um seita no Brasil e promete ser levada às últimas consequências.

O Brasil se aproxima de ter 50% da sua força de trabalho formada por "informais". São quase 40 milhões de trabalhadores sem vínculo empregatício. Forçada, em sua maioria a abrir mão de direitos fundamentais - inclusive aposentadoria  - a parcela crescente dos "informais" não contribui para a Previdência. Mesmo assim, alguns dos principais veículos que estão com Guedes e não abrem batem palmas para uma queda milimétrica do desemprego e os colunistas de mercado apoiadores incondicionais do neoliberalismo festejam os números como uma "retomada" do crescimento

A Folha, no título principal, é mais ética e destaca o absurdo índice de informalidade. O Globo prefere comemorar a "queda" do desemprego. O jornal O Tempo aponta as consequências para o sistema publico da Previdência.

Com cinismo explícito, autoridades atribuem a informalidade a um "avanço do empreendedorismo" que, aliás, não conseguem provar ou, no máximo, vibram com a face mais visível: a dos novos boias frias dos aplicativos de entrega de comida.

O que esse governo de ultra direita está empreendendo é a bomba relógio devastadora dos mecanismos mínimos de proteção social. Sem falar que promete agora dá início à chamada era do voucher. Voucher para as escolas, voucher para a saúde, voucher para a casa própria. Uma espécie de mercado do pedágio, algo mais ou menos semelhante à prática financeira das milícias...

A selva já pode ser vista no horizonte.